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segunda-feira, 7 de julho de 2025

AVENIDA CENTRAL/ AVENIDA RIO BRANCO


Antigamente o centro da cidade era assim. De dar inveja, não?

Foi uma pena que não tivessem preservado o centro histórico do Rio com tantos belos prédios. Imagino que houvesse um eficiente serviço de limpeza para retirar os dejetos animais.

O quarteirão triangular onde se encontra o prédio fica junto às ruas Beneditinos e Mayrink Veiga, tendo ao fundo a Praça Mauá.O desenho das pedras portuguesas nas calçadas mostram que o urbanismo naquele tempo era muito mais caprichado do que hoje, fruto do trabalho de competentes calceteiros.

Neste prédio em primeiro plano funcionava a sede da Brazil Railway Company, do polêmico empresário americano Percival Farquhar. À esquerda do fotógrafo fica o prédio da Caixa de Amortização.

A Brazil Railway Company foi fundada em 1906 nos Estados Unidos, com o objetivo de construir e operar ferrovias no Brasil. Sob a liderança de Percival Farquhar, a empresa adquiriu e controlou diversas ferrovias no país, além de atuar em outros setores como exploração florestal e colonização. 

No entanto, a Brazil Railway enfrentou dificuldades financeiras, especialmente após a Primeira Guerra Mundial, e entrou em concordata em 1917. A partir daí suas operações foram gradualmente encampadas pelo governo brasileiro e suas subsidiárias foram vendidas ou nacionalizadas. 

No lugar deste prédio existe atualmente o "Edifício Unidos", no nº 26 da Av. Rio Branco, projeto de 1987 de Luiz Fossati, no estilo "Art-Déco". 



A IA me contou que este "Edifício Unidos" destaca-se pelas linhas horizontais bem marcadas e pela exploração de curvas nos balcões e emolduramentos das janelas. Sua localização, com todas as fachadas livres, permitiu uma valorização ainda maior de suas características artísticas. 

O estilo, que influenciou o edifício, é conhecido por sua elegância e modernidade, com forte presença de linhas retas, formas geométricas e ornamentação pontual. O "Edifício Unidos" incorpora esses elementos, combinando-os com a estrutura em concreto armado, comum na arquitetura Art Déco. Além disso, o edifício apresenta um volume simétrico e detalhes clássicos estilizados, como pilastras e motivos em ovo e dardo. 

O "Art-Déco", como movimento, surgiu na Europa no início do século XX, ganhando destaque com a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas em Paris, em 1925. Nos Estados Unidos, o estilo se popularizou na década de 1930, com a construção de arranha-céus icônicos como o Edifício Chrysler e o Empire State Building, ambos em Nova Iorque. 

Nosso amigo A. Decourt, há uns vinte anos, publicou este cartão-postal, com o seguinte texto:

 “O prédio mais alto, num estilo eclético que mistura gótico com mourisco, abriga a Companhia Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande, pertencente ao mega-empresário americano Persival Farquhar.

Ele era uma figura importante na Velha República e tinha diversos empreendimentos, como a estrada de Ferro Madeira-Mamoré, estações de rádio e empresas de geração de energia ( Light and Power do Rio e São Paulo) e mineradoras como a Itabira Iron Ore Company e a Cia Carbonífera Rio Grandense, além de portos como o de Belém e de Vitória, tendo sido dono inclusive da cidade do Guarujá, em São Paulo na década de 10.

O milionário também comprou do jornal “A Noite” e o prédio homônimo, na Praça Mauá, pois a construção do então maior prédio da América Latina estava levando o jornal à falência.

Em 1940, muitas das companhias do milionário foram estatizadas por Vargas, que via nele uma pessoa perigosa (a fama realmente não era boa). Dessas estatizações surgiu a Companhia Vale do Rio Doce.

Em 1937 o prédio foi demolido e em seu lugar construído o “Edifício Unidos” um dos clássicos do Art-Déco em nossa cidade.”

Para finalizar, publico abaixo duas imagens deste prédio da postagem de hoje que constam do estupendo livro "Avenida Central", de Marc Ferrez. Contém fotos, diagramas e informações sobre a construção da Avenida Central, de 08 de março de 1903 a 15 de novembro de 1906.




