Nas fotos de hoje, garimpadas pelo Nickolas, vemos Copacabana por volta de 1967. Defronte ao hotel Copacabana Palace chama a atenção o Galaxie estacionado. Devia estar estalando de novo.
A "Feira do Livro" que fazia grande sucesso na época. Esta era montada na Praça Serzedelo Correia e era um excelente local para comprar livros com descontos. O menino se delicia com seu Chica-Bon.
Esta rua é a Fernando Mendes, vendo-se o Hotel Excelsior. Lá no fundo, nesta época, ficava o Cinema Ricamar, na Av. N.S. de Copacabana. Na calçada à esquerda, dez anos depois, se instalaria um dos melhores restaurantes de massa da Zona Sul, o "La Trattoria", do Mario Pautasso.
A típica carrocinha de frutas das esquinas de Copacabana, hoje quase desaparecidas. A rua é difícil de identificar, mas aquela construção típica das escolas públicas dos anos 60 sugere que seja a República do Peru.
Bom Dia! Nesta época eu era taxista, foi o tempo do " KM preso". Se entrasse em Copa, era difícil sair,onde parasse para deixar o passageiro ali mesmo já tinha outro que quase sempre ficava algumas ruas à frente ou retornava algumas ruas. Hoje quem faz um serviço muito parecido é o uber. Faltam 4 dias.
ResponderExcluirAs feiras do livro eram bastante concorridas num tempo em que a educação e a cultura eram prioridade. Tempos esses bem diferentes dos atuais. Eu me lembro dessa feira na Praça Saens Pena. De forma redundante se faz mister acrescentar que a diferença entre o Rio das fotos e o atual é "abissal". Em 1967 não se via moradores de rua, flanelinhas, crackudos, desocupados, e toda a gama de seres que a desordem, a leniência, e o assistencialismo barato costuma produzir.FF: O centro do Rio continua a dar mostras da miséria. No região do "Campo de Santana" a quantidade de miseráveis é alarmante e a aglomeração de pedintes aguardando comida em uma gigantesca fila junto à igreja de São Jorge é assustadora. Na Rua Uruguaiana todo o calçadão central é ocupado por camelôs de uma forma que é impossível caminhar. Além disso muitas lojas fechadas em ruas como Gonçalves Dias e do Ouvidor, mostra que algo muito grave pode acontecer.
ResponderExcluirSerá que o fusquinha táxi em frente ao Copacabana Palace era daqueles que não tinham banco do carona? O perigo a que o passageiro do banco de trás se submetia era imenso. Em qualquer freada brusca era lançado contra o painel da frente.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirVoltando à zona sul, aparece Copacabana. Bairro em que fui algumas vezes, entre os anos 80 e 90. Mais esporadicamente recentemente, principalmente no forte.
O hotel só por fora mesmo. No Ricamar fui uma única vez em 1986. As feiras do livro geralmente na Cinelândia e o Chicabom desde os anos 70, a princípio no Tem Tudo.
A carrocinha de frutas e verduras deu lugar, em algumas regiões, ao ônibus de sacolão.
Há 40 anos a história dava uma cambalhota explosiva.
Você quer dizer "um tiro no pé". Um ato mal tresloucado e mal calculado que poderia ter consequências trágicas. Militares radicais perceberam que a Lei da Anistia promulgada dois anos antes traria no futuro sérios problemas para o Brasil e tentaram através de um ato terrorista solapar a anistia concedida e "endurecer o regime". Resta saber se eles tinham razão...
ExcluirEm tempo: consigo identificar algumas bandeiras hasteadas no hotel, entre elas a da ONU. Poderia estar acontecendo na cidade algum evento relacionado ao órgão. Outras bandeiras, além da do Brasil, claro, são dos EUA, Israel, Líbano, Canadá, Japão, México (?) e Bélgica (?). Algumas bandeiras estão difícil de identificar.
ResponderExcluirÉ México e Bélgica, mesmo. Tem também a da Índia. Tem uma que pode ser Equador, Colômbia ou Venezuela.
ExcluirLá na extrema direita temos Suécia e Noruega.
ExcluirA citada como Bélgica me parece na verdade França, a luz e um eventual desbotado do pano causam uma certa confusão.
ExcluirTemos também Uruguai ali à frente dos EUA...Austrália atrás da Índia e Peru entre Japão e México.
Lembrei que em 1967 aconteceu na cidade uma reunião do FMI. As fotos podem ser dessa época.
