CHOCOLATES DE ANTANHO, por Helio Ribeiro
A
postagem de hoje versa sobre as delícias de chocolate que existiam antigamente.
Algumas sobreviveram à passagem do tempo, outras não, outras apenas mudaram de
nome. Antes de passarmos às delícias, vejamos um pouco de história, segundo a
Wikipedia.
A palavra chocolate
provém do castelhano chocolate, por sua vez foi originado a partir
de línguas indígenas mesoamericanas. Contudo, sua etimologia não está
completamente esclarecida, existindo versões diferentes para tal.
Sua origem remonta
às civilizações pré-colombianas da América Central. A partir dos
Descobrimentos, foi levado para a Europa, onde se popularizou, especialmente a
partir dos séculos XVII e XVIII. Contudo, devido às necessidades climáticas
para o cultivo do cacau, não é possível o seu plantio na Europa e por isso as
colônias americanas de clima tropical úmido continuaram a fornecer a
matéria-prima.
O chocolate, tal
como é consumido hoje, é resultado de sucessivos aprimoramentos realizados ao
longo dos séculos. O produto era consumido pelos nativos na forma de uma bebida
quente e amarga, de uso exclusivo da nobreza. Os europeus passaram a adoçar e a
misturar especiarias para adequá-lo ao seu gosto. Com o desenvolvimento
dos processos industriais e técnicas culinárias, surgiu o chocolate com leite e
depois na forma de um sólido. Atualmente são infindáveis as versões em que ele
se apresenta.
Paralelamente, o
chocolate passou a ser associado a determinadas festividades, como por exemplo
a Páscoa. Além disso, com as descobertas científicas, foram conhecidas algumas
propriedades que o relaciona, especialmente na versão amarga, à saúde humana.
Contudo, o mesmo não se aplica a diversos animais domésticos, para os quais
pode chegar a ser tóxico.
No Brasil, os
grandes fabricantes de chocolate são (ou foram) a Nestlé, a Bhering, a Garoto e
a PAN (Produtos Alimentícios Nacionais). Outros fabricantes: Falchi, Sonksen,
Neugebauer e Lacta.
Vamos agora à
seleção que fará parte desta postagem. Nunca fui muito fã de chocolate, por
isso pedi auxílio a minha esposa, que durante muitos anos foi chocólatra.
1) Alpino
Lançado pela Nestlé em 1959, inicialmente na versão bombom.
Luiz: por muitos anos foi meu preferido. Comprava em uma caixa grande. O gosto era muito melhor do que o atual.
2) Baton
Lançado pela
Garoto em 1948, com o nome "Leite e Mel", tendo posteriormente sido
rebatizado para Baton em virtude de seu formato.
Luiz: passo.
3) Laka
Lançado em 1962
pela Lacta. Na Internet há um conflito entre o Laka e o Galak como tendo sido o
primeiro chocolate branco produzido no Brasil. Estranhamente, a data de
lançamento do Galak é 1960, o que o tornaria o primeiro. Mas não sei até que
ponto essas datas são confiáveis.
Alguns não
consideram chocolates brancos como chocolates verdadeiros, já que não são
feitos com a polpa do cacau e sim com a manteiga de cacau.
Luiz: detesto. Para mim isto não é chocolate.
4) Cigarros de
chocolate
Lançados em 1941 pela PAN. A ideia era fabricar um produto que desse às crianças a impressão de já serem adultos, pois fumar era um hábito muito comum na época.
Para ilustrar o
produto escolheram a foto de Paulo Augusto Cruz, que desde os 11 anos de idade
personificava o palhaço-mirim Berinjela. Por ser natural da cidade paulista de
Pompéia, o menino era conhecido como Paulo Pompéia. Como Berinjela fazia muito
sucesso entre as crianças, ao excursionar junto ao Circo Garcia, a PAN resolveu
usar a foto de Paulo na propaganda do produto.
Luiz: Passo também.
5) Croquete
Lançado pela Nestlé em meados da década de 1970. Vinha num tubo de papelão, novidade na época.
Luiz: Na falta de outro, servia, mas não apreciava muito.
6) Diamante Negro
Lançado pela Lacta
em 1939, como homenagem a Leônidas da Silva, apelidado de Diamante Negro e
considerado o melhor jogador da Copa do Mundo de 1938. A Lacta pagou na época
três mil réis pelo uso do nome do atleta.
Luiz: outro que passo.
7) Kri
Na verdade, eram
flocos de arroz misturados a chocolate. Foi lançado pela Nestlé em 1971. Seu
nome era uma onomatopeia do ruído que fazia o produto ao ser mastigado. No
resto do mundo se chamava Crunch, também uma onomatopeia. Em 1992 a Nestlé
alterou o nome do Kri para Crunch.
Luiz: nunca experimentei.
8) Moedas de
chocolate
É um produto da PAN, mas não consegui
descobrir sua data de lançamento.
Luiz: é antigo e ruim. Pouco chocolate e estava sempre mole, por conta do calor.
