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quinta-feira, 10 de julho de 2025

AVENIDA ATLÂNTICA

Com esta fotografia o saudoso amigo Richard ganhou um chope, pois havia apostado comigo que havia ônibus circulando pela Avenida Atlântica e eu não me lembrava disto.

Como era estreita a calçada da praia. 


Esta foto das obras de ampliação da Av. Atlântica é interessante por mostrar que a mureta junto à areia é exatamente onde, no futuro, acabaria a calçada dos edifícios. Ou seja, a antiga avenida virou calçada.


Antes do tal "beach-soccer" o futebol de praia raiz era jogado nas tardes de sábado, com grande frequência de assistentes. Na calçada estreita praticamente não se podia andar. Cansei de assistir aos jogos do "meu" time, o "Pracinha", sentado na beirada da calçada.

O "Pracinha", do antigo Posto 5, às vezes não jogava em seu campo, pois o mar engolia a areia ali. Lá na década de 60 foi campeão uma ou duas vezes, jogando contra os famosos "Lá Vai Bola" do Posto 6, "Dínamo" e "Maravilha" do Posto 4, "Radar" do Posto 2, "Guaíba" da Urca, "Tatuís" e "Lagoa" de Ipanema, "Columbia" do Leblon, etc.

O time do "Pracinha", se não me falha a memória, era: Castilho (João Luís), Eurico, Santoro, Brandão e Paulinho. Danilo e Nelito. Paulo Portugal, Ivan Portugal, Áureo e Nando Portugal.


A foto mostra uma brincadeira de futebol de praia nos anos 60. Havia um jogo em que dois jogadores ficavam no gol e outra dupla batia tiros livres de uns 15 metros de distância. Se houvesse rebote dos goleiros um deles ficava no gol enquanto a dupla atacante tentava fazer o gol driblando o outro que defendia. Outro jogo era a famosa "linha de passe" que, há alguns anos, foi adaptada para ser jogada perto do mar, a tal de "Altinha".

A casa que vemos era a do Dr. Cicero Penna, nessa época já funcionava como colégio, doada por ele à municipalidade. Nos anos 60 foi demolida e um dos colégios modulares do Estado da Guanabara foi construído no seu lugar na esquina da Rua República do Peru. 

O prédio que vemos em contrução é o Golden State, construído no local de um prédio déco. Segundo o Gustavo Lemos neste prédio morou o Walter Moreira Salles depois que saiu daquela casa onde hoje funciona o IMS. Foi para a Av. Atlântica, quando casou com a Lucia Curia, que foi a sua última mulher. No prédio também morou o Wilson Lemos de Moraes, fundador da Supergasbrás, também falecido. O prédio foi uma enorme colônia mineira e todos eram amigos. O Walther era de Poços de Caldas, o Tancredo Neves, que também morou lá, de São João del Rei e o Wilson de São Sebastião do Paraíso. Fechando o horizonte temos os Edifício Netuno um dos mais antigos da praia. O posto de salvamento seria o de nº 3.

26 comentários:

  1. Joguei muito na praia este jogo entre 4 participantes. Uma dupla ficava na baliza tentando defender os chutes do componente da outra dupla, que batia na bola o mais forte que podia e o outro aguardava o rebote bem ao lado da baliza. Nem me lembro como se chamava essa brincadeira, mas acho que tinha um nome sim. Bons tempos!

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  2. Nunca tinha percebido que o limite entre a calçada e o estacionamento atuais é o antigo limite entre a calçada e a areia. Vivendo e aprendendo.
    Quando criança joguei muito este jogo de 2 contra 2 na praia ali nas traves do campo do Maravilha. Já linha de passe não tinha habilidade suficiente.

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    1. O Mauro me venceu por segundos no comentário mas foi porque esqueceu de digitar um R no nome.

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  3. Cesar, já reparei que você gosta de ser o primeiro a comentar. Peço desculpas, foi mal...

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  4. Tinha um outro jogo praticado tanto na praia quanto na rua, chamado "Gol a Gol". Na praia, fazia-se dois montinhos de areia, simulando uma baliza, com aproximadamente dois metros de largura, tendo um pé de sandália em cima de cada morrinho e ficava-se trocando chutes entre os dois componentes, também tendo rebotes e disputas de linha, ficando o golzinho desguarnecido.

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  5. Bom dia, Dr. D'.

    Com certeza um dos locais mais fotografados da cidade e, talvez, do mundo. Nos anos 90 andei algumas vezes na altura do posto 3, por causa de um colega de UFF que morava na Paula Freitas, entre o banco e a padaria, nas suas próprias palavras.

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    1. Hoje é dia mundial da pizza, dia do engenheiro de minas, dia da saúde ocular e dia estadual do frescobol...

