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sábado, 22 de setembro de 2018

DO FUNDO DO BAÚ - TIRINHAS







 
Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”, e de lá saem estas tirinhas publicadas no Correio da Manhã e n´O Globo de antigamente. No Correio da Manhã havia um muito esperado Suplemento Dominical. N´O Globo, uma página inteira diariamente.
Confesso que era um leitor compulsivo e acompanhava sempre as aventuras destes personagens.
Havia tirinhas em que a história se prolongava por meses e nos mantinham em suspense. Era uma delícia acompanhar as lutas do Big Ben Bolt, o Fantasma com os pigmeus Bandar, Red Ryder e  Pequeno Castor no Oeste americano, o futuro com Buck Rogers, as aventuras de Jim Gordon, as trapalhadas de Mutt e Jeff, os mistérios de Nick Holmes, as mágicas do Mandrake, Ferdinando no Brejo Seco, Brucutu e seu dinossauro, Flash Gordon e Dale Arden.
Isto sem falar em tantos outros como Tarzan na selva, as diabruras d´Os sobrinhos do Capitão, Modesty Blaise, Steve Roper e Mike Nomad, o inesquecível Recruta Zero, Pimentinha, o Zorro, Superman, Batman, o Anjo, os personagens da Disney, Pafúncio e Marocas, Dick Tracy (lembrar de todos encheria o texto de nomes).
Mais recentemente, mas não tanto, com muito prazer me deliciei com Calvin, Garfield, Hagar, as Cobras do Veríssimo.
Pena que, hoje em dia, nos jornais haja poucas tirinhas, a maioria sem graça.
PS: tem sido um prazer passear pela Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Quanta coisa interessante se acha nos velhos jornais. O enfoque, década a década, mudava.
Como já vimos aqui recentemente, publicavam-se coisas como o nome dos passageiros do voo da coqueluche ou dos que desembarcavam vindos do exterior. Havia notícia dos casamentos nas diversas igrejas e uma ampla seção de turfe, de várias páginas (saudades do Pangaré – Haroldo Barbosa).
As páginas de oferta e procura de empregados domésticos ocupavam muito espaço no JB. A quantidade de jornais disponíveis era imensa e mestres da crônica assinavam colunas. Além de O Globo, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, Jornal dos Sports, Diário de Notícias, O Jornal, O Dia, A Noite, Última Hora, A Luta Democrática, havia opção para qualquer gosto.
Outros tempos.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

CENTRO





 
As fotos de hoje foram obtidas na Internet, zapeando por publicações dos prezados Achilles Pagalidis, Francisco Patricio, Ivo Korytowski, Roberto Tumminelli, Helio Ribeiro.
Vemos os prédios dos edifícios do Clube Militar e do Edifício Lafond (ou Lafont?), na esquina da Avenida Central (Rio Branco) com a Rua Santa Luzia.
O Lafond foi construído por volta dos anos 10 e demolido nos anos 50, tendo sido o primeiro prédio de apartamentos de luxo da cidade. Foi projetado por Viret & Marmora.
O Clube Militar, um pouco mais novo que o Lafond, foi construído em 1910.
Para os que estranharem um bonde na Av. Rio Branco, conta o Helio Ribeiro que até 1911, quando o convento de N. S. da Ajuda foi demolido, havia um estreitamento na que é atualmente a Praça Floriano. Em virtude desse estreitamento, os bondes da Jardim Botânico, provenientes da Zona Sul, faziam um percurso que ia até quase a Rua Santa Luzia, quando então dobravam à esquerda, junto à avenida Rio Branco, para então se dirigirem para a rua 13 de Maio. Se olharmos bem a última foto, veremos que o alinhamento do carro-motor não é o mesmo do reboque, indicando que o bonde estava no fim de uma curva.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

SÃO CLEMENTE COM BAMBINA




 
As fotos de hoje mostram o trecho da Rua São Clemente perto da Rua Bambina nos primeiros anos da década de 70.
A primeira foto é de um tempo em que sentado ao volante de um fusquinha, na Rua Bambina, esperava a namorada sair do Colégio Jacobina. Na época, ao contrário de hoje em dia, a mão era em direção à São Clemente, o PM já usava o então novo uniforme no lugar daquele cáqui, embora ainda mantivesse o capacete.
Na época o sinal tinha as luzes vermelha e verde, a entrada da vila não era gradeada e sem as grades de hoje em dia, bem como o prédio atrás do sinal ainda com janelas de madeira e não de alumínio como agora.
O Colégio Jacobina (da famosa D. Laura Jacobina Lacombe) estaria à direita do Bar Blair. À esquerda, ainda na Bambina, temos um pedaço da marquise da Padaria Âncora Dourada, do "seu" Antonio e seus filhos Manoel e Augusto.
O Bar Blair, do "seu" Arnaldo, também desapareceu. Ainda ninguém de bermudas, chinelos ou sem camisa...
As três últimas fotos, do acervo do Correio da Manhã, foram feitas a partir da Rua São Clemente, com a Rua Bambina à direita.
Por décadas havia um “clima” entre as alunas do Jacobina e os alunos do Santo Inácio. Muitos namoros e alguns casamentos aconteceram. Os diretores de ambos colégios tentavam atrapalhar como podiam. Por exemplo, o turno da manhã do Jacobina terminava as aulas meia-hora mais cedo para tentar evitar que voltassem junto com os inacianos. Mas elas esperavam...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