9) Galak
Lançado pela Nestlé em 1960. Na Internet há um conflito entre o Laka e o Galak como tendo sido o primeiro chocolate branco produzido no Brasil. Estranhamente, a data de lançamento do Laka é 1962, o que não o tornaria o primeiro. Mas não sei até que ponto essas datas são confiáveis.
Alguns não
consideram chocolates brancos como chocolates verdadeiros, já que não são
feitos com a polpa do cacau e sim com a manteiga de cacau.
Luiz: detesto. Para mim isto não é chocolate.
10) Prestígio
Lançado
em 1961 pela Nestlé.
Luiz: outro que nunca experimentei.
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Este foi um breve apanhado de alguns chocolates lançados há décadas no mercado brasileiro.
Embora eu tenha
afirmado nunca haver sido fã de chocolate, seria mentira dizer que ao longo das
minhas sete décadas de vida eu nunca tenha comido um chocolate. Dos exemplos
acima, entretanto, nunca provei Laka, Croquete, Diamante Negro e Kri. E o
Prestígio é aquele que mais vezes comi.
Senti falta do “Línguas de Gato” da Kopenhagen. Vinha numa caixa retangular na cor preto e branco.
ResponderExcluirAdoro chocolate, mas os nacionais perdem de muito se comparados com os suíços ou belgas.
Dos nacionais gosto do Nestlé Classic, chocolate com leite, em barras.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEm algum momento da minha vida, experimentei quase todos os produtos da postagem. Alguns mais, outros menos. A exceção foi esse "croquete", que só via nas lojas e não lembro ter comido. O cigarro lembro de raras vezes, assim como as moedas. As barras estavam em um nível de custo um pouco maior do que as minhas possibilidades na infância. Essas só fui experimentar adolescente ou até adulto.
Alpino, Prestígio e acho até o Diamante Negro vêm agora na caixa de "especialidades" que a Nestlé lançou anos atrás para concorrer com a caixa de bombons da Garoto.
Falando das duas marcas, há algum tempo a Nestlé comprou a Garoto, mas o processo ficou parado no CADE e nem sei se foi resolvido.
As caixas de bombons eram uma história a parte. Lembro que minhas primeiras memórias eram de caixas de meio quilo. À medida que o tempo foi passando, as caixas diminuíam para 400, 300 e agora 250 gramas... As caixas atuais são literalmente metade das primeiras de que me lembro.
As caixas da Garoto eram motivo de disputa entre eu e meus irmãos no Natal e na Páscoa, quando ganhavam os pelo menos uma. Naquela época a quantidade e a variedade de tipos de bombons era maior. Fazíamos uma lista de controle para que ninguém comesse (muito) mais que os outros. Geralmente vinha mais de trinta bombons em cada caixa. Algumas marcas eram presença constante, mas outras vinham com um ou até nem vinham. Lembro de algumas decepções...
Serenata de Amor, Opereta, Crocante, It Coco, etc... Algum tempo depois, também incluíram o Baton na caixa.
Hoje a quantidade é fixada em 16 bombons, salvo engano.
Às vezes comprávamos a caixa da Lacta, mas era bem raro. Quando a Nestlé lançou a de especialidades, foi um baque...
Em tempo, o Diamante Negro nunca poderia entrar na caixa da Nestlé, por ser da Lacta...
ResponderExcluirOs chocolates sempre fizeram a alegria de quase toda a garotada. Alguns não comiam porque não gostavam e tinha os que não comiam porque não podiam comprar. A minha esposa numero três não gosta, mas era difícil achar uma garota que não gostasse de chocolate. FF Como comentei ontem, fui fazer um joguinho da quina com os números das placas dos carros das fotos. Como era feriado as lotéricas aqui do Rio de Janeiro estavam fechadas. Então juntando o útil ao agradável, peguei um trem e fui láaaa ( na residência do pênis) para fazer a aposta. Não entrou nenhum dos números que joguei.
ResponderExcluirE o Sonho de Valsa?
ResponderExcluirSonho de Valsa X Serenata de Amor. Ainda tem o Ouro Branco. A variedade é tanta que com certeza vai ter marca sendo esquecida.
ResponderExcluirCom calor 42° C à sombra nem consigo pensar em chocolate.
ResponderExcluirDa lista acima prefiria o Diamante Negro, mas acho que ultimamente caiu muito a qualidade. Prestígio e seus similares só se não tiver opção.
Anterior ao Baton, dos tempos antigos, eu só lembro de um fabricado pela Bhering, que agora só vejo vendendo o seu original chocolate em pó.
Galak só quando criança e agora chamo mesmo de manteiga de cacau só para implicar com seus fãs. Não consigo lembrar do Laka nos anos 60.
A Kibon também teve seus chocolates no tempo dos carrinhos amarelos.
Uma apresentadora de TV ontem falou que os belgas inventaram o chocolate. Só se foi em barra. Até a palavra é do Novo Mundo.
Um dos segredos para consumir pouco chocolate é degustar bem devagar, para dar tempo ao cérebro mandar a ordem de saciado.
Sou viciado em chocolate. Gosto muito de chocolate branco.
ResponderExcluirDa lista, só não lembro de ter comido o Croquete.
E senti falta do chocolate Surpresa que por algum tempo vinha com cards de animais. Acho que não deve ser da época de vocês.
