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sábado, 20 de julho de 2024

DO FUNDO DO BAÚ: LOCUTORES E APRESENTADORES

 LOCUTORES E APRESENTADORES (Primeira parte), por Helio Ribeiro

A postagem de 13/05/2023 versou sobre programas de auditório e naturalmente citou seus apresentadores, de passagem. A postagem de hoje é dedicada a alguns deles.

 CÉSAR LADEIRA (11/12/1910 – 08/09/1969)

César Rocha Brito Ladeira nasceu em Campinas e iniciou a carreira em 1931. Ainda estudante de Direito, foi convidado pela Rádio Record para fazer um teste e, em vez de ler anúncios, proferiu um discurso contra Getúlio Vargas, ditador da época. Foi contratado não só por isso como por sua bela voz.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, a Record juntou-se à Mayrink Veiga para realizar programas políticos, e César Ladeira era o locutor encarregado de fazer veementes discursos contra o governo e exortar a população à revolta. Vencido o levante, César Ladeira acabou preso, ocasião que aproveitou para escrever o primeiro livro sobre rádio.

Em 1933 foi contratado pela Mayrink Veiga como locutor e diretor artístico, mudando-se então para o Rio de Janeiro.

Em 1948, já na Rádio Nacional, estreou o programa “Seu criado, obrigado”, levado ao ar durante 10 anos, ao lado de Daisy Lúcidi.

Em 1956 foi fundador e diretor da Rádio Relógio do Rio de Janeiro.

Morreu de hemorragia cerebral em 1969.

 

CÉSAR DE ALENCAR (06/06/1917 – 14/01/1990)

Hermelindo César de Alencar Mattos nasceu em Fortaleza e começou sua carreira em 1939, na emissora carioca Rádio Clube do Brasil, tendo passado para a Rádio Nacional em 1945, onde atuou em comerciais e narrações, com pequenas participações em radionovelas.

Com a saída de Paulo Gracindo, passou a ter seu próprio programa aos sábados, tornando-se este a maior atração da emissora, onde contava com a participação de Emilinha Borba.

A música de entrada do programa fez história: "Essa canção nasceu pra quem quiser cantar / Canta você, cantamos nós até cansar. / É só bater, e decorar / Pra recordar vou repetir o seu refrão / Prepara a mão / Bate outra vez / Este programa pertence a vocês".

O auditório lotava durante a apresentação do programa.

A partir de 1948 gravou vários discos e compôs algumas músicas. Em 1954 inaugurou em Copacabana a casa noturna “A Cantina do César”, onde se apresentaram grandes nomes da Rádio Nacional.

Na TV Excelsior, foi o apresentador do Programa César de Alencar.

Com a instalação do regime militar em 1964, César de Alencar foi acusado de delatar vários colegas da Rádio Nacional. Embora sempre tivesse negado isso, em depoimento prestado por ele em 25 de maio de 1964 junto à Diretoria de Costa e Artilharia Antiaérea ele reclamou de colegas esquerdizantes na emissora, citando vários deles. E na Revista do Rádio de 16 de maio de 1964 ele deu uma entrevista comprometedora, colocando-se ao lado da “defesa de democracia”.

Após esses fatos, sua carreira declinou, seu programa da Rádio Nacional foi extinto e mesmo suas tentativas posteriores de retornar à carreira artística deram em nada.

Morreu no ostracismo.

 

CHACRINHA (30/09/1917 – 30/06/1988)

José Abelardo Barbosa de Medeiros, pernambucano de Surubim, teve uma vida merecedora de várias laudas. Aqui se encontra um resumo dela.

Carreira

Em 1936, aos 19 anos, ingressou na Faculdade de Medicina de Pernambuco e no ano seguinte teve seu primeiro contato com rádio, ao dar uma palestra sobre alcoolismo na Rádio Clube de Pernambuco.

Após vários eventos, em 1939 resolveu embarcar para a Alemanha a bordo de um navio. Porém o início da II Guerra o fez desembarcar na capital federal, onde se tornou locutor da Rádio Tupi.

Em 1943 lançou na Rádio Clube Fluminense o programa de marchinhas carnavalescas Rei Momo na chacrinha, que fez muito sucesso e a partir daí ele passou a ser conhecido como Abelardo “Chacrinha” Barbosa.

