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segunda-feira, 22 de maio de 2017

MUSEU HISTÓRICO NACIONAL


Este fotograma, extraído do filme L'Homme de Rio (1964) pelo Raul F. de Souza, mostra o prédio do Museu Histórico Nacional em seu aspecto neocolonial conferidos pelas reformas de 1922 e posteriormente revertidos em parte ao original. A seu lado um pedacinho do prédio do Ministério da Agricultura, demolido em meados dos anos 1970.
Como já contou o Decourt, o prédio do Museu Histórico Nacional, situado na antiga Casa do Trem do Arsenal de Guerra, é mais um dos projetos do homem que deu à cidade importantes marcos coloniais, o Gov. Gomes Freire, o Conde de Bobadela.
Em 1762, o Conde de Bobadela mandou erigir a Casa do Trem, ao lado do Forte e Santiago, destinada à guarda dos armamentos (trem de artilharia) das novas tropas enviadas por Portugal para reforçar a defesa da cidade, ameaçada por corsários m busca do ouro vindo das Minas Gerais.
 
Com a elevação do Rio de Janeiro à condição de capital do Estado do Brasil, foi construído, em 1764, junto à Casa do Trem, o Arsenal de Guerra, destinado ao reparo de armas e fabricação munições. A chegada da família real, a Independência e o estabelecimento do Império transformaram o conjunto da casa do Trem e do Arsenal de Guerra num grande centro produção e guarda de armas e munições para o Exército Brasileiro.
O prédio manteve seu uso bélico até o início do século XX, sendo completamente reformado e modificado para feições neocoloniais, tendo partes demolidas, principalmente na parte do Arsenal e ganhando um acréscimo de uma grande torre nas ruínas do Forte do Calabouço. Tudo para o velho prédio se transformar no Pavilhão das Grandes Indústrias da Exposição de 1922. Curiosamente dentro do pavilhão o núcleo do MHN foi criado em duas salas e, com o passar dos anos, foi ocupando todo o complexo.
Na foto o prédio ainda está com as características das deformações sofridas na reforma neocolonial. Nos anos 70 praticamente todos os excessos foram retirados e a fachada prospectada, tendo vários dos elementos coloniais originais surgido e podendo ser restaurados.

32 comentários:

  1. O prédio está mais bonito atualmente. Quanto às informações muito aprendemos diariamente por aqui. É leitura obrigatória diária para mim. Confesso que não entendo os que aqui vêm para criar polêmicas e geram tantas discussões estéreis.

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  2. Se fosse um "Onde é" eu responderia Lisboa.

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  3. O filme pode ter sido lançado em 1964, mas a imagem deve ser de uns 4 anos antes, ou mais, pois não vemos Fusca, DKW, Kombi, Rural ou Aero. O pequeno ali parece um Dauphine.

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    1. Vendo o filme aparecem alguns Aero 1962, VW e Kombi 1963. Algumas filmagens podem ser anteriores, porque é comum os diretores aproveitarem tomadas de outras produções. Veja http://www.imcdb.org/movie.php?id=58203.

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  4. Concordo com Paulo Roberto.Nunca apostaria no Rio de Janeiro e votaria em Liboa.Em vermelho seria uma guarita?E os autos?Me parecem todos importados.Muito boa postagem e continuo cheio de dúvidas...

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    1. O pretinho fazendo a curva é um Dauphine Preto Bali. Fora o Aero cinza e branco, nacional, 62, o resto é americano. Manobrando há um Chevrolet preto 1941. Estacionados, um Packard 47-48, um Chevrolet 51 e o Mopar da safra 46-48.

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  5. O carro cinza e branco parece um Zephyr/Zodiac, mas é um Aero-Willys 62 com pintura saia e blusa. Quase me enganou. No filme, aos 27'47" -https://www.youtube.com/watch?v=2rMG7YWA0VU - pode se ver uma rara filmagem da estação de bondes de Santa Teresa na Avenida Chile, antes da construção do prédio da Petrobras, que a deslocaria um pouco do lugar. Devido a aridez do acesso, em barro puro, com duas alamedas pavimentadas com blocos hexagonais de concreto, o povo a batizou de Brasília. E o restinho nu do Morro de Santo Antonio ainda teimava em permanecer.

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  6. Realmente uma aula de historia,quanto as polêmicas criadas por alguns comentaristas acerca de futebol mulheres políticas,não há como controla-las,a não ser apelando para o bom senso e a ética de cada um.Gostaria que o Dikemmann identifica-se o carro saia e blusa que me parece um aero. O prédio é muito bonito.

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  7. Bom Dia ! Se fosse possível voltar no tempo, um pichador vendo esta foto com o prédio limpinho,ficaria doido de vontade de ir lá para (como eles dizem)deixar a sua "marca".