      Em 1962 a NASA lançava o primeiro satélite de comunicações, o Telstar.

      Em 1982 nascia Claudia Leitte e morria Jackson do Pandeiro.

      Em 2019 saía da fábrica no México o último fusca clássico produzido.

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  6. Bom dia!

    Esta é a Copacabana de minha memória. Não obstante a justificativa técnica para o aterro, preferia que não tivesse sido realizado. Era um tempo em que se levava a barraca de casa e se armava em qualquer lugar. Uns levavam apenas uma toalha ou esteira e jovens como eu, iam apenas de calção de banho, chave da casa amarrada em sua corda, por dentro, presilhas nos tornozelos e pés de pato nas mãos, aí já na fase de Ipanema, Leblon e Arpoador, pós aterro de Copacabana, anos 70.

    Também era possível, deixar documentos e chave do carro com algum grupo de garotas que se bronzeavam à beira mar. Não sei se hoje ainda se faz assim, pessoalmente, nunca tive problemas com esta prática.

    Na foto 1, dia de ressaca. As lagoas que ficavam após alguns destes eventos eram um deleite para a criançada.

    A todos uma excelente quinta-feira!

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  7. Também se jogava peteca e frescobol.

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  8. a última foto, de cima para baixo, deve ser esta aqui atualmente: https://maps.app.goo.gl/XHLCwFFPVBivQGpYA

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  9. Bons aqueles em que morei no Edifício Egalité na Avenida Atlântica. A "pelada" na areia era "quase obrigatória" no final da tarde. Como eu já disse aqui, a duplicação da Avenida Atlântica foi um dos principais motivos da "morte em vida" da Princesinha do mar".

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  10. FF: Meu avô dizia sabiamente que "quem nasce zurrando não morrerá falando", e tal afirmação se aplica a pessoas e também a povos.

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  11. No futebol de praia lembro do Dínamo treinado (?) pelo figuraça Tião Macalé. Nos prédios da foto 4, lado a lado estavam o Golden Gate e o Golden State. Meu amigo Carlos Leal morava num deles na cobertura. Era dono da Netumar, absoluta no frete marítimo nos anos 6o e 70. Realmente outros tempos.

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  12. Luiz, se você considerar também o trecho da avenida Atlântica entre a Princesa Isabel e o Leme, ali transitava desde priscas eras o ônibus (na época estava mais para lotação grande) da linha 130 - Triagem x Leme. Quando criança meu tio nos levava à praia ali perto da Princesa Isabel e sempre víamos esse ônibus circulando junto à areia.

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  13. Sílvio, 08:38h ==> sim, na primeira metade dos anos 1970 eu era frequentador das praias do Arpoador e Ipanema. Como ia de ônibus, trajava uma bermuda sobre uma sunga, uma camiseta de alças e calçava havaianas. Levava um bronzeador (Coppertone, Rayito de Sol ou Cenoura & Bronze), uma pasta para os lábios (Noskote), uma toalha e um livrinho ou um radinho de pilha Spica e depois Kobe Kogyo. Fazia o famoso montinho de areia, estendia a toalha e ficava ali tomando sol. De vez em quando me atrevia a entrar no mar e pegar umas ondas, de modo irresponsável porque eu não sabia nadar. Quanto ao radinho e aos meus óculos, cobria-os com a toalha quando ia entrar no mar. Nunca fui de pedir a alguém para tomar conta deles. Não era preciso.

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  14. Já quando eu era criança, ir à praia era mais complicado. Quem nos levava era meu tio (marido de minha tia), indo também ela, a filha e meu irmão. A família dele morava na rua Paulino Fernandes, em Botafogo.

    Então saíamos de casa, pegávamos o bonde 66 - Tijuca até a Usina e ali entrávamos na longa fila para pegar o lotação Usina x Copacabana. Saltávamos em Botafogo, íamos a pé até a Paulino Fernandes, onde se juntavam a nós alguns parentes do meu tio. Dali partíamos para a praia a pé, via General Polidoro, rua da Passagem, General Góis Monteiro, avenida Lauro Sodré, atravessávamos o túnel Novo, Princesa Isabel e Atlântica, perto do posto 1. Tenho uma foto mais ou menos de 1955 que mostra minha prima, então com 3 anos, sentada na areia.

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    1. Quando morávamos em Botafogo em 1965, meu pai gostava de ir a pé à Praia do Leme. Era muito cansativo para mim esse trajeto: Voluntários da Pátria até a esquina com a Praia de Botafogo, Rua da Passagem, General Góis Monteiro, Túnel Novo, e Princesa Isabel. Naquela época já havia ficado pronto o prédio que fica na esquina da Voluntários da Pátria com o prolongamento da Professor Álvaro Rodrigues e há uma galeria nesse prédio que liga as duas ruas., e isso encurtava minha caminhada em alguns metros. A volta era invariavelmente a bordo do 592 ou 593, não me lembro qual.

