O transporte regular
aquaviário na Baía de Guanabara foi iniciado em 1853, com a criação da
Companhia de Navegação de Nichteroy, empresa privada que fazia o transporte de
passageiros entre Rio e Niterói utilizando três embarcações.
Esta empresa foi sucedida
pela companhia FERRY, criada em 1862, depois substituída pela Companhia
Cantareira e Viação Fluminense, fundada em 1869, com o objetivo de transportar
além de passageiros, cargas e veículos.
Em 1946, a Frota Carioca
assumiu o controle acionário da Cantareira e, dois anos depois, a Frota Barreto
passou a controlar a Cantareira e a Frota Carioca.
Em maio de 1959, um ciclo
de greves, em função da disputa por maiores subsídios governamentais e aumentos
de tarifas, provocou uma reação violenta da população, que depredou a Estação
de Niterói, o estaleiro e até a residência dos proprietários da empresa. O
então presidente da República Juscelino Kubitsckek desapropriou os bens da
Frota Barreto, passando-os para o controle da União. (in A Revolta das barcas -
Populismo, violência e conflito político, de Edson Nunes, editora Garamond,
julho 2000).
Em 1967, o Governo
Federal criou a STBG S.A - Serviço de Transportes da Baía de Guanabara, dentro
do plano de estatizações então iniciado no país. Além do transporte de
passageiros, a empresa também operava o transporte de cargas e veículos,
serviço este que foi extinto pouco depois de 1974, quando houve a inauguração
da Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio - Niterói).
Em 1971, a STBG S.A
passou para o controle do Governo estadual, sendo dois anos depois criada a
CONERJ - Companhia de Navegação do Estado do Rio de Janeiro.
Hoje em dia, o serviço
está privatizado, a cargo das Barcas S.A.
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O Livro A revolta das barcas mostra em parte como as coisas funcionavam no governo J.K, onde o índice de corrupção só foi superado nos governos petistas. Após as depredações ocorridas em 1959, nunca reconstruíram a bela estação, apenas um "puxado" do lado oposto. Mesmo antes da malfadada fusão, principalmente nos anos 60, Niterói tinha um interessante sistema de transporte público, com bondes, trens de subúrbio, barcas, e ônibus elétricos.
ResponderExcluir... corrupção esta que NUNCA DEIXOU de existir ( desde 22 de abril de 1500 , IMPORTADA DIRETO DE PORTUGAL ). Pensei que a corrupção com os PTistas seria INSUPERAVEL !!! NUNCA PENSEI QUE ME ENGARIA TANTO ... EM-BOLSONARO & CIA FIZERAM O IMPOSSÍVEL !!!
ExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirPor pouco mais de cinco anos fui passageiro quase diário das barcas para Niterói. No começo pegava sempre de manhã cedo, antes das 07. À medida que avançava nos semestres o horário ficava mais flexível. Em alguns semestres também pegava aos sábados.
A segunda foto é da Enciclopédia Bloch e já foi postada anteriormente.
A foto em P&B mostra um carro que persegui na minha fase de ajuntador de automóveis antigos: Ford 1957 camionete. Acabei conseguindo duas, andei com elas, mas vendi sem restaurar. A vantagem é que me curou de um sonho de infância, porque em 1857-58, volta e meia tinha uma colocada perto da Estação dos Bondes, em rifa beneficente e que meu pai dizia ser trambique. E eu ficava de olho comprido...
ResponderExcluirÉ uma foto do final dos anos 50 - não vi Fusca - e aparecem, de baixo para cima, uma Frota Carioca (tipo Lagoa, ou Neves), uma graciosa lanchinha de popa em leque, cujos nomes começavam com P (acho que chamavam de classe piranha), uma Cantareira clássica, com suas hastes de propulsão que varavam os conveses e se conectavam num grande losango preto (visível na foto), um "ferry-boat" aproveitado do casco de cantareira, talvez fosse o Cubango, e, lá longe, uma Valda já carregada de caminhões, que eram os clientes mais usuais, pois o atracadouro em Niterói já saía perto da rodovia.
Um Convair 440 se prepara para dobrar na cabeceira da pista.
Interessante que a Valda também aparece na foto colorida, resplandecente em azul, quase vazia. O adjetivo vai por conta da distância...
No cais da STBG vemos uma "Lagoa", depois uma lanchona de 2000 passageiros - eram ótimas, o único pecado era ter que manobrar, um defeito para pequenos percursos - e, finalmente, um "ferry-boat", dos transformados, quase atracando, expelindo uma boa fumaçada na manobra de reduzir a velocidade. Se ele estivesse se afastando, veríamos uma esteira na popa e não aquela espuminha junto ao casco. Nesse tempo, anos 70, as "piranhas" já tinham ido para o beleléu, pois andaram pegando fogo e foram desmontadas num estaleiro do Caju.
Um desses predios foi de uma das grandes exposições do início do século, certo? Fora isso, quando tenho que ir, gosto muito de ir a Niterói de barca.
ResponderExcluirA Frota Carioca tinha como principal acionista um dos parentes de Getúlio Vargas, o que explica muita coisa.... A empresa encerrou as atividades em 1954, quando seus proprietários Ricardo Jafet (ex Presidente do Banco do Brasil) e Dinarte Dornelles (da família do presidente Getulio Vargas) venderam a empresa para a “Frota Barreto”, sua concorrente.
ResponderExcluirBeleza a foto P&B.
ResponderExcluirBom dia a todos. viajei muito nestas barcas nos anos 70, quando trabalhei em Niterói. Naquela época as barcas eram fedorentas, a saída das barcas em Niterói era uma sujeira danada.
ResponderExcluirBom Dia ! Quando atravessava a "poça d'água", ia para Santa Rosa ou Cabo Frio. Mesmo indo de automóvel minha preferencia era a Valda nela era tudo mais fácil,mesmo tendo que ir de um lado ao outro,era melhor que "encarar" o centro da Cidade com seus muitos sinais,e transito amarrado. ( nada diferente do Rio).
ResponderExcluirNiterói é uma metrópole regional que tem dado mostras de seu potencial através de exitosas administrações consecutivas. Seu comportamento diante da pandemia tem sido exemplar. A proximidade de municípios como o Rio e São Gonçalo e o natural volume de trânsito fez com que a qualidade de vida fosse comprometida.
ResponderExcluirKkkkkkkkkk
ExcluirComo era bonita a Praça XV, hein!
ResponderExcluirA estação das barcas que aparece na primeira foto foi depredada e incendiada em 1959 e nunca mais foi reconstruida tal como era. Eu tenho o livro A revolta das Barcas e as fotos das depredações e incêndios são impressionantes. A PM não deu conta e somente as forças armadas contiveram a situação.
ResponderExcluirO Biscoito viu o trio saia e blusa ali na praça?Fiquei babando....
ResponderExcluirQuando criança adorava o cachorro quente dobrado da loja na entrada da barca de carros. Uma vez na época da Calói 10, fui de Copacabana a Icarai, atravessando a baia na barca de carros.
ResponderExcluirFF:Em Vila Isabel havia um sujeito de nome Miragaia e bem conhecido por suas estórias. Em uma delas conta que estava passando de carro na 28 de Setembro ouvindo Orlando Silva no rádio de seu carro quando se distraiu e passou com o carro entre um bonde 74 e um poste, tirando "um fino" que assustou até Orlando Silva, que parou de cantar e exclamou; "Que fino hein Miragaia". Fica a pergunta; não estaria ele pedalando uma bicicleta?
ExcluirO "ucraniano" fake parece que voltou.
ResponderExcluirA estação depredada em 1959, entre outros prédios, foi a de Niterói...