46 comentários:

  1. Mesmo com todas as precariedades do início do século passado era uma cidade deslumbrante.
    Lamentável que reste tão pouco da avenida Central.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    A Avenida Central está fazendo 120 anos em 2025. Pensar que estive na exposição do centenário há vinte anos.

    Ainda temos exemplares (raros) da primeira geração de prédios, especialmente na região da atual Cinelândia. Infelizmente a mentalidade de preservação chegou muito atrasada. Mas, em alguns casos, como os do Derby e Jockey Club, nem isso adiantou. Uma canetada da "autoridade" da época permitiu suas derrubadas.

    FF: Ancelotti acertou com o Botafogo. O filho...

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  3. Bom dia Saudosistas. As vezes me pergunto, teria sido praga dos moradores do Morro do Castelo, que a imponente Av. Central também fosse destruída menos de meio século depois?
    Mas eu penso que no Brasil as autoridades públicas tem poderes inversos ao Rei Midas, pois onde tocam a Mão, tudo vira M***a.
    Embora muitos digam que o desmonte do Morro do Castelo e a derrubada dos prédios antigos da Av. Central, foram de acordo com a necessidade do progresso, continuo descordando, pois o progresso desta avenida hoje está estagnado, com tudo que lá se encontra abandonado ou semi abandonado, ocupado por moradores de rua, desocupados, pivetes e viciados em drogas.
    Acredito que Av. Central, e atual Av. Rio Branco, carrega um carma muito pesado, que nem o mestre Joel consiga explicar.

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  4. Percival Farquhar foi um dos grandes empreendedores norte-americanos do Século XX, e seus negócios no Brasil foram "de vulto". Não há grandes empreendimentos atualmente no Brasil em que não haja "negócios nebulosos" ou algo pior. O Hélio me enviou um vídeo bem elucidativo que versa sobre a "lavagem de dinheiro no Brasil", algo que muitos ignoram ou fingem ignorar. FF: Lula (mais uma vez) está procurando "chifre em cabeça de cavalo" ao defender na Conferência do BRICs uma "nova governança mundial" e propor uma nova moeda alternativa ao dólar para regular os negócios. A reação de Donald Trump não se fez esperar e ele ameaçou taxar indiscriminadamente em 10% tais negócios.

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  5. Bom dia!

    Na foto 1, aparentemente alguém foi imobilizado, junto ao meio fio e mais à direita, talvez um guarda, esteja correndo em direção aos dois.

    A tração animal, largamente usada nesta época, ainda existe em propriedades rurais de todo o país. Curiosamente, quando cursei a disciplina de mecanização agrícola no finzinho do século passado, tive aulas de uso desta força motriz, para diversas aplicações.

    Sem querer parecer antipático, agradeço ao Dr. D' ter citado o uso da IA para parte do resumo. Sempre pulo, quer em pesquisas, quer em leitura de textos o que não é gerado pela mente humana. Posso estar ficando caduco ou ranzinza, mas não quero participar disto. Se tiver que tomar partido, fico ao lado dos seres humanos e do desenvolvimento de sua potencialidade cognitiva, preservação da memória, afetividade e tudo o mais que está escoando pelo ralo com a adesão maciça às ditas "tecnologias". (Falei demais).

    É possível que Machado de Assis ainda estivesse vivo, na época retratada na foto 1.

    A todos uma excelente semana!

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  6. O Silvio está coberto de razão. A Inteligência Artificial pode levar a caminhos nebulos sobre os quais não temos controle. Mentes criminosas podem ser criadas a partir da I.A e os resultados podem fugir do controle. Os filmes 1984 e O Exterminador do Futuro são bons exemplos.

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  7. Tenho uma história incrivel a narrar que envolve o Farquhar. Vou sair agora. Contarei ao voltar, cerca do meio-dia.

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  8. Cadê o Menezes e o Mário?

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  9. Hoje é dia mundial do chocolate...

    Em 1940 nascia Ringo Starr.

    Em 1950 acontecia a primeira transmissão de TV em cores nos EUA.

    Em 1957 Pelé estreava na seleção brasileira.

    Em 1990 morria Cazuza.

