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sábado, 11 de março de 2017

DO FUNDO DO BAÚ - VITROLA, RÁDIO E TV


Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”, e de lá sai esta foto de um “3 em 1” de antigamente: TV, rádio e vitrola.
 
A parte da televisão nos lembra o final da década de 1950 na TV Tupi, Canal 6, a primeira do Rio, e na TV Rio, canal 13. Na Tupi havia a figura do "indiozinho", o chamado "sinal de espera". Quando as programações entravam no ar havia que acertar a antena, com um “Bom-Bril” espetado, para diminuir o "chuvisco". Isto quando não era necessário subir no telhado e se esforçar para conseguir melhorar a recepção. Era um tal de: "Tá bom assim? Não? Vira, vira mais! Agora, isso! Tá pegando a Tupi, mas a TV Rio tá fora! Tenta virar pro outro lado"! E a toda hora levantar para corrigir a imagem com os controles de "horizontal" e "vertical", ou girar o botão seletor de um canal para outro.
 
Sempre tinha o "Falcão Negro", com Gilberto Martinho, tendo o Jece Valadão e o Dary Reis como os vilões. "Gladys e seus bichinhos", com Gladys contando histórias e desenhando, ao vivo, era espetacular. E a Virginia Lane como o Coelhinho Teco-Teco. Uma vez por semana o "Circo Bombril" com o Carequinha. Em 1955 foi lançado o primeiro programa de perguntas e respostas da TV brasileira, "O Céu é o Limite", comandado por J. Silvestre. Patrocinado pela Varig (Ilka Soares, belíssima, usava o uniforme de uma aeromoça), era emocionante: "continua ou desiste?", perguntava o J. Silvestre do " certo, absolutamente certo!". Lembro de um candidato, Oriano de Almeida, que fez grande sucesso respondendo sobre Chopin. Havia  o "Grande Teatro Tupi", com Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Maria Della Costa, Walmor Chagas, Italo Rossi; o "Teatrinho Trol" com Norma Blum de princesa, Roberto de Cleto, Fabio Sabag e Zilka Salaberry como a bruxa; "Almoço com as Estrelas", aos sábados, com Aerton Perlingeiro; a "Tarde Esportiva", aos domingos, com Oduvaldo Cozzi, Ruy Viotti, Ari Barroso e José Maria Scassa. "Câmera Um", com Jacy Campos; todo dia às 20 horas o "Repórter Esso", com o Heron Domingues ou o Gontijo Teodoro; "Noite de Gala", às segundas-feiras, patrocínio do "Rei da Voz", do Abrahão Medina. Os programas de auditório com o Carlos Frias; os "Espetáculos Tonelux" com a Neide Aparecida; os musicais com Jackson do Pandeiro e Almira, Ivon Cúri, Luiz Gonzaga, Fafá Lemos e seu violino. O "Clube do Guri" com Collid Filho; as séries como "Patrulha Rodoviária" com Broderick Crawford, "Jet Jackson", "Bat Masterson" com Gene Barry, “Roy Rogers”,  "Rin-Tin-Tin" com o Tenente Rip Masters e o Cabo Rusty. O programa de calouros, com o gongo do Ari Barroso, o programa de sorteios da Duchen. O TV Rio Ring, com Luiz Mendes, Teti Alfonso e Leo Batista, a resenha Facit todos os domingos com grandes comentaristas.
 
Do rádio já falamos muito por aqui há pouco tempo, mas era um sucesso e tanto (a Revista do Rádio chegava a tiragens de trezentos mil exemplares semanais e na Semana Santa 380 rádios entravam em cadeia para transmitir “A vida de Cristo”. Vendo a foto não posso deixar de lembrar do “Anjo” e do “Jerônimo” antes do jantar e, depois deste, minha mãe e avó ouvindo as novelas da Rádio Nacional,  como “O homem que perdeu a alma”, de Janete Clair, os programas de auditório como o do Cesar de Alencar, os “Mexericos da Candinha”,  o sensacional “Balança mas não cai”. Antes das novelas dominarem a TV, as do rádio eram programa diário obrigatório.
 
