Esta magnífica
fotografia, do acervo da família de Richard Hochleitner, mostra o Morro da
Viúva, por volta do final dos anos 30, na junção da Av. Rui Barbosa com a Av.
Osvaldo Cruz, pertinho da Curva da Amendoeira.
Podemos observar os
anúncios da "Salutaris", da "Pilot" e dos "Chapeos
Serricchio". Este anúncio da "Salutaris" não é aquele famoso, em
neon, que ficava no Pasmado.
Escondido pelas árvores
aparece apenas um pedacinho do logotipo do Posto Texaco. Era um tempo ainda em
que o mar batia forte na muralha da Praia do Flamengo. Hoje o Morro da Viúva
desapareceu atrás dos enormes prédios de apartamentos.
A área onde seria construída
a então "sede nova" do Flamengo aparentemente já havia sido comprada
pelo clube e já está murada. Aparentemente estava começando uma ressaca (muitas
vezes as águas tomavam toda a pista da Praia do Flamengo).
Consta que a venda dos
terrenos desta região foi uma tentativa do Prefeito Carlos Sampaio de recuperar
o investido na construção da Avenida Rui Barbosa e do Hotel Sete de Setembro.
Na época da construção do Aterro o local ficou como na foto abaixo.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEssa é a região do sumido francês. De passagem, algumas vezes, notava trechos ainda visíveis do morro escondidos pela muralha de prédios.
E o prefeito afinou depois das pressões vindas de Brasília e da "Gávea". Os insensatos já teriam marcado o retorno para o meio de JUNHO, ANTES de alguns campeonatos europeus. Fujam todos para as montanhas...
Aprovo a atitude de Fluminense e Botafogo que não compactuaram (por enquanto) com esse absurdo.
Bom dia a todos.
ResponderExcluirQue bom que aconteceu isso tudo como o texto descrito pelo Luiz.
Foi um dos poucos Morros no Rio de Janeiro que se salvou. No outro dia passei nas imediações e vi da obra do antigo prédio do hotel do Flamengo, claro, parado em função da pandemia.
Na segunda foto, a Oswaldo Cruz tinha mão e contra-mão. Não lembrava.
ResponderExcluirUm dos locais mais lindos e também uma das vistas mais lindas do Rio, infelizmente por um longo período de tempo ficou abandonado, a mercê de moradores de rua, agora a Construtora Cyrela está vendendo apartamentos na bagatela de R$ 2 milhões de reais. Espero que desenvolva o entorno do Morro da Viúva novamente, o qual é sensacional!
ResponderExcluirFoi um dos poucos morros que se salvaram da ocupação e virado favela, vez que sua maior área é constituído de rocha.
ResponderExcluirO Wolfgang tem razão, o Morro da viúva escapou da sanha predatória de uma ocupação irregular. Essa é um das chagas da sociedade brasileira e uma das consequências da "diáspora africana". Um problema que tende a se agravar, tendo em vista que determinadas ideologias políticas trabalham ocultamente para que ele se perpetue, apesar de seus discursos de "integração social" aparentarem o contrário.
ResponderExcluirBom dia a todos. Que falta está fazendo o Francês, mas mesmo assim teremos relevantes informações dos demais comentaristas. Qual a razão do CR Flamengo construir um edifício residencial, Dr, D' ou alguém saberia dizer?
ResponderExcluirO Flamengo era dono do terreno do Morro da Viúva desde 1930. O espaço foi doado pelo Fluminense, que o recebeu da Marinha em 1916 para construção de uma sede náutica que nunca saiu do papel. A sede do Fluminense Yacht Club acabou sendo na Praia da Saudade.
ExcluirEm 1944, Hilton Santos decide criar ali o Palácio Rubro-Negro. Seria a “sede nova”, já que a antiga era no prédio art-déco no nº 66 da Praia do Flamengo.
Através do presidente Dutra foi conseguido um empréstimo de 40 milhões de cruzeiros junto à Companhia de Seguros Sul-América, para o projeto assinado pelo arquiteto Raul Penna Firme.
Em 24 de maio de 1945, a construtora Regis & Agostini dá início às obras.
A inauguração oficial do prédio aconteceu em 15 de novembro de 1953.
A administração rubro-negra ocupava apenas 4 dos 24 andares do então Edifício C.R. Flamengo, depois renomeado como Edifício Hilton Santos. Biblioteca, barbeiro e cabeleireiro para sócios, escritórios da presidência, diretorias, restaurantes e sala de troféus eram alguns dos espaços localizados nesses pavimentos. Nos outros 20, foram construídos 148 apartamentos. A ideia dos dirigentes era alugar cada um deles por 700 cruzeiros por mês, o que lhes permitiria pagar o empréstimo que financiou a obra e, a longo prazo, ter uma nova fonte de recursos.
Conheci muito o Hilton Santos. Meu “velho” participou de várias diretorias dele.
Mestre Dr. Luiz D'
ExcluirMuito obrigado pela informação detalhada.
Um abraço
Ainda é um dos locais mais bonitos do Rio.
ResponderExcluirCerta vez fui ao Clube do samba, que funcionou no prédio por muito tempo. Na época João Nogueira "bebia todas".## Depois da falência de Eike e da "invasão caucasiana" prontamente repelida, quem compraria um imóvel nesse prédio?
ResponderExcluirE os carros? Vamos identificar? Tem um Chevrolet 55 na foto
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