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sábado, 15 de janeiro de 2022

DO FUNDO DO BAÚ - PANAIR






PANAIR = Pelo Atraso Não Adianta Ir Reclamar, diziam os antigos.

A PANAIR, fundada em 1929, foi uma das companhias aéreas que deixaram mais saudades entre os amantes da aviação.

Como era bom viajar de avião antigamente: fui muitas vezes a Vitória-ES tomando um gin tônica, num avião quase sempre com poltronas vagas, confortáveis, ótimos atendimentos.

Hoje em dia é um sufoco face às medidas de segurança, revistas, mau atendimento das Companhias, obrigação de fazer o próprio check-in em totens, depositar as malas na esteira, etc.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

LARANJEIRAS - LICEU FRANCO-BRASILEIRO

A foto de hoje mostra o colégio Liceu Franco Brasileiro nos anos 60. Parte deste portão sobrevive até hoje.

A história deste colégio começa em 1915 com a construção do Lycée Français na Rua do Catete, num esforço conjugado de franceses e brasileiros, com a finalidade de instituir um estabelecimento escolar que cultivasse a aproximação entre os dois países, França e Brasil. 

Em 1918, constituiu-se como Sociedade Anônima Lycée Français. 

Em 1922, estabeleceu-se em prédio próprio, construído para esse fim, na Rua das Laranjeiras 13-15, num projeto do arquiteto francês Gabriel Marmorat. Até 1925, foi praticamente a única escola francesa laica no país. 

Em 1943, transformou-se em Liceu Franco-Brasileiro Sociedade Anônima. Havia uma total separação entre os brasileiros e os franceses, sendo que os últimos ficavam restritos a uma ala de um dos prédios. Brasileiros eram a imensa maioria.

Era um bom colégio, com alguns comentaristas do “Saudades do Rio” tendo estudado nele. Era um colégio tradicional, onde todas as sextas-feiras se cantava a Marseillaise e o Hino Nacional Brasileiro.

Em 1984 a turma de francês foi para o Lycée Molière, na Rua Pereira da Silva.

Em 1997 o Franco-Brasileirio foi vendido para o Centro Educacional da Lagoa (CEL), que pertence à família do deputado Júlio Lopes. Os novos donos decidiram manter a identidade do tradicional colégio.

 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

GARIMPAGENS DO NICKOLAS - LARGO DE SÃO FRANCISCO


A foto de hoje, mais um “slide” garimpado pelo Nickolas, mostra o Largo de São Francisco, no Centro, na década de 50, com destaque para o prédio da Escola Politécnica (onde funcionou a Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil a partir de 1948 e, depois, o IFICS - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e para o abrigo de bondes nas esquinas das Ruas Luís de Camões e Andradas.

À direita ficava a saudosa casa Lutz Ferrando, onde o JBAN devorava com os olhos, quando moleque, lupas, microscópios, binóculos, jogos como o Poliopticon ou o Engenheiro Eletrônico da Philips, e tripa de mico (tubo de látex amarelo usado para experiências químicas. Vinham em vários diâmetros e eram vendidos a metro. Eram ótimos para fazer estilingue e eram usados também como torniquete no braço quando se ia tirar sangue ou tomar injeção na veia).

Também na Lutz Ferrando se podia comprar válvula de câmera de bicicleta, tubos de ensaio, beckers, filmes, máquinas fotográficas. E se você fosse conhecido do Sr. José Rodrigues, o gerente, sempre conseguia um desconto.

Se na época da foto talvez ainda não existisse o Bob´s na calçada oposta à Lutz Ferrando havia como opção ir comer algo gostoso na Manon Ouvidor ou tomar um mate no copo de papel com base de alumínio na Casa Flora, na Ramalho Ortigão com Rua da Carioca.

No Largo de São Francisco e adjacências se podia comprar material para as aulas de religião, santinhos, véus, terços, e outras maravilhas exigidas pelas catequistas.

A região era uma maravilha onde se podia encontrar de tudo. Havia uma casa de produtos nordestinos confiáveis, com ingredientes para fazer o vatapá de acordo com a receita original nordestina (que é diferente da baiana), além de, nas lojas das ruas que afluíam ao Largo, comprar de tudo: louças finas e cristais, tecidos, chapéus e luvas e nem sei mais o que.

Também se podia passar pela Casa Cruz, Casa Mattos, Lojas Americanas com seu mezanino-lanchonete com cachorro-quente, batatinhas fritas e guaraná Caçula. Ir na A Colegial para comprar o uniforme escolar.  

Quanto ao abrigo de bondes, onde se pode ler um anúncio do Magazin Segadaes, é preciso comentar, como já ensinou o Helio, que este tipo de abrigo era colocado normalmente em junção de linhas, onde havia um grande número de passageiros para fazer baldeação. Tínhamos na Rua do Passeio, da Lapa, no Largo de São Francisco, na Praça da Bandeira, São Cristóvão.

