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sexta-feira, 25 de março de 2022

TURISMO NO RIO

A SATURIN TURISMO começou a operar em outubro de 1951, licenciada pelo Departamento de Concessões da Prefeitura do então Distrito Federal, iniciando com uma frota de cinco ônibus de fabricação francesa, do tipo Chausson, com capacidade para 40 passageiros cada um, que seriam fiscalizados pelo Departamento de Turismo e Certames. Seu passeio inaugural ocorreu em 20/10/1951, com excursões ao Alto da Boa-Vista-Canoas e o “Rio à Noite”.

Folheto, de 1961, das Excursões Saturin. Oferece visitas ao Pão de Açúcar, Petrópolis, Rio à noite, Paquetá, Teresópolis, Corcovado, Tijuca, Cabo Frio e Jardins. E, claro, com uma propaganda da H. Stern. 

Vemos um ônibus da empresa de fretamento Saturin, do antigo Distrito Federal, em 1949. O ônibus é da indústria francesa Chausson e a foto do acervo de A. Mattera. Esses ônibus se tornaram pouco funcionais, por serem lentos e dotados de uma estrutura pesada. A Saturin tinha garagem na Rua Petrocochino, em Vila Isabel.

Eles foram criados em 1947 pela Chausson e foram os primeiros modelos com carroceria “fechada em forma de 'caixa”, à diesel, a rodarem em Paris. No entanto eles começaram a fazer sucesso na antiga Tcheco-Eslováquia fazendo parte da frota de Praga.


Nesta foto, já da década de 70, vemos um ônibus da Saturin em São Conrado.

O turismo no Rio, infelizmente, anda complicado já há algum tempo. Há cerca de 5 anos recebi um casal de espanhóis e adoraram o Rio. Entretanto, não os deixei sós e tudo deu certo. 

Visitaram os clubes em volta da Lagoa como o Piraquê, Jockey, Flamengo e Paissandu e ficaram encantados. Se deslumbraram com a ida ao Corcovado e ao Pão de Açúcar. Leblon, Ipanema e Copacabana também fizeram sucesso. Levei-os ao Maracanã para uma visita. O passeio até a Vista Chinesa foi  lindo e fiquei agradavelmente surpreso em ver lá um carro da PM garantindo a segurança. Num domingo levei-os ao Centro, mas após caminhar um pouco desisti, pois fiquei preocupado com nossa segurança. De carro passeamos pela Lapa e Santa Teresa.

Hoje em dia não sei se os convidaria novamente a vir ao Rio. A situação se degradou bastante. A cidade está mais suja, com muitos sem-teto pelas ruas, a violência aumentou.

Para um turista, nacional ou estrangeiro, vir e ficar por conta própria é uma aventura com tudo para dar errado. Explorados ao sair do aeroporto ou da rodoviária, expostos a roubos na rua, sendo mal atendidos nos bares e restaurantes, sem um transporte público adequado, acho muito complicado.

A cidade que tinha tudo para ser um bom destino turístico é, na verdade, uma arapuca.


16 comentários:

  1. Apesar dos "progressistas" de plantão afirmarem que o Brasil de hoje "é muito melhor", os fatos respondem por si mesmos. Só para ilustrar a postagem a rua Petrocochino é atualmente a "cloaca de Vila Isabel", uma das mais perigosas ruas do bairro, e é um "ode à degradação". No mês passado fiz um passeio ao São Conrado via Alto da Boa Vista e Estrada das Canoas durante a tarde. Não o fiz confortavelmente e tomei as cautelas necessárias: muita atenção e com a pistola municiada com 15 munições no carregador sob a perna. Simples assim.

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    1. Qual seria o ano em que o Brasil era essa maravilha de civilidade e progresso? Poderia identificar por gentileza. Eu fico na dúvida, Brasil Colônia, Império, república velha, estado novo, revolução democrática de 1964 (festa dia 31 no Clube M.).

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    2. O Brasil devia ser uma "maravilha" para 0,05% da população e, aqui na cidade, só para aqueles que viviam no "principado", correspondente a ZS e parte da ZN. Os reacionaristas de plantão não se conformam...

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    3. Discordo em parte dos dois comentários acima. Na minha opinião, e provavelmente na de milhões de pessoas, O Rio assim como o Brasil se tornou um lugar muitíssimo mais violento e perigoso. Não adianta usar o discurso "progressista" se as estatísticas falam por si. Vejam os números de mortos por 10 mil, etc... Nos anos 50 a 70 (quando tinha idade para discernir essas coisas) a segurança na ZS, ZN, subúrbio, onde quiserem, era muito maior. Ricos, classe média, pobres, todos morriam menos por violência em qualquer parte da cidade. E isso está acontecendo em menor grau grau nos países ricos, e quase igual aqui na América Latina. Excesso de formigas no formigueiro.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Tenho alguns folhetos e mapas turísticos do Rio em algum canto daqui de casa. Mais tarde essas informações seriam condensadas, junto com outras, nos chamados guias de ruas, seja o Guia Rex ou da 4 Rodas (ou similares). Os últimos que eu vi eram de 2009. Hoje, em tempos de Google, tudo está ao alcance de um clique.

    Ontem Uruguai e Equador confirmaram a vaga direta para a copa, restando a vaga de repescagem disputada por Peru, Colômbia e Chile.