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  8. Como alguns deste blog sabem pertenci aos quadros da extinta Fundação Nacional Pró-Memória e mais tarde ao IPHAN. Na condição de Procurador lotado nessas instituições fui responsável pela assessoria jurídica de pelo menos seis museus no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo (Museu de Biologia Melo Leitão). Registro isso em razão de que apesar de admirar em especial o MHN nunca tive a oportunidade de prestar alguma assessoria à essa casa de cultura, ainda que, tecnicamente, ela estivesse sob nossa égide. Conheci esse museu muito jovem levado por meu saudoso pai. À época me impressionou a bateria de canhões expostos no pátio a descoberto. Mais tarde, como ginasiano, voltei outras vezes em regulares visitas, sempre com a incumbência de reproduzir as impressões em trabalhos escolares. Em uma dessas ocasiões me fixei na jangada "São Pedro", referência da saga dos intrépidos marinheiro cearenses que nos anos '40 velejaram desde o nordeste para pleitear junto a Getúlio Vargas melhorias em suas condições de vida e trabalho. Jamais poderia imaginar que no futuro, agora como servidor, estaria presente quando em um insólito episódio assistiria a uma servidora entrar nervosa e assustada na então Procuradoria dizendo em voz baixa que não tinha encontrado no Livro Tombo qualquer registro sobre esse museu e suas instalações. Rebuliços à parte, encontraram o tal registro e tudo foi solucionado. Mas até hoje não estou certo se realmente encontraram ou foi providenciada a correção desse equívoco.

    Meu último contato foi na época da exposição dos antigos textos do Mar Morto quando compareci mas então lotado na Procuradoria Federal do Rio de Janeira. E até hoje quando algum visitante da cidade me pede alguma sugestão de visita cultural não deixo de mencionar esse museu, sempre elogiando sua história e acervo.

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  9. Bom dia. Curiosamente esse belo conjunto arquitetônico escapou da sanha de demolições ocorridas no Século XX e ainda é um dos principais ícones históricos da cidade. O Brasil não possui a tradição de preservar prédios históricos, pois os que ainda se encontram de pé, o devem à iniciativas esparsas e movidas por interesses diversos que não o histórico. O IPHAN não possui uma estrutura suficiente para atender a demanda, apesar da qualidade e excelência de seus quadros. A história do Brasil é rica em fatos e detalhes marcantes, embora neles não haja a dignidade apregoada na maioria. Mas seja qual for o teor dos acontecimentos, é de suma importância a sua preservação para que as gerações futuras não sejam levadas por fatos inculcados de forma irreal pelos formadores de opinião oficiais...

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  10. Bom dia a todos.

    Por ser um museu que cobra entrada, vou pouco a ele. Ajudou, em termos, o fato de a região ter perdido o terminal de ônibus e o mergulhão. Acho que ficou mais isolado. Salvo engano, está em cartaz até domingo uma exposição de fotos no local.

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  11. Ainda estou em dúvida se é um Aero Willys, mas se o Biscoito diz que é...
    Parece que todos olham para o fotógrafo, os pedestres e os da sacada do Ministério da Agricultura.

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  12. Bom dia a todos. Este museu estava sendo alugado para realização de festas e casamentos. Acho que todos os museus públicos deveriam cobrar ingresso, para ajudar na sua manutenção, mas acho que isso só serviria para ocorrer mais desvio de dinheiro.

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  13. A estranha cidade do sudeste anda ficando com uma "cara" mais limpa que o Rio, depois que o Doria começou a dar uma dura nos pichadores.

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  14. Agradeço ao Biscoito a identificação dos autos,mas aquele Aero dá para confundir.Os outros nem pensar...***O Xará tem toda razão.Hoje o prédio deve estar sofrendo com pichadores,ou não?Esta praga que assola as cidades parece com aquela outra que se apresenta especialmente em Brasilia.Um espanto!!!
    Lino,nos demais países a cobrança funciona e parece ter retorno,mas aqui fica de fato a dúvida....

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  15. Aproveitando a menção ao filme "O Homem do Rio", de 1964, com Jean-Paul Belmondo, esse museu também havia sido usado como locação de algumas cenas da película "Uma Rosa Para Todos", de 1962, com Cláudia Cardinale. Dizem as más línguas que nessa ocasião essa bela atriz se esforçou para resistir ao charme de um futebolista praiano, hoje um veterano comentarista, e especialista nos assuntos da Sétima Arte.

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  16. Esse prédio é lindo e está muito bem conservado. Seu diretor, Paulo Knauss, e todos os funcionários merecem elogios. Infelizmente, esse padrão está se tornando raro. Basta uma visitinha ao Museu da República, por exemplo.

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  17. Quanta diferença para a construção atual!

    O MHN é um dos mais importantes da cidade, e conta com exposições permanentes muito interessantes! Aquela sessão do Boticário, a parte de D, Pedro e D João, o acervo é bastante rico!

    As carruagens, berlindas, o Páteo dos Canhões,o Páteo de Minerva!

    Tem sido um dos locais escolhidos para recepções, além de chique, pela proximidade de várias Igrejas nos arredores, tais como: Candelária, Igreja São José, Nossa Senhora de Bonsucesso, Nossa Senhora do Carmo, a do lado( antiga Sé), São Francisco.