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  15. Houve um longo hiato entre essa fase de praia e a seguinte, no Rio. Nesse interregno eu só ia à praia em Angra dos Reis, o que aconteceu entre 1959 e 1969, todo ano, às vezes mais de uma vez ao ano, aproveitando feriados. Para quem conhece Angra, só íamos à praia do Bonfim. Era uma caminhada de uns 40 minutos a partir do centro da cidade, passando pela praia das Gordas e a do Colégio Naval, onde não podíamos ficar. Aí atravessávamos um pequeno grotão para atingir a praia do Bonfim. Lá ficávamos nos torrando ao sol durante algumas horas. Voltávamos vermelhos feito camarões, tendo depois de passar leite de magnésia nas queimaduras. Na volta ao Rio, gastávamos dias e dias descascando bolhas cheias de água nas costas e ombros. Até a próxima ida lá.

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  16. Mauro, o nome desse jogo com bola era "dupla".

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  17. Este comentário foi removido pelo autor.

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  18. Comentário do meu amigo Lyra: No Colúmbia jogava o Paulo César Caju, sempre que estava de folga. Cansei de assistir. Ele morava em cima do Rick, esquina na Ataulfo com Gal. Urquiza, no mesmo prédio que meu pai. Uma vez fui na casa dele com o amigo do meu pai que era representante da Puma no Brasil, para assinar um contrato. Pedi um autógrafo no álbum de figurinhas Copa de 70. Pena que perdi.

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Joel, 13:16h ==> lembro bem desse prédio. Quando as obras da galeria do rio Berquó, nas quais trabalhei, chegaram na altura dele, moradores ficavam nas janelas olhando a azáfama. Um fato engraçado ocorreu entre mim e um colega de serviço, de nome Gérson. Este era um playboy, louro de olhos claros, alto e magro, muito rico (o pai era diretor ou algo parecido no Jóquei Club, tanto é que ele morava lá dentro) e que foi colocado como topógrafo também na mesma obra acima citada. A vala da escavação era muito larga e o escoramento era mantido no lugar através de estroncas feitas de perfis de aço tipo H, ligando os dois lados da vala, a uma altura de três metros ou pouco mais. Acontece que ali na região daquele prédio a companhia optou por perfis tipo I (letra “i”), mais finos que os tipo H e compostos de dois perfis C soldados de costas um no outro. Andar sobre os perfis H era fácil e eu cansei de fazer isso. Era necessário equilíbrio e um pouco de sangue frio. Não só eu tinha de andar sobre o perfil como tinha de fazer três marcações a tinta sobre ele, agachando-me e depois levantando-me, cuidadosamente. Mas andar nos perfis I dava medo, porque eles jogavam vertical e transversalmente, sendo difícil manter equilíbrio sobre ele.

    Um dia eu tinha de fazer as marcações num perfil desses, justamente ali onde havia o prédio. Havia uns brotinhos nas janelas olhando a obra, e o Gérson resolveu “aparecer” fazendo as marcações. Pegou a lata de tinta, o pincel, subiu num perfil I e este começou imediatamente a jogar, lentamente a princípio mas aumentando cada vez mais. O Gérson se apavorou, com medo de cair lá de cima, e ficava gritando:

    - Vou cair! Vou cair!

    E o perfil jogava cada vez mais, e ele tentava acompanhar isso com as pernas, com elas indo para a frente e para trás, para não perder o equilíbrio.

    Isso chamou a atenção da peãozada que estava dentro da vala e eles colocaram uma escada encostada no perfil, por onde o Gérson desceu, lívido. E aí veio para cima de mim, querendo me bater dizendo que eu fizera aquilo de propósito. Mas não foi nada disso. Ele é que tentou aparecer para as garotinhas.

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    1. Esse prédio citado deve ter sido concluído em 1964, pois eu tenho uma foto de 1962 na qual havia um casario no mesmo local e não havia nem sinal da obra de abertura do prolongamento da Professor Álvaro Rodrigues. Essa foto é um dos raros registros onde aparece a Rua da Passagem com um bonde circulando e também cabeamento de ônibus elétricos, indicando que circularam na mesma via, indicando que a foto é de Agosto de 1962.

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    2. Hélio Ribeiro, 16:54, onde passava o rio Berquó? Seria pela General Polidoro e, em seguida naquele trecho do posto BR, pela Professor Álvaro Rodrigues?

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