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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

MORRO DO SENADO

Sempre digo que o importante não é saber tudo, mas saber a quem perguntar. Face aos comentários de ontem sobre o Morro do Senado, fui consultar os alfarrábios e os amigos do Rio Antigo, como o Rouen, JBAN, Luiz Moniz Figueira, Helcio Fraga, Henrique Hubner, entre outros, além de consultas à Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional (acervo Correio da Manhã e do Ministério da Viação e Obras) e Arquivo Nacional.


Panorama em 1854. Vista do Morro de Santo Antonio para as ruas do Lavradio (1º plano), Inválidos, Senado (à direita) e 20 de Abril (ao fundo). Lá atrás, o Morro do Senado.


Mapa da região do Centro com o Morro do Senado.

Na parte central desta foto, do Acervo da Light, observamos uma área clara onde havia o Morro do Senado, quando ainda faltava uma parte para o seu desaparecimento total.

A foto foi tirada, provavelmente, de Paula Mattos. Lá embaixo vemos o que seria hoje a Av. Henrique Valadares. A Praça da Cruz Vermelha fica bem no meio das obras de desmonte. Quem for da Cruz Vermelha para o Campo de Santana pela Rua 20 de Abril verá que ainda há um declive entre a praça e a Frei Caneca. O Largo das Neves está atrás e à direita do fotógrafo, para o lado do Catumbi. Abaixo observamos parte da Rua do Riachuelo e, à esquerda, ao longe, vemos a torre do prédio do Corpo de Bombeiros, em frente ao Campo de Santana (Praça da República). 

A concessão para o desmonte foi feita em 1879, para o Dr. Possidonio de Carvalho Moreira para arrasar o Morro do Senado e aterrar os pântanos do Rio de Janeiro. No início do século XX a concessão fazia parte do patrimônio da Empresa Industrial e Melhoramentos do Brasil, mas a partir de 1906 outra firma se encarregaria de finalizar os trabalhos.



Ano de 1878 - Plantas do projeto de desmonte do Morro do Senado e do aterro da enseada de São Diogo, São Cristóvão e adjacências.


Foto de Juan Gutierrez, da última década do século XIX, com o Morro do Senado ao fundo. O desmonte do Morro do Senado foi feito para preencher a área dos terrenos alagadiços proporcionando a ampliação do cais do porto. Foi desmontado entre 1880 a 1906 (mais adiante está explicado o que ocorreu após 1906).

A foto mostra a existência de um plano inclinado entre as ruas Matacavalos (atual Riachuelo) e o Largo dos Guimarães, em Santa Teresa. O equipamento movido a vapor foi inaugurado em 1877 e permaneceu em funcionamento até 1894.




Texto do livro "Impressões do Brasil no século XX", de 1913, garimpado pelo Moniz Figueira:

"Em 1906, foi fundada a firma C. F. Hargreaves, com o fim de executar no Rio trabalhos importantes de movimento de terras, com especialidade o arrasamento do Morro do Senado e transporte do aterro para o cais do porto. (...)

Situado em parte central da cidade, ocupando uma área de cerca de 30 acres e tendo uma altura de perto de 200 pés, não só constituía um obstáculo de feia aparência, mas impedia também a ventilação desta parte do Rio, conhecida como Cidade Nova, que é tão densamente povoada. Os trabalhos de arrasamento, que haviam sido começados 18 anos atrás, seguiam muito morosamente e com frequentes e prolongados intervalos, quando, em 1906, foram incorporados às obras do porto, contratadas com os srs. C. H. Walker & Co., Londres; e os trabalhos ficaram tendo assim um duplo fim, o arrasamento do morro e o aproveitamento do material para o aterro do espaço entre a muralha do novo cais e o antigo litoral.

O volume de terras a remover foi em 1906 calculado em 2.200.000 metros cúbicos, devendo os trabalhos de remoção ficar prontos num período de 5 anos, a partir de setembro de 1906. O transporte desta massa formidável, através de uma zona da cidade das mais povoadas e pela distância de 4½ milhas, oferecia alguma dificuldade e requeria cuidados e minucioso exame. Depois de algum estudo, foi resolvido fazê-lo em trens correndo sobre as linhas dos tramways.

O material era tirado do morro, posto nos vagões por meio de escavadores mecânicos movidos a vapor; os vagões eram reunidos, formando trens rebocados primeiro por locomotivas a vapor e em seguida por locomotivas elétricas. Os trens eram formados com 6 vagões cada um, tendo cada vagão uma capacidade de 5 metros cúbicos; e começaram trafegando pelas ruas da cidade, noite e dia, a intervalos de 15 minutos. (...)

