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sábado, 17 de agosto de 2024

COMERCIAIS ANTIGOS DE CARROS (2)

 

 COMERCIAIS ANTIGOS DE CARROS (2), por Helio Ribeiro

Essa postagem é continuação da publicada no sábado passado. Naquela só foram mostrados comerciais da Volkswagen; nesta serão mostrados os de outras montadoras.

 

DAUPHINE 1959



O Dauphine e o Gordini ganharam o apelido de Leite Glória, com base na propaganda que dizia que esse leite em pó desmanchava sem bater. Já narrei aqui um episódio comprobatório desse apelido. No número 34 da minha rua morava uma mulher avançada em quilos, se é que me entendem, possuidora de um Packard que fazia jus a ela. Em frente, no edifício número 31, morava uma viuvinha muito bonitinha e novinha, na faixa dos 20 e poucos anos, que tinha um Dauphine cor de café com leite, se não me falha a memória. Um dia houve um temporal e como sempre minha rua encheu e ficou toda enlameada. Aí lá veio o Packard manobrar em frente ao 34. Derrapou na lama e bateu na lateral esquerda do Dauphine. O Packard teve um dos faróis trincado; o Dauphine ficou com a lateral destruída.


AERO WILLYS 2600 ANO 1965

Tenho uma característica: uma vez acostumado e gostado de algo, dificilmente aceito mudar de opinião para uma versão mais nova ou diferente. Isso vale para carros e músicas, entre outros. No caso do Aero Willys, sempre achei mais bonito o modelo antigo, lançado em 1960. Mas em 1963 veio a público o modelo 2600, número esse derivado da cilindrada do carro, que era 2638 cm³.

 

VEMAGUET 1965

Nunca andei num DKW. A origem dessa sigla é Damp Kraft Wagen, firma fundada em 1916 como fabricante de pequenos motores movidos a vapor. Com o tempo passou a fazer motores a gasolina de dois tempos, mais tarde usados em brinquedos, porém manteve a sigla DKW. Como esses brinquedos eram muito apreciados por garotos, a sigla ganhou o apelido de Des Knaben Wunsch (O Desejo do Menino). Uma versão desses motores foi adaptada para motocicletas e apelidada de Deutsche Kleine Wunder (Pequena Maravilha Alemã). Esse apelido foi usado durante muitos anos em propagandas da empresa.

Em 1957 a DKW fundiu-se com a Audi, a Horch e a Wanderer, formando a Auto Union. Cheguei a ver carros Auto Union aqui no Rio, muito parecidos com os DKW Vemag que foram produzidos no Brasil.

Uma característica dos Vemag era a porta abrir em sentido contrário ao normal, expondo as pernas e quiçá outras partes íntimas das mulheres ao descerem do veículo. Tal como acontecia com os Citroën que abundavam aqui no Rio.

O DKW Vemag Belcar era muito parecido com os Auto Union. Abaixo um vídeo deste último.


GORDINI 1968

Eu não conseguia distinguir um Gordini de um Dauphine.


SIMCA ESPLANADA 1968

Como citei no caso do Aero Willys, eu gostava mais do Simca Chambord. Não encontrei um comercial bom do Chambord. O único que achei foi filmado na França e do interior do carro, sem motorista, percorrendo estradas cercadas de montanhas nevadas. Só no final mostrava o exterior do carro. Deduzi que era na França porque o carro tinha placa preta no estilo francês, ostentando o número de departamento 75, correspondendo a Paris.


OPALA 1969

Esta é a propaganda de lançamento do Opala, feita em 1968. Ao longo dos anos houve muitas versões e alterações estilísticas no Opala. É um modelo com muitos admiradores até hoje. Um amigo meu tinha um SS 4100 de duas portas, pintura metálica vermelha. Um avião.


 

CHEVETTE 1974

Foi meu primeiro carro, como citei na postagem da semana passada, no item referente à Variant. Era branco. Comprei-o em abril de 1974 e vendi-o em janeiro de 1976. Comprei então um Chevette do ano, cor gema de ovo, para desgosto de minha futura esposa por causa da cor. Fiquei com ele até setembro de 1987, já aos trancos e barrancos, mas com apenas 117 mil km rodados, na época muito para o motor dos carros de então. Troquei por um Voyage do ano, o melhor carro que já tive, um GLS motor 1.8 a álcool, vermelho vivo. Pena que o ladrão também se apaixonou pelo carro e o levou em 19 de julho de 1990, com cerca de apenas 28 mil km rodados.

