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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PARQUE RESIDENCIAL FONTE DA SAUDADE



 
Em 1952, Oscar Niemeyer e Helio Uchoa projetaram o majestoso empreendimento "Parque Residencial Fonte da Saudade", na Rua Baronesa de Poconé nº 280.
O projeto previa um bloco de 12 andares, sobre pilotis, com 96 apartamentos, todos de frente, defendidos por uma "brise-soleil". Salão de festas no terraço com 24 metros de comprimento, salão de "play-ground" coberto e salão para jardim de infância.
Na outra extremidade do terraço haveria lavandeira e tinturaria e mais cinco amplos quartos para os empregados da administração. No "play-ground" haveria um ginásio com todos os aparelhos, conjugado com uma piscina em forma de lago.
"Hall" social de entrada que se limita com o jardim que circunda todo o edifício. Garage numa área de 2000 metros quadrados, comportando cerca de 100 automóveis.  Cozinhas de aço esmaltado, tipo americano. Incinerador de lixo. Aquecimento central nas torneiras, banheiras, chuveiros e cozinha. Paredes laterais, piso e teto protegido de material isolante refratário ao calor e ao ruído. Iluminação elétrica indireta. Pintura dos apartamentos toda a óleo e Paredex. Armário e rouparia embutidos. Mesa telefônica na portaria do Parque.
PS: nos velhos tempos os nossos prezados M. Rouen ou o Rafael Netto fariam uma expedição ao local para ver como estão as coisas hoje.

15 comentários:

  1. Bom dia, Luiz, pessoal,
    Eu lembro das expedições, o Rafael tinha até mesmo um fotolog para registrar o ms mesmos locais das fotos postadas no dia anterior, só que no estado atual.
    De acordo com o street view, a rua em questão é sem saída, e vai mais ou menos até o número 235. Não vi nada semelhante à montagem da foto. Ele chegou a ser realmente construído?

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  2. Não sei se este projeto foi concluído tal como descrito mas acho que nos anos 50, com uma região quase deserta, fazer um monstro desses seria um absurdo. Tal como alguns projetos do cultuado Niemeyer. Poderia ser feita uma construção que tivesse mais harmonia com o local. Hoje em dia há inúmeros arranha-céus nesta região. E também a favela da Vitória Régia e aquela de Copacabana estão avançando pela região da Sacopã e adjacências.

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  3. Bom dia, Dr. D'.

    Ficarei acompanhando os comentários. Certamente um dos arquitetos levará bordoadas.

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  4. Não tenho a menor idéia se esse megalômano projeto foi concluído. Naquele tempo eram plausíveis construções diferenciadas e voltadas para um público seleto. Alguns prédios em Copacabana e na Praia do Flamengo comprovam isso. Eram construções sólidas e "bem acabadas". Mas atualmente a realidade é outra e o padrão "minha casa minha vida" é o que conta. Fantásticos apartamentos de 45 m2, dois quartos de 7 m2 cada, um banheiro e uma cozinha que cabem dois cachorros, e olhe lá. Com o novo plano diretor do RJ em vigência, a coisa vai piorar...

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  5. Em se tratando de 1952 o projeto parecia um espanto.Também não parecia estar muito de acordo com o pensamento socialista de um de seus autores,ou não?Previa 100 garagens para 90 apartamentos,hoje média fora de padrão.Ninguém sabe dizer se foi concluído?

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  6. FF: A chuva veio forte mas de forma "tolerável". Na Alexandre Calaza e na Silveira Martins as naturais e habituais "banheiras" marcaram presença, ma Professor Gabizo caiu uma arvore, e o bairro mais atingido foi Padre Miguel, com queda de árvores e falta de luz. Hoje à tarde está previsto um "pé d'água daqueles". Mas em tempos de chuva e temporal, vivemos uma tranquilidade "escandinava" no que tange à assaltos e arrastões, já que os marginais, todos moradores de favelas, tem medo que "a casa caia" literalmente. Daí preferem não arriscar e ficar nos barracos.

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  7. Não foi construído, como outros projetos megalômanos do Niemeyer. Mais ou menos nesse local existe um prédio "normal" com dois blocos, pouco antes do final da rua.

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    1. Se não houve nenhuma reforma radical, os prédios mais para o final da rua estão com aparência de década de 80 para cá. Vai ver quase ninguém queria investir fora de Copacabana em 1952, fazendo fracassar esse projeto.

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  8. Bom dia ! Esse projeto ficou só no papel...

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  9. Play-ground coberto e salão para jardim de infância deviam ser o máximo da modernidade naquela primeira metade dos anos 50.
    Já os incineradores de lixo nem com o melhor sistema de filtro. Quando foram proibidos?
    Só de ouvir falar, não lembro de ter visto algum funcionando. Ainda deve ter alguns desativados por aí.

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    1. Nos anos 60 eu morei na rua Professor Gabizo 85 e na Visconde de Figueiredo 31 e em ambos o porteiro incinerava o lixo em incineradores próprios no final da tarde. Os incineradores ficavam no térreo junto às garagens e nunca houve qualquer problema. As instalações continuam lá, basta olhar pela grade do prédio, mas devem ter outro uso. O prédio onde moro foi entregue no final de 87 e já não possui mais esse tipo de instalação.

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  10. No meu prédio, pelo menos até quase o final da década de 60 lembro que funcionavam.

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  11. E morreu a Bibi Ferreira. Para quem quer sair do noticiário estes dias têm sido bons. Diariamente uma notícia que dá muita matéria nos jornais e telejornais. Os escândalos passados vão sendo esquecidos.

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  12. Os incineradores dos prédios foram proibidos porque na verdade eles apenas "queimavam" o lixo; não incineravam corretamente. Desta forma, os resíduos e gases gerados neste processo causavam mais impacto negativo ao meio ambiente do que o aterro sanitário. Além disso, antes de incinerar deve-se realizar uma separação dos tipos de materiais. A incineração mesmo deve ser realizada em usinas proprias para esse fim; que ainda geram energia elétrica e destina materiais, como plástico e papel, para reciclagem. Na Europa isso é muito comum; nós, infelizmente, estamos longe.

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  13. De todos os itens que a obra teria, um deveria ser obrigatório: isolamento acústico, de um andar para o oufro. É péssimo ouvir pisadas fortes, objetos caindo, podtas batendo,etc.

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