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sábado, 25 de maio de 2019

ANTIGA FACHADA DO COLÉGIO SANTO INÁCIO

 
Depois da construção das três alas (as laterais e a do fundo), terminada nos anos 30, somente em meados dos anos 60 foi construído o prédio novo que dá para a Rua São Clemente.
Vemos na foto uma missa campal, estando o fotógrafo mirando para o lado da Rua São Clemente.
Após aquela construção provisória ao fundo havia um grande estacionamento de terra batida que chegava à São Clemente. No corredor da frente, que está atrás da vegetação, tínhamos bem à esquerda uma entrada para a sacristia e a igreja, a pequena portaria ao lado da entrada social por uma singela porta, a sala do Padre Prefeito-Geral e duas salas para a Tesouraria.
No pátio de terra da frente havia dois portões para entrada e saída dos carros pela São Clemente, além de uma comunicação, à direita, para o terreno da Casa Joppert, que vimos aqui outro dia.
A foto é de 1949.
Bem à esquerda temos a estrutura de uma escada interna que ficava perto da sacristia e era usada pelos padres para subir até a Clausura. Na época o Colégio só tinha um elevador (cuja foto será mostrada outro dia) que ficava junto ao Auditório, na ala Norte (dos fundos).
Junto à cabine do porteiro havia uma pequena cabine telefônica (com aqueles telefones pretos de ficha). À direita, no fim do corredor da ala Oeste, havia uma pequena porta de entrada/saída dos alunos.
 

 
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sexta-feira, 24 de maio de 2019

QUITANDINHA







 
Em 1939, Joaquim Rolla comprou parte do terreno da antiga Fazenda Quitandinha e encomendou ao arquiteto italiano Luis Fossati um projeto para a construção do maior cassino da América Latina. A construção começou em 1940 e foi inaugurada em 1944. Pouco depois, em maio de 1946, o Governo Dutra proibiu o jogo, dando início ao processo de falência de Rolla, um dos homens mais ricos do Brasil, na ocasião.
Em 1963, o hotel se transforma num clube, o Santa Paula Quitandinha Clube. Para os que forem passar as próximas férias em Petrópolis, o Quitandinha, que tantas boas lembranças deixou entre os que freqüentamos suas dependências, merece uma visita.
Vejam só o que um folheto de propaganda da época dizia a respeito do Hotel Quitandinha:  
Quitandinha, unique in South America, is admirably situated in the mountains near Petrópolis. Riding, boating, swimming and sports of all kinds are allied to the comforts of a luxurious modern hotel. 
Quitandinha, unique en Amérique du Sud, est admirablement située dans les montagnes près de Petrópolis. On y pratique tous les sports en jouissant du confort d'un hôtel de gran luxe. 
Quitandinha, einzigartig in Südamerika, ist wundervoll in den Bergen bei Petrópolis gelegen. Zur Gelegenheit für allerlei Sport gesellt sich dort der Komfort eines luxuriösen Hotels.
E para quem interessar há uma antiga crônica de 1949 do Rubem Braga: http://almanaque.folha.uol.com.br/rubembraga7.htm

quinta-feira, 23 de maio de 2019

COLÉGIO SANTO INÁCIO HÁ 50 ANOS





 
Vemos aspectos do Colégio Santo Inácio há 50 anos.
 
Os belíssimos corredores com chão de ladrilhos. Nas paredes os quadros de formatura com as turmas desde 1905 (há coisa de uns 10 anos um Reitor "moderninho" resolveu retirar todos. A reclamação dos ex-alunos foi tamanha que ele voltou atrás).
 
O fantástico auditório, palco das formaturas, premiações, peças de teatro, cinema (havia uma sessão semanal com ótimos filmes), etc, foi desativado na década de 80. Hoje em dia está sendo construído um novo auditório em outro local.
 
Na época as instalações esportivas eram ótimas, com dois campos de futebol, dois de vôlei, dois de basquete, piscina, mesas de ping-pong. Atualmente este campo da foto é de grama sintética, a piscina foi deslocada para a encosta do morro onde também foi construído um belo ginásio.
 
As escadas são um espetáculo à parte. Andávamos em duas filas, pelas laterais, onde os degraus foram desgastados pela passagem dos alunos por quase 100 anos.
 
A última foto mostra uma típica sala de aula, com as carteiras ainda com o espaço para a colocação do tinteiro. Em todas as salas, além do crucifixo, havia um quadro de Nossa Senhora do Bom Conselho.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