Esse modelo do Chevette é chamado carinhosamente de Tubarão, por causa da frente bicuda e dos faróis redondos nas extremidades.


DODGE 1800 modelo 1974

Também chamado carinhosamente de Doginho.



CORCEL 1975

Carrinho bonito, esse. Nunca tive um Ford. Só VW, Chevrolet e Fiat. Através de minha enteada, um Renault Sandero e um Honda Fit, que a ajudei a comprar mas que era eu que dirigia.


 

FIAT 147 modelo 1976

Depois do Voyage citado acima tive três Fiat Uno, anos 1990, 1993 e 1996. Este último foi o derradeiro carro meu. Furtado duas vezes, em outubro de 1998 e março de 1999, desisti de ter carro até hoje.

Saído do Voyage GLS 1.8 topo de linha para um Fiat Uno Mille 1.0, achei que iria estranhar muito. Mas amei o carro. Tanto que tive três em sequência, como citei acima. Por aí se vê que sou um cara muito simples. Tinha condição de ter um carro muito melhor. Mas para quê? O Uno me satisfazia. Eu havia comprado o Voyage por ter me apaixonado por um à primeira vista, ainda do modelo antigo.


 

----- FIM  DA  POSTAGEM  -----

 

                                                                      

81 comentários:

  1. Uma viagem no tempo essa postagem de hoje.
    Esses foram os carros da segunda metade do século passado.
    Tive um Chevette do qual gostava muito depois de um fusquinha. Foi um upgrade e tanto para mim naquela época.

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  2. Meu pai teve um Dauphine 62 comprado no início de 1963, verde claro com estofamento vermelho. Duas vezes por semana ele levava minha mãe à uma escola pública de Jacarepaguá, na qual ela estava substituindo a Vice-diretora., e o caminho era a Grajaú-Jacarepaguá. Meu pai nunca reclamou, mas imagino que não estava satisfeito, pois com motor de 850 c.c e um câmbio de três marchas, o desempenho "não era dos melhores"...

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  3. Meu primeiro carro foi um "Fuscão" 73 branco, comprado em 1978. O carro "andava muito". Em subida, "não tinha pra ninguém". Desde então tive diversos carros de diferentes modelos. Mas de uns anos para cá eu penso da seguinte maneira: tendo em vista as condições de trânsito e de segurança no Rio de Janeiro, o ideal é ter um carro pequeno, completo, ágil, pouco visado, confiável, e cujo seguro é tolerável. Em razão disso, optei pelo Fiat Mobi, um carro que atende plenamente às minhas necessidades. Para se ter uma idéia de como eu "rodo", comprei esse carro 0 Km em Julho de 2023, e atualmente ele está com 4.500 Km rodados.

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  4. Dos apresentados hoje também tive um Chevette que gostava muito. E um Corcel que, infelizmente, foi furtado em Botafogo.
    Dirigi os dois tipos de Aero-Willys e um Opala que foram de meu avô e de meu pai.
    Em uma determinada época queria comprar um Dodge, mas não tinha grana.
    Há alguma razão para alguns automóveis terem a porta da frente abrindo do lado do motor como o DKW?

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    1. Luiz, não sei porque, mas se tivesse que "chutar" diria que a comodidade de sair do carro andando para em frente, sem ter que "dar a volta", contornar a porta, e/ou talvez a maior facilidade de acesso aos bancos poderiam ser explicações.

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  5. Nunca dirigi um Aero-Willys, seja o "bolinha" ou o 2600, bem como um Sinca Chambord.

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  6. Bom dia.
    O Dodge 1800 que era o Hillman Avenger produzido na Inglaterra adaptado para o Brasil, ficou inicialmente conhecido popularmente como Dodge 1800 DEFEITOS. tal a quantidade de problemas que apresentou.
    Mais tarde, revisado e melhor adaptado às nossas condições de ruas & estradas, gasolina e clima, foi relançado como Dodge Polara, aí se tornando um bom carro, inclusive com uma versão dotada de câmbio automático.