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  3. Bom dia!

    Realmente, "o mar não está pra peixe", mas mesmo com ressalvas quanto ao termo, é inegável o quanto nossa cidade tem um potencial de "resiliência" surpreendente (só espero que não continuem testando-o aos limites...). Essa situação me faz lembrar um documentário de poucos anos atrás sobre a baía de Guanabara, mostrando que os seres aquáticos de lá, apesar de toda a poluição, ainda resistiam.

    Minha namorada, por exemplo, está estagiando num hotel na orla e nessas últimas semanas, já após o carnaval, estavam com a lotação máxima. Talvez isso se deva ao fator pandemia + dólar altíssimo, que fez muitos desistirem de viajar ao exterior. De todo modo, acho que sempre há uma brasinha de esperança que nunca pode se apagar.

    Quanto aos passeios da Saturin, com certeza eu iria no do "Rio à noite", no início dos anos 50. Ver a cidade toda iluminada por aqueles postes clássicos, os letreiros em neon, etc, seria fantástico.

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  4. É preciso cautela na escolha da forma de condução para passeios turísticos pela cidade. Na zona sul, particularmente nas proximidades dos principais hotéis, há grande oferta de condutores autônomos com propostas de passeios para as principais atrações turísticas, hoje em dia mais ou menos padronizadas. Em grande parte são taxistas com autorização dos órgãos competentes, com ponto fixo nas esquinas das ruas mais conhecidas. Isso sem contar as empresas com trajetos pré determinados, como visitas ao Cristo Redentor. O problema são os turistas que projetam desejos extravagantes e propoem aos condutores visitas a lugares com alto risco, como favelas etc., sem as devidas cautelas. Para isso ainda existem os jipões que realizam essas incursões, tal qual "safaris". O turismo está recuperando o volume dos negócios, abalado pela pandemia. Basta verificar o aumento das reservas nos hotéis, especialmente na orla.

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  5. Bom Dia! Mesmo com tanta violência, conheço pessoas que não tem a menor condição, mas sonham em morar no Rio de Janeiro.

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  6. Toda cidade importante tem um Citytour, lembram que o Rio tinha um, inclusive com um PM dentro. Durou pouco, lamentavelmente.

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  7. Um setor que poderia trazer muito dinheiro para o Rio, mas nossos governantes preferem roubar a cuidar da cidade.

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  8. O autor do comentário das 9:09 foi muito feliz ao empregar o termo "safári". Mas o "Safári" no Rio da Janeiro ocorre "às avessas" ou seja, "o turista é a caça". Tendo em vista que vivemos em um "Soweto às avessas", nada demais...

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  9. O Rio de Janeiro continua lindo!

    https://youtu.be/WS-tqQDzZPQ

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  10. Do alto continua lindo. O triste é, como todos já comentaram, quando se desce rés ao chão.

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  11. Boa tarde.
    Depois de quase dois anos "recluso", em "home office" e com escapadas somente para consultas médicas e visitas ao neto (agora prestes a completar 1 ano), voltei a sair diariamente para trabalhar.
    O período recluso, creio, só fez acentuar minha percepção da enorme falta de educação/civilidade de boa parte da população de nossa cidade, notadamente pertencente à "nova" classe média".
    Esbarro em casos de boçalidade (a palavra é forte, mas é que me vem de imediato à cabeça) o tempo inteiro, todo dia.
    Os remanescentes/descendentes da "0,05% da população que viviam no principado" como citado aqui em comentário, têm motivos e o direito de se manifestar.

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  12. O Reginaldo Martins em seu comentário das 16:30 repetiu o que o Conde di Lido sabiamente afirmou e que é uma "unanimidade": o Rio de Janeiro só é lindo quando visto do alto". Atualmente é uma das cinco cidades mais perigosas do mundo para se viver, apesar dos "progressistas" afirmarem que isso não é verdade, é "intriga da oposição". Ao contrário do que se pensa, a fantástica quantidade de crimes que acontecem diariamente no Brasil não se deve ao número de criminosos que afinal não é tão grande, mas sim pela velocidade supersônica com que são postos em liberdade após serem presos, algo surreal. "Audiências de custódia", "progressão de regime", penas privativas de liberdade ridículas, além de Juízes, Promotores, e "afins", "formados na Escola de Frankfurt", tornam o Rio de Janeiro e o Brasil um "circo de horrores". Para se ter uma idéia, ontem foi preso em flagrante em Copacabana pelo crime de furto um "cidadão" que tinha em sua folha penal nada menos do que 66 "passagens por diversos crimes", algo surreal mas verídico. Hoje pela manhã em frente à Estação do Metrô da São Francisco Xavier um Engenheiro foi morto por dois bandidos levaram seu carro. No decorrer da semana e nas mesmas circunstâncias foi assassinado em Del Castilho um Policial Civil. O problema da violência e da impunidade no Brasil chegou a níveis intoleráveis. A solução? Acho que a maioria sabe...

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  13. E diante de todos os horrores vivenciados pelo Rio de Janeiro, um outro fator pode ter agravado sensivelmente a situação: a ausência de Deus no comando dos atos de grande número de pessoas. O ateísmo faz com que as pessoas que não crêem em Deus pratiquem ações condenáveis ao olhos de Deus e caminhem paralelamente ao caminho barbárie.

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