O trajeto dos bondes por aí era Av. Passos, Rua Luiz de Camões e dobravam na Rua dos Andradas. O outro sentido era Sete de Setembro ou Rua do Teatro, contornando o Largo e dobrando na Rua dos Andradas.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

GARIMPAGENS DO NICKOLAS - O CENTRO


Vemos hoje um dos mais belos pontos da cidade que, felizmente, foi preservado.

Fora da foto, à esquerda, o Teatro Municipal e o Museu Nacional de Belas Artes. Ao fundo vemos o edifício da ABI e, à direita, a Biblioteca Nacional.

Outro espetáculo são os automóveis. O Gustavo Lemos já escolheu o Buick, restando aos demais comentaristas escolher entre os outros.



 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

GARIMPAGENS DO NICKOLAS - PALÁCIO MONROE



Seguindo com as garimpagens do Nickolas, série iniciada ontem, hoje vemos o nosso velho conhecido Palácio Monroe no tempo em que ali funcionava o Senado Federal.

O Governo do Brasil, atendendo ao convite do Governo dos EUA para participar, em 1904, da Exposição Internacional de Saint Louis, incumbiu o engenheiro Souza Aguiar de conceber o pavilhão que representaria nosso país.

A ideia do ministro Lauro Muller era, após a exposição, remontá-lo na Avenida Central, razão pela qual foi projetado em estrutura metálica. Terminada a exposição, o Palácio Monroe foi reerguido e inaugurado em 23 de julho de 1906, para a realização da III Conferência Pan-Americana.

Além de Centro de Convenções, no palácio funcionaram o Ministério da Viação, a Câmara dos Deputados, a Comissão Executiva do Centenário da Independência do Brasil e, a partir de 1925, o Senado Federal até sua mudança para Brasília em 1960.

O nome do palácio foi dado em honra ao presidente americano James Monroe, formulador da famosa doutrina Monroe, de 1823, que apoiava a autodeterminação dos países latino-americanos: a América para os americanos.

Muitas histórias sobre a demolição do Monroe já foram contadas por aqui. A sentença de morte veio com o aviso nº 964, de 09/10/1975, onde o General Golbery despachou: "Presentes as alternativas de utilização de que dá notícia o processo, cumpre-me transmitir a V.Exa. recomendações do Excmo. Senhor Presidente da República no sentido de demolição do prédio e consequente transformação da área em logradouro público".

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

GARIMPAGENS DO NICKOLAS - LARGO DA CARIOCA



 

A volta das férias é em grande estilo, com mais uma estupenda fotografia garimpada pelo Nickolas Nogueira. Trata-se de um “slide” colorido dos anos 50 mostrando o Largo da Carioca.

Podemos ver à esquerda o Hotel Avenida, onde hoje está o edifício Avenida Central. No térreo do hotel, voltado para o Largo, vemos o anúncio da BOLS e o Bar Nacional (que tinha como endereço Rua Béthencourt Silva nº 12).

A seguir vemos o prédio onde funcionou a redação do jornal O Globo (inaugurada em 1925 e transferida em 1954 para a Rua Irineu Marinho), com a Livraria Freitas Bastos (inaugurada em 1917). À direita está o Liceu de Artes e Ofícios. Neste local atualmente está o prédio-sede da Caixa Econômica Federal.

Ao fundo vemos o Edifício Marquês do Herval em construção. Em primeiro plano vemos um senhor carregando um pacote embrulhado com barbante, coisa típica da época.

O Liceu foi fundado em 1856 pelo arquiteto Joaquim Béthencourt da Silva que queria construir uma sociedade do trabalho através da ação do ensino do desenho.
Era uma escola noturna, gratuita e filantrópica, que quis trabalhadores para a construção civil, assim como operários em geral. Ela era mantida pela Sociedade das Bellas Artes, que pretendia transformar a cidade em uma obra de arte. O primeiro curso profissionalizante de ensino comercial com duração de 4 anos, começou em 26 de junho de 1882. Com a demolição do edifício o Liceu mudou-se para a Rua Frederico Silva nº 86, na Praça Onze.

Ao lado do Liceu Literário Português ficava a Hobbylandia, do Sr. Morimoto, na Av. Almte. Barroso nº 2 (depois mudou para o Edifício Avenida Central), muito frequentada por vários comentaristas como o Rouen, o Docastelo e o obiscoitomolhado, em ambos os endereços.



Nesta outra foto, acho que do acervo do Correio da Manhã, vemos, em destaque, o prédio onde funcionou a redação de O Globo e a Livraria Freitas Bastos.