Hoje vemos fotos
colorizadas do Teatro Municipal.
As primeiras colorizações
de fotos do Rio Antigo, pelo que sei, foram feitas pelo prezado Conde di Lido,
na época dos fotologs do Terra. Logo depois surgiu o Nickolas Nogueira com trabalhos estupendos. Mais adiante apareceram grandes mestres nesta arte
como o Reinaldo Elias, o Marcelo Fradim, Christiane Wittel e outros. Mais
recentemente vemos muitas fotos colorizadas através de aplicativos. No início
do século XX o próprio Marc Ferrez colorizou algumas fotografias dele mesmo.
Hoje vemos fotos
colorizadas do Teatro Municipal.
Em 1904 dois projetos
obtiveram o 1º lugar no concurso para a construção do Teatro Municipal. Foi
escolhido o "Aquilla", pseudônimo de Francisco de Oliveira Passos. Em
02/01/1905 começou a construção. Substituindo Pereira Passos como prefeito,
Francisco Marcelino de Souza Aguiar não interrompeu as obras, que prosseguiram
até a inauguração em 1909, já com Nilo Peçanha como presidente da República e
Serzedello Corrêa como prefeito.
A decisão de construí-lo
se deu a partir da insistência de Arthur Azevedo. O Prefeito Pereira Passos
reformulou a cidade, transformando o Centro. A princípio, Pereira Passos pensou
em reformular o teatro São Pedro de Alcântara. Como o proprietário do imóvel, o
Banco do Brasil, não chegou a um acordo, foi resolvida a construção de um novo
teatro.
O Teatro Municipal ocupa
o quadrilátero limitado pela Av. Rio Branco, Beco Manoel de Carvalho, Rua 13 de
Maio e Praça Marechal Floriano, com frente para esta, abrangendo uma área de
4220 metros quadrados. Tendo em vista a desigualdade de resistência do terreno
e a existência de um lençol d´água subterrâneo, foi adotado o sistema de
estacada para as fundações do edifício do teatro. Foram fincadas 1180 estacas
de madeira de lei, cujos comprimentos variam entre 4 e 11 metros.
Foi inaugurado com um
discurso do poeta Olavo Bilac, entregando à cidade do Rio de Janeiro "o
seu mais belo edifício, com um esplendor de mármore e bronzes". Além do
discurso do poeta, a elite da capital brasileira com o presidente Nilo Peçanha
à frente, pôde assistir à apresentação de duas óperas nacionais: "Moema",
de Delgado de Carvalho, e "Insônia", de Francisco Braga, além da
comédia "Bonança", de Coelho Neto.
Os primeiros tempos do
Teatro Municipal marcados por intensa programação internacional, receberam companhias
italianas, portuguesas, alemãs, inglesas, latino-americanas e - o ponto alto -
francesas.
Durante as temporadas
francesas, as senhoras, já naturalmente exigentes, chegavam ao requinte de
encomendar um traje para cada noite. Os convites se acompanhavam,
invariavelmente de brindes. Uma amostra de perfume francês, um saquinho de
pó-de-arroz, um lencinho cuidadosamente dobrado.
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Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTinha passado antes de o gerente chegar para abrir os trabalhos.
Temos visto recentemente uma proliferação de colorizações. Começo a achar que está ficando saturado. Mas curto assim mesmo.
Lembro das primeiras versões e de outras tentativas, como a da Tya, na foto do cinema de Ipanema.
Bom dia a todos. Excelente o retorno as atividades do SDR. O Teatro Municipal foi um marco da modernização da cidade no início do século XX, figura símbolo desta modernização, ainda hoje segue como uma das construções mais belas da cidade. Aliás a cidade necessita nos dias de hoje um novo Prefeito como Passos, porém as transformações atuais não se limitariam somente a obras urbanas, mas principalmente a mudanças políticas, jurídicas e sociais. É muito triste um cidadão ver sua cidade ser destruída por sucessivos governos corruptos, incompetentes e complacentes com a criminalidade.
ResponderExcluirEste Teatro é um show.Belas fotos.E tem farinha para o Biscoito.....
ResponderExcluirExcelentes! Pena que a região atualmente transmite uma sensação de abandono. Obs: se não me engano, essa segunda imagem foi colorizada pelo Nickolas Nogueira.
ResponderExcluirTem também o Nickolas entre os mestres da colorização.
ResponderExcluirAssim como seu irmão Aluísio na prosa, o citado Arthur Azevedo tem ótimos textos como especialista em peças de teatro, inclusive muitas citações sobre o Rio Antigo. E, aprendendo mais essa no SDR, não sabia de seu envolvimento na campanha para a construção do Teatro Municipal.
QUE OMISSÃO INVOLUNTÁRIA NO TEXTO!!!!
ResponderExcluirÉ CLARO QUE DEPOIS DO CONDE QUEM DESENVOLVEU A TÉCNICA FOI O NICKOLAS.
QUE, INCLUSIVE, PUBLICOU SEUS PRIMEIROS TRABALHOS AQUI NO SDR.
AS DIAS ÚLTIMAS FOTOS SÃO TRABALHOS DELE.
FALHA IMPERDOÁVEL.
É esse o tipo de postagem adequada para o blog, assim como foi a de ontem. Leve e educativa, não dá margem a opiniões fascistas, comentários racistas, ou apologia a regimes discricionários. Que continue assim.
ResponderExcluirMatéria que deve interessar aos tijucanos: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2019/12/5837762-tijuca-tenis-clube-tem-tradicao-ameacada-e-pode-virar-shopping.html#foto=1
ResponderExcluirSe até pouco tempo a sede desativada do América na Campos Sales ainda não tinha permissão das autoridades municipais para virar shopping (pela crise e pelo impacto no bairro), por que o Tijuca conseguiria tão facilmente?
ExcluirOtimas fotos. Existem 3 livros sobre os interiores do Teatro, que conheço bem.Há uma dúvida a respeito de uma foto historicamente atribuída ao TM, mas creio que ser um daqueles equívocos padrão. Breve submeterei ao nosso líder. Otimos espetaculos assisti lá. Curiso o Tearo Municipal é do Estado!
ResponderExcluirBelletti, o Biscoito papa mosca dia sim, dia também.
ResponderExcluirNa terceira fotografia, creio que do final dos anos 50, um Dodge 1951 domina o seu canto direito. Devia ser de alguém da Biblioteca, para estacionar assim impunemente no meio-fio da nossa principal avenida.
Na esquina da Praça, um sonolento Oldsmobile 46-48 finge que boceja com sua meia boca cromada. No passeiozinho entre a Praça e a calçada do Teatro estão um Fusca , um Hudson Hornet 1951 e um Buick 1950.
Andando, um Jeep e um Chevrolet 51 com braço de fora, ótimo para refrescar o cotovelo.
No sinal da Rio Branco, um lotação Mercedes-Benz e um Camões aguardam a passagem de um furgãozão dos anos 30, típico de entregas de lavanderia, ou doces - o que era muito mais interessante.
Pronto e o seu O BISCOITO MOLHADO está também pronto para papar a próxima mosca.
Lembro que um pai de um amigo,lá nos anos 60,tinha um Oldsmobile no qual nunca entrei e até por esta razão me deixava muito triste .Mas quando parava em uma bomba de gasolina não muito distante,aí era hora de gargalhar com a goela grande do carrão. Grande espanto!!!!
ExcluirE pensar que durante anos era parcialmente destruído nos bailes de carnaval...
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