Nos anos 1950 lançou o programa Cassino do Chacrinha, onde se apresentavam músicas de sucesso na época.

Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho de Mister Chacrinha na TV Tupi, uma série de faroeste infanto-juvenil, na qual interpretava o papel do xerife. Naquela mesma emissora começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Na década de 1960 seu programa foi exibido nas TV's Paulista, Rio e Excelsior e em 1967 foi contratado pela TV Globo. Chegou a fazer dois programas semanais: Buzina do Chacrinha, no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "Vai para o trono ou não vai?", e Discoteca do Chacrinha. Cinco anos depois voltou para a Tupi. Em 1974, teve uma breve passagem pela  TV Record, retornando em seguida para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e em 1982 retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado.

Ganhou o apelido de “Velho Guerreiro” em virtude de uma música de Gilberto Gil que o citava assim.

Frases e bordões

Criou frases e bordões que se tornaram famosos, como “Vocês querem bacalhau?”, “Quem não se comunica se trumbica”, “Terezinha!” e “Eu vim para confundir, não para explicar”.

Origem do “Vocês querem bacalhau?”

As Casas da Banha eram seu patrocinador na TV Tupi e as vendas de bacalhau haviam encalhado. Ele então teve ideia de criar a frase “Vocês querem bacalhau?”, após o que atirava peças do peixe para o auditório, que as disputavam a tapa. As vendas explodiram.

Morte

Chacrinha tinha câncer de pulmão e morreu de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória no dia 30 de junho de 1988.

 

JAIR DE TAUMATURGO (28/02/1918 – 04/09/1970)

OBS: Quase não há informações sobre ele na Internet. Inclusive a data de nascimento apresenta contradições: alguns sites citam o ano de 1918 e outros 1920.

Como radialista na Mayrink Veiga, apresentava o programa Alô, Brotos, destinado a cantores de rock. Por isso é considerado muito importante para a Jovem Guarda, assim como Carlos Imperial, que tinha um programa concorrente, chamado Brotos no 7.

Posteriormente, já na TV Rio, apresentou os programas Festa do Bolinha e Hoje é Dia de Rock, ambos famosos na época, e neles possibilitou a fama de cantores como Roberto Carlos, Wilson Simonal, Erasmo Carlos, Cely Campelo, Ronnie Cord e muitos outros.

Curiosidade: um dia foi apresentado a Jair um conjunto chamado “Bacaninhas do Rock da Piedade”. Ele não gostou desse nome e rebatizou o conjunto como “Renato e Seus Blue Caps”. E com esse nome o grupo fez muito sucesso.

Em agosto de 1970 sofreu um infarto agudo do miocárdio e faleceu em 4 de setembro.

 

LUIZ JATOBÁ (05/01/1915 – 09/12/1982)

Alagoano de Maceió, Jatobá se formou em Medicina. Tinha uma voz privilegiada, grave e cavernosa. Em 1940 foi convidado para ser locutor da CBS (Columbia Broadcasting System) em Nova Iorque, onde era o brasileiro que transmitia notícias sobre a II Guerra Mundial e apresentava trailers para a Metro Goldwyn Mayer.

De volta ao Brasil, foi para a TV Globo, onde era o locutor do Jornal da Globo, junto com Hilton Gomes e Nathalia Timberg. Comandou a primeira edição do Jornal Hoje, ao lado de Léo Batista. Durante o governo militar sofreu perseguição, retornando aos EUA e retomando a narração de trailers cinematográficos.

Era sua a voz cavernosa que se ouvia durante a exibição de trailers nos cinemas brasileiros. Também narrava parte do noticioso Hora do Brasil.

Durante 45 anos atuou no rádio brasileiro, época em que esse era o meio de comunicação mais usado no país. Influenciou na geração de muitos locutores não apenas de rádio mas também de TV, cinema e vídeo. Sua voz era considerada uma das mais célebres no continente americano e certamente era o timbre masculino mais famoso no Brasil.

-------------  FIM  DA  POSTAGEM  -----------

O "Saudades do Rio" agradece a colaboração do Helio Ribeiro.

sexta-feira, 19 de julho de 2024

CARROS A GASOGÊNIO

Com a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial uma série de providências tiveram que ser adotadas. Desde economizar eletricidade, racionar gás, carne, leite, açúcar, até praticamente suspender o uso de gasolina.

