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sábado, 24 de novembro de 2018

ELEIÇÕES





 
Antigamente as propagandas eleitorais eram assim, mais toscas,  sem os recursos dos dias de hoje.
 
Seriam os candidatos melhores do que os atuais?
 
Não me lembro desta eleição de 1955, só tomando conhecimento de JK, Jango, Ademar, Juarez e Plinio Salgado uns anos depois.
 
Lá em casa a maioria era UDN e devem ter votado no Marechal. Lembro do "rouba, mas faz", diferente dos últimos tempos onde muito se roubou e pouco se fez. Tinha um amigo de colégio chamado Plinio, que recebeu o apelido de "Doce", por contraposição ao político.
 
A minoria lá em casa era PTB, o que gerava discussões, mas muito mais civilizadas do que as que vimos nas últimas eleições. Discutia-se ideias e não havia ódio entre as pessoas.
 
 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

IGREJA DE SÃO DANIEL



 
Oscar Niemeyer fez o projeto da Igreja de São Daniel, tal como podemos ver na primeira foto. Foi inaugurada em 1960 e fica no Parque São José, em Manguinhos, com endereço de Av. dos Democráticos nº 30, com entrada pela Av. Brasil.
Conta com pinturas de Guignard para a Via Sacra, foi tombada por decreto municipal em 1998 e também é tombada pelo IPHAN.
O projeto descrevia que “Esta pequena e original Igreja foi concebida em forma circular, para umas 300 ou no máximo 400 pessoas, tendo 15m de diâmetro, sem colunas interiores, com número elevado de “brise-soleil”. É uma estrutura de cimento armado, reboco e caiação em branco. Piso de cimento aparente com estrias quadriculares em metal. Pequeno ajardinamento frontal com campanário (duas estruturas paralelas) de um lado, uma cruz do outro, e mastros laterais.
Foi inspirada no modelo canônico de uma hóstia. Como símbolo da capela, parte da paramentação interna observará este modelo - assim, por exemplo, a porta do sacrário.
Sua decoração, extremamente simples também, contará com uma obra de Guignard, a Via Sacra, e uma reprodução do Profeta Daniel, de autoria do Aleijadinho, em tamanho natural, oferecida pelos srs. Sylvio Vasconcellos e Rodrigo Octavio Mello Franco, que mandaram moldar em Belo Horizonte a estátua. Heitor Coutinho desenhou os bancos e o altar, e Paulo Athaíde projetou os jardins externos.
Toda a circunferência interior do templo será em vidro colorido belga (verde, azul e amarelo). Entre cada vidro haverá uma coluna de vinhático na qual será pregada a base do suporte de cada um dos quadros da Via Sacra.”
A inauguração da Igreja, uma obra de D. Elba Sette Câmara com doações particulares, estava prevista para 23/11/1960, há exatos 58 anos, mas, por conta de atraso nas obras, ficou para 01/12/1960, com a presença do Cardeal D. Jayme de Barros Câmara.
Durante o Governo Carlos Lacerda a igreja chegou a ser ameaçada de demolição por estar no caminho de obras de saneamento e urbanização da SURSAN naquela área, mas tal não se concretizou. Entretanto, não cuidada pelos órgãos competentes, a igreja se deteriorou e, no final dos anos 60, D. Elba Sette Câmara retirou a Via Sacra “antes que fosse destruída pelos cupins ou desaparecessem”.
Já nos anos 70 continuou o jogo de empurra entre as autoridades da Igreja Católica e a Divisão do Patrimônio Histórico e Artístico da Guanabara e a igreja foi, cada vez mais, se deteriorando. Nos anos 80, populares fizeram obras de restauração na igreja.
Não consegui informações sobre o estado atual da igreja, hoje cercada por favelas da região. Nem sobre o destino das pinturas de Guignard.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

AVENIDA ATLÂNTICA

 
Mais uma garimpada pelo Nickolas. A última deste lote, segundo ele.
 
Vendo estas fotos dos anos 50, mesmo com toda falta de infraestrutura, viver esta época em Copacabana deve ter sido um privilégio.
 
 

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

PROJETOS DE NIEMEYER




 
Oscar Niemeyer – há os que o idolatram e os que detestam sua arquitetura. Eu acho que há coisas muito boas e outras muito ruins.
Vemos hoje alguns projetos de Niemeyer que não foram realizados no Rio.
A foto 1 mostra o projeto para um hotel na Praia de São Conrado, em 1949. Acho este projeto muito feio. Anos mais tarde, do mesmo Niemeyer e neste local, foi executado o projeto do Hotel Nacional, que considero interessante.
As fotos 2 e 3 mostram maquetes para uma marina na Lagoa. Era do ano de 1944. Além da marina haveria um restaurante público e concha acústica às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, em frente ao Corte do Cantagalo. O conjunto se desenvolvia horizontalmente, com o restaurante e a garagem de barcos nas extremidades, integrado por uma sinuosa passarela que possibilitava um passeio arquitetônico e o desfrute da bela paisagem. Uma das preocupações de Niemeyer foi não criar obstáculos à vista da lagoa: a pouca altura da construção e sua colocação no ponto mais baixo do terreno, permitia uma ampla visão do espelho d'água para aqueles que vinham do Corte do Cantagalo; a esbelta passarela sobre pilotis, por seu turno, ensejava a visão para aqueles situados próximo ao conjunto. Pequena concha acústica, com forma alusiva à vela de um barco, serviria para pequenos espetáculos ao ar livre, além de fazer eco visual com as embarcações que singravam a lagoa, descreveu L. Cavalcanti.
A foto 4 mostra outro projeto para o mesmo local. Seria para uma Estação da TV Rio e era de 1954.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