Quanto à vitrola, os jovens nem sabem o que é ou como funcionava. Ali na foto a vitrola era puxada para fora, como uma gaveta, o disco era colocado no pino central e apoiado por um “braço”, e ao ligar o outro “braço” que tinha a agulha na ponta ele deslocava, após o disco cair no “prato”, e ia para a primeira faixa. Lembro dos discos de 78 rotações do “velho”, depois substituídos pelos LPs de 33 rotações. Havia uma escova de veludo para limpar os discos. A ponta da agulha devia ser mantida sempre limpa. O som era em "alta fidelidade". Nos LPs havia geralmente 6 faixas de cada lado. Quando se colocava mais de um disco no pino central às vezes os discos seguintes deslizavam sobre o primeiro e era preciso retirar os já tocados para que funcionasse bem. A vitrola era o maior sucesso no tempo do "arrasta-pé" (festinhas no final de semana dos anos 60) e nela se ouviam os discos de Maysa, Elvis Presley, Nat King Cole, Domenico Modugno, Johnny Mathis, Elizete, Paul Anka, Dick Farney, Lucio Alves, Edith Piaf, Little Richard, João Gilberto, Percy Faith, Trio Los Panchos, Tom e Vinicius, Agostinho dos Santos, entre outros.
 
A maioria das festinhas acontecia sob a discreta vigilância dos pais do dono da casa. Temia-se pela invasão de "penetras" e, mais ainda, da eventual chegada das "turmas", como a da Urca, a da Barão, etc. As moças de vestidos "tubinho", olho "gatinho" e cabelo "holandesa". Os rapazes com calça de pestana dupla e boca de sino, cinto largo, sapatos da Motex. Bebida alcoólica, quando tinha, era "Cuba-Libre" ou "Hi-Fi".Usualmente as festas começavam antes da 22h e raramente acabavam depois da uma da manhã. 
 

Em vez de um aparelho de TV em cada quarto ou iPod ou iPad, naquela época usualmente só havia um aparelho para toda a família. Não lembro mas imagino que o “velho” é que determinava como seria usado e que programas seriam assistidos. Devo ter tido brigas tremendas com meus irmãos, principalmente quando o "velho" não estivesse em casa...



sexta-feira, 10 de março de 2017

EMBAIXADAS

Embaixada da França

Embaixada do Japão

Embaixada da Bolívia

Embaixada da Argentina



O prezado Mauricio Lobo, do Tempore Antiquus, publicou recentemente fotos de algumas embaixadas no Rio de Janeiro na década de 30. Eram mansões belíssimas que ocupavam, principalmente, os bairros do Flamengo e Botafogo. Nenhuma destas construções das fotos resistiu ao “progresso”.

 

As três primeiras fotos, da revista Illustração Brasileira, mostram as embaixadas da França, na Praia do Flamengo; do Japão, na Praia de Botafogo; da Bolívia, na Rua Senador Vergueiro. A quarta foto, que encontrei na Internet, é da Embaixada da Argentina, na Praia de Botafogo.

 

Outras embaixadas maravilhosas desta época eram as do Reino Unido e de Portugal, na Rua São Clemente.

 

O Rio de meados do século passado era uma atração e tanto para os estrangeiros, entre eles o Embaixador da França que assim comentou sobre sua embaixada:

 

“La nouvelle ambassade de France possède avant tout l´avantage d´occuper une situation merveilleuse dans la capitale brésilienne. Elle est devant la Baie de Guanabara; elle est sur la Praia do Flamengo, la partie la plus recherchée de la ville par sa beauté et par son élégance. D´un côté de l´ambassade les fenêtres sont tournées vers le panorama fameux de la baie, que l´on embrasse depuis l´entrée de la barre jusqu´à la Serra des Orgues. De l´autre côté, le regard voit se dresser des montagnes dont le cercle admirable, allant du Pain de Sucre au Corcovado et à Santa Thereza, serait à lui seul considéré comme grandiose, si l´on n´avait pas sur le devant le spectacle féerique de Guanabara. D´autre part l´ambassade est dans une position centrale entre le quartier des affaires et les plages de l´´Atlantique."

 

Já a Embaixada da Argentina, como vários dos palácios da cidade, foi construída pela família Guinle e até hoje seus restos podem ser vistos pela cidade, como a sua porta que acabou no apart-hotel Tiffany´s em Ipanema.

