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sábado, 1 de abril de 2023

DO FUNDO DO BAÚ: FRA-FOTOLOGS DO RIO ANTIGO

Relembramos hoje a época áurea dos fotologs no provedor Terra, que durou de 2005 até 2013.

Fomos notícia no Globo Online, na Veja, no Estado de São Paulo, no SBT. Participamos de palestras sobre o Rio Antigo na Casa Lauro Alvim.

E, mais importante, fizemos grandes amizades.


A ideia, além de resgatar fotos do Rio Antigo, que na época era coisa difícil, era publicar comentários de quem havia vivido aquela época, principalmente com a divulgação de fatos e fotos familiares.


O então talentoso Conde di Lido criou o símbolo do S.E.M.P.R.E., que tia Lu descreveu como "Sociedade Edificante Multicultural dos Prazeres e Rituais Etílicos".
A mansão da foto se localiza no Alto da Boa Vista e é a sede oficial. 



O grupo foi se formando pouco a pouco, com a entrada de novos membros que eram selecionados em democráticas reuniões realizadas, por exemplo, no Alcazar, no Garota da Urca, no Barril 1800, no bar Lagoa, no Belmonte e por aí vai.

O diploma do inesquecível concurso "Sherlock Holmes" também foi criação do Conde di Lido. O regulamento foi feito pelo Helio Ribeiro, grande incentivador do "Saudades do Rio".

Abaixo os 5 vencedores recebendo seus diplomas em uma noite inesquecível no restaurante "Degrau":






Foi uma pena a perda de anos de fotos e comentários quando do final do fotolog do provedor Terra. Abaixo relembramos alguns daqueles fotologs.


O "Saudades do Rio" teve início em 2005, vindo do "fotolog.net", por insistência do Conde di Lido. Foi uma das poucas boas ideias do Conde. O Terra reuniu muita gente boa e era de fácil acesso.


O "Saudades do Rio - O Clone" foi criado pelo Administrador Desconhecido para suprir as férias do "Saudades do Rio". Mas consolidou-se, por muitos anos, também como uma fonte muito interessante das coisas do Rio Antigo.


O "Arqueologia do Rio de Janeiro", do caro M. Rouen, era especialista em detalhar as construções da cidade. Suas séries sobre o Monumento Rodoviário e o bairro de Botafogo (em especial o Edifício Pimentel Duarte) foram extraordinárias.

O "Carioca da Gema", do Tumminelli, também oriundo do fotolog.net, foi um dos primeiros. Ao lado do Andre Decourt, que nunca participou do Terra, mas mantinha seu estupendo "site" "Foi um Rio que passou", foi um grande incentivador das pesquisas sobre o Rio Antigo.


Numa época em que as fotos da Zona Norte eram difíceis de encontrar, o "Zona Norte", do Antolog, se destacava.


O prezado Candeias, nosso "The Voice", é dos mais antigos nos FRA-Fotologs do Rio Antigo. Suas histórias enriquecem sobremaneira os comentários.



Outro que se mantém até hoje é o "site" sobre a Ilha do Governador do prezado Jaime Moraes. É inacreditável o acervo sobre a ilha que ele possui.

O Bispo Rolleiflex, o querido Lavra. tinha um sem número de fotologs. Às vezes queria apagar uma foto sob a acusação de que já havia sido publicada e apagava todo o fotolog. Tinha também uns dois ou três fotologs de rascunho e aí acabava publicando amanhã a fotografia que seria de hoje, e hoje publicava a foto de anteontem. No fim tudo dava certo.


O "Coisa Lúdica" era da tia Milu, embaixadora plenipotenciária da Urca e adjacências.


"O Pharol" foi uma criação extraordinária do Derani, onde se destacava o "Anão Duarte".


O "Rio de Outros Janeiros", do Pgomes, nos brindava com fotografias e até filmes feitos pelo avô dele. Um espetáculo.

O "Rio Hoje", do Rafael Netto, o "Rafito", contribuía com seus conhecimentos e com fotos comparativas do Rio Antigo com o Rio atual.

O "Rio de Fotos" do sempre bem-humorado Derani, tal como o "Saudades do Rio", foi para onde o Aguinaldo Silva e seu braço-direito Francisco Patricio enviaram fotos estupendas.



O "Rio para Sempre" do Augusto também fazia parte dos fotologs do Rio Antigo. E o Augusto segue como comentarista diário do "SDR".


O saudoso Richard (Richaaard) tinha o "Ontem e Hoje", com boas fotos e histórias. A melhor de quando foi preso na Cinelândia, quando saiu para comprar cigarros durante um tumulto em 1968.




O "Voando para o Rio" do prezado JBAN tinha um outro olhar sobre o Rio Antigo. Sua extensa série sobre o "Zeppelin" fez enorme sucesso.


O "Lanterna Mágica" do "primo Bouhid", era do grupo.


O "Mapas" do Celsão, que trazia mapas do Rio Antigo.


O "Outstandings", do Conde di Lido, não era do Rio Antigo, mas é citado pelo muito que o Conde colaborava com os FRA, com suas colorizações, publicava fatos diversos.

Foi uma época muito boa. Inúmeros comentaristas, muitos comentários, grandes histórias, figuras sensacionais (reais ou virtuais, como o Professor Pintáfona, o General Miranda, Karina, Manitu, Josafá Pederneiras, Frei Henrique Boaventura, Dra. Psicóloga, Creuza, Tertuliano Delacroix, Eleutério Miranda, Giseli Loira, Beatrice Portinari, Observadores de vários tipos, A Gerência, Finólia Piaberelina, Renato, Fidelino Leitão de Menezes e tantos outros), além de vários que, infelizmente, partiram, como o Belletti. o Richard, o AG, o Etiel, a Malu Auler.

