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sábado, 13 de fevereiro de 2021

DO FUNDO DO BAÚ: COISAS ANTIGAS


Há muito tempo não recebo uma carta. Esta ainda está guardada aqui. É de 1974.


Destes folhetos distribuídos nas entradas dos cinemas do circuito Luiz Severiano Ribeiro ainda tenho vários exemplares.



A carteirinha de sócio-remido do Automóvel Clube do Brasil é lembrança dos velhos tempos em que se precisava de socorro nas ruas, entre outras facilidades, e não havia o atendimento das seguradoras de automóveis.

Os LPs do Simonal ainda estão aqui, embora o Spotify contenha todas essas músicas.

Apostila preparada em parceria com meu grande amigo Renato, quando dávamos aula no Curso Pinheiro Guimarães. Este império da Educação começou com duas pequenas salas num prédio comercial de Ipanema e se expandiu de maneira notável.

 

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

FORTE DE COPACABANA

A foto, garimpada pelo M. Zierer, mostra as obras de construção do Forte de Copacabana em 1910, na Ponta da Igrejinha, no Posto 6. No alto da foto, à direita, a Igrejinha de Copacabana.

 As obras de construção do Forte foram iniciadas em 5 de janeiro de 1908, sob a coordenação do Major Arnaldo Pais de Andrade, na presença do então presidente da República, Afonso Pena, e do Ministro da Guerra, Marechal Hermes da Fonseca.

As peças vieram desmontadas da Alemanha, em cinco mil caixotes, transportadas por navios e desembarcadas num cais especialmente construído para esse fim no local, onde os seus restos podem ser vistos até hoje.

A obra foi inaugurada como Forte de Copacabana em 28 de setembro de 1914 pelo então presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca. A fortaleza foi considerada, à época, a mais moderna praça de guerra da América do Sul e um marco para a engenharia militar de seu tempo.

Ao contrário do que muitos acreditam, a Igrejinha de Copacabana só foi demolida após a construção do Forte. Ela foi desapropriada por um decreto do dia 20 de março de 1918 e demolida no mesmo ano. A imagem de Nossa Senhora de Copacabana foi recolhida pela família Tefé à sua residência em Corrêas, Petrópolis. O fundador e a data em que a Igrejinha foi edificada ficaram perdidos no tempo. Sabe-se apenas que era antiqüíssima. Já em 1732 o bispo frei Antônio de Guadalupe, estando a ermida em ruínas, ordenava consertos no seu telhado, paredes e alpendres.”

Ocupando uma área total de 114.169 m2, o Forte de Copacabana, inaugurado em 1914, era então considerado a mais moderna praça de guerra da América do Sul. Construído em forma de casamata, com 40.000 m2 de área e 12m de espessura em suas paredes externas, o Forte contava com canhões alemães Krupp, alojados em cúpulas encouraçadas e móveis. Dotado de usina elétrica própria, depósitos de víveres e munição, refeitório, cozinha, alojamentos e enfermaria, serviu como unidade de Artilharia e foi palco de acontecimentos importantes de nossa história, como o "Dezoito do Forte". Atualmente abriga o Museu Histórico do Exército, aberto diariamente à visitação pública. Também faz sucesso uma filial da Confeitaria Colombo.


Curiosidades dos primeiros tempos do Forte de Copacabana:

- O primeiro comandante do Forte foi o Major Antonio Carlos Brasil, que, no entanto, faleceu em 1912.

- Em 1913 houve um escândalo, pois “foi recebido e aplicado em uma fortaleza, material que posteriormente se reconhece ser imprestável”. Referência à importação feita da Casa Krupp de canhões e fuzis.

- Em 1914 foi nomeado comandante o Major Marcos Pradel de Azambuja.

- Como no dia 1º de Setembro de 1914 haveria a experiência da artilharia do Forte foi emitido aviso para os vizinhos de Copacabana e Ipanema deixaram portas e janelas abertas devido ao estampido dos grandes canhões.

A foto mostra a solenidade de comemoração do 26º aniversário do Forte de Copacabana. Ao fundo podemos observar o prédio do Cassino Atlântico, onde anos depois funcionou a TV Rio.


Os canhões do Forte de Copacabana.

Estas fotos, outrora mostradas ao saudoso comentarista General Miranda, geraram a seguinte resposta:

"Ilustre Sr. Gerente do sítio Saudades do Rio, comovido, vejo encherem-se os olhos de lágrimas e redobrada é a honra por ver fotos dos tempos em que os companheiros de farda tinham admirável espírito cívico e porte moral invejável, algo em falta no momento atual.

Quando já não se veem manifestações, em tempo, de certo e especial respeito e instinto de conservação para com os marcos artísticos ou repletos de tradição, é um deleite ver a memória da cidade aqui exposta diariamente.

Lamento o quanto foi impiedosamente destruído para construir, muita vez, um novo sem alma e sem estilo. Por isso, nossa cidade encontra-se desfalcada de muitas construções (e de tradições, como as paradas militares do Dia da Pátria), que poderiam refletir e documentar fases de épocas pretéritas ou manifestações do belo.”

Como é do conhecimento do público do "Saudades do Rio", o General Miranda foi covardemente assassinado pelo dono do salão "Fleur de La Passion", o Tutu La Minelli, atualmente escondido naquela estranha cidade do Sudeste.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

AV. N. S. DE COPACABANA


 Como estou enrolado hoje com um imprevisto, para não deixar de postar uma oto, aí vai esta da Av. N.S. de Copacabana em 1958.

Além dos automóveis fica o fácil desafio para vocês: em que trecho estamos?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

CASTELO

Ontem o prezado comentarista GMA perguntou o que havia onde é hoje o Terminal Menezes Côrtes. Esta foto mostra este local quando da demolição do lado ímpar da Rua São José para a construção do Terminal Rodoviário Erasmo Braga. 