Os trabalhos estão quase terminados e o Morro do Senado só existe na história da cidade. Estão já sendo levantadas casas no seu antigo local e, dentro de poucos meses, avenidas e ruas estarão construídas; a mais importante das quais será a que vai ligar a Estrada da Tijuca diretamente com a parte meridional da cidade. Este trabalho foi também executado por C. F. Hargreaves & Cia., que receberam sub-empreitadas dos empreiteiros C.H. Walker & Co."



Esta foto do Arquivo Nacional, do Fundo do Ministério da Viação e Obras Públicas, tem o seguinte texto no verso: "Parte do Morro do Senado, em zona de propriedade da União, que precisa ser arrasada, a fim de valorizar a mesma e não tendo sido até agora em virtude da posição do prédio dos Srs. Dr. Carlos Oscar Lessa e Antonio Dias Carneiro."

No início do século XX, conforme os trabalhos se arrastavam, o “Correio da Manhã” registrava um tal número de assaltos nas cercanias do Morro do Senado, que dizia que a população já a ele se referia como “Morro dos Ladrões”. Além disso, reportava uma série de acidentes com os operários que ali trabalhavam.

O “Correio da Manhã”, em 1907, publicou reclamação dos moradores das vizinhanças do Morro do Senado, pelo uso de dinamite, que chegou a causar o desabamento do prédio da Rua do Senado nº 161.

Com o produto do desmonte do Morro do Senado foi possível realizar o grande aterro na área do porto e construir as Avenidas Rodrigues Alves e Francisco Bicalho, entre outras vias. Como vimos ontem, a Av. Mem de Sá foi aberta alguns anos depois do desmonte (1917), cortando outras ruas em diagonal.

A terra era transportada em vagões puxados por barulhentas locomotivas, do Morro do Senado para a praia de Santo Cristo.

34 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Uma verdadeira aula sobre o morro do Senado, o menos conhecido dos desmontados no século XX, o menor deles e o primeiro a ir abaixo.

    Passava de ônibus pela praça da Cruz Vermelha, a caminho do Castelo ou Praça XV, voltando do trabalho, caminho oposto ao descrito ontem.

    Fui algumas vezes a pé, com a minha mãe, no antigo prédio do INTO e fazia o trajeto descrito no texto.

    Acompanharei os comentários.

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  2. O morro do Senado aparentemente era pouco habitado.
    Impressiona a quantidade de terra retirada dele e dos morros do Castelo e Santo Antonio.
    As firmas construtoras devem ter ganhado fortunas com tantas obras. .

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  3. De acordo com o texto, o Morro do Senado tinha 66 metros de altura, algo considerável, e seu desmonte ocorreu após uma obra bem executada. Uma obra de "grande monta" que imagina-se ter sido executada "sem adicionais ou aditivos", algo impensável para os dias atuais, especialmente na "Era Dudu".

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  4. Restam algumas indagações sobre a logística da obra: onde teria sido o leito dessa ferrovia temporária e improvisada? Certamente existiram cruzamentos com vias onde circulavam bondes. Onde seriam esses cruzamentos? Qual seria a bitola utilizada nessa ferrovia? Haveria compatibilidade com a EFCB?

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    1. No Eng.de Dentro está uma locomotiva, a numero 4 , que hoje está no museu, mas eu a vi em operação ali mesmo nas manobras que fazia com os carros (vagões) que vinham para reparos na "falecida" oficina de locomoção, onde hoje é o Engenhão. Ali também vi operar a 1 e a 6. Elas eram 10 e estão quase todas "vivas". Elas tinham o apelido de tatu, pois segundo os mais antigos, todas as 10 trabalharam nos desmontes dos morros do Centro da Cidade.

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    2. Realmente, é curioso. Os trilhos de ferrovias são diferentes dos de bonde, bem como a bitola. A menos que adaptações grandes tenham sido feitas ad hoc. A bitola 1435mm da Light não é usada em trens, ao que eu saiba. O Mauro Xará poderia falar melhor sobre isso.

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    3. Além das diferenças de bitola , tem o perfil dos trilhos. O bonde anda dentro dos trilhos e por ter a distância entre eixos pequena pode fazer uma curva bem fechada para dobrar uma esquina no mesmo nível da rua. "Aquela aba" no trilho ajuda bastante. Já um trem anda em cima da linha. Por isso quando um trem "descarrila", um ferroviário dirá que o trem "caiu da linha". O rodeiro também tem a tal aba , mas mesmo assim precisa que a curva seja mais aberta e com elevação do lado contrário ao sentido da curva. Na bitola métrica as curvas, mesmo as de velocidade, podem ser mais "fechadas". o segredo está na largura dos trilhos. Na bitola larga, é usado o mesmo segredo só que as curvas tem que ser mais abertas.

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  5. Diferente dos desmontes do morro do Castelo e de Santo Antônio, o do morro do Senado teve menos repercussão, mas nada impede que tenha havido os mesmos "problemas" dos outros. Só teria havido menos divulgação. Até porque na mesma época parte do morro do Castelo estava sendo desbastada para a abertura da Avenida Central e o interesse era nos supostos túneis dos jesuítas com "incontáveis tesouros".

