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sábado, 27 de fevereiro de 2021

CONSULADO DO LÍBANO






 Vemos o Consulado Geral do Líbano, que fica na Rua Dona Mariana nº 39, Botafogo.

Em 1946, foram estabelecidas as relações diplomáticas entre o Líbano e o Brasil, quando o Líbano abriu uma representação diplomática a nível de “Comissariado” na capital, Rio de Janeiro, tendo sido nomeado o Sr. Youssef Saouda como Ministro Plenipotenciário. No ano de 1956, a representação diplomática foi elevada a nível de Embaixada.

 

Durante alguns anos a caminho do Santo Inácio, pois na ida o lotação me deixava na Voluntários da Pátria, passava diariamente pela elegante mansão, na época uma das muitas que existiam na Rua Dona Mariana. Foi adquirida através de doações da colônia libanesa no Brasil.

 

Em 1972 a Embaixada do Líbano no Brasil foi transferida do Rio de Janeiro para a nova capital do Brasil, Brasília, ficando em o seu lugar o Consulado Geral.

Fotos 1 e 2: enviadas pelo prezado Carlos Paiva.

Foto 3: acervo Osmar Carioca.




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

FLAMENGO - UMA PAIXÃO ETERNA

Hoje, aos 125 anos, continua despertando paixões. Mais uma vez campeão.

A bandeira do Flamengo no esporte é uma glória,

Que se agita sempre, na derrota e na vitória.

Muitos não sabem, mas este é o hino oficial. O de Lamartine Babo, do "Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar", é o mais popular.

Sócio "aspirante" desde 1958.

Sócio "proprietário" desde 1962.

 

Sócio "remido" desde 2012.

Este "post", comemorativo do título do Campeonato Brasileiro de 2020, entra na categoria "eventos importantes" do Saudades do Rio.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

TEATRO DE REVISTA / VEDETES

Na década de 50, anos depois do fechamento dos cassinos, virou uma febre o teatro de revista. Teatros como o Recreio, o Carlos Gomes, o Regina, o João Caetano, o República, o Glória e o Serrador abrigavam peças de teatro de revista. Também os teatros Jardel e o Follies, além de, por algum tempo, o Cinema Alvorada em Copacabana, exibiam este tipo de teatro. As vedetes apareceram em profusão e nomes como Angelita Martinez, Mara Rúbia, Virginia Lane, Aizita, Anilza Leoni, Annik Malvill, Blanche Mur, Brigitte Blair, Betty Faria, Marly Tavares, Consuelo Leandro, Ida Gomes, Carmen Verônica, Celia Coutinho, Diana Morell, Delly de Azevedo, Valentina, Gina Le Feu, Darlene Glória, Elizabeth Gasper, Eloina, Esmeralda Barros, Evelyn Rios, Gigi do Baccarat, Luely Figueiró, Lenita Bruno, Lucia Lamour, Lygia Rinelli, Maria Pompeu, Dorinha Duval, Miriam Pérsia, Marilu Bueno, Nancy Wanderley, Norma Benguell, Marina Montini, Márcia Rodrigues, Marivalda, Nelly Martins, Nédia Paula, Odete Lara, Nádia Maria, Rosinha Lorcal, Renata Fronzi, Rose Rondelli, Silvia Fernanda, Sonia Dutra, Sandra Sandré, Sonia Clara, Thelma Elita, Vanja Orico, Vera Vianna, Wanda Moreno, Yolanda Ferrer, Zélia Martins, entre outras, fizeram muito sucesso.

Assim como grandes artistas como Costinha, Colé, Walter D´Ávila, Oscarito, Grande Otelo, Waldyr Maia, Agildo Ribeiro, Nick Nicola, Martim Francisco, Ankito, Vagareza, Silva Filho, etc.

Na Zona Sul fez sucesso o Cine-Teatro Poeira de Ipanema, que ficava na rua Jangadeiros nº 28, na Praça General Osório. Teve vida breve (1969/1970) e um dos seus maiores sucessos foi o espetáculo "Tem Banana na Banda", incursão de Leila Diniz no "teatro de revista". Improvisando a partir dos textos de Millôr Fernandes, Luiz Carlos Maciel, José Wilker e Oduvaldo Viana Filho, entre outros, atrizes como Leila Diniz, Ana Maria Magalhães e Tania Scher, reproduziram na Zona Sul o clima dos espetáculos de Walter Pinto, da Praça Tiradentes, e aproveitaram para provocar os militares da ditadura da época. Anos depois, funcionou neste local a Boate Privé e os restaurantes Gibo e, tempos depois, o Terzetto, que também fechou.

Leila foi uma figura controversa nos anos 60 e início dos anos 70, mas tinha uma postura marcante. Aprecio muito esta frase dela: "Gosto de andar sozinha; me dou muito bem comigo mesmo". Também é antológica a resposta dela ao ser assediada por um coronel nordestino à saída do teatro, quando o coronel, ao ouvir uma recusa, começou a falar o que não devia: "Sim, eu dou para todo mundo mas não para qualquer um".

