A orla de Ipanema estava assim no final da década de 60.
Calçamento da calçada junto à areia com blocos hexagonais de concreto, postes abandonados em mau estado perto do Jardim de Alá, estacionamento sobre a calçada (o que era um hábito por toda a Zona Sul), carros até mesmo na areia, funcionários do DLU - Departamento de Limpeza Urbana sem uniforme.
Nos finais de semana não se podia caminhar pela calçada, uma grande desordem.
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Na segunda foto, o gari repete uma atitude minha e de, talvez, mais algum comentarista do SDR.
ResponderExcluirDepois, é Fusca a mais não poder, mas, na terceira foto, destaco um 64-66, todo equipado: dentadura de baiano, arremate de paralama, sobrearo furadinho, calha nos vidros, rádio e espelho externo na dobradiça, ou seja, o sujeito tinha grana sobrando e bom gosto faltando.
Na foto do Galaxie 69, tem um Citroën 11 BL e um buggy interessante e na última, um Dodge Dart. E Fusca. Sentiremos saudades de tanto Fusca.
E dessa Ipanema desregulamentada, tão ao meu gosto.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirServiço facilitado para o biscoito. Praticamente só fuscas nas fotos com uma ou outra Rural.
Hoje, nem pensar em tal aglomeração... Por falar em aglomerações, o dia é decisivo.
PS: não sou especialista (muito pelo contrário) mas acho que as duas últimas fotos são dos anos 70. Tenho a impressão de ver carros dessa época.
ResponderExcluirTambém concordo, morei nessa época em Ipanema, maravilha! Tempo da famosa banda de Ipanmay😎
ExcluirHoje vai ser uma festa para o Dieckmman. O fato é que a falta de educação era frequente e os problemas eram frequentes. Já nessa época o Coronel Américo Fontenelle deixava saudades. Hoje em dia nem mesmo um Regimento inteiro de Fontenelles daria jeito no trânsito do Rio.
ResponderExcluirBom Dia ! Na foto 2, o varredor deve estar pensando : -Que broto legal! Mas não é pro meu bico.
ResponderExcluirPelas fotos estava ocorrendo um pandemia bem diferente do Corona.A prefeitura deveria estar infectada e deixou a coisa rolar.Como só dá "nacional" o Biscoito não vai gastar farinha na descrição,embora tenha ali um que parece com Citroen,mas só parece....Karak, a Volks ganhou dinheiro neste Brasil dos anos 60/70 sem nenhum espanto....
ResponderExcluirA quantidade de carros aumentou de forma desproporcional. Nos anos 60 apenas pessoa com recursos possuem veículos, já que eles geram despesas com impostos e manutenção. Hoje em até flanelinha tem carro. A facilidade de comprar carros financiados em até 120 meses gera esse tipo descalabro. John Reed em seu livro México Rebelde já em 1914 dizia: "O mexicano é capaz de comprar tudo, até um avião ou um automóvel, desde que não tenha que paga-los". Reginaldo Farias através de seu personagem Grilo em Assalto ao trem pagador disse muito bem: "Onde já se viu favelado ter carro?"
ResponderExcluirSei que a última que pisei nas areias de Ipanema foi no início da década de 80, mas não lembro se estive por lá nessa época de DKW, Gordini, Rural e Fuscas e mais Fuscas.
ResponderExcluirAliás, uma Rural quase com certeza era o transporte do fotógrafo.
E os dois carros diferentes ficaram juntos, na foto 5.
Era uma bagunça maravilhosa e de certa forma inocente. As maiores transgressões da época hoje seriam imperceptíveis. 4ª e 5ª foto no quarteirão Montenegro Joana Angélica. Hotel Sol Ipanema sendo construído. Nenhum carro tinha ar condicionado. Guardadores colocavam papelão no pára brisa, pois na saída da praia o carro estava um forno. Na última foto acho que havia jornal no vidro do fusca. Galaxie era o conforto. Não se usava cinto de segurança. Ir à Carreta depois era o máximo.
ResponderExcluirJá aprendi. Antes de publicar copio o post. Algumas vezes dá um apagão e perco tudo.Aí a inspiração - se é que existe alguma - não volta, e a preguiça não repete o texto.
Tempos do vale-tudo. Hoje está mais ordenado.
ResponderExcluirEm Maio de 1964 ocorreu a "Operação Rio", onde o Coronel Américo Fontenelle buscou reformular todo o trânsito do Estado da Guanabara, reorganizando itinerários de ônibus e bondes, criando novas linhas, proibindo o estacionamento em vários pontos do centro da cidade, e com isso tentar fazer do trânsito do Rio mais aceitável. Nesse ano ocorreram enormes "apagões de transporte" onde as filas de ônibus ficaram intermináveis. Na região da Grande Tijuca os dias subsequentes ao dia 09 de Setembro foram caóticos, já que nesse dia foram extintas as linhas de bonde 66 e 68 e que eram responsáveis por uma grande parcela de passageiros. As linhas de ônibus criadas foram um ridículo sucedâneo para cobrir a falta do 66 e do 66, já que o 66 em 1963 transportou cerca de um milhão de passageiros. O Administrador Regional da Tijuca, Sr. Paulo Zouain, quase foi linchado na Praça S. Peña.
ResponderExcluirBoa tarde a todos. Estou PDV, perdi o meu comentário no finalzinho, volto mais tarde.
ResponderExcluirA postagem só configura que os saudosistas só falam bobagens resgatando o antigo e o arcaico.Vejam a Ipanema de antanho e a de hoje e sejam um pouco sensatos.O que se ve na postagem é uma esculhambação generalizada e alguns ainda batem palmas para a desordem e falta de educação.Hoje tem muita coisa ruim mas não dá para comparar com a falta de civilidade em especial dos motoristas que naquele tempo ainda abusavam de tudo pois a fiscalização também era muito pior e muito mais fácil de ser subornada.Terra de ninguém e eu não aguento o choramingá de muitos comentaristas.Sou Do Contra.
ResponderExcluirPois é, e alguns ainda lamentam que hoje o pobre pode ter carro...
Excluir"Ninguém lamenta que pobres tenham carro", mas apenas que não possam mantê-lo e conserva-lo. Quem passa pela Grajaú-Jacarepaguá pode observar que há centenas de carros parados à direita na pista de subida. A grande maioria é mal conservada e se consultarem as placas verão que a maioria está há muitos anos sem pagar impostos. Obviamente pertencem a moradores daquelas encostas e os servem para diversos fins. Sem contar as oficinas, borracheiros, e lava-jatos existentes ao longo daquela serra. Não se trata de qualquer tipo de preconceito mas apenas de coerência, justiça, e ordem pública. O seguro de veículos e os valores de IPVA que o contribuinte paga tem valores exorbitantes porque NÓS sustentamos toda essa "farra". Em países civilizados nada disso acontece, já que a força do Estado de faz sentir sem qualquer tipo de leniência ou "tolerância político-eleitoreira'. Nada contra que pobre tenha carro desde que arque com seus custos".
ExcluirPois é Sr. DoContra, no verão o Arpoador não tem mais carros estacionados, porém a população que hoje frequenta este trecho da praia, trás maiores prejuízos e incomodam mais os moradores do local do que os carros estacionados.
ExcluirEm 30 dias uma quantidade de mortos equivalente à queda de 10 (dez) Airbus da TAM, acontecida em 2007, incluídas as vítimas fatais que não estavam no avião.
ResponderExcluirPanelas batendo em Vix após anúncio Saida do Mandetta.
ResponderExcluirFantástica a seleção de fotos! Estou morrendo de saudades do Rio!
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