Desta forma, os veículos precisaram ser adaptados e foi usado o gasogênio, produto feito à base de carvão.


FOTO 1: Vemos um automóvel com a instalação de gasogênio na traseira. O local é na Glória, perto do hotel e da então sede do Automóvel Clube do Brasil.


FOTO 2: A foto foi estupendamente colorizada pelo Nickolas Nogueira e o automóvel foi identificado pelo Obiscoitomolhado como sendo um Cadillac 1941, placa DF 11-11.

                                                                                                        FOTO 3: Do acervo do Sergio L. Santos vemos uma família posando ao lado de um Packard com gasogênio. 

Na época não havia uma conscientização ecológica, mas a maioria não gostou do volumoso aparelho instalado na traseira do veículo, com peso total que chegava próximo a 100 kg e que, além de mau aspecto estético, alterava as reações dos automóveis pela inadequada distribuição de peso, o desagradável aspecto visual e a dificuldade de gerar o gás necessário para o funcionamento do motor.


FOTO 4: Nesta foto garimpada pelo nosso comentarista Augusto no acervo do Correio da Manhã vemos uma das muitas oficinas existentes para instalação do gasogênio.

                                                                                                        FOTO 5: Nos jornais dos anos 40 eram muitos os anúncios sobre o gasogênio. Apelidado de “gás pobre”, os proprietários de automóveis não gostavam do combustível porque ele fazia com que a potência fosse perdida. Para convencer a população, o governo encomendou a produção de um filme, o “Nosso Amigo, o Gasogênio”.

                                                                                                      FOTO 6: Nas imediações do Palácio Monroe havia muitos automóveis com gasogênio. Era um processo demorado usar automóvel com gasogênio e a maioria dos proprietários recorreu a cavaletes de madeira para manter o carro suspenso, sem contato com o solo, para não estragar os pneus que perdiam pressão pelo longo período imobilizado. E esperar pelo fim da guerra fazendo uso dos bondes e dos ônibus que existiam para chegar ao local de trabalho.


FOTO 7: Outra foto, acho que da LIFE, nas imediações do Monroe. Apenas os carros oficiais tinham acesso à gasolina. A importação de petróleo era obstruída pela guerra, obrigando ao governo decretar o racionamento dos seus derivados.


FOTO 8: Aqui vemos caminhões com gasogênio. Em certa época até mesmo houve corridas de automóveis movidos a gasogênio.

Artigo no “Correio da Manhã” descrevia os sacrifícios e restrições à sociedade brasileira. Publicado em setembro de 1942, lembra que em maio a gasolina desapareceu dos postos de abastecimento. Os transportes públicos pioraram. A população passou a sofrer nas manhãs e final das tardes, espremida em ônibus e bondes. Era possível ver senhoras com garrafas nas mãos nos postos para comprar querosene racionado, uma vez que não encontravam o combustível de maneira abundante nos armazéns, como havia antes.

Mas também o banho morno tornou-se um luxo, porque faltava gás produzido pelo carvão. Não havia carvão. Em casa, no almoço e no jantar, faltavam carne, ovos e bacalhau.

Escasseavam também as francesas “pílulas tão boas para o fígado”, máquinas de costura, geladeiras. Do mesmo modo faltavam meias de lã importadas, bem como navalhas alemãs e suecas. Não era possível assistir a óperas, porque o repertório é italiano. Azeite de oliva não havia no mercado, muito menos perfumes parisienses.

O artigo publicado no Correio da Manhã era bastante crítico dos cassinos e das elites do Rio de Janeiro, indiferentes às dificuldades vividas pelo povo. 

O país produzia trigo em quantidade insuficiente para o consumo. A guerra prejudicou a importação e tornou-se difícil abastecer as padarias com farinha de trigo.  O mesmo ocorreu com o açúcar. A iniciativa governamental de substituir o açúcar refinado, branco, pelo mascavo, de cor escura, foi mal recebida.

O perigo de ataques aéreos da Alemanha às cidades litorâneas foi considerado sério e muito possível de ocorrer pelo governo brasileiro. Era necessário preparar a população para o caso de bombardeios nas áreas urbanas. Para isso, o governo instituiu o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, como já vimos em postagem anterior.

