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sábado, 16 de março de 2019

CASA OLGA



 
No mês de setembro de 1928 nasceu a primeira Casa Olga, que procurava atender cada vez mais e melhor às preferências do grande público carioca. Adotou, tempos depois, o "slogan": "Ao lado de sua casa há sempre uma das casas Olga".
Era o maior distribuidor das meias de Nylon para senhoras, marcas Olga, Olguinha, Olga Luxo, Olga Ouro e Casino, além da Racoara para homens e crianças.
A matriz era na Av. Rio Branco nº 119. Muitas filiais foram criadas, tais como na Rua do Ouvidor nº 122 (foto com as freiras) e na Av. N.S. de Copacabana nº 794 (esta é a que aparece na primeira foto. Ficava bem perto do ponto do bonde que havia em frente à Spaghetillandia, entre as ruas Dias da Rocha e Raimundo Correia. Como era meu caminho para casa, passava diariamente por ela).
Outros locais em que havia Casa Olga: Rua do Ouvidor nº 122, Rua 7 de Setembro nº 133 (depois mudou-se para o nº 82, no prédio do Clube de Engenharia), Rua Uruguaiana nº 20, Rua Gonçalves Dias nº 75.
E a empresa não parava de se expandir, inaugurando outra loja na Av. N.S. de Copacabana nº 1088, esquina de Rua Djalma Ulrich, e também uma outra nesta avenida, no nº 891.
Na Zona Norte havia lojas na Rua Conde de Bonfim nº 422 (galeria do cinema Eskye), e na Rua Dias da Cruz nº 59. Em Madureira, na Rua Carvalho de Souza nº 300.
O conhecido comerciante Mozart do Amaral era sócio-gerente.

sexta-feira, 15 de março de 2019

IPANEMA - ANOS 60




 
Como dizia Vinicius nos anos 60, Ipanema era só felicidade.
 
Foi uma época especial, com a Bossa Nova e os Beatles, muita cor, o movimento hippie, ainda pouca gente e sem prédios altos.
 
Foi um privilégio viver aquele tempo de praia, tomar um chope, no Zeppelin, no Veloso, no Jangadeiros ou no Castelinho, ir a espetáculos de música nos teatros da Praia, Santa Rosa ou Poeira, frequentar o Pax, o Pirajá, o Ipanema, o Bruni e o Astória (ou, no final da década, assistir aos programas ao vivo na TV Excelsior).
 
Tomar sorvete no Morais e comer no Bob´s da Garcia D´Ávila. Bailes de carnaval no Caiçaras, bailes de formatura no Monte Líbano, passear no Jardim de Alá. Remar na Lagoa e pegar onda no Arpoador.
 
Ouvir a pregação do Frei Leovegildo, patinar no gelo ao lado do Pax, comprar pão na Padaria Eldorado e presunto na Casa Nelson, na Montenegro. Onde também tinha as pizzas do Pizzaiolo, que rivalizavam com as do Varanda.
 
Pegar o 14 até a General Osório ou o 13 até o Bar 20. Dirigir sobre os trilhos do bonde da Visconde de Pirajá, ainda de paralelepípedos.
 
Comprar roupa nas inúmeras butiques de Ipanema, como a Mariazinha, a Bibba, a Aniki Bobó, a Frágil, a Blu-Blu, a Company.  Flanar pelo simpático comércio do bairro depois do jantar era um grande programa, bem como frequentar a "corrida de submarinos" no Castelinho.
 
Bons tempos.

quinta-feira, 14 de março de 2019

VIADUTOS



 
Em 1967 houve uma série de grandes obras no Rio, entre elas a destes três viadutos.
 