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  7. Dos carros citados aqui que eu gostaria de ter tido nos anos 70 mas a situação financeira não permitiu, o Opala 4100 reina soberano.
    (Não citado aqui mas que era a opção ao sonho do Opala, o Dodge Charger RT, outro "avião").

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  8. Bom dia, Dr. D'.

    Ainda sobre carros VW, quando entrei na UFF íamos em uma Brasília para o bandejão. O carro era chamado de Trovão Azul...

    Como já comentei antes, meu tio teve um Chevette até morrer. Um outro tio, padrinho de minha irmã, teve um AeroWillis e um vizinho, um Simca. Outro vizinho teve um Corcel.

    O Opala, por muito tempo, foi a base para as provas de Stock Car.

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  9. O DKW era chamado por algumas (ou muitas) pessoas como "decavê".

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    1. É porque o DKW era alemão e naquele idioma a letra W se chama VÊ. Já a letra V se chama FAU e tem som de F, exceto em palavras de origem estrangeira, quando tem o som de V, como na palavra Vulcan (vulcão em português).

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  10. Em algumas propagandas notei um estiramento das imagens, para dar a impressão de que o carro era mais comprido. Issi fica bem nítido no Simca e no Chevette. Este último não era tão comprido e baixo como aparece no vídeo.

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  11. Bom dia Saudosistas. Só de passagem volto mais tarde para comentar.
    FF. Acaba de falecer em SP - Silvio Santos.

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  12. Ao longo de 25 anos (1974 a 1999) tive seis carros: dois Chevettes, um Voyage e três Fiats Uno Mille. Quem me deu mais trabalho foram o segundo Chevette (mas fiquei com ele por 11 anos) e o segundo Fiat, do modelo Electronic, que partiu a correia dentada e afetou as válvulas.

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  13. Além dos Fuscas, de um Fiat 147, de um Chevette e de um Passat quando solteiro, os carros que eu e minha mulher tivemos (durante muito tempo cada um teve o seu por necessidade de trabalho e logística com os filhos) foram Fiat Uno, Fiat Palio, Fiat Brava, Fiat Siena, GM Chevette, GM Astra, VW Voyage, VW Passat, VW Santana, dois Honda Fit e Honda HRV.
    Este último, comprado em 2016, está com pouco mais de 20.000 km e é o último mesmo, basicamente só uso para visitar minha filha e netos em Niterói.

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  14. Não lembro de ter andado num Dodge 1800 ou Polara, mas sim no Dodge Dart e uma vez no Charger citado pelo Mário. Este último modelo não tinha nada de "carroça", um carrão, pelo menos para a época. De ter sido a crise do petróleo que atrapalhou as vendas desse modelo.
    Num Esplanada também não entrei, mas pedi meu pai para comprar, porém em 1968 só Fusca usado estava ao alcance dele, financeiramente.
    Os demais andei em todos, principalmente Corcel, na primeira metade dos anos 70, já que dois dos meus tios preferiam esse modelo.
    Antes um deles também teve um Itamarati, onde fomos em 1971, esse meu tio, tia, primo, avó, minha mãe, meu irmão e eu, para Belo Horizonte. Capacidade tipo "Coração de Mãe".
    A estrada ainda era a União Indústria, com sua terríveis serras, uma até Petrópolis e depois pouco antes de Juiz de Fora. Após essa cidade a antiga BR-3, que não sei se já tinha mudado de sigla, mas mantendo sua péssima fama ainda naquela década.

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  15. Augusto ==> 9:34 A pronuncia correta sempre foi DECAVÊ , o que não compreendo é porque o BMW que desde criança sempre pronunciei BEEMEVÊ , de algum tempo para cá passou a ser chamado BEEMEDABLIU.

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    1. Colaborador, foi justamente essa discrepância entre os nomes que chamou a minha atenção.

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  16. Resgatando a postagem de algumas semanas atrás sobre apresentadores, agora podemos falar de Silvio Santos.