    Em 2007 eram escolhidas as "sete maravilhas do mundo moderno"...

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  10. Prometi contar algo do Farquhar, dono da Brazil Railway Company, e aqui vai.

    Uma das ferrovias componentes da Brazil Railway Company era a Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande do Sul, cujo objetivo era ligar as cidades de Itararé (SP) a Santa Maria (RS). Para tal, foram contratados diversos empreiteiros, cada um responsável pela construção de um trecho da ferrovia. Um destes era José Antônio de Oliveira, conhecido pelo apelido de Zeca Vacariano por ser natural da cidade de Vacaria (RS). O trecho atribuído a ele era no interior do Estado de Santa Catarina.

    Acontece que a ferrovia estava atrasando o pagamento do serviço aos empreiteiros, e então Zeca Vacariano resolveu tomar na marra o valor do pagamento. Em meados de outubro de 1909 o trem-pagador deixou no escritório da companhia, em Ponta Grossa (PR) o valor de 375 mil e trezentos réis, dinheiro suficiente para comprar dezenas de fazendas na região. De Ponta Grossa em diante, por ainda não estar liberado o tráfego dos trens, o percurso era feito no lombo de burros, acompanhado pelo responsável pela companhia, mais um engenheiro e três seguranças.

    No dia 24 de outubro, quando essa comitiva estava passando pelo km 152 da ferrovia, na localidade depois chamada de Pinheiro Preto (SC), Zeca Vacariano e seu bando a emboscaram e roubaram o dinheiro, matando os seguranças e ferindo o engenheiro. O bando fugiu e apesar de perseguição empreendida por tropas federais e estaduais apenas um elemento foi preso e posteriormente absolvido.

    Daí em diante a história de Zeca Vacariano é cheia de acontecimentos bizarros e controversos. O fato é que ele nunca foi preso.

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  11. Esse assalto é considerado o primeiro a um trem pagador no Brasil, embora o ataque não tenha sido propriamente ao trem.

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    1. Embora fosse fictício, o assalto a um trem do exército norte-americano por bandoleiros em 1913 foi espetacular. As cenas desse assalto fazem parte do filme "The wild bunch", ou Meu ódio será sua herança.

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  12. Quanto à localidade na época e atual cidade de Pinheiro Preto, o nome tem origem interessante. As locomotivas a vapor necessitavam repor a água nas caldeiras em média a cada 25 km Por isso o trajeto da ferrovia tinha de ser cuidadosamente escolhido para que houvesse disponibilidade de água nos pontos onde a reposição era necessária. Como o traçado era no meio de floresta, era difícil estabelecer pontos de referência para essas paradas. Uma delas ficava num local distinguível à distância pela existência de um alto pinheiro escuro. Daí aquele local ser referenciado como o do pinheiro preto. Pela existência da parada das locomotivas desenvolveu-se ali um núcleo urbano, atual cidade de Pinheiro Preto.

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  13. Quanto ao assunto do dia, a avenida Rio Branco deixou de ser uma artéria com ares parisienses, cheia de construções de alto estilo e arte, para ser uma daquelas horríveis avenidas americanas, com paralelepípedos de aço e vidro projetados por macacos. Tudo em nome do baixo custo, o imperador do mundo há algumas décadas.

    Diz nosso polêmico Joel que o QI médio do brasileiro é 83, menor do que o de chimpanzés. Deve ser este o motivo de tantos prédios sem criatividade nem arte surgidos recentemente.

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  14. Quanto a calceteiros, os portugueses eram mestres nisso. Embora essa profissão também inclua o assentamento de paralelepípedos e meios-fios, ela é mais associada às pedras portuguesas. A rua Conselheiro Galvão, que ladeia o leito ferroviário da antiga Linha Auxiliar, que vai de Rocha Miranda a Madureira, era toda de paralelepípedos, assentados pela empresa CAVO (Companhia Auxiliar de Viação e Obras) lá pela década de 1940. Durante décadas esse calçamento estava em ótimo estado.

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  15. Esse Farquhar conseguiu um contrato para a construção de uma ferrovia por metro construído. Obviamente construiu uma ferrovia com uma quantidade extraordinária de curvas.
    Viva o Brasil.

