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sábado, 19 de junho de 2021

DO FUNDO DO BAÚ - 1967


 Nada mal a programação para a Semana Santa de 1967.

Além de espetáculo relacionado com a semana como “A mensagem do Salmo” no Carlos Gomes, havia Tonia Carrero com “As criadas” e o balé de Eugenia Fedorova no Municipal. 

Na Zum-Zum Norma Benguel e Baden faziam o show, no mesmo lugar do antológico Vinicius e Caymmi no Zum-Zum com o Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves.

No Rui Bar Bossa Tuca e Mieli num show que depois virou programa de TV. 

Patinar no Gelorama ou jogar boliche no Playbol do Corte de Cantagalo era programa que várias vezes fiz.

Ir no Sol e Mar não era para mim naquela época, nem frequentar a boite Plaza na Prado Junior. 

sexta-feira, 18 de junho de 2021

FNM

Os trilhos de bonde da Av. Pasteur em frente à Faculdade Nacional de Medicina. Ao fundo vem vindo da Praça General  Tiburcio um bonde da linha 4 - Praia Vermelha. 

 

A portaria principal da faculdade, que só era usada em ocasiões festivas. Dava para a Av. Pasteur. A portaria usada diariamente ficava na pequena rua perpendicular à Av. Pasteur. 

quinta-feira, 17 de junho de 2021

GALERIA CRUZEIRO

Construído pela Light em 1911, o Hotel Avenida foi um dos edifícios mais populares da Avenida Rio Branco e um dos pontos mais movimentados da cidade. Ele era tão importante que acabou se transformando em marco histórico do Centro e cartão-postal do Rio Antigo. No térreo funcionava uma estação circular dos bondes que trafegavam pela Zona Sul da cidade pertencentes à Companhia Ferro-Carril do Jardim Botânico e ali existia a Galeria Cruzeiro.

Chamada de Galeria Cruzeiro devido à existência de duas passagens em cruz, ela permitia o embarque e desembarque dos ilustres passageiros com conforto e segurança. Além disso, oferecia bares, restaurantes, cafés e leiterias. A Galeria Cruzeiro também foi um dos principais cenários do carnaval carioca, concentrando os foliões que chegavam nos bondes lotados e ruidosos.  O Hotel Avenida foi demolido em 1957 para dar lugar ao Edifício Avenida Central.  Um de seus locais mais tradicionais era a Leiteria Mineira, que vemos à esquerda, com seu leite, queijos, manteiga, cremes, chá, lanches, refeições ligeiras. 

A Galeria Cruzeiro era ponto de encontro no centro da cidade, inclusive com mesas na calçada da Av. Rio Branco.

As passagens da galeria tinham saída para a Av. Rio Branco, o Largo da Carioca, a Rua São José e a Rua de Santo Antônio, hoje Bettencourt da Silva. No encontro dos dois corredores havia uma pequena fonte. A Laranjada Brasil era outro ponto famoso. A Laranjada Brasil também se destacava como uma primeira loja de sucos. 

Em 1957 o Bar da Brahma publicou o seguinte anúncio: “Galeria Cruzeiro, Av. Rio Branco 152. Será vendido sem reserva de preço, para demolição do prédio, pelo leiloeiro Júlio, talheres, fruteiras, floreiras, liquidificadores, jarras, travessas, farinheira Fracalanza, faqueiro Wolf com 130 peças novo sem uso, ventilador GE, ar refrigerado portátil, um quadro a óleo de destacado pintor representando os camelos no deserto, notável obra de arte, balcões, divisões, etc, etc.

O Bar da Brahma ficava voltado para a Rua São José.


Leny Eversong (lembram-se dela?) gravou “Adeus Galeria Cruzeiro”:

"Você viu, você leu, você ouviu

Os comentários que correm pela cidade?

Você viu, você leu, você ouviu

A dolorosa verdade?

É certo que a Galeria Cruzeiro

Vai desaparecer

É a lei do progresso

Que faz a cidade crescer.

(...)

Este samba, triste samba

É o adeus do artista

Adeus galeria

Do chopp gelado

Das noites de boêmica

Dos carnavais do passado

Galeria adeus

Galeria adeus

Adeus Galeria"

quarta-feira, 16 de junho de 2021

HOTEL CENTRAL (3)

Finalizamos hoje esta pequena série sobre o Hotel Central. A foto mostra “as distinctissimas senhoras e cavalheiros que assistiram ao baile de inauguração. Não satisfeita com o brilhantismo da soirée do dia 11 de novembro, Madame Martha Niederberger, que é de uma actividade sem par, tem offerecido, semanalmente, chás-concertos nos bellos halls e terrasse do magnífico edifício. As famílias cariocas têm encontrado nesses chás, que constituem a nota chic, tudo o que se possa exigir de fino. A orchestra é dirigida pelo illustre maestro Pickmann.”