    Augusto, aos domingos é gratuito o ingresso!.

    Concordo que a localização não é das mais práticas, não indo de carro ou táxi, sugiro pegar o metrô, saltar na Estação Cinelândia( saindo pela Santa Luzia) e dali pegar um táxi para o Museu, que em 7 minutos e meio levará você, se muito,não dará muito, mesmo sem ser UBER!. Conforto, segurança e rapidez!

    Estive lá há umas 3 semanas, vendo a expo o mar virou Rio, bem legal! Sempre perdia-me lá dentro, entrava por uma porta, "caía" no Páteo dos Canhões, quando achava que já sabia, saia do outro lado, perto das carruagens...rs Agora já estou melhor...tenho ido sem me perder...

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  18. O local é lindo. Estive há algum tempo numa recepção de casamento ocorrida ali e tudo estava deslumbrante. A última exposição que fui lá e isto faz tempo foi aquela sobre o corpo humano de um realismo impressionante.

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  19. E aquele cavalo branco com D. Pedro ou D. João montado, quando entramos, à esquerda, próximo às escadas rolantes, escaninhos e banheiros, impressiona!

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    1. Dra. Evelyn,tem certeza que é cavalo branco?Meu primo disse que é cavalo paraguaio...

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  20. Peralta, o implicante22 de maio de 2017 às 12:18

    Tia Nalu,o museu tá igual a Nova República?

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  21. A Lei 9605/98 define "pichação" como Crime Ambiental cuja punição de de 3 meses a um ano de detenção, o que é o mesmo que "nada" aqui no Brasil. Penas pesadíssimas são o ideal não só para Crime Ambiental como para a maioria dos crimes. Quando se compara o povo brasileiro com povos escandinavos, a atitude paternalista, a leniência, e a consequente impunidade, são o fator diferencial que faz com que a "Balança" sempre vá pender para o lado da desordem. Se na Itália acontece um fato dessa natureza, o autor é submetido à penas de prisão. Lá existe o "Departamento Nacional de Belas Artes" que é o responsável pela guarda e por todas as ações que visem a preservação do patrimônio histórico, sendo inclusive um órgão executivo, podendo até efetuar prisões. O patrimônio histórico italiano possui um valor incalculável, que com todo o respeito ao comparativo com o Brasileiro, está muitos "anos luz adiante", de acordo com o seu elevado adiantamento moral, material, social, e étnico.

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  22. FF. É louvável a iniciativa da Rede Globo ao exibir a novela de época "Novo Mundo" , onde apresenta fatos e personagens históricos, ambientada na época da Independência. Embora existam algumas incorreções, imprecisões, e inverdades, o público só tem a ganhar com isso, onde uma história leve e divertida procura resgatar um pouco da história brasileira. Incomparavelmente mais saudável do que a rotina de anormais, lésbicas, travestis, e pederastas que são a rotina de personagens apresentados pela emissora. Ponto para a Globo.

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  23. Aproveitando a postagem, duas curiosidades sobre o MHN:

    1) Faz parte do acervo o raríssimo automóvel Protos cujo restauro e instalação acompanhei. Para os apreciadores do assunto: http://www.museuhistoriconacional.com.br/mh-e103xa.htm

    2) Esse museu também não escapou de ser palco de um imbróglio que resultou em uma disputa de prestígio e poder entre sua diretora na época, Vera Lúcia B. Tostes, salvo engano amiga do Gustavo Lemos, e a então esposa do jornalista Roberto Marinho, D. Lili de Carvalho Marinho. Em um espaço do museu foi instalada, em caráter temporário, uma exposição da coleção de bonecas de D. Lili. O problema surgiu quando a "primeira dama das organizações Globo" resolveu transformar em permanente a mostra, fato incompatível com os objetivos finais do MHN. A resistência de Vera Tostes transformou a disputa em um caso que ultrapassou as vetustas paredes da antiga Casa do Trem. Mas ao final prevaleceram os ditames da lei e o bom senso entre as partes "litigantes" e as bonecas voltaram à mansão do Cosme Velho.

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  24. Travesso, é sim! Vá lá quando estiver por aqui e verá! Nada de paraguaio...

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  25. Seria verdade que a fábrica de brinquedos Estrela fez doações para o MHN e existem brinquedos do tempo de D.Pedro?

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  26. Sim, é verdade. Doações a partir do final do século passado. E também brinquedos do tempo do Império.

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  27. Por falar em "brinquedos", a novela da Globo não mostra, mas para quem conhece um pouco da "história mundana" do "casto imperador", dá a entender as "nobres habilidades" de Domitila de Castro, futura Marquesa de Santos. Diziam as más línguas que o amigo, assessor, e parceiro das patifarias de D.Pedro I, Francisco Gomes da Silva, o "Chalaça", intermediava os favores da citada cortesã junto ao imperador, favores esses que eram partilhados a três, ou "a trois"! Onde havia fumaça...

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  28. Peralta, ó implicante, o Museu da República está digno da atual República.

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