Agradeço a todos que colaboraram e ainda colaboram com o "Saudades do Rio" e saúdo a todos que ainda acompanham o blog.

E peço desculpas pelas eventuais omissões.




quinta-feira, 30 de março de 2023

PALÁCIO LARANJEIRAS


 O terreno onde fica o Palácio das Laranjeiras, nos fins do século XIX, era propriedade do Conde de Sebastião Pinho.  Depois, entre 1909 e 1914 foi construído o palácio, segundo projeto do arquiteto Armando Carlos da Silva Teles, para ser a residência do industrial Eduardo Guinle.

Conforme nos conta o Professor Mario Henrique Glicério Torres em seu livro "Palácio das Laranjeiras", o requerimento foi como se segue:

"Armando Carlos da Silva Telles, architecto constructor, tendo sido incumbido pelo Dr. Eduardo Guinle para construir um prédio no terreno onde se acha actualmente a casa nº 36 da Rua Carvalho de Sá (atual Rua Gago Coutinho) vem apresentar a V. Excia. 6 plantas, a fim de serem devidamente aprovadas e concedida a respectiva licença para o início das obras que serão terminadas no prazo de oito meses.

O prédio será construído no centro do terreno e a 25m acima do nível da rua.

P. deferimento,

Rio de Janeiro 22 de dezembro de 1909

Armando Carlos da Silva Telles.”

Estiveram envolvidos na construção Joseph Gire, Armando Carlos da Silva Teles, E.F. Cochet (paisagista), Georges Gardet (escultor), Émile Guilhaume (escultor), A. P. Nardarc (pintor), Georges Picard (pintor), Covaillé Coll (pintor), Louix Bettenfeld (decorador), Schwartz Meurer (serralheria), Freihoffer (esucador) Charles Champigneule (vitrais).

Em 1940 foi vendido para o Governo Federal, tendo sido residência do Presidente Juscelino Kubitscheck.

Em 1968 foi no Palácio Laranjeiras que foi assinado o nefasto AI-5.

Em 1974 foi doado pela União ao Estado do Rio de Janeiro.

No Governo Chagas Freitas, iniciado em 1979, com a liderança de sua esposa, D. Zoé Noronha Chagas Freitas, uma grande reforma foi realizada para restauração do palácio. 

Segundo ela, “O tempo, em sua obra destruidora, havia se tornado dono inconteste do palácio. Móveis belíssimos, tapetes Aubusson, Savonerie, quadros de pintores famosos como Reynolds, Rigaud, Franz Post, Moretto da Brescia, parquets franceses, a própria estrutura do prédio haviam sido feridos em sua integridade e beleza. 

Cadeiras de fórmica ladeando móveis de estilo, carpetes puídos recobrindo os parquets franceses. Os belíssimos mosaicos dos pisos das varandas também não haviam sido poupados. O banheiro de mosaico colorido e mármore branco tinha uma banheira moderna, destoando do décor da época. Tudo havia que ser recuperado”.

Abaixo vemos fotos de Pedro Osvaldo Cruz, retratando o Palácio Laranjeiras após a restauração.








É a residência oficial do Governador do Estado do Rio de Janeiro. Os últimos, pelo que é noticiado, não merecem morar num palácio assim.

PS: O palácio é tombado e há visitação pública.

quarta-feira, 29 de março de 2023

IGREJA METODISTA


O templo da Igreja Metodista, visto nesta foto de Sascha Harnisch, dos anos 50, fica situado na Praça José de Alencar nº 4, no Catete.

Os primeiros Metodistas chegaram ao Brasil em 1836, mas só se estabeleceram na Rua do Catete em 1877, num sobrado alugado. O novo templo teve sua construção iniciada em 1881, com projeto doado pelo arquiteto Antonio Jannuzzi.  Em 1886 foi enfim inaugurado, em estilo predominantemente neoclássico com elementos do gótico inglês. 


A Igreja Metodista surgiu na Inglaterra, no século XVIII, criada por um sacerdote da Igreja Anglicana, de nome John Wesley.

Houve uma questão jurídica quando da inauguração do templo, pois um grupo de católicos tentou embargar a obra junto ao Conselho Municipal já que a Constituição do Império proibia que qualquer outra religião que não a Igreja Católica utilizasse templos com fachada ou elementos eclesiásticos e esta nova construção possuía tais características. De qualquer modo o templo foi inaugurado e mantém as mesmas características arquitetônicas até hoje.

O art. 5º da Constituição de 1824 preceituava que “a religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo".


Praça José de Alencar, Flamengo, década de 1910. Vista tomada do Hotel dos Estrangeiros. Ao fundo a Rua Conde de Baependi. Na esquina com a praça, lado esquerdo, o primeiro templo metodista do Brasil, inaugurado em 1886. No centro da imagem, a estátua do escritor José de Alencar. 

A praça chamava-se Largo do Catete ou Ponte do Catete, pois ali se localizava a Ponte do Salema, sobre o rio Carioca (foi, talvez, o primeiro pedágio cobrado na cidade, no século XVII). Em 1897 mudou de nome quando da chegada da estátua feita pelo escultor Rodolfo Bernadelli. No lado direito destaque para a Igreja Nossa Senhora da Glória, que fica no Largo do Machado. Autoria da foto: A. Ribeiro. 


A Igreja Metodista e a Rua Conde de Baependi em foto de Malta.


terça-feira, 28 de março de 2023

RIO DOS ANOS 60

Os fotogramas abaixo foram garimpados pelo Nickolas e mostram aspectos do centro da cidade na década de 60.

Certamente obiscoitomolhado se encarregará de identificar os poucos automóveis estrangeiros.


FOTO 1

FOTO 2


FOTO 3


FOTO 4

FOTO 5


 FOTO 6