Bom dia! Tenho dependência química! Como todos! Branco não ligo muito . Faltou o Ki Bamba. Diamante Negro supremo. Fui ao museu do Chocolate da Cailler em Gruyere, me entupi.Gianduia da Kopenhagen era glorioso.
ResponderExcluirAh! BIS! A unidade é uma caixa!
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirConcordo plenamente com o gerente, chocolate branco não é chocolate.
Os chocolates da Kopenhagen são muito bons, os melhores nacionais em minha opinião.
Nos estrangeiros, sem dúvida os belgas.
Bom domingo e bons chocolates para todos.
Bom dia Saudosistas. Gosto muito de chocolate, talvez não seja um chocólatra inveterado, mas devo estar bem próximo. Para mim doce é chocolate, o resto é alguma coisa que leva açúcar, rs, rs, rs.
ResponderExcluirDa lista acima comi todos, o que mais gostava era do Alpino, tanto o bombom e depois a barra. Ainda continuo comendo muito chocolate para quem vive brigando contra a diabetes, mas hoje só como chocolate industrializados importados, gosto muito da Lindt e Teuscher (Suiços), Godiva (Belga), Ameidei (Italiano), Boveti (França), comi um Americano ou Canadense cujo o primeiro nome não me lembro e o segundo se chama Berge, muito bom.
Nos anos 60 comprava balas toffee de chocolate por 1 centavo quando voltava da escola com o troco do ônibus.
ResponderExcluirConcordo com o GMA. A Cailler em Gruyère é uma tentação. Mas recomendo exaustivamente os da alemã Moser Roth. Não há nada melhor.
ResponderExcluirNão foram citados a "Nhá Benta" da Kopenhagen e as línguas de gato da Kopenhagen e da Katz, sendo que a fábrica dessa ultima é em Petrópolis. Eram vendidas na D'Angelo.
ResponderExcluirPostagens desse tipo sempre deixam algo de fora, seja por esquecimento, desconhecimento, por estarem fora da faixa de tempo a que se refere a postagem ou simplesmente para evitar uma quantidade excessiva de itens que sobrecarregaria muito a leitura.
ResponderExcluirJá disseram uma vez que os herdeiros do Leônidas da Silva recebem até hoje um percentual nas vendas do chocolate Diamante Negro, mas não há confirmação disso.
ResponderExcluirHá uns 10 anos a Lacta dizia que esse era o mais vendido no Brasil. Não sei se continua atualmente.
Boa tarde!
ResponderExcluirAtualmente equilibro minha serotonina com Suflair e Meio Amago, ambos da Nestlé. Havia o chocolate Surpresa, com figurinhas como brinde na embalagem, como disse o Ricardo Galeno.
Da Kibon, que também já consumi, lembro do Ki-Bamba, Ki-Coisa e o Lingote.
As línguas de gato foram citadas no primeiro comentário.
ResponderExcluirGosto muito de chocolate, qualquer um. E passei a gostar mais ainda quando parei de consumir bebidas alcoólicas. Até brigadeiro feito de Nescau em casa eu adoro.
ResponderExcluirSempre gostei de chocolates e bombons, mas de forma comedida. Saboreava lentamente e um apenas me bastava. Nunca tive preferências, mas o Alpino e o Chokito eu sempre os deixava para o final. Hoje me contento até com 1 Bis após o almoço, mas, às vezes, a noite, um bombonzinho cai bem também.
ResponderExcluirEu tinha uns 8 anos, ou 7, ou 9. Uma tia-avó muito próxima, familiar e endereçalmente, foi à Europa, de navio, e no retorno meu núcleo foi chamado para ganhar lembranças e histórias. Das histórias, não lembro nada, mas das lembranças, sim, pois tudo o que não fosse brinquedo, era meia.
ResponderExcluirNaquele sábado, de manhã, minha "meia" vinha acondicionada em uma lata de graxa de sapatos, metálica, com aquela tramela na lateral que servia para empurrar a tampa para cima. Que fracasso!
Senti que as pessoas me olhavam e achei que deveria abrir a lata de graxa. Na abertura, veio um perfume que não era de graxa de sapato, e sob um alumínio, tinha um coisa compacta marrom café. Cheirava bem, isso cheirava, mas eu não tinha a menor ideia do que fosse. O que deve ter deliciado a todos, eu, na minha infantil ignorância a olhar para o completamente desconhecido.
Acabei provando, não gostei, declarei que iria comer depois e comi ao longo de uma semana, meio forçando a barra. Mas o cheiro era delicioso. Nunca mais provei um chocolate amargo até estes nossos tempos modernos, talvez nos anos 80, quando comecei a encontrá-los. Vez por outra, chega um perfume parecido, igual nunca, pois não é só no Brasil que não se encontra a bala Toffee de antigamente. Acho que aquele era belga e já topei com chocolates bem agradáveis nessa procura de uma vida, inclusive na CacauShow, onde o bombom de 55% é um porto seguro. Chamo essa parte da vida de bem agradável.
Passando par avisar instabilidades no tablet. Pode ficar um tempo sem comentar.
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