Foi determinado que permanecessem apagadas as luzes do Corcovado, do alto dos morros da Urca e do Pão de Açúcar, do relógio do edifício da Mesbla, dos anúncios luminosos localizados em morros, igrejas e arranha-céus. “Bunkers” foram construídos, como os do Castelo e o de Copacabana, junto da Galeria Menescal.

Foram tempos difíceis.



quarta-feira, 17 de julho de 2024

ANOS 70 (2)


FOTO 1: Na Praia de Ipanema dos anos 70, antes da construção da ciclovia, se estacionava na calçada da praia e os pedestres que se virassem.


FOTO 2: Em várias esquinas havia brinquedos de plástico à venda e, no canteiro central, era permitido estacionar sobre a calçada. A Kombi vermelha seria a mesma nas duas fotos?


FOTO 3: Os veículos da Volkswagen dominam a paisagem de Ipanema nos anos 70. 


FOTO 4:
 É impressionante a ausência de pedestres pela calçada. Ainda não havia o hábito das caminhadas pela praia, que seria incentivado pelo Dr. Cooper. Hoje em dia multidões caminham todos os domingos pela orla.


FOTO 5:
 Talvez esta foto seja dos anos 60 e não dos 70, mas mostra o abuso que ocorria naquela época quanto ao estacionamento na praia.


FOTO 6: Que saudade do tempo do "pier" e da "Rede Lagosta", de vôlei, que por mais de 40 anos foi erguida ali em frente à Farme de Amoedo.


FOTO 7: Dia de sol escaldante. A quadra de vôlei devidamente regada com água do mar. Para molhar a quadra da "Rede Lagosta" tínhamos uma bomba manual, daquelas antigas, que era um sucesso.


FOTO 8: O que dizer deste estacionamento na praia?


FOTO 9: A reforma de Ipanema com a construção da ciclovia e da calçada para pedestres, além do fechamento das pistas da orla em domingos e feriados, foi um grande progresso. A situação como a da foto era por demais absurda.


FOTO 10: O antigo Posto 8, bem em frente à Rua Farme de Amoedo. Na esquina funcionou o restaurante Alberico´s. 
Logo após o Posto ficou armada por muitas décadas a "Rede Lagosta".

Esta rede foi fundada por um grupo de funcionários do então BNDE, tendo à frente o "diretor-geral” Celso Juarez de Lacerda, junto com o Cesar Café, o Nilo, o Gonzaga, a Helô, o Michel, o Adalberto e alguns outros. Comecei a jogar lá pouco antes de entrar para a Faculdade.
Desta época estavam lá o Aldyr Nunes, o Carlos P. Santos, o Vicente Lima, o Luiz Carlos, o Getúlio Lacerda, a Beth, o Osvaldo, a Diana, o Ivo, o Joel (do restaurante Sírio-Libanês), o Asmie, o Roberto, o Fred Cafuringa, o Coronel Guido, além dos já citados. 

Pegávamos as estacas, a marcação do campo, a bola e os regadores para molhar a areia na garagem do edifício 232, onde morava o Celso. No final dos anos 60 apareceu a turma mais jovem com p Paulo, Luiz, Vanda, Téia, o craque Dominguinhos, Flávio, Adolfo (o “AAA”), Norton, Afonso, Claudio, Renato, os irmãos Montera (Miguel e Carmem), Augusto, Verinha, Otacílio, Marli, Sergio Berredo, Sandra, Alberto Belfort, Virginia, Felipe “Minhoca”, Nelson Parente, Maria Isabel, Ana Luiza, Monica, Bee, Charles, Hélia, Tininha, as Reginas, Claudia, Liliane, Zé Augusto, Rogério, Lucia, Rita, Célia, Leila, o Odone e sua maravilhosa prima (como se chamava?) e muitos outros. A rede propiciou muitas festas, muitos namoros, alguns casamentos e os consequentes divórcios.  E a algumas amizades para a vida toda.

Anos depois, chegaram a Carminha, a Tereza, o Eduardo, a Verinha, o Leonardo, o Carlinhos, o Flavinho, a Aninha, o Sergio, o André, o Antonio Maria, o Coronel Barroso, o Bruno, o Mauro, o Arlindo, o Zé Claudio, uma infinidade de gente que teve passagem curta ou longa.

