Nesta estupenda
colorização do Nickolas vemos o Edifício Santos Lobo, na Praça José de Alencar,
na Rua Conde de Baependi e Rua do Catete. Ele já apareceu por aqui, mas desta
vez a foto do acervo de Erwin Scheu, de 1934, vem colorizada.
Era um dos prédios mais
luxuosos da cidade e uma jóia arquitetônica. Sua construção foi iniciada em
1928 e, curiosamente, os apartamentos foram entregues já totalmente decorados,
até com produtos Frigidaire, O prédio tinha lojas comerciais no térreo, como a
Farmácia Jacy.
Virou mais uma vítima do
Metrô. Sua demolição poderia ter sido evitada. Hoje, no local, acho que
funciona uma feirinha da AMAL. À época os moradores do
prédio não se conformaram com o valor atribuído pelo Metrô para a desapropriação,
dando início a uma batalha judicial.
O curioso é que com as
escavações do metrô, o prédio que já tinha sua implosão marcada para um domingo,
acabou ruindo pouco antes numa quinta-feira, frustrando os que se programavam
para ir assistir.
Consta que, por acaso, Pedro L. D. Machado clicou o flagrante
com uma Olympus Pen e vendeu a foto para o Jornal do Brasil, sendo estampada na
primeira página do Jornal do Brasil, mas não a encontrei.
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Um tipo de construção em que a solidez e a qualidade dos materiais empregados são ímpares. Uma pena que não tinha garagens. O Catete nessa época (1934) ainda não havia sofrido com uma certa degradação social que mais tarde foi agravada quando o bairro se tornou um dos destinos preferidos da população protagonista da "diáspora nordestina" ocorrida anos mais tarde.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirAntes da II Guerra vários fotógrafos alemães retrataram a cidade e o país, dados os laços entre os dois países.
O acervo do JB (o verdadeiro) não está disponível em algum site, tipo BN?
Belo prédio e lamentável que tenha ido para o espaço...A referencia da foto com uma Olimpus Pen me fez lembrar que tenho uma Trip,que deve estar em algum canto.Até uns 10 anos estava em dia e vou dar uma procurada e com ela tirei fotos interessantes dos rebentos....
ResponderExcluirBela colorização. Imagino que o Fordinhos fosse táxi, para pararem na Praça. Mas a data da foto não deve ser 34, pois o carro preto, de perfil, parece ser um Chevrolet, de 36 em diante. A conferir.
ResponderExcluirQue recanto da cidade aprazível e bonito. Sem contar a proximidade da praia do Flamengo, propícia a banhos naquela época.
ResponderExcluirSe não me falha a memória, a Conde de Baependi ocupa o leito de um rio que foi desviado ainda no Século XIX. Mas essa área "está fora de minha jurisdição", sendo "domínio das tias". #Não sei se o comentário vai servir, pois será que "neste sítio" existe alguém vivo? Segundo a Rede Globo, são meio milhão de mortos no Brasil pela Covid 19.
ResponderExcluirIsto da Rede Globo é uma mentira deslavada. Como é que uma gripezinha vagabunda poderia matar meio milhão de pessoas? Não mataria nem uma centena.
ExcluirMais um golpe no patrimônio arquitetônico da cidade. Contribuindo para o seu empobrecimento cada vez maior. Lamentável!!!
ResponderExcluirFF: desde o início da semana(como era previsto) a midia dedicou seu tempo para desqualificar as forças de segurança em razão da morte de um jovem em uma favela de São Gonçalo. Hoje recebi um vídeo de 30 segundos com esse jovem portando fuzil, pistola, e consumindo drogas ao som de um funk. Um jovem de "futuro promissor". Para os incrédulos posso disponibilizar o vídeo. É só pedir...
ResponderExcluirA polícia mandou 72 tiros na casa do João Pedro... Defender o indefensável, polícia que "sobe" o morro diuturnamente para pegar o "arrego" tem qual moral?
ResponderExcluirInfelizmente muitos "jovens marginais" irão morrer até que essas favelas se conscientizem que não vale a pena trabalhar em currais narco-eleitorais. Enquanto jovens optarem pelo funk e pelas armas e não pelo estudo, terão sempre esse "nobre destino".
ExcluirEdifícios como esse eram projetados para atender famílias abastadas. Vestíbulo, duas salas, cômodos amplos, e acomodações para vários empregados, eram um traço de uma arquitetura colonialista. Esse lançamento coincide com o da obra de Gilberto Freire em 1933 e essa concepção arquitetônica prevaleceu até o final do Século XX. Em Copacabana e no Flamengo ainda é possível encontrar imóveis desse tipo.
ResponderExcluirBoa noite. A construção é bastante interessante, nesta área de Catete, Laranjeiras, Flamengo foram construídos muitos edifícios de luxo entre as décadas de 40 e 60, muitas ainda estão de pé, seus apartamentos são bem grandes e os preços nos dias de hoje também são bastante elevados.
ResponderExcluirO video citado as 12:32 deve ser um espanto, igual a uma nota de três reais.
ResponderExcluirCoisa de Bolsogado! Provavelmente do Carluxo!
ExcluirAs fotos do desabamento do prédio estão na edição 253 do Jornal do Brasil de 17/12/1976.
ResponderExcluirAchei na hemeroteca da Biblioteca Nacional procurando por "Praça José de Alencar" (usar as aspas quando tem mais de uma palavra na busca). O logradouro só é citado nos detalhes na página 16, sendo necessário voltar as páginas para ver a chamada e a foto na primeira página.
A novela da demolição começou a esquentar na edição 192 do mesmo ano, mais ainda a partir de 250, lembrando que essa numeração começava no dia 9 de abril, aniversário do JB.
Se ainda não existe, a construção da linha 1 do Metrô do Rio merece um grande livro só sobre o sofrimento dos cariocas nos anos 70. Eu era muito jovem e evitei o máximo possível as idas ao Centro e arredores.
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