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  16. Percival Farqhuar foi personagem de uma das minisséries da Globo, sobre exatamente a ferrovia Madeira-Mamoré, sendo interpretado por Tony Ramos.

    Curiosidade: em 7/7/77 entrava no ar o canal 7 do Rio de Janeiro, atual Band.

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  17. Ainda existem calceteiros nos quadros da prefeitura. Recentemente, salvo engano, houve contratação ou curso com calceteiros portugueses. Essa é a minha dúvida.

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  18. Não é o caso do Farquhar, que era um empresário, mas admiro a coragem dos verdadeiros desbravadores desses rincões ou lugares inóspitos, aqui no Brasil ou alhures. Pelo termo "desbravador" me refiro tanto a uma pessoa específica quanto a quem, por necessidade econômica ou em busca de riquezas, arrisca a vida no desconhecido.

    Posso citar os navegantes dos séculos XV e XVI, portugueses e espanhóis, e nos dois séculos seguintes os holandeses e ingleses, que descobriram para o chamado "mundo civilizado" o continente americano, a Oceania e tantos lugares na Ásia.

    Tem também os colonos americanos, no seu deslocamento para o oeste, atravessando terras indígenas, enfrentando intempéries mil.
    Não esquecendo os bandeirantes brasileiros.

    Mais modernamente, temos Marechal Cândido Rondon e os que abriram as rodovias Belém-Brasília, a Transamazônica, a Manaus-Porto Velho.

    Não podemos negar que tais desbravamentos muitas vezes implicaram na dizimação ou prejuízos imensos a povos nativos das regiões afetadas, como aconteceu com os indígenas norteamericanos e brasileiros, e com os povos pré-colombianos das Américas Central e do Sul.

    Dizem que não se pode fazer omelete sem quebrar ovos. Mas em muitos casos quebraram-se ovos demais.

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  19. Imigrantes no passado, vindos de países com outra cultura, clima, idioma, tomaram coragem e abandonaram seu torrão natal indo para plagas distantes, sem suporte financeiro e nem governamental, arriscando a vida e trabalhando de sol a sol para sobreviver, normalmente do plantio do solo ou da exploração de alguma riqueza, como extração e beneficiamento de madeira. No Brasil isso se aplicou bastante às comunidades japonesas, alemãs, italianas e em menor número a polonesas e suíças.

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  20. Hoje em dia a migração é em outro nível, tanto aqui quanto no mundo todo: as pessoas vão para cidades e não para o interior a ser desbravado. Ao chegar desfrutam muitas vezes dos serviços públicos do país hospedeiro e não estão sujeitos a risco de vida como os antigos migrantes, embora ainda possam sofrer discriminação como eles sofreram. Também é comum já contarem com comunidades do seu país instaladas no hospedeiro, onde podem contar com alguma espécie de ajuda.

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  21. Mesmo dentro do Brasil atualmente há migrações principalmente para o Centro-Oeste, em muitos casos de pessoal do Sul, para as novas fronteiras agrícolas. Há prós e contras nisso, dado a devastação que essas fronteiras provocam no meio ambiente, em contrapartida às grandes plantações e expansão da pecuária na região, gerando divisas para o Brasil.

    Seja como for, é preciso coragem para isso. Mais ainda no passado.

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  22. Não vamos confundir desbravador com aventureiros em busca de notoriedade, como os que decidem escalar o Everest sem usar máscaras de oxigênio, ou que decidem dar a volta ao mundo de bicicleta, ou outra façanha semelhante, pensando mais em entrar para o Guinness Book of Records do que em outra coisa.

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  23. Acho que os últimos desbravadores, se assim os podemos chamar, foram os primeiros astronautas, subindo ao espaço em foguetes com toneladas de material explosivo sob si, inseguros quanto a completar ou não a missão, ainda que com todo o suporte científico da NASA, que não obstante seria inútil se a nave se chocasse com um meteorito que a varasse ou se um motor falhasse ou se.... ou se... ou se....