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    1. SS, o homem do Baú da Felicidade, em todos os sentidos! Trazia alegria à família, suas colegas de trabalho, seus amigos funcionários, seus jurados, todos os artistas quem lá se apresentaram, a todos nós que em algum momento acompanhou um ou mais programas de auditório, me amarrava no "Qual é a Música" enfim... valeu, Sílvio!! Vem pra cá, vem pra cá... quem quer dinheiro, quem quer dinheiro????😔

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    2. O Pedro de Lara morava ou em Brás de Pina ou na Penha, e vi ele várias vezes no Supermercado Casas da Banha. Apesar da cara de mal humorado na TV, ele fazia gracinhas com quem falava com ele pelas ruas.

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  17. Boa tarde a todos!

    Mais uma excelente pesquisa do Hélio, provavelmente não teremos Parte 3, mas com certeza renderia mais uns 2 ou 3 sábados de lembranças automobilísticas.

    Tinha um vizinho aqui na rua onde moro que tinha um Dodge Polara até pouco tempo atrás. O dono faleceu e o carro foi logo vendido.

    Eu adorava dirigir o Chevettinho 1978 de uma tia. Outro tio meu que morava na Penha tinha uma Brasília, tal qual meu pai, só teve um único carro durante toda a vida.

    Meu pai só teve um único Fusca, mas eu além de dirigir o "fusquinha" dele, tive na sequência 3 Voyages, 2 Fiat Prêmio (uma com motor argentino, que voava, mas "bebia" muito), 1 Siena, e por fim retornei ao Voyage.

    Gosto muito de ir a eventos de carros antigos e apreciar os modelos originais e rico em detalhes. Motos antigas são, também, um show a parte.

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  18. Ótimas propagandas.
    Como será que os publicitários sabem que o que criam já não foi criado por alguém?
    Hoje com a internet deve ser mais fácil mas antigamente devia ser um stress.
    Da mesma forma ao compor uma música.

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  19. Silvio Santos morreu e não terá sucessores à altura. O homem era carismático, era um "iluminado". A família comunicou que não haverá velório ou cremação, e sim uma cerimônia judaica apenas para familiares.

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  20. Também gosto de exposições de carros antigos. A maior em que estive foi em Águas de Lindoia, em 2003. Imensa, numa praça ou parque chamado Adhemar de Barros.

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  21. De lá pra cá sempre pensei em voltar, mas cada ano aparece um motivo para me impedir de ir.

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  22. Guilherme==>13:58 O Pedro de Lara trabalhava no Getúlio Vargas, na radiofonia, era quem recebia os pedidos de ambulâncias e despachava as mesmas.

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  23. Como curiosidade:
    No finalzinho dos anos 60, início dos 70, o Corcel teve uma variante “envenenada” pelo preparador da Equipe Bino, Luiz Antonio Grecco, que – dependendo do kit de preparação escolhido – chegava a ter quase o dobro da potência do modelo original.
    O Ford Corcel Bino podia ser comprado nas Concessionárias Ford, era homologado pela fábrica e tinha a mesma garantia do Corcel padrão.

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  24. Interessante como os carros de montadoras americanas e europeias praticamente sumiram das ruas. Havia os Mercury, Studebaker, Henry J, Nash, Hudson, Kaiser, Packard, Lincoln, DeSoto, Chrysler, Dodge, Plymouth, Oldsmobile, Buick, Cadillac, Pontiac, SAAB, Volvo, Hillman, Rover, Standard Vanguard, o tcheco Tatra, Vauxhall, Opel, Borgward, Jaguar, Alfa Romeo, Morris, e outros.
    Hoje só dá Toyota, Hyundai, JAC, Honda, Chery.
    Só permaneceram os FIAT, Chevrolet, VW.

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    1. A GM lá pelos idos da década de 20 do século passado ter segmentado seus carros, com públicos-alvo diferentes, em 5 linhas distintas: Chevrolet, Buick, Pontiac, Oldsmobile e Cadillac foi uma grande sacada para a época.

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    2. Algumas dessas marcas não ficaram sob o "chapéu" da GM (General Motors)?

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  25. Juntando carros e Silvio Santos:
    Nos anos 70 Silvio Santos comprou a Vila Maria Veículos, mais conhecida pelo nome de Vimave.
    A concessionária VW servia para fornecer e dar previsibilidade aos reparos das Kombis utilizadas pelos vendedores do Baú da Felicidade, atender à família Abravanel, e à diretoria do SBT, e fornecer os carros que eram sorteados no programa de domingo.

