Hoje vamos ver fotografias de bondes que, pelos meus alfarrábios, não apareceram por aqui nos últimos dez anos.
FOTO 1: Um bonde lotado trafega pela Rua Senador Dantas, no Centro.
FOTO 2: O bonde de nº 61, da linha "Jardim/Leblon" , no cruzamento das ruas Jardim Botânico com General Garzon. Aparentemente seria a época da conclusão das obras de instalação da sede do Jockey Club na Zona Sul (o Jockey estaria na Lagoa, no Jardim Botânico ou na Gávea?), o que se efetuou no final da década de 20. Observar que a Rua Jardim Botânico era dividida ao meio pelos postes de iluminação, além de contar com uma pequena calçada.
FOTO 3: Segundo W. Stiel, o ramal que ia da Estação de Campo Grande até ao local chamado "Ilha", foi inaugurado em 1918. "Ilha" seria corruptela de "William", proprietário de terras naquela região.
O trecho de 20km tinha 4 seções. O bonde estaria próximo do Hospital Rocha Faria. Depois ia pela Estrada do Monteiro, Estrada do Mato Alto, Estrada da Matriz e Estrada da "Ilha".
FOTO 4: Foto em frente à Câmara de Vereadores, na Praça Floriano. O bonde da frente, embora não se possa ler o letreiro, na tabuleta há a indicação do trajeto: "Bento Lisboa, S. Vergueiro, Rua da Passagem".
O segundo bonde é da linha "Largo dos Leões". A ausência de faróis no ônibus da Excelsior indicava que eles não circulavam à noite. Ou então era uma propaganda da Light, que também provia a iluminação pública, mostrando que as rus principais eram tão bem iluminadas que o motorista não precisava de faróis para conduzir.
E sobre o assunto, assim se manifestou o ilustre Professor Pintáfona:
"Célere Mecenas da Cultura Brasílica, Guardião Incansável do Saber Cidadão, Quintessência da Nobreza Meridional Brasílica, Douto, Culto e Casto Dr. D',
Há muito alienado deste sacrossanto templo da cultura sebastiana, prostro-me ante os pés do egrégio luminar Montegrino em busca de perdão por meu comportamento relapso. A minha avançada idade, somada aos incontáveis compromissos exigidos pelas Academias de Ciência de todo o Orbe Terrestre, impediram-me de aceder mais amiúde o seu insígne sitio internético de convívio virtual, Fórum de notáveis e assembléia de sábios, detentores das chaves do conhecimento de nossa Muy Leal e Heróica Urbe.
Hoje não me estenderei em comentários e merecidas loas, pois em um átimo sairemos da Mansão Pintáfona, sita à Rua da Pedreira da Candelária, em direção ao Trapiche Mauá, onde embarcaremos no vapor que nos levará à Guia de Pacobaíba e dali em carris até a Serrana Urbe de Pedro, onde desfrutarei do merecido repouso em companhia de minha buliçosa assistente, a ciumentíssima Mme. Simmons e do meu fiel lacaio Alvaro. A caleça com os bahús de viagem já estão a minha espera e tenho que apurar-me ou perderei o transporte.
Despeço-me Transportado, Viajado e Desembarcado.
Seu Criado,
Dr. Hermelindo Pintáfona.
Bom Dia ! O carro 1755 da foto 1 , por um tempo esteve "passeando" nas linhas da secção "M". Na foto já o vemos sem o engate dianteiro e com uma chapa na frente do limpa- trilhos, fruto de reforma que acrescentou a referida chapa para proteger as grades do limpa-trilhos de algum paralelepípedo que por acaso estivesse desalinhado com o calçamento da rua.
ResponderExcluirQuem conheceu a Senador Dantas no passado nota o brutal contraste com os tempos atuais. O bonde está passando em frente à loja da Kopenhagen. Eu era muito criança quando ficava olhando da sacada do escritório de meu pai no 18° andar do Edifício Itu o "entra e sai" dos bondes no Tabuleiro da Baiana.
ResponderExcluirNa foto 3 o bonde lotado do Serviço de Transporte da Zona Rural (STR) com três reboques mostra que já naquela época a então "zona rural" tinha problemas de superlotação do transporte público. As linhas da "Ilha" e da Pedra de Guaratiba foram extintas em 1965, a do Monteiro em 1967, e a do Rio da Prata foi a primeira a ser erradicada em 1964.
ResponderExcluirEsse canteiro com postes de luz na foto do Jóquei era comum em muitas ruas. Dividia as faixas de trânsito mas ocupavam muito espaço. Quando o número de veículos aumentou foram retirados para aproveitar o espaço.
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirVou acompanhar os comentários porque bonde, só de vista, e mesmo assim, o de Santa Teresa quando passa nos arcos.
Diz a lenda (carece de confirmação) que algumas postagens identificam os bondes "Ilha" como sendo do bairro da zona norte.
Sobre o Real Madrid, é normal o "apito amigo", especialmente no Bernabeu...
Quero ver botafoguense reclamar agora do VAR... Só até o próximo jogo.
Verdade, Augusto. O Aydano Mota, jornalista, cometeu este engano numa publicação de livros sobre o Rio.
