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sábado, 25 de setembro de 2021

DISCOS VOADORES

Em homenagem ao Conde di Lido o assunto de hoje são discos voadores. Para os que não sabem ele foi vice-presidente de uma dessas sociedades internacionais de estudo de discos voadores.

Segundo ele este é um dos assuntos mais interessantes que conhece. Espera estar vivo para ver a cara dos padres, do Papa, dos Aiatolás e de todos os donos das religiões quando um disquinho abrir as portas e de lá sair um cara contando toda a verdade sobre a gente. Vai ter muito cara perdendo o emprego...

O Conde di Lido há tempos vem sustentando que a evolução tecnológica dos últimos anos deve-se a seres extraterrestres. Diz que há algum tempo a comunidade ufológica não mais mantém interesse em fazer as pessoas acreditarem na vida extraterrena. Os assuntos relacionados são discutidos pela comunidade em congressos, simpósios e encontros aos quais comparecem aqueles que acreditam ou os que procuram alguma base para acreditar.

Os fatos estão aí, à disposição de quem quiser, de simples fotos, relatos de contatos, até estudos mais profundos como o Blue Book Project da Força Aérea Americana.
Centenas de explicações já foram dadas para a principal pergunta feita pelos incrédulos: por que estas naves não descem na praia de Ipanema num domingo de verão para que todos possam ver e acreditar?
Os motivos são muito óbvios.

A foto acima é de uma reportagem de “O Globo” de 1954.

Esta outra reportagem é de 07/05/1952 e foi publicada na revista “O Cruzeiro”: o repórter João Martins e o fotógrafo Ed Keffell faziam reportagem de rotina, na Barra da Tijuca, quando Keffell fez fotografias do aparecimento de um OVNI (mostrada acima).


Oficiais da FAB foram ao local, imediatamente após o caso, e lá fizeram todas as pesquisas: posição do sol, distâncias, trajetória do objeto, jogo de luzes e sombras, altitude, tudo foi objeto de estudos que depois, transportados para o papel e comparados com as fotos, determinaram a autenticidade das mesmas.

Uma análise minuciosa do relato, das várias possibilidades de fraude, de outros testemunhos surgidos e até mesmo da vida profissional e da personalidade dos repórteres, foi realizada.


Na Barra da Tijuca, os oficiais da FAB jogaram uma reprodução em madeira do “disco”, para o ar, inúmeras vezes, tentando reproduzir a sequência de cinco fotografias tais como aparecia no filme de Ed Keffel, cujos negativos não foram cortados.

Uma fotografia convincente, por este processo, é possível obter-se, dentre muitas que se batam. Entretanto, uma sequência de cinco, em várias posições, é praticamente impossível de ser batida em seguida. Além de tudo, foram determinadas tecnicamente as distâncias do objeto.


Em 1954, o Brigadeiro Eduardo Gomes, então Ministro da Aeronáutica, nomeou o Coronel João Adil de Oliveira para chefiar a primeira “Comissão de Investigadores sobre os Discos Voadores” criada em nosso País.


Em 1952, falava-se do desinteresse da FAB pelo assunto ligado aos “Discos Voadores”, o que não era exato: a FAB examinou o assunto em profundidade.


E quanto à autenticidade das fotografias de Ed Keffel e João Martins, a FAB concluiu: elas são verdadeiras”. (Fonte: O Cruzeiro).


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

BONDE 36

Vemos o bonde 36, Lapa-Cancela, número de ordem 438. Podemos ver no bonde o anúncio da "Liquidação Azul", do Magazin Segadaes, que tinha lojas na Rua da Uruguaiana nº 23 e na Rua Sete de Setembro nº 126. No abrigo de bondes o tradicional anúncio do "Dragão da Rua Larga", que ficava na Rua Larga nº 193, e da "Loção Xambu".

Mais acima o "Seu dia chegará - Loterial Federal" e, à esquerda, ao fundo, um anúncio de "Cinzano". O motorneiro posa para a foto, enquanto o condutor responde à pergunta da jovem senhora elegantemente vestida. 


Aqui vemos outro bonde da linha “Lapa-Cancela”, este de número de ordem 452. O anúncio agora é do Creme Dental Kolynos.

Nesta foto vemos um engarrafamento de bondes, liderados pelo 36 - Lapa-Cancela, tendo atrás o 56 – Alegria e o 59 – Pedregulho. Acho que o local é o Passeio Público. O número de ordem do bonde é o 447.