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  26. Eu fui dois anos seguidos na reunião de carros antigos no forte de Copacabana, bem antes da pandemia.

    A Opel geralmente era associada à Chevrolet. Durante algum tempo, pouco depois da liberação da importação, tive a impressão de ter visto algumas propagandas dessa marca. Nessa mesma época, apareceram os Ladas.

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    1. A OPEL pertenceu à GM de 1929 até pouco tempo, quando foi vendida ao grupo PSA.

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  27. A morte de Silvio Santos proporcionou hoje presenças insólitas na tela da Globo. Que bateu o recorde de citações ao SBT até a hora do almoço...

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  28. Obiscoito, Erick, Zé Rodrigo, Renato Libeck, Gustavo Lemos, Rouen e outros que certamente esqueci, são grandes especialistas em automóveis.
    O Zé Rodrigo, que comentava como JRO, há anos está envolvido com a exposição anual de carros antigos no Village Mall.
    É uma beleza este evento.

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    1. Já fui duas vezes a esse evento no Village Mall. Muito bom. Da última vez filmei vários carros e postei no meu canal do You Tube.

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  29. dos carros em tela tive 2 DKW, 2 Chevettes, um Opala SS 4100. Minha paixão, até hoje é o DKW Belcar que considero um dos designs mais inspirados que conheço. Até hoje procuro um para comprar, porém os que estão em bom estado têm preços estratosféricos. Nunca tive carros da Willys.

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    1. De DKW e Chevette para Opala SS 4100 é um pulo e tanto.

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    2. Concordo em gênero e número, para mim era o melhor carro na época, não foi por acaso que teve sua produção encerrada pela Volkswagen em 1967. Ainda tinha aquele sistema de roda livre que permitia a mudança de marchas sem uso da embreagem.

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  30. Pelo que sei o Chevette foi a versão brasileira do Opel Kadett europeu, os especialistas podem confirmar.

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    1. não exatamente. a mecânica pode ter sido parecida, porém o modelo visual era diferente. Nunca houve uma mecânica mais simples do que a do Chevette. Um show de simplicidade.

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    2. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:1973-77_Opel_Kadett_limousine_%2810383973825%29.jpg
      Não acho o modelo visual diferente.

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    3. O Opel Kadett e o Chevette eram idênticos externamente. O da foto do link do Colaborador Anônimo tinha o apelido de "Tubarão".

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  31. na época o Chevette era tão desejado que havia uma fila de espera. Enquanto esperava por ele, a concessionária me emprestou o tal opala 4100 SS. Um avião que quase me matou subindo para Petrópolis. O problema era beber mais do que eu. A arrancada dele te colava no banco, porém longe das arrancadas de outros carros que experimentei de amigos: Uma BMW M5, e, principalmente um Audi RS8. Minha mãe, quando morava em Paris , tinha um Porsche 911 de 1966 _ 1067. Perdia longe dos que eu citei.

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    1. Eu tive de esperar 50 dias pelo meu primeiro Chevette, em 1974. Havia fila de espera e só se conseguia pagando ágio. Aí li que a Schindler Adler de Botafogo estava vendendo sem ágio. Realmente, mas tive de esperar.

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  32. Mais uma vez parabéns para o mestre Hélio, excelente postagem relembrando os carros da minha infância e adolescência.
    Dos carros citados, o Opala SS 4100 era o melhor carro, o padrasto da minha esposa tinha um, que de vez em quando eu dirigia quando ia para Teresópolis. O Dodge 1800 ou Dodge Polara, era um bom carro mecanicamente, porém o seu problema de corrosão, principalmente nas portas e para lamas destruíram sua reputação.
    Na década de 70 e 80 os carros da Volkswagen gozavam do prestígio que hoje os carros Japoneses detêm, apresentavam poucos defeitos mecânicos e a sua manutenção era simples e barata. Este era o motivo de por muito tempo ter comprado carros desta montadora, só troquei depois da liberação de importação.