LARGO DA CARIOCA





 
Nestas fotos dos anos 50 e 60, do acervo do Correio da Manhã, mostram aspectos do Largo da Carioca.
 
Considero esta região uma das que mais mudaram de aspecto durante todo o século XX.
 
Nas décadas citadas tivemos o desaparecimento do Tabuleiro da Baiana com o final dos bondes e a construção da nova Avenida Chile.
 
Hoje em dia o Largo da Carioca me parece um local mal resolvido.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

CANTINA SORRENTO

 
A foto é da Avenida Atlântica em 1972 e vemos a Cantina Sorrento, que ficava no nº 290-A, telefone 37-0638. Foi uma das mais famosas daquele trecho em que se destacava também a La Fiorentina e hoje existe o excelente e caro Da Brambini.
Foi fundada por Emilio Siniscalchi nos anos 50, sendo um grande sucesso no Leme, reunindo de artistas a jogadores de futebol, de políticos a cariocas comuns.
Na década seguinte, em 1963, Siniscalchi abriu outra cantina icônica, a Tarantella, na Barra da Tijuca, na Avenida Sernambetiba.
Havia em Copacabana nos anos 50 e 60, diversas cantinas italianas como a Capri (na Duvivier), várias na Av. Atlântica, como a Sorrento e a Fiorentina (no Leme) e a La Rondinella (na esquina da Siqueira Campos), Don Ciccilo (na Souza Lima), Frascati, (na Av. Atlântica, também no Leme), Al Papagallo (na Prado Junior), o Al Buon Gustaio (na Constante Ramos).
E, para terminar, falando de cantinas italianas, não dá para deixar de citar a La Trattoria, na Fernando Mendes, do saudoso Mario, que desde 1976 é um reduto de uma boa massa italiana.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

COPACABANA


 
Foto de 1956, do acervo da Última Hora. Há anos foi publicada aqui no “Saudades do Rio”, mas semana passada foi colorizada pelo mago Nickolas.
Vemos a belíssima residência da Família Paranaguá, construída em 1911, que ficava na esquina da Avenida Atlântica com Rua Barão de Ipanema. Pode-se reparar a grande varanda do segundo andar, varandas essas comuns em muitas outras casas da orla. Esta residência ficou marcada pelo grande número de aberturas que permitiam uma visão de Copacabana. Eram 72 no seu total.
Na segunda foto vemos em destaque a Mansão Paranaguá.
As “línguas negras” que existiam naquela época, eram uma mistura de esgoto com água da chuva. Observem que uma das crianças tenta fazer uma “ponte” até o outro lado da água que cheirava mal e era contaminada. Havia muitas pela Praia de Copacabana. Era um tempo em que, além das línguas negras, havia que evitar pisar nos restos de óleos despejados pelos navios, sem nenhum controle. Só saíam dos pés com querosene.
À direita vemos os edifícios Lellis e São Paulo, que são atualmente os prédios residenciais mais antigos da Av. Atlântica, com a derrubada do Palacete Atlântico na década de 70. Foram construídos em 1927 e ocupam os primeiros lotes do lado par da Rua Barão de Ipanema.

domingo, 16 de setembro de 2018

TOPIARIA

 
Houve um tempo que o Rio era tratado com carinho e competência pela Prefeitura. Um exemplo é este elefante que ornamentava a Praia de Botafogo.
Este tipo de trabalho de topiaria era feito somente com tesoura, sem o uso de arames que envolvessem a planta. Era uma arte praticada por artistas chamados topiários, geralmente portugueses, como os calceteiros.
A planta mais usada em topiaria urbana é o “fícus”, cujo crescimento pode ser direcionado.
Como os tempos são outros, não temos mais trabalhos de topiaria, bem como desapareceram calceteiros competentes, haja vista o estado das pedras portuguesas na nossa cidade.
Nos anos 60, como o “fícus” abrigava os “lacerdinhas”, a Prefeitura abandonou o plantio dessas árvores.
Colorização do Nickolas.