CATUMBI-LARANJEIRAS


 
Duas fotos dos acessos ao Túnel Catumbi-Laranjeiras, o Santa Bárbara. A primeira fotografia é de Kurt Klagsbrunn e a segunda garimpada pelo Nickolas e publicada no Facebook Passado a Cor.
Este túnel, inaugurado no dia 29 de junho de 1963, quatro anos antes da inauguração do Túnel Rebouças, facilitou enormemente a ligação da Zona Sul com a Zona Norte. Antes de sua abertura o caminho habitual era pela Lapa ou pelo Centro/Praça XV. Durante muito tempo o Túnel Santa Bárbara teve problemas com a qualidade de ar. O Zé Rodrigo certa vez lembrou que quando o problema da poluição interna ficou feio resolveram colocar uns ventiladores. Só que é um túnel com carros andando nos dois sentidos, ou seja, não atava, nem desatava. O problema só foi resolvido quando alguém teve a ideia de que fosse feita uma divisão no meio do túnel. Assim, a poluição segue o fluxo dos carros e os ventiladores/exaustores podem funcionar corretamente.
Na primeira foto aparece, na esquina da Rua das Laranjeiras, o prédio da Maternidade-Escola, então pertencente à Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, hoje UFRJ. A ladeira, à esquerda, dava acesso ao Morro da Graça onde existiu o externato do colégio Sacré-Coeur de Jésus (de 1935 a 1969), onde depois funcionou a firma Internacional de Engenharia. Atualmente no local há prédios residenciais, acho eu. O objetivo do Sacré-Coeur era "transformar meninas em damas com forte capacidade reflexiva", baseado nos princípios da religião católica e com grande influência francesa (praticamente todas que ali fizeram todo o curso saíam falando fluentemente o francês).
Dezoito operários que faleceram num desabamento durante os trabalhos de abertura deste túnel foram homenageados com o painel “Santa Bárbara”, concebido em 1964 pela artista plástica Djanira. Este painel ficava localizado em uma capela no forro do túnel, formada pelo desabamento do final dos anos 50. O desabamento de uma grande rocha formou uma caverna na abóbada e o Governador Carlos Lacerda resolveu homenagear os operários mortos. Só que, com a poluição, a capela ficou insalubre sendo abandonada.
Nos anos 90 com a reforma do túnel, que também dividiu a galeria e possibilitou a passagem de cabos da Light (que custeou a obra) pela antiga galeria de ventilação do túnel, o painel foi retirado, restaurado e ficou à espera de um lugar para ser instalado. Os moradores dos dois lados do túnel queriam a instalação do painel em suas respectivas bocas, mas isto não aconteceu. O painel acabou sendo instalado no MNBA – Museu Nacional de Belas-Artes.

terça-feira, 21 de maio de 2019

CASA DE RETIROS ANCHIETA

 



 
Em colorização de Nickolas Nogueira vemos uma foto da década de 40 da Casa de Retiros.

A Casa de Retiros Anchieta ou Casa da Gávea, comprada pelos jesuítas em 31/12/1925 para ser casa de campo, se transformou em casa de retiros espirituais (para os alunos do Colégio Santo Inácio e da PUC, principalmente). Fica na Rua Capuri nº 1500, em São Conrado.

O primeiro retiro aconteceu ali em 1936, para membros da Arquidiocese do Rio. O primeiro retiro para alunos do Santo Inácio foi em 1937. Fica num local muito apropriado pois, até a década de 70, o bairro de São Conrado era quase deserto. Tem uma vista espetacular e o silêncio era tão grande que se podiam ouvir as ondas do mar quebrando na praia lá embaixo.

Era um grande programa para os alunos, que ali, anualmente, passavam três dias em “retiro espiritual”. É bem verdade que as atividades durante o dia eram dedicadas à Religião, mas à noite tudo se transformava. A turma se reunia em alguns quartos para as tradicionais rodas de pôquer, as de “sete e meio” e para apostar nas corridas de quinta-feira à noite no Jockey, bancadas por um dos alunos (a dificuldade de sintonizar a Rádio JB naqueles radinhos de pilha antigos e naquele lugar era enorme!). E com todos fumando muito, o que era proibidíssimo. Certa vez alguém chegou a levar uma garrafinha de uísque.

Os padres tentavam impor alguma disciplina nesta hora, mas relaxavam. A última tentativa era desligar as luzes às 22 horas, mas de nada adiantava: alguns de nós pegávamos as velas da capela e a jogatina seguia até a madrugada.

Este local foi, também, onde se concentrou a seleção brasileira de futebol antes da Copa do Mundo de 1970. Abrigou também, nos anos 60 e 70, os “Cursilhos da Cristandade” e os Encontros do TLC (Treinamento de Liderança Cristã), que eram um tipo de Cursilho para jovens (participavam vários padres como o Angelim e o Guy, do Santo Inácio, e D. Emanuel, do São Bento). Acho que ainda é usado para Encontro de Pais e de Casais, mas não tenho certeza.

As duas últimas fotos mostram a vista desde a Casa Anchieta em meados do século XX. Podemos ver a Av. Niemeyer e a região da Lagoinha.



segunda-feira, 20 de maio de 2019

GÁVEA



 
Por ocasião da construção da autoestrada Lagoa-Barra o tranquilíssimo bairro da Gávea sofreu um grande impacto.
 
Além do aumento do trânsito, da perda da vegetação, o outrora pacato bairro transformou-se num bairro de passagem, com aumento da poluição sonora. Também o aumento do número de alunos na PUC e a construção de novos colégios no lugar de grandes mansões complicou a situação.
 
Alguns anos depois foi a vez do crescimento desordenado da Rocinha, que desceu pela encosta do morro desvalorizando tremendamente os imóveis do Alto Gávea. Há ruas em que já não se consegue vender os imóveis, tal a depreciação.

domingo, 19 de maio de 2019

LAGOA - BARRA

 
Vemos como era a passagem da autoestrada Lagoa-Barra sob o "Minhocão" na época de sua inauguração.
 
O barulho devia ser infernal.