Agora vemos o bonde 36, número de ordem 361, com anúncio “ICARO”. Onde estaria este bonde? O trajeto do bonde Lapa-Cancela era: 

IDA: Largo S. Francisco - Andradas - Pres. Vargas (lado ímpar) - Francisco Bicalho - Francisco Eugênio - S. Cristóvão - Figueira de Melo - Campo de S. Cristóvão - S. Luís Gonzaga - Largo da Cancela - São Januário                                                                                                                             

VOLTA: General Bruce - General Argolo - Campo de São Cristóvão e daí em diante caminho inverso ao da ida.



 Mas agora vem a dúvida do dia, que será esclarecida pelo Helio. Nesta foto da Getty Images vemos o bonde 36, número de ordem 355, com o itinerário “PRAÇA 15 – PRAÇA 11”, com anúncio da Pasta Marvel. O itinerário era:

 IDA: Praça 15 - Misericórdia - Santa Luzia - Luís de Vasconcelos - Teixeira de Freitas - Largo da Lapa - Mem de Sá - Santana - Benedito Hipólito - Marquês de Pombal, esquina com Presidente Vargas.         

 VOLTA: Itinerário invertido (trocando Mem de Sá por Riachuelo) até a Misericórdia e daí em diante Costa Velho - Largo do Moura - Clapp - Praça 15.

A linha 36 teria mudado de nome e itinerário? No grande Excel com linhas de bondes há menção de itinerário Lapa-Cancela tendo como linha a 52. 

Todas as fotos são do Arquivo Nacional, acervo do Correio da Manhã.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

O CONCORDE NO RIO

Em 1976 chegou ao Rio o primeiro voo do Concorde, da companhia Air France. Veio de Paris, com escala em Dakar, no Senegal. Era uma grande novidade, completando o percurso em torno de 6 horas, em vez das 10 horas habituais.

O desenho moderno do avião, a sua rapidez, tudo chamava a atenção e muitos cariocas iam vê-lo no Galeão a cada viagem.

Nesta foto vemos o Concorde já no Galeão. Chama a atenção o entorno da igreja da Penha, ainda sem o grande complexo de favelas que ali existe agora.

A escalada do preço dos combustíveis começou a minar sua viabilidade econômica, até que, pouco mais de 24 anos após o primeiro pouso no Galeão, em 25 de julho de 2000 a fatídica queda do Concorde de matrícula F-BTSC em Paris, com 104 passageiros, selou de vez o final da trajetória do modelo. Como resultado, em 2003 o modelo deu seu adeus definitivo.


Vemos o Concorde sobrevoando Copacabana.  



Vemos uma tripulação do Concorde no pátio do Galeão.

Para quem teve oportunidade de entrar no Concorde, o comentário era que embora fosse fabuloso por fora, por dentro parece um ônibus de tão apertado.

Será que valia a pena pagar muito mais para viajar apertado e economizar cerca de 4 horas?

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

COLÉGIO SÃO PAULO - IPANEMA

Vemos a primeira localização do Colégio São Paulo no Rio, no bairro de Copacabana. A Ordem das Angélicas, braço feminino dos Barnabitas, foi trazida para o Brasil para ajudar na educação dos jovens, já que aqui estavam escassas as unidades religiosas de ensino. Então em 1919 as Angélicas tiveram permissão de deixar a clausura e se dedicarem ao uma vida mais ativa. Então no dia 1º de junho de 1922 foi inaugurado, com uma Missa Solene, o primeiro Colégio São Paulo à Rua Barata Ribeiro nº 218, em Copacabana.  Com o aumento das alunas e como já havia um colégio religioso no bairro, o Sacré Coeur de Marie, D. Sebastião Leme, então bispo-auxiliar do Rio, achou conveniente procurar outra casa, em outro bairro. A foto mostra a casa onde se instalou o Colégio São Paulo em Copacabana.

Com a necessidade de um local maior, as freiras adquiriram em menos de um ano a residência de verão da Família Nogueira da Gama, que ficava na Avenida Vieira Souto nº 22 e com fundos pela Rua Joaquim Nabuco, em Ipanema. Esse foi o endereço definitivo do Colégio São Paulo. A foto mostra o casarão dos Nogueira da Gama antes das ampliações que desfiguraram completamente a construção. 

Na época o colégio, no Castelinho, era vizinho da residência da família Modesto Leal de um lado e da família Catão, dona do famoso “Castelinho”, cuja história já foi largamente contada aqui através das fotos de Zsolt Nemeth, morador deste local durante anos. Na época da foto o bonde passava bem em frente do colégio e entrava na Rua Teixeira de Melo, onde tinha ponto final ao lado da Praça General Osório.

Em 1931 foi inaugurada a Capela, benta pelo Cardeal D. Leme. Nesta época foram feitas as primeiras ampliações. Em 1935 o acesso ao colégio se tornou difícil, pois a linha do bonde não mais passava pelo Arpoador. 