Em julho de 1955, inauguração do terminal de ônibus da Avenida Erasmo Braga, no centro da cidade, em local antes reservado à construção de edifícios comerciais. 

Outra foto do Terminal Erasmo Braga.


No dia 6 de setembro de 1955 foram inauguradas mais duas plataformas no mesmo terminal, na então Praça Antônio José de Almeida. Esta foto da Getty Images é de alguns anos depois.



Vemos ainda o antigo Terminal Erasmo Braga que no início dos anos 60 recebeu os ônibus elétricos da CTC. 

Em janeiro de 1963, com grande interesse de Carlos Lacerda, então governador do Estado da Guanabara, seria apresentado o projeto de construção de edifício garagem de 14 andares, que seria o Termina Menezes Cortes.

Em maio de 1973, foi concluída a obra de remodelação da Rua São José, no trecho junto ao Terminal Menezes Cortes, quando é transformada em rua de pedestres. A Rua São José foi a primeira rua planejada para pedestres da cidade.

O Terminal Garagem Coronel Menezes Cortes tem 16 andares de estacionamento e duas plataformas para ônibus.  

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

ESPLANADA DO CASTELO




Durante anos a Esplanada do Castelo mais parecia um grande estacionamento. Algo semelhante também ocorreu na Av. Presidente Vargas, como já vimos por aqui em outras fotos.

Cada vez mais as gerações mais jovens não têm carros. Será que em breve os carros serão como as patinetes e as bicicletas que se alugam por meio de um aplicativo?


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

EMBAIXADA DA ARGENTINA

Hoje temos fotos que mostram a antiga Embaixada da Argentina, na Praia de Botafogo, na altura da Rua Farani. A bela casa, como vários dos palácios da cidade, foi construída pela família Guinle como residência, num terreno de 8000 metros quadrados. O projeto, dos anos 20 do século passado, foi de Lucio Costa.

A partir de 1937 passou a abrigar a Embaixada da Argentina até sua transferência para Brasília, em 1972. O prédio foi demolido em 1978. Em seu lugar foi construído o Centro Empresarial Rio, formado pelo Edifício Argentina e pelo Edifício Nove de Julho (garagem). As fotos foram tiradas a partir do Morro Mundo Novo.



Vemos a Embaixada da Argentina pelo lado de trás, à esquerda, em foto colorizada pelo Nickolas Nogueira. Quando foi decidida a demolição houve um alvoroço no mercado de antiguidades do Rio. Muita coisa do prédio demolido pode ser vista espalhada pela cidade, como a sua porta que acabou no apart-hotel Tiffany´s (que era alvo da ira do Millor Fernandes), em Ipanema, na Rua Prudente de Morais. 

Noutra fotografia, também colorizada pelo Nickolas, vemos a bela vista que havia a partir do Morro Mundo Novo. Desde sempre se destacava o renque de palmeiras no terreno da embaixada.

Esta foto, como a seguinte, são do acervo do AGCRJ e foram enviadas pelo Maximiliano Zierer.

Na época da demolição do prédio da embaixada Lucio Costa foi chamado a opinar e achou que a construção não tinha valor arquitetônico para ser tombada e desta forma a demolição não foi evitada. Entretanto, preocupou-se com as belas palmeiras, que foram mantidas entre os dois prédios. Elas obreviveram por muito tempo, mas em 2005 foram afetadas por uma doença, morreram e foram substituídas por outras que estão lá até hoje.

Este desenho está num livro de Lucio Costa, dos anos 20, e mostra a ideia para a fachada do prédio.


 Quase ilegível, este é o projeto feito por Lucio Costa para o terreno.

Houve um tempo que a embaixada mantinha um local de atendimento ao público na Rua Farani nº 29, endereço hoje desaparecido com as obras realizadas no local.


domingo, 7 de fevereiro de 2021

DO FUNDO DO BAÚ - A CADERNETA DO COLÉGIO SANTO INÁCIO

Vemos hoje o conteúdo das cadernetas dos anos 60 do Colégio Santo Inácio.  

Começavam com as regras gerais nas suas primeiras páginas. 

Nas últimas páginas apareciam informações sobre o calendário de feriados, bem como local para anotação das aulas e uma recomendação, colégio católico que era, de se comungar nas nove primeiras sextas-feiras de cada mês, o que garantiria a salvação eterna.

A página com os critérios de aprovação era sempre preocupante. Durante certo tempo havia as notas mensais, a primeira prova parcial em junho, a segunda prova parcial no final do ano, junto com a temida prova oral.

As punições eram frequentes: faltas leves levavam a ficar sem recreio (ficava-se de pé num corredor do colégio durante o recreio, daí serem conhecidas como "corredores". Três "corredores" no mês levava a ficara "retido" (uma hora a mais no colégio no final das aulas). Três "retidos" no mês levava a uma "suspensão" de três dias. Três "suspenções" no ano causavam a expulsão do colégio. O motivos para os "retidos" eram os mais diferentes e estranhos.

Eis um exemplo da parte interna das cadernetas.

Reprodução das páginas de um aluno "levado". Além do registro obrigatório, assinado pelo responsável, sobre onde assistiu a missa dominical (houve uma época em que a missa era obrigatória no próprio colégio), aí estão os avisos, registros de circulares e punições. Eram assinados pelo padre responsável pela disciplina. Bem dizia o saudoso AG, sobre o Colégio São José, que parecia um campo de concentração.

Mas, ao final, a maioria aceitava este regime e concluía o curso avaliando-o como bom e levava boas recordações deste período pela vida afora.