 

Na época da mudança da capital para Brasília, em 1960, os endereços das embaixadas eram os seguintes:

 



Embaixada da Alemanha – Rua Presidente Carlos de Campos nº 417

Embaixada da Argentina – Rua Farani nº 29

Embaixada da Austrália – Rua Barão do Flamengo nº 22

Embaixada da Áustria – Av. Atlântica nº 3804

Embaixada da Bélgica – Rua Barão de Icaraí nº 26

Embaixada da Bolívia – Av. Rui Barbosa nº 860

Embaixada do Canadá – Av. Presidente Wilson nº 165

Embaixada do Chile – Rua Senador Vergueiro nº 157

Embaixada da China – Rua São Clemente nº 379

Embaixada da Colômbia – Praia do Flamengo nº 82

Embaixada da Costa Rica – Rua Almirante Salgado nº 118

Embaixada de Cuba – Rua Djalma Ulrich nº 201

Embaixada de El Salvador – Rua Cosme Velho nº 123

Embaixada do Equador – Av. N.S. de Copacabana nº 174

Embaixada da Espanha – Rua Duvivier nº 43

Embaixada dos Estados Unidos – Av. Presidente Wilson nº 147

Embaixada da Finlândia – Av. General Justo nº 275

Embaixada da França – Av. Presidente Antonio Carlos nº 58

Embaixada da Grécia – Praia do Flamengo nº 382

Embaixada da Índia – Rua Barão do Flamengo nº 16

Embaixada de Israel – Rua Paissandu nº 134

Embaixada da Itália – Rua das Laranjeiras nº 154

Embaixada do Japão – Rua das Laranjeiras nº 192

Embaixada da Noruega – Rua da Glória nº 122

Embaixada dos Países Baixos – Rua Jornalista Orlando Dantas nº 68

Embaixada de Portugal – Praia do Flamengo nº 382

Embaixada da Dinamarca – Rua Barão do Flamengo nº 22

Embaixada da República Federal da Alemanha – Av. Rui Barbosa nº 624

Embaixada da Suécia – Praia do Flamengo nº 344

Embaixada da Suíça – Rua Candido Mendes nº 157

Embaixada do Uruguai – Rua Artur Bernardes nº 30

Embaixada do Reino Unido – Praia do Flamengo nº 284



quinta-feira, 9 de março de 2017

SANTA TERESA



Hoje vou sentar na primeira carteira e assistir a aula dos nossos comentaristas especialistas neste local. 

quarta-feira, 8 de março de 2017

PRAIA DE BOTAFOGO


A foto 1 mostra o Colégio Aldridge na Praia de Botafogo. Este colégio, fundado em 1912, em São Gonçalo, mudou-se em 1917 para o solar do Barão de Alegrete, na Praia de Botafogo nº 374. Segundo a Revista Ilustração Brasileira, de 1925, "muito há do que se ufanar, tais os louros colhidos por seus alunos, (...) se impôs a todos pela retidão, pela disciplina e pela moralidade observadas nesta casa de educação, sob a direção dos professores ingleses Alfred  Aldridge e Walter Leonar Aldridge".  O Colégio Aldridge mudou-se, no final da década de 20, para o prédio da Praia de Botafogo nº 184, ampliando posteriormente suas instalações com a compra dos terrenos e prédios de nº 186, 188, 190 e 192. Para não se sujeitar às imposições da Lei de Nacionalização promulgada por Vargas, Walter Leonard Aldridge encerrou as atividades de seu colégio em 1945. Segundo nossa comentarista Milu neste local funcionou o Colégio Juruena, mas seu endereço era Praia de Botafogo nº 166.
 
A foto 2, de 1959, mostra as obras para a construção do prédio da FGV – Fundação Getúlio Vargas. Este prédio, cujo endereço é Praia de Botafogo nº 190, foi construído onde funcionava o Colégio Aldridge. O projeto é de autoria de Oscar Niemeyer e Hans Muller. Posteriormente a casa à direita foi demolida para a construção de um novo prédio da FGV, também projetado por Niemeyer.
 
Niemeyer desperta amor e ódio. Terror dos calculistas,  seus projetos oscilam entre magníficos e péssimos, dependendo do olhar dos observadores. Há caixotes como a Obra do Berço na Lagoa, coisas horríveis como um prédio na Rua Teixeira de Melo em Ipanema, palácios deslumbrantes como o do Itamaraty em Brasília, hospitais como o da Lagoa. Teve também projetos que não se concretizaram tal como o da Marina da Lagoa, perto do Corte do Cantagalo, casas como a da Carvalho Azevedo na Lagoa e a da Estrada das Canoas, o Hotel Nacional recentemente mostrado aqui. Em breve faremos uma série sobre o grande projeto de Niemeyer na Barra da Tijuca.
 