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  24. Pior ainda para os cosmonautas soviéticos, cujas naves retornavam à Terra para pousar em solo firme, com as trágicas consequências que isso poderia significar, maior probabilidade do que para os americanos, que desciam no oceano, e podiam escolher em qual. Já os soviéticos estavam restritos a pousar em solo dominado por eles, parte diminuta da superfície do planeta comparada com os oceanos. Era necessária precisão muito maior nos cálculos dos cientistas espaciais.

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  25. Comentarista Geopolítico7 de julho de 2025 às 17:41

    O BRICs finca o pé na questão da desdolarização do comércio mundial e as ações do bloco tem gerado um incômodo cada vez maior nos EUA, o que levou o "Trap", digo, Trump, a ameaçar os membros do bloco com sobretaxas. Histrionicamente como sempre o "orange" aproveitou pra dar os seus pitacos políticos na política interna do Brasil. Esses Yankees não aprendem...

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Pior é que tem gente muito feliz com essa ameaça de interferência estrangeira na política interna brasileira. Que é um lodaçal nauseabundo, mas dispensa garis alaranjados.

      E os que defendem tal fato se dizem patriotas. Devem ser reencarnações dos colaboracionistas franceses de Vichy. Ou de americanos da época do Big Stick. Ou dos "kapos" ucranianos nos campos de concentração do bigodinho. Ou os quintas-colunas do Emilio Mola e do Vidkun Quisling.

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    3. Quando a nossa presidente Janja pediu a ajuda da China para o caso das redes sociais esses patriotas deram ataque de pelanca. Mas ficam felizes com o bostejamento do Trump, ídolo secundário deles (o primário é o Bozo).

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  26. Criar uma moeda forte de origem dos Países do BRICs, seria totalmente impensável, visto a fraqueza das moedas destes Países, as quais não tem estabilidade e estão sujeitas as valorizações ou desvalorizações em relação ao dólar de acordo com os interesses da economia de exportação.

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    1. Comentarista Geopolítico7 de julho de 2025 às 20:49

      Devido à predominância do dólar, o sistema SWIFT é frequentemente utilizado em transações econômicas, como forma de aplicar políticas internacionais que atendam aos interesses dos países do G7, sobretudo dos EUA.

      Essa influência tem levado nações como China e Rússia a buscar alternativas ao SWIFT e ao dólar como moeda de reserva global.

      O papel do dólar como moeda de reserva global, consolidado na conferência de Bretton Woods em 1944, reduz custos de transação, enquanto confere aos Estados Unidos uma vantagem única no financiamento de déficits.

      Só que, como tudo na vida, as coisas mudam, os paradigmas são outros. A China hoje é o maior "player" global, a reboque carrega novos parceiros de peso como Rússia, Índia e Brasil, esse último cada vez mais importante na produção de commodities, principalmente alimentos. Afinal, por mais que haja desenvolvimento tecnológico o mundo definitivamente não passará a comer chips. Kkk

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    2. Dentro de poucas décadas a China será a maior potência industrial. Seria então o caso de a moeda internacional de troca passar a ser o renminbi. Por que não? O mundo ficará eternamente ajoelhado aos pés do dólar americano? Não era antes, não tem porquê ficar depois.

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    3. A citação de "comer chips" me lembrou o filme distópico "No Mundo de 2020", de 1973, quando a Humanidade enfrenta cataclismas da Natureza, superpopulação, eutanásia, etc e aos pobres só resta comer um biscoito da marca Soylent, coloridos, dos quais o mais preferido é o Soylent Green. Diz a fabricante que ele é feito de plânctons e algas. Mas na verdade ele é produzido a partir de cadáveres humanos.

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    4. Bom dia!

      Helio, se não me falha a memória, haviam outros dois tabletes (um cor de laranja e o outro não recordo) que foram escasseando até desaparecer, restando o produzido através da "reciclagem" de cadáveres humanos.

      Outro ponto que minha fraca memória aponta, é o uso de máquinas na contenção de manifestações populares.

      Não sei se a palavra "Soylent" existe de fato, o tradutor do Google não retornou nenhum resultado, pode ter sido criada para o filme, porém, "Soy" se refere à Soja e não sei se intencionalmente, a ficção, se aproximando da realidade, mostrava um mundo dependente de uma fonte de alimentação, o que de certa forma, com o avanço da agricultura empresarial e seu foco monocultural (faço um "mea culpa" por estar inserido neste contexto, porém, há aqui margem para uma extensa discussão), poderíamos ter aí uma crítica a este modelo.

