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domingo, 17 de março de 2019

BONDE NA PRAÇA PARIS

 
 
 
Fotos dos anos 40 publicadas no Correio da Manhã com a seguinte legenda:
 
"Quem habita a Zona Sul da cidade amanheceu com os bondes da Jardim Botânico, na sua viagem para a cidade, passando a trafegar pela nova linha que corre pela Praça Paris.
 
Damos dois aspectos fotográficos do acontecimento, sendo que a fotografia de cima revela que o tráfego, nas horas de maior intensidade, à tarde, não escapou ao congestionamento."
 
A explicação do que aconteceu somente o Hélio Ribeiro tem condições de informar.
 
A segunda notícia mostra que nem tudo eram flores naquela época.
 

12 comentários:

  1. Essas fotos são anteriores à 1942 por dois detalhes: A ausência da "capelinha" e a grafia antiga, já que a reforma ortográfica ocorreu em 1942. Quanto à nova linha, é tarefa para o Hélio Ribeiro. O "quinto distrito" era naquele tempo na Rua Mem de Sá entre Inválidos e Ubaldino do Amaral. Cheguei a conhecer essa velha delegacia, cujas instalações foram transferidas para a Avenida Gomes Freire em 1999, sendo a primeira Delegacia Legal. FF: O tempo "esquentou" no blog do André Decourt ontem. Parece que uma pessoa de origem israelita se ofendeu com a postagem.

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  2. Bom dia, Luiz, pessoal,
    A notícia parece indicar que um assalto era algo tão raro naquela época, que não só saía no jornal,como forneciam até mesmo o endereço da vítima!
    Será que 11800 cruzeiros então era muita coisa?

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    1. Em 1942 o padrão monetário também mudou quando deixou de ser "Mil Réis" para virar Cruzeiro. Não tenho idéia do parâmetro entre as duas umidades. A violência era ínfima, já que no "Estado Novo" a polícia de Vargas era dura e não tinha complacência com a "miuçalha" e consequentemente a violência policial "não era incomum". Daí ladrões, homossexuais, prostitutas, negros, nordestinos, etc, eram frequentemente espancados quando havia suspeitas de roubo. O irmão de meu avô materno era investigador do DFSP nos anos 40 e contava horrorizado as barbaridades que existiam nas delegacias distritais. Não aguentou e foi trabalhar em um órgão burocrático do DFSP até a inauguração de Brasilía, quando foi criada a PF e ele pode fazer a opção entre a GB ou a União: Não pensou duas vezes...

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  3. Na segunda foto, parece que os operários estão realizando uma solda nos trilhos, o que era feito através de uma combinação química chamada de "Thermita".
    Jaime Moraes

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  4. Se fosse hoje,a Ana iria reclamar do furto do celular...

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  5. Vou arriscar-me a dizer que o verbo "punguear" devia ser um eufemismo de "furto", que era aplicado em "pessoas de bem" por indivíduos supostamente "da ralé".

    Certamente a senhorinha quando chegou em casa e contou o ocorrido deve ter ouvido muitos comentários dos mais velhos, tipo: o mundo não é mais o mesmo, onde vamos parar? Na minha época não existia isso... etc...

    Violência, picaretagem, aliciamento de menores, roubo, trabalho escravo, cambalachos e outros "mal feitos" sempre existiram, em qualquer classe social, por qualquer raça ou credo, desde que o mundo é mundo - o diferencial mais relevante dos dias atuais é o conhecimento mais rápido das notícias, além do uso de armas mais letais.

    Mesmo tendo a lamentar algumas questões que persistem, como a ingenuidade em muitos incautos e o culto generalizado à vagabundagem - que vem de longa data -, louva-se fatores que vem ajudando a atenuar esses males: a maior consciência e o conhecimento que cada um possui de seus direitos.

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  6. Louve-se o comentário do Wagner Bahia, especialmente no que se refere ao "culto à vagabundagem". Remédio existe e está na Lei das Contravenções Penais em seu Artigo 59, mas o que falta é moral de algumas autoridades e vontade política para tal. ### Punguear é o ato praticado pelo punguista (ladrão), que é o furto praticado, sorrateiramente ou não. Tungar também é um termo adequado. O jargão policial deixou de usar essa expressão há muitos anos. Alguém aqui saberia dizer qual é o termo jurídico/policial ao qual se denomina o assaltante ou o praticante de arrastão? Resposta no final da tarde.

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  7. Boa Tarde! Nos dias atuais a Senhora Ana iria tomar um chá de espera para fazer um B.O.

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  8. Não sei dizer com certeza o que significou essa "nova linha que corre pela Praça Paris". Tenho mapas de 1935 que mostram trilhos duplos desde a Glória até a rua Teixeira de Freitas. Mas em algum momento após 1935 foram suprimidos os trilhos pela rua do Passeio, entre o Largo da Lapa e a rua Senador Dantas, e construído um outro trajeto avançando os trilhos antigos pela parte do Passeio Público próxima ao mar e dobrando à esquerda na avenida Luís de Vasconcelos. Mas não sei se esse trecho do Passeio Público ainda poderia ser chamado de Praça Paris.

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  9. Quanto às fotos, notem que o tipo de algarismo do bonde da foto de cima, número 116, é diferente do da foto de baixo, onde os algarismos são bem maiores. Isto porque por volta de 1940 a Light optou por esses algarismos menores, e aproveitou para renumerar os bondes médios e bataclãs (com respectivos reboques). Número 116 é da faixa antiga. A nova passou para 1701 a 1979.

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  10. Com referência à pergunta formulada às 11:38, o nome correto daquele que pratica roubo é "roubador" na linguagem jurídico/policial.

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  11. Li que a mudança de trajeto ocorreu em 1938/39

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