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sábado, 23 de maio de 2020

CORETOS


Há tempos havia muitos coretos pelo Rio. Vamos ver alguns deles hoje. Atualmente há muito poucos, acho que apenas três, um deles no Méier.

Esta primeira foto, colorizada pelo Nickolas, mostra o da Glória.



Foto da inauguração do coreto de São Cristóvão, em 11/11/1906. Marcou a restauração do Campo de São Cristóvão por Pereira Passos.


Foto do acervo do Correio da Manha, de 1967, mostrando o coreto de Madureira (ou Quintino?).


Foto de Malta mostrando o Palácio dos Estados e o coreto de base octogonal, em 1908, na Av. Pasteur.


Outra belíssima foto do coreto da Glória.


Foto enviada pelo prezado Ricardo Galeno mostra o coreto da Praça da Bandeira em 1922.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

BONDES - COLISÕES







Talvez o Helio tenha estatísticas, mas não sei a frequência das colisões de bondes com demais veículos, nem a quantidade de colisões entre bondes.

Nas fotos de hoje vemos algumas colisões, muitas porque os motorneiros e motoristas não conheciam a lei que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo.

PS: Wolfgang, repassei, como você pediu, o email para o Lino.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

VILLA RUY BARBOSA






Como esta semana foi mencionada a Villa Ruy Barbosa vamos, com a ajuda do Lino, do Decourt e da Internet, falar um pouco dela.

Esta vila fazia parte de um programa elaborado por Arthur Sauer para habitações populares. Para isso ele fundou a Cia. de Saneamento do Rio de Janeiro, que pretendia levantar inúmeras vilas como essa por toda a cidade.

Tinham rígidas normas de ocupação e higiene, sendo a área mínima para uma pessoa de 30 metros quadrados e para famílias numerosas pouco mais de 100 metros quadrados.

Ocupava todo o quarteirão formado pelas ruas Henrique Valadares, Inválidos, Senado e Ubaldino do Amaral. Havia casas voltadas para estas ruas e havia acessos à parte interna da vila: um acesso interligava a Rua Henrique Valadares à Rua do Senado - chamava-se Rua Didimo e um acesso pela Rua dos Inválidos que se encontrava com a Rua Didimo, formando um T, e cortava as 3 travessas internas que se chamavam Chiquita, Bem-te-vi e Adélia.

Nessas travessas havia 8 ou 10 casas térreas de cada lado e acima destas casas ficavam os quartos individuais para solteiros. No total possuía 145 casas multifamiliares e 324 quartos para solteiros.

Esta vila possuía dois mercados, um restaurante, um açougue, uma farmácia, uma carvoaria, uma lavanderia, uma lavanderia à vapor (nunca usada segundo texto de 1905), uma sapataria e uma fornalha para incineração de lixo. E tudo isso dentro de uma área arborizada, calçada e iluminada.

Começou a ser demolida por volta de 1970 para construção de prédios residenciais, como os 3 prédios que hoje existem na Rua Ubaldino do Amaral. O projeto original previa também construções de mais prédios nas ruas Henrique Valadares, Inválidos e Senado.

Moraram nesta vila várias pessoas importantes, tais como: Silvio Santos (década 50), Roberto Figueiredo (Repórter Esso), os cantores Oswaldo Nunes e Agnaldo Timóteo, o ator e compositor Mario Lago, que na época da ditadura, tinha dias que morava na vila e em outros ele morava do outro lado da rua,  no DOPS da Rua dos Inválidos.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

FÁBRICA DE TECIDOS BOM PASTOR


Foto enviada pelo Francisco Patricio, a quem o "Saudades do Rio" agradece, mostrando a Fábrica de Tecidos Bom Pastor, Rua Bom Pastor nº 33 - Tijuca.

Vejam o texto que a acompanha: "Esta Companhia foi fundada no ano de 1911 e occupa uma área de 3.000 metros quadrados. Comprehende a Fábrica 45 teares movidos a electricidade, empregando uma força total de 115 H.P., dos quaes 70 força electrica e 45 vapor. O machinismo da Fábrica é moderno e proveniente dos mais affamados fabricantes europeus.  Há uma bem montada e moderna tinturaria.

As manufacturas do estabelecimento são constituidas para tecidos de lã, listados e xadrezes do melhor typo e chales de grande formato.  A produção de tecidos de lã é de 900 metros diariamente e a de chales 1.200 mensalmente. A matéria prima é importada da Europa e Estados Unidos e toda ella de primeira qualidade.  

O pessoal operário é de 120 pessoas.  Seu director é o Sr. Conde de Avellar, que é uma das individualidades mais em destaque no mundo financeiro e industrial do Rio de Janeiro. Foi fundador da conhecida firma Avellar & Cia, de que hoje é socio commandatario e um dos principaes iniciadores do Centro de Café do Rio de Janeiro e de várias outras instituições. 

É proprietário e capitalista conhecido no Rio e presidente actual do Banco do Commercio.
O Senhor Avellar é de nacionalidade portugueza."

A semelhança desta fábrica com a Escola Barth é impressionante.