      O fato é que do jeito que as coisas andam, com líderes caricatos no poder e pior, com muitos apoiadores (Como pode? Onde anda o senso crítico?), podemos estar nos encaminhando para um mundo muito parecido com o retratado em 1973.

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  27. Engraçado que eu ouvi no JN que a proposta era usar as próprias moedas locais nas transações entre os países do BRICS e não criar uma moeda comum...

    Enquanto Orange mete o bedelho na vida dos outros, ou tenta meter, os cortes de orçamento para combate às mudanças climáticas podem ter influenciado em parte das mortes no Texas...

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    1. O comentarista Lino Coelho foi sensato em seu comentário das 19:28. O dólar americano é e será por muito tempo o lastro financeiro do mundo dos negócios devido à sua imensa solidez.

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    2. Você foi prudente: "Por muito tempo" não significa "Para sempre". O mundo dá voltas, a Humanidade idem. Já vimos grandes impérios soçobrarem: egípcio, persa, grego, romano, Sacro Império, austro-húngaro, otomano, francês, inglês. O americano um dia vai naufragar também. É muito recente e já está fazendo água. A China vem aí. Orientais são muito determinados, práticos e disciplinados.

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    1. Dia do padeiro e dia do pesquisador.

      Em 1896 era feita a primeira exibição de cinema no Brasil, em uma sala alugada na rua do Ouvidor pelo Jornal do Commercio.

      Em 1947 nascia Moraes Moreira.

      Em 2011 o ônibus espacial Atlantis voltava de sua última viagem.

      Em 2014, no Mineirão...

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  29. Sílvio, 09:30h de ontem ==> noutro dia comentei sobre o uso de IA ou de aplicativos de tradução de falas. Sai cada coisa de arrepiar os cabelos. Nomes próprios, então, nem se fala. Como não constam de dicionários, cada vez que são citados a tradução é diferente. Anteontem eu assistia um documentário que citava a Gare de Lyon, em Paris. As traduções eram as mais variadas possíveis: garlion, gardelian, gardelion e várias outras.

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  30. Houve há varias décadas um caso engraçado na ONU ou num organismo internacional: o representante de um país africano se queixava da destruição de lavoura por um inseto chamado besouro-rinoceronte. A moça que fazia a tradução instantânea só traduziu a palavra rinoceronte. O representante de um país perguntou como o africano combatia a praga e este respondeu que matavam o inseto com vassouras durante o voo. Ninguém entendeu nada. Foi necessário voltar na atrás na narrativa para se descobrir o erro.

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  31. O Brasil já vem considerando a possibilidade de emitir títulos Panda para diversificar suas fontes de financiamento e fortalecer os laços comerciais com a China.

    Títulos Panda são títulos emitidos no mercado interno chinês por entidades não chinesas, como empresas estrangeiras, governos e instituições financeiras. É uma forma mais fácil de acessar aquele enorme mercado.

    Empresas de alguns países já vêm utilizando esse recurso. Agora que ninguém segura mais os "chinos"...

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    1. Pois é. Como eu disse, orientais são determinados, práticos e disciplinados. Não devem ser subestimados. O modo como China, Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura, Japão se desenvolveram em pouco tempo é admirável.

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  32. Sem tempo para comentar agora, volto depois para comentar, depois que os netos forem dormir, eles dormem as 19:30 e acordam as 5;00h hoje invadiram meu quarto as 5 gritando acorda vovô.

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  33. Sílvio, 11:31h ==> seu texto me lembrou uma velha piada. Um otimista e um pessimista conversavam. Disse o otimista: "Do jeito que a coisa vai no futuro vamos comer merda". Ao que o pessimista responde: "Acho que não vai ter merda pra todos".

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    1. Ilustre, não sei se o senhor é otimista ou pessimista, mas ainda não percebeu que muito mais gente que possa imaginar já está comendo merda há muito tempo e "lambendo os beiços"! E lhe digo mais: em breve vai faltar merda, pois a procura por essa iguaria é imensa...

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