O carro da esquerda na foto 1 parece ser um Dodge, o do meio um Chryler e o da frente aguarda palpites.
 
PS: o “Saudades do Rio” faz uma saudação especial a todas as nossas comentaristas pelo “Dia Internacional da Mulher”.

terça-feira, 7 de março de 2017

AUTO-ESTRADA LAGOA-BARRA




Foto 1: acervo A. Silva
Fotos 2, 3 e 4: acervo Manchete
 
Das obras realizadas para as Olimpíadas uma das melhores foi a construção de mais um túnel ligando São Conrado à Barra, hoje utilizado em mão e contra-mão. Praticamente desapareceram os engarrafamentos monstros em São Conrado. A grande obra anterior foi a construção da Lagoa-Barra no início dos anos 70.
 
Até meados da década de 60 pouco havia em São Conrado, antes da inauguração do Hotel Nacional. De mais importante o Gávea Golf (de 1926), a Casa de Retiros Anchieta (Casa dos Padres Jesuítas, de 1925), a igrejinha de São Conrado (de 1903), o Bar Bem (“É um mal não freqüentar o Bem”), o Boliche Pé-de-Vento,  um posto de gasolina, o “drive-in” do Pepino (sem tela de cinema), a Vila Riso (em meados de 1700 foi construída neste local a sede da fazenda São José da Alagoinha da Gávea. Anos mais tarde a propriedade, já desmembrada, foi adquirida por Ferreira Viana, Conselheiro do 2º Império. Em 1932 foi comprada pelo Comendador Osvaldo Riso). Depois, além do Hotel Nacional, vieram o Hotel Intercontinental, o boliche e depois motel King´s, o tempo da roda-gigante, das barraquinhas de milho e do tobogã, a padaria Biruta, o condomínio Village São Conrado, o Fashion Mall, os edifícios junto à praia e muita coisa entre a Rocinha e o Gávea Golf, inclusive a concentração do Flamengo (em cujo local, dizem, será construída uma maternidade do grupo D´Or), o motel Escort e o supermercado Zona Sul.
 
Quando da construção da Lagoa-Barra o DER fez a seguinte propaganda: "DER-GB AUTO-ESTRADA LAGOA-BARRA A Auto-Estrada Lagoa-Barra, integrante do trecho Rio-Santos da BR-101, é o principal investimento do Departamento de Estradas de Rodagem nos últimos anos. Com pistas inteiramente bloqueadas, possibilitando uma velocidade diretriz de 80 quilômetros horários, a distância entra a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Barra da Tijuca será percorrida em apenas 7 minutos, fator determinante da futura ocupação da Baixada de Jacarepaguá, como verdadeiro pulmão da Zona Sul do Estado.  Com a construção do elevado da Av. Paulo de Frontin e conclusão do túnel Rebouças, aquela região ficará a apenas 20 minutos do centro da cidade. A auto-estrada consta das seguintes obras: Túnel Dois Irmãos - duas galerias de 1.600 metros de extensão. Viaduto sobre a Avenida Niemeyer - duas pistas paralelas. Pista dupla em São Conrado - 2.300 metros. Túnel do Pepino - 190 metros, em pistas superpostas. Elevado do Joá - 1.100 metros, em pistas superpostas. Túnel do Joá - 385 metros, em pistas superpostas.Ponte da Barra - 620 metros, em pistas paralelas.”
 
A previsão de 20 minutos até o centro da cidade foi bastante otimista.

segunda-feira, 6 de março de 2017

CIRCUITO DA GÁVEA





Foto 1: acervo Aguinaldo Silva
Foto 2: acervo Cristina Pedroso
Foto 3: acervo Projeto DAMI
Foto 4: acervo Cristina Pedroso
 
Na foto 1 o que seria este tambor que se vê à esquerda?
 
Na foto 2 seria este o banhista que socorreu Irineu Corrêa no acidente mostrado na foto 4?
 
Na foto 3, de outubro de 1934, vemos o petropolitano Irineu Corrêa recebendo a bandeirada da vitória no Circuito da Gávea, Rio de Janeiro, na Avenida Visconde de Albuquerque, à frente de 45 concorrentes, 7 italianos, 16 argentinos e 22 brasileiros. Pilotava uma “baratinha 90”, um Ford 1934 modificado.  
 