ExcluirJustamente nesta época da primeira foto, quando criança, minha mãe frequentava um cabeleireiro dentro do Copacabana Palace, com entrada pela Nossa Senhora de Copacabana e de vez em quando ela cismava de me levar. Eu ficava p...da vida e o meu prêmio era irmos até a livraria localizada no toldo à direita da foto, onde vendiam livros (certamente importados) de estorinhas infantis, que a medida que as páginas se abriam, as figuras saltavam e se montavam automaticamente. A última foto parece ser na Rua Domingos Ferreira. No canto esquerdo da foto aparece parte da Escola Cícero Pena.
ResponderExcluirA Cícero Pena fica na República do Peru. A Domingos Ferreira começa na Siqueira Campos. Não pode ser Domingos Ferreira e aparecer a Cícero Pena.
ExcluirNa foto 1, o rabinho de um Itamaraty vinho aparece, antes dos Fuscas (o táxi com certeza não tinha banco do carona) e do Galaxie 67-68.
ResponderExcluirNa foto 3, a do DKW 66 em primeiro plano, um Oldsmobile 1960 deve ter enguiçado na portaria do Hotel Excelsior e o guincho Ford F-350 do Automóvel Club vai resgatá-lo. Um Aero-Willys 2600 aparece na cena, com seus chapéus de jóquei sobre os faróis, exclusivos dos anos 63 e 64.
Na última foto, além do Fusca vermelho bem abaianado (como se dizia então, a ponto de haver a "dentadura de baiano"- um acabamento cromado que se inseria nas grelhas do motor) vemos um Ford Falcon 60-61 sobre a calçada e uma Veraneio (ou uma C-10) junto da carrocinha.
É a chamada "Veraneio Vascaína", mais conhecida como camburão?
ExcluirCarros importados dos anos 60, com cara de período John Kennedy, para mim são raros nas fotos antigas e, por isso, sempre interessantes.
Nestes tempos politicamente corretos por que passamos, chamar qualquer objeto "de baiano" é considerado pejorativo, como a "motocicleta" (mais adequadamente denominada "britadeira pneumática") e o "gelo" (apelidado, nas concorrências do Detran, de "prisma de concreto"). Porém, mesmo correndo o risco de ser considerado elitista, acrescento que os carros muito enfeitados eram alcunhados de "bicicleta de pedreiro" e "penteadeira de marafona" (vá lá o eufemismo).
ExcluirA graça e o charme de determinados objetos ou eventos estão justamente em suas interessantes e originais alcunhas. Deixar de chama-los pelos nomes originais é pura hipocrisia. Portanto "gelo baiano" será sempre "gelo baiano" e "feira dos paraíbas" será sempre "feira dos paraíbas".
ExcluirO nosso biscoito molhado esqueceu na terceira foto o mopar dos 50 e o Chevrolet da mesma época. Tive um Falcon 1960,me parecem que eram populares por aqui,com a palavra o Dieckmann.Fico bobo como no finalzinho da década de 60,existiam tantos carros anos 50 e 60 importados ainda rodando,e logo depois coisa de 4 ou 5 anos,praticamente não existiam mais..Isso talvez na ZS...E no subúrbio resistiram ainda,ao longo dos anos 70??
ExcluirO DKW tem placa de número muito baixo. Parece ser 3-06.
ResponderExcluirFeiras do livro só conheço da Cinelândia.
ResponderExcluirE por falar em grande variedade de carros, há exatos 40 anos um modelo de Puma era lançado (literalmente ao ar) de modo tão bombástico que seria considerado pela editoria d'O Pasquim como o "Carro do Ano" 1981.
Seria o Puma Opala?
ExcluirMauro, no térreo do Copa, na av. N S Copacabana existia uma livraria de livros franceses, enorme e muito frequentada. Ainda era resquício da influência francesa. Bons restaurantes a la carte em Copa. Rio mais equilibrado.
ResponderExcluirFF: décadas depois da invasão das novelas brasileiras em Portugal agora são os "youtubers" que causam o mesmo fenômeno, agora nas crianças (ou miúdos). Reportagem interessante hoje no Globo. Infelizmente com acesso para assinantes.
ResponderExcluirhttps://oglobo.globo.com/cultura/youtubers-brasileiros-mudam-jeito-de-falar-das-criancas-portuguesas-1-24995679
A última foto parece ser da Cinco de Julho
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