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  33. Meu primeiro carro como comprador legitimo foi um Volks 73 zero com a cor Ocre Marajó(?), dai para frente foram Passat( 2 seguidos), Chevete, Fiat Uno(dois seguidos) , Ford, Kadett, Fiesta, Honda Fit( 2 seguidos), CRV, HRV-Touring. Tudo isso em num periodo 50 anos. Para um dos melhores foi o CRV. Vendi com 120mil Km porque me rendi a tecnologia do HRV. Obs: Nunca comprei carro usado, somente zero. Estou satisfeito com esse ultimo. O Mais querido foi o Fusca 73 logo no inicio de minhas atividades em engenharia de climatização.

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    1. Aqui no Brasil, fora os meus carros, aluguei Fiats Vivace, Palio, Siena e Mobi; VW Gol; Ford Fiesta.

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  34. Viajei muito com meus Chevettes. Foi o carro que mais viu estrada comigo. Durante todo o tempo com eles (1974 a 1987) eu era solteiro ou casado sem filhos. Daí a liberdade de viajar.

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  35. Com o Opel Ascona passei um sufoco. Estou na rua. Quando voltar pra casa relatarei usando o teclado do desktop.

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  36. tenho um Fit EX 1914 com 19 mil km rodados com couro e todos os opcionais disponíveis â época.. Ainda tem pelinhos nos pneus. Um amigo querido veio ver o carro e, parece, que vai comprar. Decidi que não preciso mais de carro. Se ele desistir, tenho uma fila querendo. Se for o caso publico aqui o que pretendo.

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  37. Minha enteada tem um Fit 2015. Nunca deu problema, exceto troca de bateria e de pneus. Ficou comigo de zero km até a pandemia de COVID. Ela levou quando estava com uns 12.000 km, por volta de junho de 2020. Não sei a quilometragem atual.

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  38. A indústria automobilística brasileira evoluiu muito pouco até o final dos anos oitenta, quando os carros ainda eram mambembes. A vinda de novas montadoras trouxe não só a salutar concorrência como também os princípios de "qualidade total", conceito proposto ainda na década de cinquenta pelos americanos Deming e Juran no Japão, na onda da recuperação daquele país no clima de pós guerra. A Toyota foi a que melhor bebeu dessa fonte e seus carros se tornaram sinônimo de durabilidade. Porém, com o surgimento de sistemas de normalização, como a ISO 9000, e de novos recursos cibernéticos para engenharia e produção, como o CAD, as marcas se nivelaram. A "mística" criada em torno do nome Toyota, contudo, permaneceu muito forte em todo mundo. E aqui no Brasil os japoneses aproveitam bem isso, num silêncio conveniente, para jogar o preço dos seus carros lá nas alturas.

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  39. Como prometido no meu comentário das 20:37h, relato abaixo meu sufoco com o Opel Ascona.

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  40. Este comentário foi removido pelo autor.

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  41. Estávamos em dois casais, com um Opel Ascona, viajando pela Grécia. O outro casal eram Álvaro e Chantal. Na ocasião do aperto, havíamos atravessado de ferry-boat da cidade de Igoumenitsa para a ilha de Corfu, onde nos hospedamos num hotel. Como nossa intenção original era ir acampando durante a viagem, estávamos com malas contendo material de camping, além daquelas com roupas e outros apetrechos. Por acaso, havíamos colocado essas malas no porta-malas do carro, que por isso estava com a traseira arriada e pouca aderência nas rodas dianteiras.

    No dia seguinte à nossa chegada à ilha, resolvemos tomar um banho de mar na praia de Paleokastritsa (“Castelinho antigo”, em grego), que ficava do outro lado da ilha, o que exigia atravessar uma cadeia montanhosa que serve de espinha dorsal a Corfu. Subimos a serra. A estrada não tinha acostamento, sendo de mão dupla e praticamente sem proteção no lado direito de quem ia do lado leste para o oeste da ilha, com precipícios e barrancos perigosos.

    Em dado momento, eu ia distraído no banco traseiro, junto com minha esposa, lendo um livro sobre a História da Grécia, enquanto o carro era dirigido pelo Álvaro. De repente pintou uma curva fechada à esquerda, já na parte de descida da serra. O Álvaro virou o volante, mas o carro não obedeceu. Havia terra ou areia na pista e o carro passou direto pela curva, saindo da estrada, batendo e arrastando um pilar de concreto que balizava a pista, e avançando uns 15 metros num terreno gramado. Por sorte, naquele ponto o precipício era um pouco mais distante da pista, caso contrário eu não estaria aqui contando isso.