ExcluirFF: pessoal tem que benzer aquela agência do Itaú de Bangu.
ResponderExcluirApesar de te-los visto muitas vezes, nunca andei em nenhum bonde do STR. O curioso naquele sistema é que quase a sua totalidade era de via ser em linha singela. Apesar da região contar com bondes de tração animal desde o final do Século XIX, os bondes elétricos passaram a operar em 1917 pela "Companhia de bondes elétricos de Campo Grande e Guaratiba".
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Hoje é dia do Hélio dar aula sobre os bondes de outrora. Se já naquela época os bondes usavam dois reboques para atender a zona oeste, porque nos dias de hoje usaram os ônibus articulados ao invés dos VLT para o transporte de massas na zona oeste, poderiam ter usado os trens do metro que faziam a antiga linha 2.
ResponderExcluirLino, até concordaria se tivesse sido feito na época certa. Fora a burocracia de transferência de ativos do metrô para a prefeitura, havia a inconveniência de muitos trens do pré-metrô estarem canibalizados. Além de toda infraestrutura ser adaptada para essas composições.
ExcluirEsse tipo de veículo só não seria necessário, por enquanto, na Transolímpica.
Em tempo, apesar de a ideia ser interessante por reaproveitar algo encostado, não sei se a quantidade que havia daria para fazer começar a funcionar.
ExcluirSe o endereço oficial do Jockey Club é mesmo a Pça. Santos Dumont, então é Gávea.
ResponderExcluirCom certeza na época da construção da sede, Lagoa não era nome de bairro.
Sobre a ausência de faróis nos ônibus da Light, realmente faz sentido a versão sobre não serem necessários devido a boa iluminação artificial das ruas.
Em tempo: é um prazer voltar a ler uma das missivas do Dr. Hermelindo Pintáfona.
ResponderExcluirTendo em vista o comentário do Lino das 9:50, em 1981 o chamado Pré -Metrô iniciou as operações a partir de Maria da Graça, chegou até Irajá, mas sua operação foi suspensa por alguns motivos, entre os quais a sua inadequação como transporte de massas em razão da existência de pantógrafos nos carros, passagens de nível, e pela pouca capacidade de passageiros que as composições transportavam. Os mais de 50 carros ficaram anos abandonados no pátio de São Diogo. Poderiam ter sido utilizados na famigerada "Linha 3" de São Gonçalo, mas às empresas de ônibus, políticos fluminenses, e (é claro) o tráfico de drogas, se opuseram. Quanto a utilizar os antigos trens do Pré -Metrô ao invés dos articulados do BRT, no projeto original da Linha 6 do Metrô, o trajeto era "exatamente o que atualmente rodam os BRTs". Corrupção e interesses ocultos foram determinantes pela "não execução" do projeto original.
ResponderExcluirApenas curiosidade, existiu no passado uma Rua Jockey Club, que quase com certeza era próxima à estação do Derby Club, ou seja, nada a ver com o JCB.
ResponderExcluirNuma planta de terreno triangular, que encontrei na internet, os lados eram formados pela Linha Auxiliar, a Rua Ten. Pio Borges de Castro, além da Jockey Club. As duas mudaram de nome ou sumiram, talvez para a construção do estádio do Maracanã e/ou da Radial Oeste.
Boa Tarde ! Lembrei que ao lado da estação Leopoldina ,cobertos por lona da plastico azul, encontram- se 8 unidades de bondes de Santa Teresa. Pelo que pude ver estão reformados e prontos para entrar em serviço. Uma pergunta : Porque não o fazem ?
ResponderExcluirMauro, não o fazem porque há fortes interesses para que isso não ocorra. Para se ter uma idéia "de como a banda toca", há tempos reativaram o ramal da Francisco Muratori, e simplesmente não o conectaram com o restante do sistema. Após partir no Largo da Carioca o bonde atravessa os Arcos, segue pela Joaquim Murtinho, e na esquina da Francisco Muratori ele entra à direita e desce a rua até à esquina da Rua do Riachuelo. Não há conexão com o restante do sistema. Um vídeo de longa duração e em alta resolução a bordo do bonde, documenta essa pequena viagem. Eu inclusive enviei há tempos esse vídeo para o Hélio.
ExcluirJoel, estranhei este seu comentário, porque você sempre sabe do que está falando.
ExcluirO ramal Muratori está conectado com o restante da linha, embora falte uma ligação direta e o motorneiro seja obrigado a descer a Joaquim Murtinho até quase os Arcos para tomar a direção desejada. Mas funcionou.
Pararam a descida da Muratori por outros motivos, uns dizem que o bonde estava destruindo a rua, outros que não tinha passageiro, muito esquisito.
Dieckmann, se quiser mando o vídeo para você para que comprove. Após passar pelos Arcos e ao chegar à esquina da Francisco Muratori e antes de descer até à Rua do Riachuelo, percebe-se que no caso de o bonde subir a rua vindo da esquina da Riachuelo, não há como ele virar à direita e seguir em direção ao Largo do Guimarães, pois o trilho único se encaminha parava esquerda em direção aos Arcos.