Em 1940 novas obras de ampliação. Pouco depois foi inaugurada a primeira parte da nova construção, voltada para a Rua Joaquim Nabuco. Foram criados os cursos Clássico e Científico, conforme determinava a Reforma Capanema.



Aqui vemos o colégio já aceitando meninos. Nos anos 50 foi aberto também o Curso Normal. Ao fundo vemos o Edifício Marambaia, aquele que fica na esquina das ruas Francisco Otaviano, Francisco Bhering e Av. Vieira Souto.


Depois de anos sendo utilizada e ter sido ampliada, a antiga residência dos Nogueira da Gama já não era suficiente para o crescente número de alunos e professores. Optou-se, então, pela demolição dessa construção e em seu lugar foi erguido o prédio que está lá atualmente. O prédio permaneceu em obras durante alguns anos, mas as instalações de salas de aula já estavam prontas. Com essas obras continuando, a entrada dos alunos ficou restrita à Rua Joaquim Nabuco durante alguns anos. No início da década de 80 foi inaugurada a entrada da Avenida Vieira Souto e ela está sendo usada até hoje. Com o fim das obras de ampliação do colégio e todo o prédio apto para seu serviço, a construção remanescente, da Rua Joaquim Nabuco, passou a servir como clausura para as religiosas. 

Fontes: “Carioca da Gema” de Roberto Tumminelli, “Villa Ipanema” de Mario Peixoto, Cau Barata, Claudia Gaspar e Marilúcia Abreu. FB “Rio Casas e Prédios”.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

CENTRO - RUA DA ASSEMBLEIA


Foto feita pelo JBAN em 1979. Vemos o Centro Candido Mendes ao fundo e ainda em construção. À esquerda, o Paço Imperial.

O Centro Candido Mendes é o enorme edifício da Rua da Assembleia nº 10. De uso comercial e educacional, possui 49 pavimentos, com área total de 94.000m² e 140m de altura. Foi projetado pelo renomado escritório de arquitetura Harry James Cole. Foi construído pela empresa Cetenco Engenharia e inaugurado em 1982, sendo na época o mais alto da cidade.

A Rua da Assembleia já teve inúmeros nomes, tais como: Rua Direita que vai para Santo Antonio, Caminho de São Francisco, Travessa de Manuel Ribeiro, Rua do Padre Vicente de Leão, Rua do Licenciado Rui Vaz, Rua Pedro Luís Ferreira, Rua do Padre Bento Cardoso, Rua da Cadeia e Rua República do Peru.

Cordeada na metade do século XVI, atingia em fins desse século o Convento de Santo Antonio.

A partir de 1711 com a construção da cadeia na várzea da cidade, começou a se chamar Rua da Cadeia. Conta Paulo Berger que o prédio da Cadeia Velha serviu de abrigo a várias instituições como o Senado da Câmara, a Relação, a criadagem do Paço após a chegada de D. João VI, no 1º Império à Assembleia Constituinte, e depois à Câmara dos Deputados, em épocas mais recentes hospedou o Correio, a Tipografia Nacional, a Caixa Econômica e a Inspetoria de Higiene. 

Desde 1926 o local está ocupado pelo Palácio Tiradentes.

Pela Rua da Assembleia caminhou Tiradentes, que estava preso na Cadeia Velha, em direção à forca instalada no Largo da Lampadosa, situado próximo à Praça Tiradentes.

Um amigo advogado tem escritório neste edifício, num andar alto. A vista é deslumbrante, mas acho perigosíssimo ficar em lugares altos assim, pois em caso de incêndio não há como escapar.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

BURACOS

Praça Gabriel Soares na Tijuca.


Avenida Maracanã.


 Rua Paulino Fernandes em Botafogo.

Em meados dos anos 60 a situação do asfalto na cidade era muito parecida com a atual. Milhares de buracos por todas as partes. Há anos que não acontece um bom recapeamento das ruas do Rio. Parece que trafegamos por ruas de terra.

domingo, 19 de setembro de 2021

BARCA DE AUTOMÓVEIS

Esta foto, um “slide” digitalizado, publicado originalmente em 2007 aqui no “Saudades do Rio”, foi tirada nos anos 70 por meu amigo Manolo, um espanhol recém-chegado ao Rio. É, talvez, a que mais circulou por “sites” do Rio antigo, a maioria das vezes sem citar a fonte, mostrando uma barca de automóveis no trajeto Rio-Niterói. O “slide” foi digitalizado numa loja que fica numa pequena galeria da Rua Tonelero, quase esquina de Siqueira Campos, lado ímpar.


Foto do acervo do “Correio da Manhã”.  


 Foto do acervo do “Correio da Manhã”.