A Tijuca, no início do século passado, tinha vocação fabril e, entre as de tecelagens havia, dentre outras, a Fábrica de Tecidos Maracanã, o Lanifício Alto da Boa Vista, a Fábrica de Tecidos Covilhã, a Fábrica de Rendas e Tecidos São Miguel, a Tecelagem Santa Isabel, Fiação e Tecelagem Dona Isabel, Fábrica de Tecidos Dona Rosa, Fábrica de Tecidos Botafogo (que depois mudou de nome para fábrica de Tecidos Corcovado, onde hoje funcionam o Tijuca Off-Shopping e o Tijuca Shopping Center),a Fábrica de Tecidos Confiança, além desta da foto de hoje. 

No local onde existia esta fábrica há um prédio de apartamentos, agora com o nº 107 da Bom Pastor. Ao lado dele ainda existe uma vila, que era uma vila operária na época da foto.

terça-feira, 19 de maio de 2020

CRUZ VERMELHA



A primeira foto é de Malta e mostra a Praça da Cruz Vermelha, na Esplanada do Senado. Bem à direita, na foto, os andaimes seriam das obras do Hospital da Cruz Vermelha, inaugurado em 1923 e que vemos na segunda foto. Neste caso a rua à direita, logo a seguir, seria a Carlos Sampaio. Os trilhos do bonde estão na Avenida Mem de Sá.

Em 1919 deu-se início à construção do prédio do hospital da Cruz Vermelha, projetado pelo arquiteto Pedro Campofiorito. Esse edifício ficou completamente pronto em 1924. No período dessas obras coincidiu com a primeira grande guerra, o que colocou a Cruz Vermelha Brasileira no cenário mundial.

A Praça da Cruz Vermelha surgiu no local onde ficava o Morro do Senado que foi desmontado entre 1880 a 1906. Com o produto do desmonte do Morro do Senado foi possível realizar o grande aterro na área do porto e construir as Avenidas Rodrigues Alves e Francisco Bicalho.

A Cruz Vermelha Brasileira ("In pace et in bello caritas") foi fundada em 4 de dezembro de 1908 e seu hospital prestou bons serviços até o seu fechamento na década de 1970, embora o prédio continue lá, com funções não hospitalares, até hoje.

Teve em seus quadros grandes médicos como Vivaldo Lima Sobrinho, Afonso Teixeira, Moacyr Renault Leite, Arnaldo Bonfim, Newton Paes Barreto, Luiz Paulo Tovar, Orlandino Fonseca, Jamil Haddad, Almir Pereira e tantos outros.

No térreo do hospital funcionavam os Ambulatórios (a partir dos anos 70 o Serviço de Oftalmologia do Professor Joviano Resende, os "Oculistas Associados", referência nacional, ali funcionou) e o setor de Radiologia, do Dr. Thiers.

No segundo e terceiros andares ficavam as enfermarias, algumas enormes (o hospital tinha centenas de leitos).

No andar de cima havia o Centro Cirúrgico.

A Diretoria responsável pelo fechamento do Hospital em anos posteriores enfrentou vários processos na Justiça, por fraude e desvio de dinheiro de campanhas humanitárias. Não sei como terminou esta história, denunciada pela VEJA.

segunda-feira, 18 de maio de 2020

ROCHA


Onde é, exatamente, este prédio?
Seria na esquina da Rua Major Suckow com a Rua Dr. Garnier, com a senhora que está perto da parada de bonde indo em direção da Rua Ana Neri?

L. Araujo conta que na Dr. Garnier existiam dois quartéis: o primeiro, com entrada pelo nº 186, era o dos Estabelecimentos Mallet, composto de quatro Companhias: de Serviços, de Saúde, de Comunicações e a de Material de Engenharia. Após, havia o Estabelecimento de Intendência. Havia ainda outro estabelecimento militar na Rua Major Suckow, que era a Cia. de Comando do 1° Exército.

Segundo ele, onde é o açougue mais tarde virou a padaria do Sr. Elídio. Onde era o bar existiu um laboratório pequeno. A outra loja do lado virou um bar com duas portas e ao lado do bar, uma barbearia isso tudo acabou na década de 60. O bar era do Antonio e do João, ambos da Ilha de Cabo Verde, que faleceram em 1976 e 1982.

Na Rua Major Suckow, que foi responsável pela primeira corrida de cavalos em 1868, houve época em havia baias para cavalos em todo este quarteirão. Por aí funcionou também uma loja de manutenção de piscinas.

domingo, 17 de maio de 2020

IGREJAS




As fotos, do acervo do Correio da Manhã, mostram a igreja do Coração de Maria, no Méier, a Capela da Rua Olga, em Bonsucesso, e a igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, em Vila Isabel.

A primeira foi construída entre 1909 e 1929, projeto do famoso Adolfo Morales de Los Rios. É uma das únicas igrejas construídas no Brsil em estilo neomourico.


A segunda, na Rua Olga nº 21, faz parte da Paróquia Nossa Senhora do Bonsucesso de Inhaúma.

A última, mórmon, não tenho maiores informações.

As fotos presumo serem dos anos 50 e 60.