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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

FUSCAS







As fotos de hoje, enviadas pelo Gustavo Lemos, mostram os Fuscas do pai dele, Aluizio Lemos, nos anos 50. Todos os carros são alemães.

As primeiras mostram o Fusca na calçada da Praia de Ipanema, na confluência da Vieira Souto, Francisco Otaviano e Francisco Bhering. Vemos, à direita, o clássico Edifício Marambaia, de 1936, cujo endereço é Avenida Francisco Bhering, nº 33. Com dez andares e dois apartamentos de cerca de 200 m2 por pavimento, o Marambaia é o edifício alto mais antigo do bairro. Foi construído pelo engenheiro João Carlos Vital, que foi presidente do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) quando de sua fundação e, anos depois, foi prefeito do Rio nos anos 50.

Vital morou em uma das unidades por alguns anos. Em outra unidade moraram meus amigos e colegas de colégio, os Tebyriçá. Tinham inúmeras irmãs e acho que a tia Nalu conhecia algumas delas.

As outras fotos são junto à Pedra do Arpoador.

Obiscoitomolhado certamente falará da vigia traseira oval, do quebra-vento, dos parachoques, etc.

23 comentários:

  1. Bom Dia! Meu primeiro fusca foi um 1200, mas o que mais me deixou saudades foi um 1500-71. Dos carros que perdi para os " vitimas da sociedade" um foi esse.Talvez seja esse o motivo da lembrança.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Meu tio-avô que morava em Rocha Miranda tinha um fusca azul onde eu gostava de ficar quando ele nos visitava em Madureira. Era muito novo e não sabia coisas como ano e modelo, por exemplo.

    Meu tio, irmão do meu pai, antes de um Chevette, teve um fusca amarelo no final dos anos 70.

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  3. O seu O BISCOITO MOLHADO gosta de Fusca como esses aí; setinha na coluna, janela traseira pequena, assim mesmo. Nos anos 60, aumentaram vidros, desempenho, mas o carro já era ultrapassado. Apesar disso, foi vendido aos borbotões, certamente devido à confiabilidade e durabilidade. Também deve ser levado em conta que alguns concorrentes de projeto mais moderno não estavam à altura, como aqui no Brasil o Dauphine.
    É um dos carros mais difíceis de reformar, porque há muitas versões, acessórios, as peças originais foram acabando e adaptações foram sendo introduzidas. Reformei um de 1950, duas janelas, que tinha sido depenado pelo dono anterior, colecionador de maus bofes. Depois que terminei a pesquisa, vi que cerca de uma dúzia de peças não seriam encontráveis. Como eu tinha planejado uma viagem à Europa, pensei: vou trazer tudo. Visitei inúmeros ferros-velhos, peguei dicas e não consegui nada. Desisti e tratei de curtir a viagem.
    No finalzinho, em vez de beber uns chopes em Munique, parei em Heidenheim, onde moravam colegas de trabalho, pois teria um festival lá mesmo, sem turista - o único seria eu. E fomos conhecer a única atração, o castelo em cima da colina, tal e qual centenas de outros espalhados pela agradável Alemanha. Na subida, um VW Kübelwagen, o jipinho alemão da segunda guerra, estava docemente estacionado e eu ordenei: - Pára tudo!
    Conversa pra cá e pra lá, aparece o rechonchudo dono, que era zelador da escola. Bem interpretado pelo meu amigo Luz, contei-lhe minhas agruras e pedi ao gorducho dicas de onde encontrar peças. - O que você precisa?
    Suando em picas, trêmulo, atacado de malária colecionista (a pior) desenhei as peças num papel de pão enquanto o alemão olhava com um sorriso.
    - Güenta aí; güentei.
    Voltou do galpão com onze das minha doze peças desejadas; ele tinha um fusca quase igual ao meu, mas as crianças da escola pularam em cima; então ele desmontou tudo e... disse com o maior sorriso: - Fiquei esperando você aparecer.
    Óbvio que não cobrou, pediu que mandasse uma camisa do Flamengo. Arranjei uma autografada pelo Zico e um jogo, do goleiro ao ponta-esquerda.
    Quando o mau-bofento viu meu Fusca completinho - até as rodas aros 16 eu arrumei; e uma com pneu alemão que era galalite pura, mas para estepe, era uma jóia - o cidadão quase teve uma síncope. E arrematei: - arranjei tudo por aqui, entre Belfort Roxo e Nova Iguaçu...