Na foto 4 vemos o carro de Irineu Corrêa, que morreu num acidente no Circuito da Gávea em 1935. Nesta ocasião a largada foi na Rua Marquês de São Vicente, esquina com a Rua João Borges. Minutos depois, na altura da Avenida Visconde de Albuquerque, o petropolitano Irineu Correa não conseguiu evitar que seu veículo derrapasse, colidisse com uma árvore e caísse dentro do canal.

Embora um banhista e dois soldados tenham chegado a retirar o piloto do local em uma motocicleta-ambulância, o mesmo veio a falecer. O vencedor da prova acabou sendo o argentino Ricardo Carú, com o tempo de 4h03min20s2/10 e a incrível velocidade média de 68,792km/h.
  O Circuito da Gávea, o "Trampolim do Diabo", foi disputado de 1933 a 1954 e foi a primeira corrida da América do Sul a fazer parte do calendário oficial da Association Internationale des Automobile Clubs Reconnus. O 1º Grande Prêmio da Cidade do Rio de Janeiro atraiu cerca de 250 mil pessoas.
 
O circuito compreendia a Rua Marquês de São Vicente (Gávea), Avenida Visconde de Albuquerque, Avenida Niemeyer, Lagoinha, Estrada da Gávea (ao lado da Rocinha), retornando à Rua Marquês de São Vicente.
 
As provas eram de 20 voltas (223,2km) sobre o circuito de 11.160 metros. A 1ª corrida foi em 1933, tendo vencedor Manoel de Tefé, com a impressionante velocidade de 67 km/h. Houve época em que a partida era na Marquês de São Vicente e outra época em que se dava em frente ao Hotel Leblon, perto da praia.
 
Chico Landi foi o maior vencedor. Carlo Pintacuda, outro famoso competidor, pilotava um Alfa-Romeo. Fangio correu uma vez, mas só completou duas voltas. Ali correram carros Bugattis, Alfas, Maseratis, Fords, para delírio da assistência que ficava nas calçadas juntos das pistas (o risco de acidente envolvendo o público era altíssimo, mas não há dúvida de que a emoção e o charme eram imensos).
 
E, para finalizar, é imprescindível ouvir a narração de uma corrida no Circuito da Gávea pela hilariante equipe da PRK 30:
 
https://www.youtube.com/watch?v=lHa54mLlt6g

domingo, 5 de março de 2017

DOMINGO EM COPACABANA

Com esta excepcional fotografia do acervo do A. Silva, vamos esboçar um programa para este domingo de final de verão.
 
Vemos a Avenida Atlântica nos anos 60, antes da duplicação, nas vizinhanças do Copacabana Palace, com um desfile fantástico de automóveis.
 
Após terminar de ler o "Correio da Manhã", incluindo o caderno dominical de quadrinhos, com Hopalong Cassidy e Buck Rogers, ir à missa das 10 horas, do Padre Colombo ou do Padre Paulino na igreja de São Paulo Apóstolo, ali na Rua Barão de Ipanema ou, quem sabe, a do Padre Barbosa na igrejinha do Posto 6.
Saindo da igreja, caminhar até a Confeitaria Colombo para tomar um café.
Voltar para casa flanando pela Av. N.S. de Copacabana, vendo as vitrines da Ducal, do Bicho da Seda, da José Silva, da Sapataria Polar, passando em frente ao Copacabana, ao Art-Palácio e ao Metro (tendo o cuidado de evitar a confusa saída da matinê com Tom & Jerry), para ver os filmes em cartaz. Comprar um maço de cigarros Hollywood, Columbia ou Continental no Mercadinho Azul e queijo e presunto para o lanche de domingo.
 
Depois, pegar o carro e ir ver o movimento na Avenida Atlântica, do Leme ao Posto 6. A seguir, almoçar com a família num bom restaurante, como o "Al Buon Gustaio", na Rua Figueiredo Magalhães nº 35-A, telefone 37-0419, no "Au Bon Gourmet", na Av. N.S. de Copacabana nº 202, telefone 37-7557, ou no "Le Bec Fin", também na Copacabana, no nº 178, telefone 37-6018.

Depois do almoço um bom programa será assistir "A princesa e o plebeu", com Gregory Peck e Audrey Hepburn. Ou ir no Little´s Club assistir a uma “Jam-session”.

Aí é voltar para casa para o lanche, assistir os filmes dos “goals” da rodada, sintonizar a TV Rio para ver o seriado Peter Gunn, a mesa-redonda da Facit e o TV Rio Ring, com o Luiz Mendes, o Teti Alfonso e o Leo Batista.