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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

CINEMA BOTAFOGO

Foto de 1951 quando foi fechado o Cinema Star, que funcionou na Rua Voluntários da Pátria nº 35 desde 06/10/1944. Este cinema tinha, imaginem, 1402 lugares. 


Vemos o Cinema Botafogo, que funcionou na Rua Voluntários da Pátria nº 35, substituindo o Cinema Star sem grandes alterações, desde 04/10/1951. Teve um período áureo. A foto é do início dos anos 80, quando exibia o filme brasileiro "Retrato falado de uma mulher sem amor", com Monique Lafond, Paulo Cesar Pereio, John Herbert, Jonas Bloch, Fulvio Stefanini e outros.


Foto de 1994 do Cinema Botafogo, já com o prédio todo grafitado. Foi fechado em 1995, sendo que, em seus últimos tempos, passava muitos filmes de qualidade duvidosa ou pornográficos.

No ano seguinte, em 27 de outubro de 1996, reabriu como Espaço Unibanco, já com o espaço dividido em várias salas. Na estreia, três filmes: "Memórias do cárcere", de Nelson Pereira dos Santos, "O gato sumiu", de Cédric Klapisch, e "A lei do desejo", de Pedro Almodóvar. 

Mais recentemente, em 2014, um novo patrocinador entrou no negócio e foram realizadas obras que transformaram as três antigas salas em um complexo de cinco salas, a configuração atual do Estação Net Rio.

Nesta semana saiu na Imprensa a notícia que o Grupo Severiano Ribeiro conseguiu autorização da Justiça para reaver o espaço por falta de pagamento de aluguel e no lugar do cinema planeja construir um edifício. Vários grupos tentam salvar o cinema, mas parece inexorável o fim dos cinemas de rua.


 

quinta-feira, 11 de novembro de 2021

OBELISCO DA AV. ATLÂNTICA

Em foto do acervo do Francisco Patricio vemos o obelisco comemorativo da duplicação da Avenida Atlântica em 1919. Ficava em frente à Rua Almirante Gonçalves, na altura do antigo Posto 5. 


Este Obelisco foi oferecido pelos moradores de Copacabana à Cidade, em  comemoração da reconstrução e alargamento da Avenida Atlântica. Foi transferido, na década de 1930, quando os canteiros centrais foram eliminadoso, para a Praça Júlio de Noronha, no Leme (provavelmente em 1938).  


Possui forma de coluna circular adornado com dois medalhões de bronze com a efígie do Prefeito Paulo de Frontin e outro com a do Presidente da República Delfim Moreira. 


Foto de Malta, da coleção do Instituto Moreira Sales. 


O obelisco, marco da urbanização da Av. Atlântica. via. À esquerda, mais ao fundo,  podemos ver os pinheiros do jardim da chamada "Casa do Vaticano" (cuja história já foi contada por aqui) e onde durante algum tempo funcionou a "Help" e hoje é o local do futuro Museu da Imagem e do Som.


Nesta foto do AGCRJ vemos o obelisco na Praça Almirante Julio de Noronha, no Leme, onde está desde o fim da década de 30, pertinho do Forte do Leme.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

CINELÂNDIA COLORIZADA PELO NICKOLAS

Vemos hoje várias colorizações do mago Nickolas Nogueira tendo como tema a Cinelândia. Francisco Serrador, o idealizador da Cinelândia,  costumava dizer que a ideia da Cinelândia nascera a partir dos escombros do Convento da Ajuda. O objetivo era ter o projeto da Cinelândia pronto por ocasião do centenário da Independência, em 1922, mas não foi possível. As obras dos quatro primeiros prédios da Cinelândia foram iniciadas em 1923 e a inauguração do primeiro cinema desta área, o Capitólio, deu-se em 1925. Depois vieram o Glória, o Império e o Odeon, este em 1926. O Pathé-Palace é de 1928, o Alhambra é de 1932, o Rex de 1934 e o Rio de 1935. O “Bairro Serrador”, como era conhecida a Cinelândia, ficava entre o Teatro Municipal e o Palácio Monroe. Parte da área já estava ocupada pelo Palácio Pedro Ernesto, a “Gaiola de Ouro”. 