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    1. Grande história. O Flamengo ajuda muito. Coisa muito parecida aconteceu comigo em Angola. Uma camisa do Flamengo ajudou muito.

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    2. Dieckmann, você tem "mais de uma"? rsrsrsr

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    3. Hahahaha Boa...o cara deve ter ficado louco....tive 4 fuscas:Um 66 alemão, da carroceria que nunca tivemos,de quebra vento inclinado,mas com parachoque puleiro até 70 primeira série...um 64,único dono,imaculado, um 69 e um 68...excelentes carros...

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  4. Cada Fusca tem sua história. Aprendi a dirigir em Itaipava num fusquinha prateado 1961. Numa noite fria , procurando estações do rádio, as ondas curtas sintonizaram a BBC Londres. Inusitado . O bichinho aguentava o tranco .

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  5. Meu primeiro carro foi um "Fuscão 1500" 73, e depois dele tive vários. Meu pai teve uma versão especial, o "Besourão" 1.6, com entradas de ar diferenciadas e conta-giros. O carro voava, mas "bebia horrores" pois consumia gasolina azul. ### Erick, com relação ao seu comentário de ontem às 23:05, tive acesso aos dados e fotos do acidente que vitimou Zuzu Angel. De fato era um Karmann-Guia Touring Sport de cor clara que aparece totalmente destruído e "capotado". Mais uma dado que mostra mostra que os fatos reais são diferentes do que mostra o filme. O filme mostra um Karmann-Guia 63 azul "idêntico" ao mostrado no SDR ontem. Há muitas fotos do local do acidente e que mostram o carro totalmente destruído. Enquanto estava "na ativa" e por força de determinação superior, atendi a membros da Comissão da Verdade que investigavam fatos que investigavam "supostos crimes em acidentes de trânsito fatais", inclusive do acidente que vitimou JK no mesmo ano, mas nunca para o acidente que vitimou Zuzu Angel.

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    1. Que história interessante Joel....os anos de chumbo foram complicados mesmo....

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  6. Os Tebyriçá, seus amigos, eram parentes dos Negreiros, amigos de minha família. Um deles, o Brum, foi meu médico e também foi quem fez um Tebiryçá seguir a mesma carreira. Por uma brincadeira do destino, você me recomendou a este médico Tebyriçá, que era sobrinho (ou primo) do meu médico quando criança.

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  7. Bom dia a todos. Fusca o verdadeiro carro nacional, nunca um carro no Brasil foi tão amado por uma geração como ele. Tive um Branco, 1978 comprado 0KM, tinha o apelido de Pluft o fantasminha, que só me deu alegrias e dinheiro. Dinheiro sim, acertei a milhar da sua placa duas vezes no jogo de bicho, uma na cabeça e outra por dentro e algumas vezes somente a centena. A vez que acertei a milhar na cabeça foi cerca de 15 dias antes do meu casamento, bancou a lua de mel toda e mais uma série de pequenas coisas para a decoraçao do apartamento.