ExcluirO Anônimo acima sou eu.
ExcluirExatamente, não fizeram a ligação direta com a subida da Joaquim Murtinho, mas somente com a descida. Mas não impediu o bonde de trafegar.
ExcluirSaudades do Professor Pintáfona. Soube que segue sob a guarda de Mme. Simmons, lúcido como sempre, mas não está recebendo visitas, pois dedica-se a estudar esta novidade chamada de Inteligência Artificial.
ResponderExcluirEstou na obra, por isso não pude comentar.
ResponderExcluirFalando de obra, ouvi no meu início de carreira de um calejado engenheiro:
Excluir" Para conseguir acabar uma obra só tem um jeito, que é fechar a porta e pendurar nela um cartaz com o aviso: ESTA OBRA ACABOU".
Hélio e Mário, obra nunca se termina, se abandona.
ExcluirBoa !
ExcluirFoto 2 a Rua Gen. Garzon muito estreita. Hoje o canal aberto que conduz a água (limpa) do Rio dos Macacos para a Lagoa. Era ali a Ponte das Táboas, final de ponto. tem mais um bonde na outra faixa. Essas casas acho que ainda estão lá, com muro mais alto.
ResponderExcluirQuarenta e nove jogos e contando...
ResponderExcluirEsse Bayer Leverkusen se recusa a perder, mesmo fazendo uma força enorme. Dois pênaltis "dados" para a Roma, em lances infantis e, mesmo assim, foi buscar o empate aos 90+6.
Na final da Liga Europa, dia 22, pega outro italiano, a Atalanta, que despachou em casa o Olympique de Marselha por 3X0.
Agora só resta aos Franceses comemorar a passagem da tocha olímpica e a despedida do Mbappe.
ResponderExcluirLino, tem Eurocopa mês que vem.
ExcluirBoa noite a todos!
ResponderExcluirCom relação à Foto 04, encontrei a seguinte mensagem, dizendo que a foto é de março de 1930:
"Seguindo a tendência internacional, mais uma vez a Light inovou, ao incorporar às suas atividade um luxuoso serviço de transporte urbano em ônibus – que oferecia mais conforto e abrigo, em veículo dotado de suspensão que assegurava uma viagem mais suave. Em junho de 1926, a The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Co. Ltd. criou a Viação Excelsior. Assim como havia procedido com os bondes, passou a fabricar as cabines, importando chassis e motores. As primeiras linhas ligavam o Centro à Zona Sul."
Bom dia.
ResponderExcluirGosto de alguns desafios, mas não todos. Descobrir o ano do Chevrolet atrás do bonde está um tanto difícil, mas afunilei a pesquisa para apenas dois anos, 56, ou 58. Aposto no 58.
ResponderExcluirQuanto ao ônibus "Jacaré" nenhum tinha farol. Eram da Light e, como suspeitado, eram prova de que a iluminação urbana era suficiente.
Bom dia!
ExcluirHoje pela manhã, ao ver a foto 4, a primeira impressão que tive vendo o ônibus "Jacaré", foi a de um seriado que passava na TV, nos anos 60, da época do cinema mudo. Os de melhor memória saberão dizer como se chamava. Na abertura, se não me engano, aparecia um veículo semelhante.
Ótima sexta-feira a todos!
Por onde andam o Wagner Bahia e o Eraldo?
ResponderExcluirPor onde anda (quase) todo mundo hoje?
ResponderExcluirCom todo mundo sumido o meu sambarilove fica comprometido. Não entendo de nada, não conheço quase nada, e só sei dar pitaco. Se não tem ninguém pro blábláblá, o que mais posso fazer? Também tenho que ficar na minha.
ExcluirSilvio, ==>10:03, talvez o seriado mudo a que vc se refere seja o Comedy Capers. Se for, o veículo que aparece na abertura é um carro de polícia.
ResponderExcluirExatamente Colaborador Anônimo! Muito obrigado pela informação.
ExcluirEu adorava o Comedy Capers com aquela sua musiquinha de abertura.
ResponderExcluirSessão da tarde genial !
ExcluirBom Dia ! Hoje não estava a fim de sair. Passei a manhã toda balançando a caveira em uma rede em baixo da mangueira e ouvindo sanhaços e sabiás. De tarde acho que vou repetir a dose.
ResponderExcluirFui fazer as compras de fim de semana e já voltei. Acabando de preparar o almoço. Enquanto isso, assisti Fórmula E por falta de opção mesmo. De tarde tem série B, já que não gasto dinheiro em ppv. Ainda mais em jogo de Flamengo...
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Acabei de chegar da rua, com as últimas encomendas para o almoço do dia das mães amanhã.
ResponderExcluirE esse calor de verão que não acaba, estou com medo de quando as chuvas vierem, venham com muita intensidade. Se cair a mesma quantidade de chuvas que caíram no RG aqui no RJ, a tragédia será muito maior aqui.
Hoje vai ter sambarilove. Tem futebol, muito calor, e todo mundo na expectativa do dia das mães. Não tem muito blábláblá, mas o que interessa é o sambarilove.
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