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sábado, 18 de agosto de 2018

LACERDINHAS



Vemos fotos de uma praga que se abateu sobre o Rio nos anos 60. Eram os insetos Thrips, apelidados de “lacerdinhas” (homenagem ao conhecido político) ou “azucrinóis” (personagem de histórias do Ferdinando em Brejo Seco) ou “guevaras” (outra homenagem a conhecida figura pública). Todos incomodavam muito...

De um momento para outro a roupa era coberta por estes pequenos pulgões pretos e quando algum caía nos olhos imediatamente havia uma sensação de queimação, que gerava lágrimas.

À época concluiu-se que o uso de inseticidas era inviável, apesar do uso do “FLIT”. As árvores “Ficus” eram o reservatório maior. A cor amarela exercia uma atração especial para estes insetos. Durante toda a década de 60 se discutiu como resolver o problema. Não me lembro como foi o final desta história, mas os “lacerdinhas” acabaram desaparecendo.

17 comentários:

  1. De fato sumiram igual ao famoso politico.

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  2. Bom dia.

    Hoje é dia de bola quicando na área.

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  3. Era uma praga! Quando morei na Visconde de Figueiredo 31 na Tijuca, o prédio era vizinho do Colégio Lafayette feminino, onde hoje atualmente existe o supermercado Extra, em um espaço compreendido pela Visconde de Figueiredo, Conde de Bonfim, e Conselheiro Zenha, e lá havia inúmeros Ficus, verdadeiros "santuários" desse inseto. Diversas vezes eu sofri com esses ataques e apesar da pouca idade, até hoje lembro da aflição que causava. Toda a cidade sofria com essa praga. Não sei até a razão de associarem o lacerdinha ao então governador...Na primeira foto no Campo de Santana e na segunda, na Avenida Passos, o alvo dos ataques foram indivíduos "caucasianos". Seriam esses ataques de cunho "discriminatório"?

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  4. Essa praga aí eu não peguei.

    A respeito do comentário de ontem sobre o filme Assalto ao Trem Pagador, segue o link da cena entre Tião Medonho e Nilo Peru (Reginaldo Faria).

    https://youtu.be/vghf_QBCsAY

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    1. Pegando carona no comentário do Augusto e aproveitando a bola "quicando" na área, vou pegar de "bate pronto": esse era um tempo em que se podia "falar a verdade". Nilo Peru não mentiu...

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  5. Sumiram com o extermínio do ficus, em cujas folhas se reproduziam. A planta era muita utilizada como cercas vivas. As maiores vítimas foram as esculturas de animais na Praça Paris, um belo trabalho de tupiaria, que merece uma postagem aqui.

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  6. Há um provérbio que diz: "Quem fala o que quer, ouve (ou sofre) o que não quer".

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  7. Tive que consultar a grande rede para ver fotos do inseto, pois não lembrava dele. Reconheci o bichinho "meliante" dos anos 60, mas acredito que a praga já era bem fraca na metade final daquela década.
    O ficus, citado pelo Gustavo, é de origem asiática e acredita-se que larvas da lacerdinha tenham vindo em algum lote de importação da planta.
    Quase com certeza a praga não encontrou nenhum predador que reduzisse sua população, não só por falta de fauna silvestre suficiente na cidade daquela época, como também porque não vejo com muita frequência passarinhos em galhos de árvores ou arbustos importados.
    Sempre teve muito é pardal, mas estes não vejo correndo atrás de insetos, talvez por excesso de restos de pães e biscoitos para satisfazerem esse "camundongo com asas"

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    1. O pardal não é nativo do país. foi trazido por portugueses.

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    2. Sim, bem observado, esqueci de dizer. Porém o pardal é europeu e talvez fosse preciso um pássaro asiático para combater o lacerdinha. Depois a ave oriental seria o problema da vez. E assim vai o ciclo. Resumindo: foi melhor mesmo ter cortado os ficus.

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    3. Olá, o pardal foi importado pelos plantadores de café, ele combatia o caruncho do café.

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  8. Não sei se Lacerda foi uma "praga". Apesar dele ter erradicado os bondes da Guanabara, foi responsável por grandes obras. Só foi eleito graças à "candidatura de última hora" de Tenório Cavalcante, que foi responsável por desviar preciosos votos do comunista Sérgio Magalhães e que era o grande favorito. Mesmo assim a vitória foi por uma ínfima margem de votos. Faço um questionamento: Se Sérgio Magalhães fosse vitorioso teria feito um bom governo? Teria erradicado os bondes? Que papel teria no 31 de Março de 64?

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  9. Boa tarde, Luiz, pessoal,
    Lembro que minha avó materna ainda falava e se preocupava com os famosos lacerdinhas. Parece que eram comuns no Jardim do Méier, bem no início dos anos 70, vários grudavam nas roupas das pessoas. E,de fato, a cor amarela parecia exercer uma certa atração sobre eles.

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    1. Em 1976, eu trabalhava na telerj e o uniforme era camisa amarela, quando necessário realizar algum trabalho próximo ao campo de Santana,era um verdadeiro inferno , isso 1978 por aí!Ainda existiam no Rio de Janeiro

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  10. Eu mesmo fui vítima desses pequenos insetos até os meados dos 70. Meu Pai comentava isto comigo e ria sempre... andar de amarelo no Centro do Rio era tenso...

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  11. Fui criada no Rio de Janeiro onde foi a melhor parte da minha vida hoje com 76 anos morando em SãoPaulo há 45,que não gosto nada,mas passando ao longo dos muros do colégio Bennett toda fáceis com saída de praia amarela passei através de uma nuvem de lacerdinhas ,que eu não tive outro recurso se não voltar para casa,eu estava inteira bordada de lacerdinha.Anos mais tarde teve também um cascudinho que foi apelidado de Idi Amin!!!

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