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sábado, 11 de dezembro de 2021

FOTOGRAMAS DO RIO DE 1934

Um passeio pelo Rio de 1934, tempo bem diferente do caos atual, em fotogramas de um filme garimpado pelo Nickolas.

A elegância das cariocas caminhando pela Av. Rio Branco era de chamar a atenção.

O tráfego era intenso na Av. Rio Branco e o hábito dos cariocas de atravessar fora da faixa já estava presente.

A Praça Paris bem cuidada e sem grades.

Um dos mais belos panoramas do Rio a bordo de um automóvel conversível.


A Urca semi-deserta ainda com pouquíssimos prédios altos. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

BONDE PIEDADE

Vemos um trecho da Avenida Presidente Vargas na década de 50, onde ocorreu um acidente entre o bonde "Piedade" e um automóvel. Chamam a atenção as simpáticas sacadas dos antigos pequenos prédios. 

O trecho da Pres. Vargas parece ser o do sentido Zona Norte-Centro, trecho logo após a Praça da República e a Rua Tomé de Souza, pois podemos ver do outro lado o Colégio Rivadávia Correia.

O muro branco é o Panteon de Caxias, no vão entre o 1º e o 2º poste preto podemos ver o letreiro da Cinzano na frente da Central que não aparece na foto, no vão do 2º e 3º poste pode-se ver as palmeiras do mangue, e para finalizar o letreiro preto, atrás do poste do outro lado da rua, é os fundos da antiga delegacia de vigilância da Rua Larga ou Marechal Floriano.

Em matéria de carros, é um show. Segundo um especialista (terá sido obiscoito?) parece que o Chevrolet 1949-50, que é o primeiro carro junto à divisória, é o carro mais moderno na foto. Atrás dele, um Ford 46, um Packard 46-47 e um Citroën 11 Légère. Ao lado dessa fila, um Ford 40 Furgão. O bonde atropelou um Studebaker 47. Na frente dos populares estão um Chevrolet 46, um Ford 39 e um Hudson 46-47.

Ou o trecho não seria o descrito?


Nesta foto bem antiga a informação é de que o bonde "Piedade" estaria na Rua Adolfo Bergamini.

O trajeto do bonde "Piedade", linha 77, era Largo de São Francisco de Paula - Andradas - Presidente Vargas - Praça da Bandeira - Mariz e Barros - São Francisco Xavier - 24 de Maio - Dias da Cruz - Adolfo Bergamini - Amaro Cavalcanti - Praça Sargento Eudoxio Passos - Clarimundo de Melo - Assis Carneiro.

Quem teria levado a melhor nesta “traulitada” entre o bonde “Piedade” e um caminhão?

Outra vez o bonde “Piedade” na Rua Adolfo Bergamini.

 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

PRAÇA MAUÁ - AV. RIO BRANCO

Authochrome de Marc Ferrez garimpado pelo H. Hübner. Estamos no início da Av. Rio Branco, com a Casa Mauá à esquerda. Era legitima representante da arquitetura eclética do início do século 20. A Casa Mauá, uma casa comercial, foi demolida no final da década de 80 para a construção da horrenda torre de vidro, o RB1. 

À direita vemos o prédio onde havia um enorme letreiro da Casa Hanseática.

 Também vemos o monumento ao Visconde de Mauá, Irineu Evangelista de Sousa, que se ergue no extremo norte da Avenida Rio Branco, à entrada da Praça Mauá. É obra de Rodolfo Bernardelli. Compõe-se de uma coluna dórica de 8 metros e 30 centímetros de altura, talhada em granito. A pedra fundamental do monumento foi lançada no dia 30 de abril de 1904, no início das obras da Avenida Central (Rio Branco, hoje), pelo Clube de Engenharia. A inauguração ocorreu no dia 1 de maio de 1910.