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  6. Segundo o texto os trens corriam sobre as linhas dos tramways. Isto significaria que usavam os trilhos dos bondes?

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    1. Entendi que sim, pelos trilhos dos bondes nos trechos onde esses já existiam.

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  7. Bom dia Luiz, vou aproveitar sua frase inicial de que "o importante é saber a quem perguntar", para levantar uma questão, completamente fora de foco, mas mínimo, curiosa. Já há algum tempo tenho notado o completo desaparecimento dos pardais (aves) da nossa cidade, alguém saberia se esse fato tem alguma explicação ?

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    1. Os pardais começaram a sumir quando o fumacê pulverizava as arvores para (matar os mosquitos). acontece que nas arvores também estão os carrapatos e outros insetos que fazem parte da alimentação deles. Atualmente o fumacê não pulveriza mais .Como tenho um quintal com algumas arvores, alguns pássaros fazem seus ninhos nelas, inclusive pardais. O que vejo atualmente são micos,vindos sei lá de onde, que atacam os ninhos comendo não só os ovos ,mas também os filhotes que encontram. Eles só respeitam o Bem-Te-Vi , que começam a cantar chamando seus "colegas" e é comum por aqui se ver um grupo de 4 ou 5 Ben-Te-Vis botando os micos para correr pelos os fios de telefone.

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    2. Ninhos de passarinhos agora são alvo de micos e até tucanos, dependendo da localidade. Não sei dizer se pardais "dão esse mole".
      Uma vez visitei uma fábrica com ótima reserva florestal em Sta. Cruz e conversei com um operário que lamentou o ataque dos micos, de uma espécie invasora no RJ, aos ninhos dos passarinhos existentes por lá, reduzindo bastante a população das pequenos aves.

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    3. Difícil responder a esta pergunta: seria por causa do aumento da população de macacos? Não me parece que isto seja tão importante. Seria pela diminuição de insetos disponíveis para sua alimentação?

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    4. No meu quintal, costumo dividir as frutas. Do meio das copas para baixo é para meu consumo, do meio para cima é para os pássaros. Interessante é que os pássaros parece que sabem deste "acordo", mas os micos vem ate o chão, e não se intimidam nem com a presença de alguma pessoa. Só tem uma fruta que eles não conseguem pegar. Fiz um cercado com tela no pé de jabuticaba.

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    5. Também sinto a falta dos pardais, tão comuns na casa de minha mãe em Braz de Pina. O quintal lá é propício aos passarinhos, com frutas e água. Além disso, uma chácara (dessas das torres elétricas) nos fundos da casa traz muitas aves no entorno.

      Li algo sobre a verticalidade das cidades ser também responsável pelo êxodo dos pardais, além da cadeia alimentar, como salientado aqui.

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  8. No arrasamento do Morro do Castelo utilizou-se a mesma "justificativa" da que foi usada no desmonte do Morro do Senado: melhorar a circulação, ventilação e reduzir o calor. Sinceramente, acho essa desculpa pra lá de churumela. Acredito que por baixo o que havia mesmo era especulação imobiliária e outros interesses, ações que sempre nortearam os procedimentos públicos desde que o Brasil é Brasil.

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    1. Nos casos dos morros do Senado e Santo Antônio, com as aberturas das vias, especialmente no segundo caso, até se conseguiu um certo arejamento. Mas, no caso do morro do Castelo, trocou-se o morro por um "paliteiro" de prédios altos com altura comparável ao do morro original. Além da especulação em cima das áreas aterradas em vários locais da cidade com o material oriundo do desmonte.

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  9. Matou a cobra e mostrou a borduna.
    Belo trabalho de equipe, mostrando um morro que para mim só existia em descrições sem imagens.
    Esse trabalho merece destaque entre os saudosistas na mídia em geral.
    Mais tarde eu volto.

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  10. Bom dia Saudosistas. Dia de acompanhar os comentários, uma área da cidade em que poucos Cariocas sabem da existência deste morro.

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  11. Postagem magistral, aula idem. Foi aqui no SDR que fiquei sabendo da existência desse morro. Não era muito alto, mas perturbava. Se bem me lembro, o volume gerado na escavação de terra ou desmonte de morros é 1,3 vezes o volume original. Exemplo: se você vai fazer um buraco de 10 metros cúbicos, vai ter de remover 13 metros cúbicos de terra. Isso porque o original está compactado pelo tempo.

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  12. Coincidência que nesta semana, na novela das 21 horas da Globo, um personagem, acho que professor, comentava com a família, durante o jantar, sobre o morro do Castelo e seu desmonte, incluindo a lenda do tesouro dos jesuítas.