O bonde passa em frente à Câmara de Vereadores. O carro azulado precisa de retoque na pintura, mas a banda branca do pneu está impecável. A partir de 1941 a placa dos carros particulares era de um amarelo-abóbora com números pretos e a placa dos carros de aluguel, como o táxi que vemos, era vermelha com números brancos.

Foto da Getty Images. Vemos a região da Praça Floriano Peixoto, Cinelândia, em frente à Câmara de Vereadores. Impressionam a elegância dos passantes, a bela luminária, o Amarelinho ao fundo (foi inaugurado em 1921 e recentemente foi comprado pela rede Belmonte). Bondes seguem em direção ao Tabuleiro da Baiana. Destaque entre os automóveis para o Chrysler 46/48 de cor verde. Como deve ter sido bom desfrutar do Centro da cidade nesse tempo.

Vemos a Cinelandia, provavelmente em 1953 ou 1954, quando o filme exibido no Odeon, em 3D, era "Investida de Bárbaros" ou, em inglês, "The Charge at Feather River".  Este filme tinha em espanhol o título "La carga de los jinetes indios" e era estrelado por Guy Madison, Vera Miles e Frank Lovejoy. Lá no alto de um prédio, à direita, um anúncio do Lóide Aéreo. Acho que, anteriormente, obiscoitomolhado identificou o Hudson verde, de 1951, e o preto e caramelo como um Austin A-90 Atlantic Convertible,

Foto da Getty Images. Esta foi perdida quando o "Saudades do Rio", então no fotoblog UOL, desapareceu para sempre quando aquele provedor acabou. Na época obiscoitomolhado escreveu que “o Fusca é um split-window 1952, sem quebra ventos e com rodas de 15 polegadas. Não me consta que fossem vendidos em cores berrantes, apenas em tons pasteis ou bem escuros. Grená seria perfeitamente possível. O Fiat 500, preto, é de 1949 em diante. Temos a Dodge 51 e, mais à frente, um Fiat 1400 verde. Um Cadillac creme aguarda o Ford 49 preto manobrar. À frente e atrás do Fusca dois Plymouth, ou primos.” O menino, à direita, estava nos trinques com o cabelo no estilo “Príncipe Danilo”.


 Foto dos tempos em que, após ir ao cinema na Cinelândia ou após sair do trabalho na "cidade" era obrigatório tomar um chope no Amarelinho. E do Amarelinho tinha-se uma vista linda do que foi o Rio de antigamente com a Biblioteca Nacional, o Municipal, o MNBA e, na outra extremidade, o Palácio Monroe. Estacionado vemos um Dodge 1952 conversível - uma raridade.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

PEDRA DO INHANGÁ

Ontem se discutiu por aqui se em uma das imagens dos anos 50 ainda aparecia a Pedra do Inhangá na areia da praia. Nesta foto vemos uma Av. Atlântica nos primeiros anos do século XX, com a Mansão Duvivier ao fundo. Foto feita por Wiliam Nelson Huggins, bisavô do Tumminelli, em 1916,

Nesta foto de pouco depois da inauguração do Copacabana Palace em 1923 já vemos que a pedra havia sido cortada até junto da calçada que acompanhava o alinhamento do Copacabana Palace. 

Nesta foto, mais ou menos da mesma época das fotos de ontem, não há vestígio da pedra na areia da praia.  


Aqui vemos a mãe do Gustavo Lemos sentada em um banco perto do Copacabana Palace em 1946, confirmando que já não havia restos da pedra na areia.

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

DAS VARANDAS DO COPACABANA PALACE

Acho que por décadas havia um fotógrafo de plantão para mostrar a varanda do Copacabana Palace, os automóveis que trafegavam pela antiga Avenida Atlântica e a carrocinha da Kibon na calçada da praia. 

Postagem com a colaboração dos acervos do Decourt, Rouen, do “Clone” e do “Saudades do Rio”.


Um raríssimo Tucker e um Standard Vanguard, entre outros automóveis que darão trabalho a nossos especialistas. Foto de 1950/1951. À direita vemos parte do anúncio da Coca-Cola que já apareceu anteriormente por aqui.

De chamar a atenção o tamanho do bico do Cadillac saindo do hotel e o Fiat Pulga estacionado. E a carrocinha da Kibon estacionada junto ao meio-fio da calçada da praia.