IGREJA SÃO JOSÉ DA LAGOA




 
Foto 1: Neste "slide", atacado por fungos e tirado por mim da década de 60, vemos a Igreja de São José do Jardim Botânico, que fica na Avenida Borges de Medeiros nº 2735, na Lagoa. É conhecida também como "Igreja de vidro da Lagoa" ou “Aquário da Lagoa. Ao fundo vemos o Hospital da Lagoa.
Inicialmente era uma capelinha anexa à Fábrica de Tecidos Corcovado, frequentada principalmente pelos operários desta e de outras fábricas das redondezas. Brasil Gerson também fala que "a Capela de São José, inaugurada em 1898, ficava defronte à fábrica, e não só os seus operários a frequentavam, como os da fábrica de chapéus Braga Costa.”
Foto 2: enviada por Paulo Soares, também um típico “slide” dos anos 60, veio com o seguinte texto: “A igrejinha da Lagoa em 1967. Na foto, meu saudoso paizão, meu irmão e um primo. Assistir missa aos domingos era um sacrifício demasiado para quem queria praia, chope e ver a banda passar...".
Foto 3: garimpada pelo Nickolas, vemos a igreja de outro ângulo. Notar que a pista da Borges de Medeiros estava com paralelepípedos aparecendo.
Foto 4: do acervo do Correio da Manhã, mostra a igreja ainda em obras.
Em princípio dos anos 60 a capela na Rua Jardim Botânico foi demolida. A construção do novo templo começou em 1961 e foi inaugurado em 1964. O arquiteto responsável foi Edgar de Oliveira da Fonseca, professor da PUC, que projetou um templo moderno, sendo o primeiro no mundo a possuir todas as fachadas executadas com vidro "ray-ban".
Durante algum tempo circulou uma lenda de que os que ali se casavam logo de separavam.
Por dentro a igreja é muito sóbria, não ostentando obras de arte. Grades colocadas no final dos anos 60 deram um mau aspecto ao local.

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

ANIVERSÁRIO DO CONDE

Rua Barata Ribeiro nº 589 - Copacabana


Palácio Monroe

Túnel do Pasmado - Botafogo

Colisões

Rua 13 de Maio - Centro

Cruzamento avenidas Presidente Vargas e Rio Branco


E como é tradição em todo 19 de novembro no “Saudades do Rio”, hoje comemoramos mais um aniversário do querido Conde di Lido.

Embora desaparecido daqui, devido às suas inúmeras viagens à Europa às custas da aposentadoria do INSS, sempre comparece aos encontros com os amigos do Terra. Aliás, na festa junina deste ano brilhou como o padre no casamento caipira. O sermão improvisado foi antológico. Que o diga o noivo Gustavo Lemos. Algum dia o mundo tomará conhecimento desta filmagem e nada será como antes.

As fotos são algumas de suas obras de colorização, sendo ele, salvo engano, o pioneiro desta arte nos “fotologs”, brilhantemente seguido por mestres como o Nickolas e o Reinaldo Elias.

Muitas felicidades para o Conde, figura agradabilíssima, impagável contador de histórias, ótima companhia.

Que o embaixador do Lido, renomado neurologista, rei da Abissínia, membro da Cúria Romana, amigo do Piazzola e do Papinha, vizinho da Catherine Deneuve na época em que morava com um amigo persa em Paris, testemunha ocular do xixi de Paul McCartney em Trafalgar Square, assistente do Jacky Ickx em Le Mans, mago do Photoshop (ex-mago, segundo ele), pai do Vittorio, continue a nos brindar com seu humor e sua amizade.

domingo, 18 de novembro de 2018

DOMINGO EM 1960

 
Um domingo nos anos 1960 podia começar com a missa das 11 horas na igreja de Santa Mônica, no Leblon. Depois, caminhar duas quadras até a Praça Antero de Quental, para pegar o carro de praça do “seu” Farias, que vemos na foto, no ponto bem em frente da agência dos Correios.
Logo sair da Av. Ataulfo de Paiva, ainda calçada com paralelepípedos, assim como a Bartolomeu Mitre, para seguir pela Delfim Moreira, Vieira Souto, Atlântica, Praia de Botafogo, para ir almoçar na Parque Recreio, ali na Rua Marquês de Abrantes.
A seguir, junto com o “seu” Farias, ir até o Maracanã, para assistir o Flamengo de Fernando (que disputava posição com o Ari branco e o Ari preto); Joubert (amigo do Carlos Carrilho, irmão do Altamiro), Monin (um argentino), Jadir (antes de se transferir para o Botafogo) e Jordan (o mais leal marcador do Garrincha); Carlinhos (recém saído do juvenil para substituir o Dequinha) e Moacir (campeão do mundo de 58 na reserva do Didi); Luís Carlos (um bom ponta, depois do Vasco), Henrique (de Formiga, MG, que teve seu dia de glória ao fazer gol naquele famoso jogo contra a Inglaterra no Maracanã em que o Julinho barrou o Garrincha e levou a maior vaia, em 1959, para depois "acabar" com o jogo), Dida (ídolo que fracassou na Copa de 58 e deu lugar ao Pelé, mas até a chegada do Zico foi um dos maiores do Flamengo) e Germano (irmão do Fio e do Michila e que provocou um escândalo ao casar com a Condessa Giovanna Augusta na época em que jogava no Milan) .
Na saída, sempre no táxi do “seu” Farias, o domingo terminava com uma pizza no Garden, no Jardim de Alá.