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sábado, 19 de outubro de 2019

IPANEMA



Recebi duas fotos do prezado Carlos Paiva para completar o “post” desta semana sobre a Clínica Massillon Saboia, que ficava junto ao Country Club, em Ipanema.
Vemos o Country Club já com diversas quadras de tênis, na primeira metade do séc. XX. Fotos de Holland.
Em 1916, um grupo de ingleses e americanos, a maior parte deles funcionários da Light e da Botanical Gardens, fundaram na Rua Prudente de Morais nº 1597, o The Rio de Janeiro Country Club. O terreno do Country Club é  limitado pela Av. Vieira Souto (engenheiro famoso) e pelas ruas Prudente de Morais (presidente após Floriano Peixoto), Anibal de Mendonça (herói do tenentismo) e Henrique Dumont (pai de Santos Dumont).
O Country, com sua maioria inicial de estrangeiros, foi decisivo para a colonização de Ipanema. O trecho da praia em frente ao clube era tido como impróprio para o banho de mar e os filhos dos associados iam de carro até o Arpoador, fazendo com que, até 1930, o inglês fosse a língua dominante ali.
Por causa do Country e para expansão imobiliária da região a Light levou a linha do bonde até o Bar 20 (pertinho do Jardim de Alá), em 1922. O tênis é o esporte mais praticado ali.
A par de ser um clube de elite, com um número limitado de associados, quando a fúria imobiliária passou sobre Ipanema nos anos 70, seus 12 mil metros quadrados de área verde na quadra da praia continuaram incólumes. Eles eram - e continuam sendo - a prova de que nem tudo precisa mudar.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

BAZAR 606





A foto de hoje, do acervo do Francisco Patrício, mostra a esquina da Av. N.S. de Copacabana com a Rua Santa Clara nos anos 70. Vemos o famoso e saudoso “Bazar 606”, de louças, pratas e cristais, no número 722/724 da Av N.S. de Copacabana. Neste local hoje há um enorme edifício com endereço de Rua Santa Clara nº 75, com inúmeras lojas de rua e, nos seus andares, muitíssimas salas que vendem roupa, além de alguns consultórios médicos na Cobertura.

O Bazar 606 foi fundado em 1922, tinha este nome por ficar no nº 606 da Av. N.S. de Copacabana, e sobreviveu até 1973. Foi na década de 40 que se mudou para a esquina da Rua Santa Clara.

Foi mais uma das tradições do bairro que desapareceu. Foi uma das primeiras casas comerciais da Zona Sul, especializada em artigos domésticos de luxo e em “balconistas e gerentes de conversa demorada e agradável.”

O Bazar 606 nasceu pela mão do comerciante José Batista Soares. Foi comprado em 1947 pelos portugueses Antero e Ilidio Abreu. De início a loja vendia, além de artigos domésticos como louças e pratarias, tintas para pintura de casas. E por causa das tintas ficou sendo um ponto de reunião de moradores do bairro que então surgia.

No início o Bazar 606 era ponto de encontro na tranquila Copacabana defronte à avenida de árvores frondosas e canto de passarinhos. Nos anos 70 tinha filiais em Ipanema e TijucA.
OBSERVAÇÃO: várias publicações daqui do "Saudades do Rio" estão sendo copiadas pelo Sr. Claudio Manzan no Facebook "Memória Carioca Original - Rio de Janeiro em fotos e vídeos antigos" sem nenhum crédito. A publicação de ontem foi copiada na íntegra com texto e fotos. Coisas da Internet...


quinta-feira, 17 de outubro de 2019

CLINICA DR. MASSILLON SABOIA




Vemos a Clínica Infantil Massillon Sabóia, na Av. Vieira Souto nº 680, em Ipanema, nos anos 30.

No e-mail que acompanha as fotos, o neto do proprietário nos conta: "O Dr. Massillon foi um pioneiro na Pediatria. Sua clínica era também um jardim de infância dirigido por Elen Tretau, alemã de Lubeck.

A casa era de fato na esquina de Henrique Dumont, onde está o edifício Solário.

A piscina era voltada para a esquina. Foi de água salgada e posteriormente doce, vinda do Country Club. Era uma atração para "folgados" que queriam dar um mergulho em água doce após a praia."

