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sábado, 24 de fevereiro de 2018

DO FUNDO DO BAÚ - DRIVE-IN



 
Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. Não do baú, mas de um livro antigo que ontem retirei da estante saiu este convite para o Cine Lagoa Drive-In, o que me fez relembrar bons momentos.
Inaugurado em 1966, teve um período de grande sucesso, quando passava filmes em duas sessões, às 20 e às 22 horas, além da "Sessão Coca-Cola", nos finais de semana, às 18h30min, se não me engano.
Sobreviveu às margens da Lagoa, ao lado do Estádio de Remo, até 1993.
Nos primeiros tempos foi uma grande novidade, importada dos Estados Unidos: assistir a filmes de dentro do automóvel, com serviço de bar. Se bem que na última sessão mais parecia um motel do que um cinema...
Como já comentou o Docastelo, consta ter sido o Brasil o primeiro país a se utilizar de serviços de drive-in, durante o período noturno, dispensando a projeção de filmes. Essa iniciativa ocorreu nos terrenos próximos onde no futuro seria erguido o Hotel Nacional. Contam as lendas que eram comuns os atolamentos dos veículos quando se deslocavam para a saída. Mais tarde essa prática ficou consagrada com a inauguração do famoso "Namore Modernamente", no Joá, com sua famosa pedra em forma de um grande batráquio, disputada pelos mais discretos. Outros drive-ins surgiram no Rio, como o da Ilha do Governador e da Grajaú- Jacarepaguá, mas o da Lagoa ainda contava com a proximidade de um polo de diversões que marcou época nesse local.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

TEMPORAIS




 
Mais um temporal esta noite, mais enchentes, ruas obstruídas, numa cidade abandonada.
Mas isto, infelizmente, não é novidade como podemos ver nas fotos antigas. É certo que o Rio tem dificuldades face às características da cidade entre o mar e a montanha, mas é certo também que há grande ineficiência da Prefeitura, através dos tempos.
A primeira foto é de Uriel Malta, colorizada pelo Nickolas, e mostra a Rua Tonelero no entorno da Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana.
A segunda, de 1971, mostra um ônibus que quase caiu no canal da Rua Maracanã.
A terceira foto, de 1966, mostra o resultado do temporal que atingiu a Rua Maxwell.
Na última, um táxi “Zé do Caixão” enfrenta as águas na Rua do Matoso.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

ILHA DO GOVERNADOR




 
Hoje temos 4 fotos da Ilha do Governador em 1970, 3 do acervo do Correio da Manhã e 1 do acervo Fontes, mostrando a Praia da Bica, a Praia da Guanabara e a Igreja de N.S. da Conceição, na Praça Jerusalém.
 
Nas proximidades desta praça está localizada a Escola Municipal José de Anchieta. A origem desta igreja foi uma modesta capelinha particular, pertencente a um dos sete engenhos da Ilha do Governador. A primeira capela foi construída em 1580, reconstruída em 1740 e em 1816 foi feita nova reforma. Em 1903 foi comprada pela Empresa Lavoura e Colonização. Em 1936 foi tornada pública e, hoje, pertence à paróquia de São José Operário, criada em 1957.É em requintado estilo barroco jesuítico, com o altar em estilo rococó.
 
Vendo as fotos fica a saudade de uma Ilha do Governador com baía limpa, com praias deslumbrantes com água tão transparente que se podia ver os próprios pés mesmo com água no peito.
 
De um antigo morador da Ilha recebi um email: “Algumas informações sobre esta capela, uma jóia naquela Ilha do Governador de 35 mil habitantes em 1950:- Não se sabe quando surgiu a Capela de Nossa Senhora da Conceição, havendo registro, apenas, de que em 1786 foi lavrada pelo capitão André Álvares Figueira de Barbosa Ribeiro Cirne a escritura de doação da capelinha existente e do terreno para o patrimônio da Igreja. - Em 1813, no quarteirão ao lado direito da capela, foi construído um belíssimo, enorme e luxuoso palacete que os padres beneditinos ofereceram a D. João VI para puxar o saco da realeza. Talvez a obra mais magnífica da cidade naquela década, tornou-se ruínas em 1954 e foi demolido em 1962.
 
Dois aspectos pitorescos e pouco conhecidos valem ser citados: Em 30/09/1928, a inauguração da Ponte (cais) do Jardim Guanabara, 50 metros à esquerda da capela, seria feita com a atracação da Barca Mocanguê (semelhante às da linha Praça XV - Paquetá), trazendo a bordo o presidente Washington Luiz. Fanfarra tocando, bandeirinhas tremulando, multidão aplaudindo, embarcação apitando, eis que o comandante erra a aproximação e faz o barco colidir violentamente com o cais, destruindo-o em grande parte. Ninguém morreu, alguns passageiros ficaram feridos e a inauguração foi adiada por alguns meses para reconstrução do cais - o maior mico.
 
Durante parte das décadas de 1960 e 1970, trabalhava na capela um padre bem velhinho, cujo nome esqueço e que, segundo se dizia, exercia a vidência. O confessionário dele vivia cheio e, tivesse mesmo ou não o dom, a verdade é que a fama fazia muita gente buscar - e encontrar - ajuda para viver melhor. A juventude e os "hippies" não saíam dessa pracinha.
 
Finalizando, um comentário pessoal: ao contrário de algumas igrejas que são tidas como tristes ou “pesadas” (por exemplo, a de N. Sra. da Ajuda, na Freguesia, a primeira da Ilha) a mimosa Capela de N. S. da Conceição sempre passou um astral muito bom, alegre, e é muito querida e frequentada pelos insulanos. Eu diria que ali tem algo de muito especial...”