O Jason dá uma mão aos especialistas: o carro no canto inferior esquerdo é um Ford Pilot (modelo francês). Na frente dele, o carro branco é um Chevrolet Styleline 1952. Estacionada perto do calçadão está uma Willys Station Wagon, que mais tarde seria rebatizada de Rural... Ao lado dela passa outro Willys: um Aero Ace 1952 duas portas (carro americano que daria origem ao Aero-Willys brasileiro, em 1960). Atrás do Aero, também andando na direção do Lido, vai um Chevrolet 1951 Styleline duas portas (ou sports coupé). O carrinho diminuto estacionado é um Fiat 500, que na época era mais conhecido no Brasil como "Pulga". Ao lado do Fiat, o carro claro que está andando é outro Cadillac 1950-1952. Na frente do Pulga, estacionado, mais um Cadillac.

Segundo o Rouen, o carro mais novo é o Oldsmobile Super 88 “saia e blusa” ano 1954 que observamos à esquerda, estacionado no meio-fio da praia. O anúncio da Coca-Cola aparece com destaque à direita. 

Foto de Landau. Descrição em várias línguas para atender os visitantes internacionais do "Saudades do Rio"...

A Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, com o vai e vem constante de pedestres e automóveis. Antes da construção do cais, uma muralha de proteção profunda de muitos metros, o mar revoltado pelo temporal cortava grandes sulcos terra adentro.

Along Avenida Atlântica, lining Copacabana Beach, flows a constant stream of cars and passers-by. Before the massive retaining wall was built yards deep below the sidewalk, storm seas often cut far into the shore.

L'avenue Atlantique, à Copacabana, va-et-vient continue de flâneurs à pied et en voiture. Le trottoir masque un mur profond qui la protège contre l'irruption de la mer en temps d'orage.

Die Avenida Atlântica in Copacabana, Tummelplatz der Spaziergänger und Autos. Bevor eine metertiefe Schutzmauer unter dem Gehsteig gebaut wurde, rissen die Meereswogen ganze Stücke aus der Strasse.

E a carrocinha da Kibon mais uma vez de plantão.

Foto do acervo de O Globo, publicada no “Clone”. Vemos os efeitos da ressaca de 1961. Além do Fusca com pneus banda branca, vemos uma perua Dodge e um Belair 1957. E a carrocinha da Kibon.

Os amantes dos carros antigos têm boa oportunidade hoje para se exercitarem.

 

domingo, 7 de novembro de 2021

ITAJUBÁ HOTEL

O Itajubá Hotel foi uma brilhante iniciativa de um grupo de capitalistas entre os quais Vivaldi Leite Ribeiro e Antonio Faustino Porto.

Continha 200 quartos, cada um dos quais dispondo de sala de banho e instalação sanitária própria. Havia à disposição restaurante “A la carte”, bar, cabeleireiro, manicures, calistas, etc.



Uma curiosidade eram os almoços de adesões a algum homenageado. Por exemplo, em 23/06/1928, por motivo da chegada da Europa do Dr. Arnaldo de Moraes (médico fundador da Maternidade Arnaldo de Moraes, em Copacabana, hoje Hospital São Lucas), havia listas de adesão na Casa Moreno, na Lutz Ferrando da Gonçalves Dias e na Orlando Rangel, na Assembleia.

Ainda em 1928 realizou-se em outubro um almoço para os membros da colônia cearense, em especial os jornalistas Andrade Furtado e Gilberto Camara.


No final da década de 20 o Itajubá Hotel tinha a gerência de R. Segatori, com Luiz Pione (ex-chef do Grande Hotel Carlton de Londres) comandando a cozinha. Funcionava no sub-solo o “Tucanos Bar”.

Em 1929 no domingo de carnaval houve grande baile, das 22h às 04h da madrugada. A mesa custava 50$000 por pessoa, com direito a lauta ceia. As pessoas que reservaram mesas tinham direito a uma “senha de trânsito”, que permitia entrar e sair do hotel, dentro do horário marcado, tantas vezes quanto quisessem.

O concurso de “Miss Brasil”, em 1929, realizou-se nos salões do Itajubá Hotel.