Onde ficam estes das fotos de hoje?

quarta-feira, 13 de março de 2019

PRAÇA EUGENIO JARDIM



 
Esta semana constatei que, tal como quando estava hospedado no TERRA, o “Saudades do Rio” desapareceu do UOL. Desta forma, milhares de fotos e centenas de milhares de comentários se perderam. Vamos ver quanto tempo resistirá aqui  no Blogger.
O tema de hoje visa a recuperar algo já publicado sobre a Praça Eugenio Jardim, em Copacabana.
A primeira foto, publicada por Isabel Roque, mostra lá no fundo a Rua Miguel Lemos, enquanto o DKW subia o Corte do Cantagalo. Obiscoitomolhado identificou o DKW da fotografia como sendo o modelo 1001, de 1964, o único que tem a porta não-suicida com o para-choque antigo. O DKW foi produzido de 1956 a 1968 e chegou perto de cem mil unidades produzidas. Indiscutivelmente foi um sucesso.
As outras duas fotos foram enviadas pelo GMA. Uma mostra os irmãos dele embarcando num DKW.  Talvez estivessem se dirigindo para o colégio, o famoso "Curso Infantil", de D. Eva Levy, na Travessa Santa Leocádia, onde também estudei.
No entorno da praça, em diversas épocas, moraram figuras importantíssimas dos FRA, como o próprio GMA, a Dra. Psicóloga, o Roberto, a tia Lu (proprietária do famoso automóvel que saiu da garagem sem motorista e entrou de ré no meio da praça... ).
Muitos colegas do Curso Infantil moraram também por aí, como o Carlos Ronald e o Carlos Raul, em edifícios como o Roosevelt ou o Muiraquitã.
Quando criança brinquei muito na PEJ, uma pracinha pequena, com quatro balanços, um rema-rema e três gangorras, na época. O atrativo adicional era assistir às saídas dos bombeiros do quartel de Copacabana.

Na foto podemos observar um Corte do Cantagalo com trânsito tranquilo e, na Miguel Lemos, as obras de construção dos edifícios Estrela de Ouro e Estrela Brilhante, de 1959, projetados pelo jovem arquiteto Paulo Casé.

Lá no prédio do topo do Corte, à esquerda, morava uma encantadora menina de nome Márcia, que abalou os corações de muitos adolescentes que estudavam no IBEU de Copacabana nos anos 60.
Quanto aos carros da segunda foto, além do DKW podemos ver um Simca Chambord, um Chevrolet 1961 ou 62 e à sua frente um Plymouth, Dodge, DeSoto ou Chrysler, 1949 a 1952.
A útima foto, bem antiga, mostra o Quartel dos Bombeiros, junto à Rua Pompeu Loureiro.
Em 1918, D. Rosa Leopoldina Guimarães fez a doação de um terreno situado entre as antigas ruas Guimarães Caipora, atual Bolívar, e Furquim Werneck, atual Xavier da Silveira, destinando-a à construção de uma estação para o Corpo de Bombeiros, que está lá até os dias de hoje.

terça-feira, 12 de março de 2019

LARGO DAS NEVES





 
Com fotos enviadas pela tia Nalu, vemos o Largo das Neves, em Santa Teresa, nos anos 80.
A Igreja de Nossa Senhora das Neves é de 1858. Com estilo neogótico, as obras da igreja foram iniciadas em 1854, por ordem do Comendador Francisco Ferreira das Neves, passando a ocupar o local de um oratório de 1814.
No local, também podemos ver um casario de 1850, além de bares famosos. Ao lado do Largo dos Guimarães, o Largo das Neves é considerado o coração de Santa Teresa.
A devoção de Nossa Senhora das Neves é devido a uma antiga tradição, segundo a qual um casal romano, possuidor de muitos bens e desejoso de empregar tudo em favor do bem, pede à Virgem Maria a inspiração para saber como fazê-lo. Receberam em sonhos a mensagem de que a Santíssima Virgem desejava que lhe fosse dedicado um templo precisamente no lugar do Monte Esquilino, nas periferias de Roma, que aparecesse coberto de neve. Esse fenômeno milagroso aconteceu na noite de 4 para 5 de agosto, em pleno verão europeu. No dia seguinte, o terreno, onde hoje se ergue a famosa Basílica de Santa Maria Maior, amanheceu inteiramente nevado.
São quatro as ruas que chegam ao Largo das Neves: Progresso, Santo Alfredo, Eduardo Santos e a Pintora Djanira.
Vale a pena, também, resgatar um comentário do Lino, embora eu não possa afirmar que tudo esteja ainda deste modo:
“Santa, meu berço, sempre que posso vou lá, para assistir algum evento ou para almoçar, além de não faltar na excelente roda de samba das 4ª feiras no Sobrenatural. Por isso vamos fazer um belo “tour” em Santa. Já aí no Largo das Neves, podemos parar no Santa Saideira, com alguns tira-gostos lá da terrinha ou no Goiabeira, especializado em pingas de infusão, boa opção para o mestre Menezes.
Seguindo pela Rua Progresso, tem um atelier de fabricação de móveis de demolição, muito bom. Dobrando a direita já na Rua Oriente, tem o atelier do fotógrafo Renan Cepeda. Na esquina da Aurea com Monte Alegre, tem o Bar do Gomes, um belo armazém, que ainda preserva toda a decoração desde a sua inauguração, geladeira de madeira, vitrines de exposição das mercadorias, e muitos outros itens, vale a pena conhecer.
Dobrando à esquerda temos a Rua Monte Alegre, também com alguns barzinhos bem transados; dobrando na Pascoal Carlos Magno, também alguns bares, na RuaTerezina tem um atelier de cerâmica, com peças muito bonitas.
Voltando à Paschoal Carlos Magno, antes de chegar ao largo, tem o restaurante do Mineiro, para uma boquinha de “sustância” de uma feijoada. Na Felicio Santos tem o bar dos Descasados no Hotel Santa Teresa, muito bom e de conta salgada, porém vale a pena; Depois suba e pegue o bonde (está funcionando?) na Almirante Alexandrino, para um curto passeio até o Largo dos Guimarães, onde há o maior número de restaurantes, de diversas especialidades. Recomendo um chamado Espírito Santa, que é muito bom e o preço não é tão alto quanto o Aprazível.”