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

CASA SUCENA


 
As fotos, garimpadas pelo Nickolas e pelo J.C. Cardoso, se relacionam com a Casa Sucena, de J.P. de Souza & Cia, localizada na Av. Rio Branco nº 76 a nº 86. Um dos funcionários que mais tempo trabalhou nesta loja foi Antonio Feliciano Leão que, tendo começado entre os mais humildes, tornou-se sócio. Há várias citações desta loja que vendia artigos religiosos, fantasias, fazendas, modas, etc. nos jornais antigos do Rio.
Como eu nunca ouvira falar desta loja fui fazer uma pesquisa e fiquei surpreendido: a Casa Sucena foi fundada em 1886 pelo Visconde de Sucena, sendo o estabelecimento comercial mais antigo da cidade em reportagem dos anos 70 do século XX. Começou na Rua do Ouvidor, ficou muitas décadas na Av. Rio Branco e depois mudou-se para a Rua Buenos Aires nº 96. Não sei se ainda existe.
Uma das primeiras notícias no JB, em 1900, informa que “Na Casa Sucena está exposta uma artística imagem de madeira representando N. S. dos Navegantes, que foi mandada executar na cidade do Porto, nas importantes oficinas do Sr. Antonio de Almeida Estrella, e é destacada á egreja da Candelaria. A imagem, cuja altura total é de 1m60, está apoiada em uma nuvem, sob a qual, em um barco desmantelado, dous náufragos andrajosos, prestes a serem devorados pelas ondas espumantes que os cercam, implora a sua proteção. Tem a imagem a mão direita em atitude de impor calmaria ás vagas e sustenta no braço esquerdo a imagem do menino Jesus nú. As roupagens esculpidas são adornadas por uma cercadura dourada em rlevo, com pedrarias de diversas cores, trabalho de muito gosto e perfeição.”
 Na Casa Sucena se podia encontrar “completo sortimento de novidades para senhoras, homens e creanças. Calçados dos melhores fabricantes e os mais lindos modelos. Completa secção de Camisaria e artigos para homens. O maior e mais variado sortimento de artigos religiosos, paramentos e alfaias para igrejas”. Também “novo sortimento de confecções para senhoras, lãs, sedas, algodões, linhos superiores para lençóis. Artigos para bordados. Roupas para cama e mesa e novidades para homens e creanças.”
Anúncios do JB em 1940: “No melhor ponto da Avenida. Alugam-se para os 3 dias de carnaval. Todo conforto. Altos da Casa Sucena”. Outros diziam “que “Profecias a respeito da guerra” era vendido na Casa Sucena” e que seus proprietários também “enviavam donativos à Casa do Pequeno Jornaleiro, como se pode ler em agradecimento da Fundação Darci Vargas às seguintes firmas: Moinho Inglês, Moinho Fluminense, Açúcar Pérola, Panificação Masson, Confeitaria Colombo, Produtos Nestlé and Anglo-Swiss, Casa Sucena, Casa Mattos, Casa Superball, O Cruzeiro e outras.”
Em 1941 o JB noticiava que “um reflexo da animação e riqueza do carnaval nordestino está nas vitrines da Casa Sucena, à Av. Rio Branco, onde se vê exposto o novo e rico estandarte do Clube Carnavalesco Mixto Prato Misterioso, um dos mais populares do Recife.”
Um dos anúncios mais curiosos é o do JB de 05/08/1941: “Troco - Casa Sucena: pede-se a quem recebeu de troco na Casa Sucena uma nota de 10$000 com assinatura e dedicatória, telefonar para 25-0467. Será gratificado”.
Em 1942 podemos ler “Acha-se em exposição nas vitrines da conceituada Casa Sucena o quadro de formatura dos primeiros alunos diplomados em Assistência Social pela Escola Técnica de Serviço Social. Além dos 33 diplomados o quadro apresenta em primeiro plano a fotografia da ilustre Sra. Darci Vargas, paraninfa da turma, do reitor da Universidade do Brasil, dos oradores, patrocinadores e cooperadores”.
As últimas menções que encontrei foram na década de 1980, com a Casa Sucena já na Rua Buenos Aires reclamando das pessoas nas filas de ônibus na porta da loja prejudicando o acesso.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

ORLA


 
A primeira foto foi enviada pelo Carlos P. de L. de Paiva e mostra o aterro em 1967. Ao ver o primeiro automóvel não pude deixar de lembrar dos táxis dos anos 50. Era quase impossível conseguir um, principalmente em dias de chuva. Bem diferente da quantidade de táxis atuais, além dos disponíveis em aplicativos como Uber e Cabify.
A segunda foto é uma obra de arte. Acho que foi garimpada pelo Nickolas e que já foi publicada. Mostra um lindo flagrante da Praia de Copacabana. Nossos especialistas identificarão os veículos. Eu assinalo apenas a carrocinha da Kibon e os engradados de Coca-Cola.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

POSTO DE GASOLINA


 
Na primeira foto, de 1954, vemos o “Posto de Gasolina Barão de São Felix” repleto de lotações.
A segunda foto, mostra a Avenida Pasteur em obras, tendo ao fundo o posto de gasolina que foi da bandeira Anglo-Americana, depois da Shell e atualmente é da BR. À direita podemos ver os trilhos por onde passava o bonde 4 – Praia Vermelha.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

PRAIA VERMELHA

 
Em foto do acervo da Biblioteca Nacional vemos uma bela foto do Balneário, que existia na Praia Vermelha e que foi objeto de postagem em 20/12/2017.