Foto do acervo de Monsieur Rouen. Aspecto interno: halls e sala de jantar. 

                                                 Acervo M. Rouen. A sala de refeições.

                      Acervo Rouen. O maravilhoso terraço no alto do Hotel Central

O texto publicitário do hotel dizia:

"Hotel Central Praia do Flamengo nº 202 – Telephone Sul 2240 

Proprietária: Martha Nierderberger.

Novo moderno Hotel de primeira ordem, montado a capricho com todos os progressos da época actual. Todos os aposentos com sala de banho annexa. Apartamentos de luxo. Água corrente fria e quente e telephone em todos os quartos. Ascençores para os quatro andares. Terraços mobiliados sobre o telhado com estupenda vista para o completo e maravilhoso panorama da afamada bahia de Guanabara. Defronte do Hotel: esplendida praia de banhos. Diária de 12$000 para cima."

Do fabuloso acervo de M. Rouen sai esta propaganda da Casa Confucio que informa que era ofertado aos hóspedes, quando da chegada ao estabelecimento, em 1923, um volume do Guia –Brinde Hotel Central, possuindo 146 páginas. Impresso ricamente ilustrado com photografias da cidade maravilhosa, informações geraes sobre o deslocamento na capital e annuncios de casas de commercio. 

 

terça-feira, 15 de junho de 2021

HOTEL CENTRAL (2)

Tropecei ontem com uma pesquisa sobre o Hotel Central feita pelo José Roitberg, do blog “Fotos Antigas do Rio”, que tomei a liberdade de publicar aqui por esclarecer algumas informações amplamente divulgadas na Internet e, também, no livro do Brasil Gerson. Trata-se da localização do Hotel Central e da confusão havida sobre a construção do prédio novo no lugar do antigo prédio.

Nesta primeira foto vemos o Hotel Splendid, um hotel inaugurado no mesmo dia do suntuoso Hotel Central, em novembro de 1916. Dos melhores pelo luxo, pela ornamentação, pela excelência da cozinha e, muito principalmente, pela inteligente direção do Sr. Bento Porto e Exma. Sra. O Splendid Hotel é de propriedade do Sr. Frederico Bokel que, aos seus amigos, para comemorar a inauguração de mais um brilhante atestado de sua atividade sem par, ofereceu lauto almoço nos salões de honra de seu estabelecimento. Roitberg confirma que o Splendid foi construído no lugar do antigo Central e que o novo Central foi construído em outro endereço.

O prédio do Splendid foi o prédio do Hotel Central antigo. Ao abrir o Central novo abriu-se também, no mesmo dia, o Splendid, que ficava na Praia do Flamengo 202/208. Seu anúncio dizia que o acesso é fácil pelos bonds da linha Praia Vermelha e Humaitá, via Flamengo. Ficaria na altura da esquina da Rua Almirante Tamandaré.


 Na mesma edição da revista “Careta” em que se anunciava a inauguração do novo Hotel Central  na esquina com a Rua Barão do Flamengo, vemos, ao fundo, à direita, os quatro telhados em ponta do Hotel Splendid, na esquina da Rua Almirante Tamandaré.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

HOTEL CENTRAL

As quatro primeiras fotos são do AGCRJ e mostram o projeto para um GRANDE HOTEL COM ESTABELECIMENTO BALNEÁRIO. Terá sido o projeto para o Hotel Central, depois realizado com alterações? 

Vemos o aspecto da fachada principal sobre a Avenida Beira-Mar.

A fachada lateral.

“Secção” do projeto.

Planta dos diversos pavimentos.

Foto de Preising mostrando o Hotel Central na Praia do Flamengo. Ficava localizado na Av. Beira-Mar entre as ruas Machado de Assis e Paissandu, na esquina da Rua Barão do Flamengo. Foi construído em 1915 (no lugar do balneário High-Life) e demolido em 1951, sendo erguido em seu lugar o Edifício Conde de Nassau.

O Hotel Central, em fotografia de Malta, tinha 124 quartos e funcionava como estabelecimento balneário, tendo alguns quartos para dormir, trapézios para exercícios e terraço aprazível. Este hotel foi um aprimoramento das "casas de banho", que se resumiam ao serviço básico - pequenos quartos, geralmente de madeira, onde o banhista trocava de roupa.

O Hotel Central à noite.


No início dos anos 50 vemos o Hotel Central sendo demolido. Reparem o mobiliário urbano da época, incluindo o abrigo para o guarda de trânsito. Um dos nossos especialistas (o Gustavo Lemos, o Rouen ou obiscoitomolhado, já não lembro) identificou os automóveis: o Buick é um modelo Super Sedanet 56S 1948. O veículo do meio é um Dodge Coronet A3 1950. Parecidíssimo com os seus primos, o DE SOTO 1950 e o PLYMOUTH 1950. O veículo da esquerda é um Chevrolet  Sedan 4 portas, fabricado de 1949 ou 1950.