Na época da construção do “píer” nos unimos com outra rede deslocada pelas obras. Quando estas terminaram, todos se incorporaram à “Lagosta” e novos companheiros passaram a fazer parte de nosso time, como o Walter e seu irmão Antenor, o Gabriel, o Jarbas, o João Baptista, o Dr. Rui Sodré, o Laranja, o Jaime Valente, o Jaime Moreira, o Julio, o Joaquim, o Osvaldo “Aranha”.

No final era tanta gente que chegávamos a armar uma rede auxiliar nos fins de semana. O espaço na praia era licenciado pela Prefeitura e anualmente o Roberto Paraíso se encarregava de renovar a licença.

Até o final da década de 70 todos nos conhecíamos naquele trecho da praia em que se destacava o Bocaiúva, um antigo banhista (salva-vidas) que tivera que sair do Salvamar após ter um TCE numa briga com a Polícia do Exército. O “Boca”, mesmo com problemas, organizava diversos eventos na área, com disputas de vôlei e natação, além de aulas de surfe. 

Neste trecho havia ainda duas redes vizinhas, uma da turma da “Móveis Samurai” e outra da turma do Sergio “Tachinha”. Não pode ser esquecida, também a turma da peteca, capitaneada pelo Gabriel e pelo Célio. 

A turma do frescobol incluía quase todo mundo (sofremos muito no período em que a PM reprimia o jogo para valer, apreendendo as raquetes). 

Depois vieram os filhos de todos nós e a praia ficou cheia. 

 Foram décadas que deixaram muitas saudades. 




segunda-feira, 15 de julho de 2024

ANOS 70

Embora já se tenham passado mais de 50 anos a década de 70 está ainda fresca na memória de muitos comentaristas do "Saudades do Rio".

O prezado GMA, a quem o "Saudades do Rio" agradece,  mandou várias fotos daquela década, algumas com certeza de autoria do húngaro Gyorgy Szendrodi e já bastante conhecidas, além de outras que desconheço o autor. 

Entretanto, por propiciarem boas lembranças, parte delas será exibida por aqui esta semana.


FOTO 1: Vemos o predio onde funcionavam a Varig e a Vasp junto ao aeroporto Santos Dumont. 
 

A Varig começou com uma linha de apenas 270 quilômetros - Porto Alegre - Pelotas - Rio Grande, que no seu primeiro ano de atividade realizou 85 voos, transportou 652 passageiros e voou 210 horas. 

Chegou a operar a maior e mais completa rede de linhas do Brasil. Para o exterior voou diretamente para destinos em mais de 20 países, em quatro continentes. 

Atualmente no local existe um grande shopping chamado Bossa Nova Mall. Tem bastante movimento, atendendo os passageiros do Santos Dumont, além de ser aberto ao público em geral.

Recentemente fui ali almoçar no restaurante Xian, um meio asiático, além de parceiro do Giuseppe, especializado em carnes. Daria nota 7, não mais que isso.


FOTO 2: E o Monroe volta ao "Saudades do Rio". Podemos ver seu bem cuidado jardim e a espetacular calçada em pedras portuguesas. Ao fundo, outro símbolo do século passado: a Mesbla.


FOTO 3: Quem diria que o tradicional Hotel Glória (visto ao lado do edifício Ypu) iria passar por tantas transformações nos últimos 50 anos. Após a aventura do Eike, que levou as instalações a ruínas, parece que está sendo reformado e transformado em luxuoso prédio residencial com mais de 200 apartamentos. A previsão é que fique pronto em 2026.


FOTO 4: O simpático trenzinho que percorria o Aterro do Flamengo há mais de 50 anos desapareceu em 1979. Lá no fundo, o edifício Hilton Santos que por décadas abrigou a "sede nova" do Flamengo, também foi vendido para um novo dono que fará ali um residencial moderno.


FOTO 5: Esta é a piscina do Clube Guanabara. Não sei se nesta época da foto ainda era utilizada água do mar para enchê-la. 

Na de água salgada, em 21 de setembro de 1961, Manoel dos Santos nadou sozinho, diante de 3 mil espectadores, na tentativa de conseguir o recorde mundial dos 100 metros. Teve sucesso e obteve o recorde que durou três anos: 53s6. 

Neste ano de 2024 o chinês Zhanke Pan estabeleceu o atual recorde mundial dos 100 metros livres com o tempo de 46s8, em competição no Catar.

***RETIFICAÇÃO*** Não é a piscina do Guanabara e sim a piscina suspensa do Botafogo.