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  13. Assim como o Joel, também fiquei curioso sobre o trajeto das locomotivas. Em 1906 a Light ainda não havia assumido o serviço de bondes e a bitola das companhias da época variava: tinha 820mm, 1370mm e 1435mm.

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    1. Nenhuma dessas bitolas era compatível com bitola métrica (Leopoldina e Rio D'Ouro) ou 1,60 M (Central do Brasil). As outras bitolas utilizadas no Brasil (0,60 m e 0,76 m) não eram utilizadas no D.Federal, mas apenas na Ferrovia da Cantareira e na E.F. Oeste de Minas respectivamente.

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  14. Pouco antes de casar em 1980, meu irmão foi trabalhar na Henrique Valadares e logo deu um jeito de alugar por 2 anos um apartamento ali bem perto, na Riachuelo, Edifício Embu ou coisa parecida, e perdia mais tempo nos elevadores do prédio do trabalho e da residência, do que andando pelas ruas. Minha cunhada frequentava a igreja de N.S. de Fátima, que, pelo visto no mapa, foi construída num trecho da Riachuelo que ficava numa elevação entre o Morro do Senado e o de Sta. Teresa.
    Lembro da ligeira subida da Rua 20 de Abril nas minhas idas até o prédio onde morava o meu irmão.
    Interessante ver no mapa que, mesmo fora do espaço deixado pelo desmonte, a Rua Frei Caneca ganhou um novo traçado em frente ao batalhão da PM. Hoje o trecho antigo parece que virou estacionamento reservado com cercadinho e tudo, mas ainda com o nome de Frei Caneca, formando uma bifurcação da mesma rua (pracinha no meio). E a Marquês de Pombal ganhou um prolongamento até emendar com a Riachuelo.
    E no mapa também dá para ver que o Visconde de Sapucahy ainda não tinha sido promovido à marquês.

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    1. Paulo Roberto a R. 20 de Abril é plana, ela é bem curta, ela vai da R. do Senado até a Pça da República, esquina com R. Frei Caneca. A rua que você diz ter inclinação, se chama R. Carlos Sampaio, ela vai da R. do Senado até a esquina com a R. Washington Luiz, a ainda dando sequência a partir dessa esquina começa a R. Tadeu Kosciusko, que chega até a R. do Riachuelo.

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    2. Na verdade Lino, a Carlos Sampaio vai até a Rua do Rezende. Minha sogra mora em frente a Igreja de São Crispim e São Crispiniano.

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    3. Lembrando tb que na R. 20 de Abril, 14, fica a casa onde o Barão do Rio Branco nasceu. Existe até uma placa no imóvel informando isso. Bom, pelo menos tinha.

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  15. Como a remoção começou em 1906 e em 1913 ainda não haviam terminado, suponho que a Light em algum momento tenha instalado trilhos e fiação para o uso das locomotivas elétricas que trabalharam no desmonte.

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  16. Na área atualmente ocupada pelo quartel da PM e parte do elevado do Santa Bárbara, antes da abertura da Salvador de Sá, havia ali instalado um grande fabricante de carrocerias para carros urbanos sobre trilhos, podendo ser para passageiros, carga ou aterro, chamado Röhe Irmãos. O endereço na época era rua do Conde d'Eu número 132. Eram os irmãos Guolherme Frederico, João Ludolpho Frederico e Henrique Christiano.

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  17. Muito boa a aula de hoje, como sempre. Não apenas explicativa, mas também ilustrativa. Aqui, além de aprender, instiga-se a pesquisar mais sobre o assunto.

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  18. Costumava correr nessa região, vindo do Estácio pela Salvador de Sá e depois Mem de Sá, e era bem nítida a subida que essa rua dava até a Praça da Cruz Vermelha e a descida posterior, já na direção dos Arcos da Lapa.

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  19. Bela aula e grande aprendizado. Um prazer frequentar esse rico espaço , que conjuga cultura e lazer. A caminho da Enciclopédia Carioca!

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  20. Totalmente fora de foco: desde o final do ano passado o comentarista José Rodrigo de alencar não mais comentou "neste sítio", e há indícios de que ele foi visto na Bessarábia em um acampamento de Curdos. Como se move em uma velocidade espantosa, certamente já deve se dirigido à alguma cidade da Ásia Menor em busca de um tesouro que teria sido ocultado por Tamerlão em 1399. Desejamos êxito nessa empreitada que enriquecerá seu vasto currículo de andanças, já que pode ser considerado um Phileas Fog do Século XXI. Por outro lado sentimos que sua ausência se deve à confusão criada em torno de sua verdadeira identidade, pois ficou "agastado" ao saber que foi confundido com velho anacoreta que se dizia Procurador da Fazenda Nacional. Torcemos para que dê notícias de suas andanças pelo mundo. Esperamos que durem menos de 80 dias.

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