Os títulos eram outra atração, tais como "Quem pode... pode!", "É fogo na bica", "Bom mesmo é mulher", "Tem água no biquini", "É xique-xique no pixoxó", "Espreme que o caldo sai", "Diabo que a carregue lá prá casa", "Tem banana na banda", "De top-less a coisa cresce", "Tem bububú no bobobó", "Botando pra jambrar".

Muitas vedetes como Celia Azevedo, Aizita, Marivalda, Rose Rondeli e Carmen Verônica foram "certinhas do Lalau. O teatro Carlos Gomes era um dos que mais apresentavam peças de teatro de revista, como a "Bom mesmo é mulher", com Virginia Lane.

Com a comediante Suzy Kirby como treinadora a "Seleção Brasileira das Certinhas do Lalau" era fantástica. De pé: Gina Le Feu, Eloína, Olívia Marinho, Carmem Verônica (que goleira - o Conde di Lido que o diga!), Rose Rondelli e Sõnia. Agachadas: Elizabeth Gasper, Norma Marinho, Norma Bengell, Mary Marinho e Sônia Corrêa.

Anilza Leoni, ao ver esta foto publicada no "Saudades do Rio" e os comentários que se seguiram ficou emocionada. Mais adiante coloco o comentário de Daniel Marano sobre este fato.

Para terminar o "post" aí vai a fotografia de Angelita Martinez, em 1956, no campo do Flamengo, na Gávea. Na minha opinião seria um reforço estupendo para o jogo desta noite. 

 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

ESTÁDIO DE REMO DA LAGOA

Vemos o início das obras de construção do Estádio de Remo da Lagoa. As regatas passaram a ser oficialmente disputadas a partir de 1851, transformando-se,  depoisem ponto de encontro da população carioca a partir do início do século XX. 

Inicialmente disputadas na Praia do Flamengo, no início do século XX foram transferidas para a Praia de Botafogo com a construção do Pavilhão de Regatas pelo Prefeito Pereira Passos. Este pavilhão foi inaugurado em 24 de setembro de 1905, sendo o C.R. Vasco da Gama o seu primeiro campeão. O Pavilhão de Regatas foi demolido em 1931. Na foto acima mais um aspecto da construção de Estádio de Remo da Lagoa.


A construção do Estádio de Remo deu-se em meados da década de 1950, por meio de um aterro nas margens da Lagoa.

O projeto original do estádio, de 1954, previa 14 garagens de remo, que nunca foram construídas na sua totalidade. Após 20 anos sem garagem alguma, em 1974, foram construídas as 8 garagens existentes, que há anos se mostram insuficientes para comportar a expansão do remo no local. Da data da inauguração até os anos 70 as regatas tinham grande público e eram um acontecimento esportivo importante, tanto quanto ocorria na época das regatas defronte da Avenida Beira-Mar. 


Vemos, em foto de 1957, um "oito" do Botafogo comemorando a vitória numa prova disputada ainda no inacabado Estádio de Remo.

Foto dos anos 60 com o estádio repleto de torcedores, Nesta época era grande a rivalidade entre as equipes do Vasco da Gama, Botafogo e Flamengo.


Vemos os belos pilotis em V do Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, obra exemplar da arquitetura moderna brasileira, projetada por Benedicto de Barros, em 1954, e tombada por Lei Ordinária pela Câmara Municipal (Lei nº 4149 de 10 de agosto de 2005). Após uma grande reforma para modernizar o local os pilotis praticamente desapareceram. Com as obras para criar, já no século XXI, o complexo Lagoon, com cinemas, restaurantes como o Giuseppe Grill Mar, Gula-Gula e Pax Delícia, a casa de espetáculos Miranda, com capacidade para 400 pessoas, entre outros, tudo se transformou. Atualmente resta pouco do sucesso destes estabelecimentos, tendo a maior sido fechada. Me parece que, no momento, discute-se a renovação da concessão do local.



Por fim vemos o "oito" do Flamengo, também em 1957. A guarnição era composta por Antenor (patrão, agora chamado de timoneiro) José Carvalho (que virou conhecido técnico e teve dois filhos campeões de remo), André Richer (que foi presidente do Flamengo e do COB), Lon Menezes (que dirigiu o remo do Flamengo por anos) , Carlito, José Chaves, João Neiva, Ronaldo Arantes e Buck (lendário treinador do remo do Flamengo e da Seleção Brasileira. O Flamengo homenageou o Buck com uma estátua em bronze em frente à sua garagem de barcos na Lagoa).

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

HOTEL LEBLON

Vemos o Hotel Leblon, que tinha como endereço Av. Niemeyer nº 2, no final da Praia do Leblon. Embora não muito visível na foto tinha o nome "Leblon Hotel" inscrito bem no alto sobre a janela acima da porta central.