Reportagem do "Correio da Manhã" descrevia a Clínica: "No "solarium", lá em cima sob os vidros que captam os raios bemfasejos, envernizados pelo oleo de côco, os corpos das creanças são finos, dourados, preciosos como estatuetas de ceramica ou metal. Quando elles descem a sala grande onde as paredes são claras, o chão alegre em ladrilhos vermelho, começa a hora do rithmo, da cadencia da gymnastica allemã."

O "Correio da Manhã" de 10/04/1932 completava: "No jardim a piscina os espera. Choque de agua fria, exercicio de natação. Lá dentro, parecem gaivotas arrepiadas, gritando felizes, num respingar alegre de agua. Logo depois vem a hora severa dos raios ultra violetas, onde mascarados como chauffeurs de Paul Morand em 1900, os pequenos se deixam penetrar pela luz bemfaseja.

Esta cura de preventivo é tão racional que se admira como só o Dr. Massillon Saboia teve essa idea. O Rio deve ficar-lhe grato de ter creado um Solarium modelo onde todas as creanças deveriam ir buscar a energia, equilibrio e vitalidade para mais tarde conseguirem ser felizes."



quarta-feira, 16 de outubro de 2019

EXPO 1908






Hoje terminamos a série iniciada com o garimpo de Iara Regina Teixeira.

A Expo de 1908 foi, realmente, um acontecimento e tanto no Rio do início do século XX.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

EXPO 1908






Continuando com a série sobre a Expo de 1908, garimpada pela Iara Regina Teixeira na revista O Malho, temos mais quatro fotos.

Foto 1: Outro aspecto das obras da Exposição. Sobressai neste quadro a construção da grande escada que dará acesso ao palácio geral. Ao fundo a antiga Escola Militar, em transformação.

Foto 2:  Sobressai nesta foto a construção da grande escada que dará acesso ao palácio geral. Ao fundo a antiga Escola Militar, em transformação.

Foto 3: Vemos o transporte e descarga de aterro na Av. Pasteur, com a participação dos incansáveis e queridos Lulu & Dudu.

Foto 4: A enseada da Urca fechada por um molhe de 350 metros e que, por uma passagem, dará entrada às embarcações conduzindo os visitantes da Exposição que quiserem fazer o trajeto por mar.



segunda-feira, 14 de outubro de 2019

EXPO 1908



Iara Regina Teixeira em feito um estupendo trabalho de resgatar fotos de revistas antigas, como “O Malho”. As fotos de hoje complementam a recente postagem sobre a EXPO de 1908, na Praia Vermelha.
Foto 1:  Antes das obras - "Aspecto geral do local da Exposição antes de começarem as obras. Na estranha beleza do lugar destaca-se ao fundo o casarão em que, durante quase um século, funcionou a Escola Militar de onda saiu a maioria dos nossos generais.”

Foto 2: Depois das obras - "Aspecto geral do local da Exposição. Mais visíveis à direita: Palácio da Exposição, pavilhões da Bahia e do Distrito Federal. À esquerda, pavilhões de Minas Gerais e de São Paulo. Teatro. Ao fundo: Palácio da Indústria, ao centro do qual está a grande cascata luminosa em construção.”
Foto 3: Um aspecto das grandes obras realizadas, sobressaindo o movimentos dos materiais.

domingo, 13 de outubro de 2019

MANEQUINHO


Inicialmente instalado na Cinelândia, onde era alvo de críticas das senhoras cariocas da época, que se escandalizaram por ele estar nu e fazendo xixi, foi removido para o "distante" bairro de Botafogo, onde ficou perto do Mourisco.

Anos mais tarde foi transferido para a frente da sede do Botafogo, na Wenceslau Brás.

Sua ligação com o Botafogo deu-se em 1957, quando foi vestido com a camisa do time, após este ser campeão numa partida sensacional. Neste jogo, Garrincha fez uma grande exibição e o "center-forward" Paulinho Valentim meteu 5 goals no Castilho. O resultado foi 6x2.

Nos anos 80 ou 90 a estátua foi roubada e substituída pela atual.