segunda-feira, 11 de março de 2019

PRAÇA DO LIDO




 
Vemos hoje a Praça do Lido, em diferentes épocas, e mais uma estupenda fotografia colorizada pelo Nickolas Nogueira.
Situada entre as avenidas Atlântica e N.S. de Copacabana e as ruas Belfort Roxo e Ronald de Carvalho, já foi chamada de Praça Bernardelli e Praça Vinte e Seis de Janeiro.
Nas fotos em P&B vemos o velho Posto de Sauvatage, o Restaurante Lido, substituído pela escola fundamental Cristiano Hamann e os cavalinhos de aluguel que existiam nas praças de Copacabana.
Já vi foto dos anos 40 na qual um amigo passeava em cavalo para alugar na Praça Serzedelo Correia. Nos anos 50 eu mesmo montei em cavalos de aluguel na Praça Edmundo Bittencourt, no Bairro Peixoto.
Copacabana era assim.

domingo, 10 de março de 2019

RUA DESEMBARGADOR ISIDRO



 
As fotos são da Rua Desembargador Isidro, antiga Rua da Fábrica de Chitas (a primeira foto é do início dos anos 30 e a segunda é dos anos 50/60).

Segundo encontrei na Internet, “Nas terras de Maria Bebiana, do lado impar da atual Conde de Bomfim, até se encontrarem com a Chácara dos Trapicheiros, foi aberta a rua que posteriormente, no ano de 1871, veio a se chamar Rua Desembargador Isidro, em homenagem ao jurista Isidro Borges Monteiro.”

Segundo Mme. Frusca, antiga comentarista do “Saudades do Rio”, do lado direito havia o famosíssimo armarinho Mme. Rosa, que vendia aviamentos diferenciados, como golas e punhos de rendas, luvas, flores para ornamentar lapelas e chapéus, botões em cristal, ou cravejados com marcacita (o strass da época), além de fazer serviços de plissé, ajour, etc.

É mais arborizada atualmente. As palmeiras e a belíssima luminária que se vê do lado esquerdo já não existem mais. Esta rua é paralela à Rua Conde de Bonfim e termina no encontro do final de várias ruas: José Higino, Clóvis Bevilacqua e Bom Pastor, quase em frente ao Colégio Batista Shepard e à Rua Sabóia Lima (no final da qual começa a Reserva Florestal da Tijuca).

PS: se você tem dúvida sobre o que é “ponto ajour” o Conde di Lido pode explicar...

PS2: a rua em tempos recenes: http://asruasdorio.blogspot.com/2009/07/os-dois-lados-da-desembargador-isidro.html