O hotel funcionou na primeira metade do século XX também como um local para encontros amorosos. Foi uma alternativa ao Mère Louise do Posto 6, em Copacabana. Os jornais da época citam vários escândalos ocorridos no Hotel Leblon. O local era bem afastado, isolado, funcionava como hotel e bar na parte da frente, mas alugava quartos por hora nos fundos. Como o terreno era grande, havia uma garagem com acesso pela lateral do prédio que protegia os amantes de olhares indiscretos. Nesta foto estava em processo de demolição, já sem o telhado. 

Nesta foto, de Gyorgy Szendrodi, em 1971, o velho hotel já não conserva mais seu nome, fazendo parte do Motel Clube Minas Gerais, uma daquelas associações na base de “pool” que prosperaram no Brasil nos anos 50 e 60. Ali foi instalada a sede da entidade até os anos 70 aproximadamente. 


Nos anos 80 algumas construtoras arremataram o prédio em leilão e pretendiam construir um grande edifício de apartamentos. Tentaram a mudança do endereço de Av. Niemeyer para Av. Visconde de Albuquerque, pois nesta é permitido prédios mais altos. Quase deu certo, mas afinal o imóvel foi tombado, teve a fachada retrofitada e ali funciona o Edifício Leblon Offices. Esta foto, atual, é do Sergio Araújo.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

EDIFÍCIO SUISSO




Hoje temos mais fotos do estupendo acervo de Euler Campos de Salles Coelho, neto do proprietário do edifício, Dr. Paulino Ribeiro Campos. A primeira foto, que chegou ao "Saudades do Rio" por intermediação de nossa colaboradora Cristina Pedroso, é de 1927. A segunda é de 1926 e mostra o edifício ainda em construção.

Vemos o Edifício Suisso, na Rua Almirante Alexandrino, Santa Teresa. Conta o Gustavo Lemos que ali morou sua tia-avó Julieta, cujo marido, seu tio-avô Reinaldo, era diretor da Caixa de Amortização no tempo em que todas as cédulas de dinheiro eram assinadas à mão. Ele levava grandes maços de notas para assinar em casa.

O prédio foi interditado após a enchente de 1966 e ficou vazio até sua demolição nos anos 70.

Segundo o Walther (WHM) o edifício ficava praticamente em frente ao Colégio Assunção, dois pontos de bonde antes do Largo do França, logo depois da escadaria da Rua Fallet, para quem vai do Centro em direção ao Silvestre. Um pouco mais a frente tínhamos as mansões dos Monteiro de Carvalho. A vista era estupenda, pois se descortinava toda a Baía de Guanabara.

Olhando o prédio de frente, como está na fotografia, do lado direito (fora de foco) desce a Rua Fallet, que junto à Almirante Alexandrino é uma escadaria.



domingo, 21 de fevereiro de 2021

DOMINGO EM PAQUETÁ





Vemos a "Ponte", local de atracação das barcas e o "centro" da simpática ilha.Vivaldo Coaracy nos conta que já em setembro de 1565 foi concedida por el-rei a primeira sesmaria para Inácio de Bulhões. Embora o nome Paquetá sugira "muitas pacas", é provável que a origem do nome tupi signifique "lugar das conchas".

Vemos, além da estação das barcas, a igreja Matriz da paróquia do Senhor Bom Jesus do Monte, reconstruída no começo do século XX por Antonio Lage, e a Praia dos Tamoios, local onde fica a famosa árvore "Maria Gorda".

Só em 1838 teve Paquetá os benefícios de linhas regulares de navegação a vapor, como porto de escala das carreiras que serviam ao porto de Piedade (grande entreposto no fundo da Baía da Guanabara, para o qual convergiam várias estradas de intenso tráfego, por onde se escoava a produção das fazendas do Rio e Minas Gerais).

A ilha de Paquetá é hoje, essencialmente, zona residencial, já ostentando, lamentavelmente, algumas favelas. É uma pena que todo o seu imenso potencial turístico seja sub-utilizado: a paisagem, as praias, o mar quase sempre sem ondas, a proibição de veículos motorizados de passageiros, suas ruas de terra, as bicicletas, o silêncio, são atrativos fantásticos. Pena que as tradicionais charretes já não mais existam.

Para um giro completo pela ilha deve o turista seguir, na parte Sul, pela Rua Luís de Andrade, Praia dos Frades e Caminho do Imbuca. Pela parte Norte, a passagem da Covanca e as praias do Catimbau e do Pintor Castagnetto.

E como recomendava Braguinha:

“Esquece por momentos teus cuidados

E passa teu domingo em Paquetá

Aonde vão casais de namorados

Buscar a paz que a natureza dá

O povo invade a barca e, lentamente

A velha barca deixa o velho cais

Fim de semana que transforma a gente

Em bando alegre de colegiais

Em Paquetá se a lua cheia

Faz renda de luz por sobre o mar

A alma da gente se incendeia

E há ternuras sobre a areia

E romances ao luar

E quando rompe a madrugada

Da mais feiticeira das manhãs

Agarradinhos, descuidados,

Ainda dormem namorados

Sob um céu de Flamboyants.”