Postal da coleção do Klerman W. Lopes. Edic. Da Directoria Regional dos Correios e Telegraphos do Districto Federal. Vista do Centro com o Edifício "A Noite".  Foi o primeiro arranha-céu da cidade, construído no fim da década de 20 e também o primeiro a ser construído com o moderno concreto armado. Seu estilo art-deco estava mais para construções norte-americanas do que para as francesas que ainda existiam na região. Foi sede de inúmeras repartições públicas como o INPI, escritórios, do jornal A Noite e da Rádio Nacional. O edifício possui 22 andares, correspondentes a 30 de um prédio moderno, devido a seu pé-direito ampliado.

A foto é anterior a 1945, pois ainda existia o canteiro central da Av. Rio Branco. A estátua de Mauá ainda dava as costas para a avenida. Depois foi alterada a posição e passou a ficar de costas para o edifício de A Noite. Depois foi mudado para mais perto do mar, quase no estacionamento do "Touring", no eixo da Rodrigues Alves. Mas também saiu de lá, provavelmente para não ficar debaixo da Perimetral. O ônibus que aparece na foto é o apelidado de "Sinfonia Inacabada"?


Vemos a região em um dos estupendos trabalhos de GUTA (Carlos Gustavo Nunes Pereira), um artista precocemente falecido. Eventualmente comentava no "Saudades do Rio" do provedor Terra. Era irmão de um colega de colégio. Guta era um grande artista que em suas pranchas apresentava um mesmo local do Rio através dos séculos. 


Esta foto, da Comp. Melhoramentos de São Paulo - Indústrias de Papel, é do acervo do Rouen. Deve ser dos anos 50. Fica aqui o desafio para obiscoitomolhado, pois quando o Rouen a publicou houve muitas divergências sobre os automóveis.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

CINEMA PATHÉ - CINELÂNDIA

Na foto vemos a obra de construção do Cinema Pathé e do Edifício Natal em foto de Malta, de 1927. É um belo exemplar de art-déco na Cinelândia. O endereço era na Praça Floriano nº 45, a empresa exibidora era a Casa Marc Ferrez Cinemas e tinha 918 lugares em seus primeiros tempos. Fechou na década de 90.



A obra é de autoria do prolífico arquiteto Wriedt. Esta foto é do início da construção.

Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo o edifício impôs sua nobreza afrancesada à outrora "chic" Cinelândia. Magnífica composição de fachada, com embasamento de quatro pisos, todos diferenciados e coroamento progressivamente trabalhado, do décimo-primeiro ao décimo-quarto pavimento. Dignas de nota as soluções volumétricas e decorativas que estabelecem as transições entre cada um dos cinco primeiros pisos: cornijas, superfícies abauladas e terraço. Nos interiores, interessante "bombonière" e lustres.  PS: esta bomboniere recebia visitas frequentes do prezado Menezes.


Vemos a fachada do Pathé na década de 30 tendo em cartaz o filme “O Signal da Cruz”, de Cecil B. DeMille, com Fredric March, Elissa Landi, Charles Laughton, Claudette Colbert. 


No Pathé, Brigitte Bardot em “Brotinho do Outro Mundo”. Imperdível.


"Fantasia", de Walt Disney, no Pathé em agosto de 1941. Foto de Hart Preston.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

CINEMA PATHÉ

H. Hübner é um grande estudioso e conhecedor do Rio Antigo e publicou no Facebook este maravilhoso “Autochrome Marc Ferrez”, do acervo do IMS/Coleção Gilberto Ferrez. Trata-se do Cinema Pathé, nas primeiras décadas do século XX, quando funcionava na Av. Central/Av. Rio Branco nº 147.  Ficou conhecido como “Pathezinho”. Funcionou a partir de 1907. Depois, em 1914, recebeu o nome de Cine Palais e funcionou até 1926. 

Os retratos são do rei Alberto I e da rainha Elizabeth, da Bélgica.

Foto do Arquivo Nacional mostrando aspecto da fachada do cinema Pathé, na Avenida Central, à época de sua inauguração. O Pathezinho, como também ficou conhecido, foi uma das primeiras salas de cinema do Rio de Janeiro e um empreendimento importante da família Ferrez. Foto de Marc Ferrez. Rio de Janeiro, 1907. Família Ferrez

Sobre o Pathé da Praça Marechal Floriano falaremos amanhã.