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  8. Dizer que o fusca faz parte da história de vida da maior parte de gerações de brasileiros é chover no molhado. Com o clã Docastelo não foi diferente. O primeiro foi da empresa farmacêutica Pfizer onde meu saudoso pai trabalhou. Um 1957 estalando de novo que fazia suas revisões na antiga concessionária volks que ficava em frente ao cemitério São João Batista (Alguém lembra o nome?). O carrinho ainda não era tão popular naqueles tempos e em uma viagem de férias pela zona da mata mineira paramos em um posto de gasolina e um menino perguntou se podia colocar água no radiador. Meu pai disse que o carro não bebia água e sim cachaça. Desconfiado o guri duvidou e meu pai então mandou ele abastecer o fusca com água e puxou a trava do capô. Quando o moleque levantou a tampa da mala levou um sustou: onde estava o motor? Naqueles tempos o Renault apelidado de "rabo quente"(motor traseiro) já rodava no país mas não era tão comum como o fusca mais tarde se tornaria. Daí a admiração e surpresa do menino quando meu pai levantou a tampa do cofre do motor para verificação do nível do óleo. Esse carrinho também tinha duas curiosidades. Uma pequena alavanca em forma de "L", no lado esquerdo dos pedais que, acionada, fornecia uma reserva de um galão de gasolina. E ainda uma caixa completa de ferramentas alemães do material "vanadium", no formato de uma calota, fixada no estepe. Mais tarde vieram o '66, conhecido como "modelinho", um '67 1300, e dois fuscões. Um '72 e um '74. Este último foi alvo de uma reforma em anos mais recentes. O clã ainda tem um 1300 que pertence a coleção de um genro.

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  9. Já entendi quem é o Biscoito Molhado. Fuscas tive 3. Um alemão de janelas traseiras partidas e 2 brasileiros. Há muito tempo corro atrás de um conversível, mas é impossível achar um original. Só encontro cortados...

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  10. Saudades dos tempos dos fotologs do Terra. A postagem era livre, mas raramente havia agressões. Vocês não imaginam o que sou obrigado a não publicar agora. Provocações, ataques agressivos, falta de respeito, desafios. Curioso é imaginar o que leva essas pessoas a virem aqui neste blog destilar seu ódio, havendo tantos outros na internet mais apropriados. Não sei o que os obriga a vir aqui.

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    1. Nada os obriga. É simplesmente a agressão pelo prazer de agredir e ser agredido. A educação como a entendíamos acabou.

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    2. A maldade, a inveja, os maus maus sentimentos, e a covardia, fazem do ser humano um ser desprezível.

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  11. Nunca tive e nunca pretendi ter fuscas. Ô carrinho ruim para dirigir. Nada ergonômico, tudo apertado, câmbio ruim.

    Minha tia comprou um, mas não dirigia. Uma vez ou outra eu pegava o carro dela (na época eu tinha um Chevette). Foi numa dessas que, por causa do som baixo da buzina do fusca, atropelei uma mulher na rua São Luiz Gonzaga.

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    1. ".. Ô carrinho ruim para dirigir. Nada ergonômico, tudo apertado, câmbio ruim."
      Era ruim sim, mas era o que havia.
      Só não concordo com a avaliação de câmbio, a caixa de 4 marchas + ré era muito boa, engates precisos, curso da alavanca não muito longo e bastante resistente.
      Dava de mil nas caixas de câmbio dos outros carros da época (anos 60/70.

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  12. Meu avô em 1960 resolveu trocar sua Chrysler 48 por um Fusca 61 OK "segunda série e sincronizado", já que primeira série ainda não veio dotada com a novidade. O computador dos farois (pisca) era um pedal do lado esquerdo do assoalho e o líquido para lavar o parabrisa ficava em uma bisnaga de plástico sob o painel próximo ao cinzeiro.

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    1. A bisnaga de plástico que também equipava o Karman Ghia tinha o apelido de 'saco de bode'.

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  13. Meu pai teve um ´61, com a tal alavanca para reserva de gasolina, Depois dele vieram um 63 verde folha e um 71, amarelo-Kibom. Não sei porque as mulheres da casa adoravam os fusquinhas e foi difícil convence-las, já em 85 a trocar o VW por um Chevette.

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