Vemos fotos amadoras de
São Conrado no início dos anos 70.
Como conta Claudia Gaspar
em seu ótimo “Orla Carioca”, antes de 1916 só se chegava a São Conrado pela
Estrada da Gávea. Após esta data foi aberta a Av. Niemeyer ligando a região ao
Leblon.
Durante séculos São
Conrado pertenceu à família de Salvador Corrêa de Sá e Benevides. As primeiras
referências à exploração da propriedade só apareceriam no século XVII, quando
herdeiros de Corrêa de Sá passaram a cultivar cana-de-açúcar no Morgadio do
Asseca, cuja sede foi preservada e hoje abriga o Centro Cultural Vila Riso.
Em São Conrado, até as
décadas de 1960/1970, destacavam-se, além da Igreja de São Conrado, o belo
Gávea Golf Club e os bares perto da Estrada da Canoa.
Na década de 1970 foi
construído o Túnel Dois Irmãos e a Auto-Estrada Lagoa-Barra, que passaram a ser
o principal acesso da Zona Sul a São Conrado, desde o bairro da Gávea.
Com a cidade caminhando
em direção à Barra da Tijuca, a partir deste período, construíram-se o Hotel
Intercontinental, o Hotel Nacional, o "shopping" Fashion Mall, além
de vários condomínios de edifícios. Na encosta do morro, junto ao Túnel Dois
Irmãos, está a Favela da Rocinha
O Hotel Nacional foi
construído entre 1968 e 1972, a partir de projeto de Oscar Niemeyer. Pertencia
inicialmente à Rede Horsa, do empresário José Tjurs, e tinha 510 quartos, um
grande centro de convenções e um teatro onde se apresentaram grandes artistas.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirHoje acompanharei os comentários. São Conrado é um bairro de passagem, pelo menos para mim.
Exatamente nos idos de 72 começava eu minha vida pela engenharia e mais precisamente pelo ar condicionado. Já nos anos finais da Universidade trabalha como estagiário em uma empresa de montagem de sistemas de AC e o Hotel Nacional foi minha escola prática. Lá pude aprender quase tudo e começava num projeto ousado para a época. Estar dentro de um ambiente "redondo" era de tirar o fôlego e a noção do espaço ficava comprometida, acostumados que estávamos com geometrias em que as arestas nos davam o limite.
ResponderExcluirO mais épico foi o transporte vertical das unidades geradoras de frio, Centrifugas, para o topo do prédio, local da casa de máquinas. O episódio do içamento por helicóptero foi digno de filme de James Bond. Foi por isso é que nasceu a "Calango" e hoje já acostumada a intempéries da profissão. Bom registro do SDR.
Bom ressaltar que o acionista mor,diretor presidente,chefe de operações e muitas outras funções da Calango,o sr. Ceará,individuo,também fez muitos cursos e conseguiu aprendizado máximo na arte de refrescar qualquer ambiente.Sucesso absoluto.
ExcluirLocal já foi mais bonito.Na década de 70 várias idas especialmente em busca de bares/divertimento.Hoje um sentimento maior de insegurança.Vida que segue....O Flamengo não foi o mesmo,mas no geral esteve bem.
ResponderExcluirO acesso ao Túnel Dois Irmãos pela Marquês de São Vicente era um bocado complicado e perigoso, principalmente para quem já tinha tomado "umas e outras"; lembro de vários acidentes nas curvas apertadas daquela rua.(se bem que a opção da Av. Niemeyer não era nada melhor).
ResponderExcluirSão Conrado no final dos anos 60 e início dos anos 70, era um lugar bem divertido, com o boliche, os bares, acho que durante algum tempo houve até uma pequena pista de kart.
De um modo geral, como de resto aconteceu com a cidade toda, piorou ...
Fora de Foco:
ResponderExcluirEm Copacabana, o Colégio Guido de Fontgalland, fundado em 1934 pelos Padres Barnabitas, fechou. O prédio foi vendido ao Grupo Pensi de ensino.(??)
Estou "de luto". Estudei no colégio na década de 60, era um dos bons colégios de Copacabana, junto à Igreja de São Paulo Apóstolo na Barão de Ipanema, com entrada pela Leopoldo Miguez.
Uma lástima.
Tempo dos padres Maffei, Zelindo, Colombo, Paulino.
Excluir... e Padre Parreira.
ExcluirInspetor "seu"Expedito, professor Matos de Educação Física, entusiasta do handebol.
"Tempo dos padres" Frei Beto e Frei Tito...
ExcluirBobagem. Frei Beto e Frei Tito nada têm a ver com os barnabitas.
ExcluirCreio que o imovel foi alugado. Será que a Igreja iria se desfazer de tal patrimônio ? De qualquer modo, estamos atualmente na era das Escolas-Empresas, onde o lucro é o principal...
ExcluirEm nenhuma das fotos calhou de aparecer o Tobogã, que lá foi instalado por volta de 1971/1972 e que virou uma febre.
ResponderExcluirEu peguei a febre foi com os karts. Adorava apostar corrida de kart nas tardes de domingo, e depois comer churrasquinho e salcichão com farinha. Que saudade!
ExcluirNa década de 40, era uma verdadeira roça ! A Igrejinha,como que nascida no meio da floresta e mais nada... Só os farofeiros em busca de um local sossegado para seus piqueniques.
ResponderExcluirO São Conrado é um bairro condenado pela ocupação desordenada e pelo descaso dos governos da Guanabara e mais tarde do Rio de Janeiro. Não vai demorar muito e a região compreendida entre o Vidigal, Rocinha,Itanhangá, Muzema, Tijuquinha, e Rio das Pedras será chamada de "Pequeno Nordeste", inclusive com idioma e cultura próprios. Não é piada e sim constatação. O presidente Figueiredo e o oportunista César Maia compraram imóveis no São Conrado e tiveram grande prejuízo. É uma área de interesse das "elites da zona sul" devido às facilidades para o consumo de drogas. A Globo que o diga...
ResponderExcluirComo morador da zona Norte, as lembranças de São Conrado nos anos 80 são poucas, mas muito boas: praia, ver as asa deltas, a boate Zoom e o boliche pé de vento. E mais nada depois, só de passagem e olhe lá, violência demais!!!
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