    Descemos do carro e tentamos de toda maneira levá-lo de volta à estrada. Debalde, porque o pilar estava preso debaixo do carro, diminuindo o atrito das rodas traseiras com o gramado. As rodas giravam e o carro não saía do lugar. Tentamos fazer força sobre o porta-malas, para aumentar o atrito, mas em vão.

    Por sorte passou um grupo de uns seis ou sete motoqueiros holandeses, que vendo nosso aperto pararam. O mais gordo deles entrou no carro e os outros, junto conosco, fizemos força empurrando o carro, até que ele conseguiu sair de cima do pilar e voltar à estrada.

    Por coisas do destino, eles voltaram à estrada e foram embora, mas a moto do gordão que nos havia auxiliado não pegou. Aí foi nossa vez de empurrá-la até ela pegar.

    O carro passou a fazer um barulho estranho, como se algo estivesse solto. Na volta ao hotel ficamos tentando descobrir o motivo. Era a tubulação do escapamento que havia sido amassada e com a trepidação do movimento batia na parte de baixo do chassis. Pensamos em trocar de carro, mas ao ler o contrato de aluguel descobrimos que nem sequer poderíamos estar ali com ele, porque colocar o carro em ferry-boat era motivo de anulação do contrato. Ficamos de boca calada e mantivemos o carro até o fim da viagem.

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  42. Para completar nossa desdita nesse dia, quando finalmente chegamos à praia de Paleokastritsa, que num slide de um amigo nosso era de água azul profundo e lindo, caiu um toró tão grande que até granizo despencou das alturas. A água ficou turva, cor de barro. Nem sequer conseguíamos sair de dentro do carro porque estava tudo alagado no estacionamento à beira-mar onde paramos. Depois de algum tempo a água escoou. O Álvaro, de pirraça, disse que ia tomar banho de mar assim mesmo. Tirou a bermuda, com a sunga já por baixo, e entrou na água. Mas saiu logo. Perdemos a vontade de nos banhar. Foi uma pena.

    Para não perder a viagem, fomos visitar a capela de São Jorge, ali perto. Bem simples, porém bonita por dentro. Encontramos mãe e filha baianas, que também estavam viajando pela Grécia. Almoçamos juntos num restaurante próximo. Pizzas e macarrão, é claro, pois não estávamos nadando em dinheiro.

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  43. Já de volta ao continente, fomos em direção à cidade de Meteora, visitar os famosíssimos mosteiros em cima de píncaros rochosos. Coisa espantosa, maravilhosa, fantástica. São vários, todos centenários. Um deles, o de Agia Tríada (Santíssima Trindade) aparece no filme do 007 "Somente para seus olhos", que por acaso é passado também em Corfu e na Grécia continental.

    Na estrada a caminho de Meteora, chovia fino e havia nevoeiro. Novamente o carro deu uma derrapada, dessa vez com um precipício ao lado. Aí diminuímos a velocidade e chegamos a Meteora já no fim da tarde, para alívio de todos.

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  44. Visitamos os mosteiros de Grande Meteoro, o Varlaam e o Agia Tríada. O Rossanou estava quase abandonado, sendo o acesso por uma pontezinha de madeira podre. Parece que foi restaurado.

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  45. Opel Ascona na Europa, Chevrolet Monza no Brasil.
    Houve um ano em que o Monza foi o carro mais vendido no Brasil.

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  46. Como curiosidade: Kadett, Kapitän e Admiral foram alguns nomes de modelos de carro da Opel.

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  47. O Opel Kadett C alemão virou o Chevette no Brasil e o Opel Kadett E alemão foi lançado no Brasil como Chevrolet Kadett.

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  48. A versão GSi do Kadett do início dos anos 90, com injeção eletrônica e painel digital, era bem interessante e avançada para a época.

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  49. FF (ou nem tanto): hoje foi a vez de Alain Delon, aos 88 anos.

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    1. "Está morrendo gente que nunca morreu antes."
      Sem autoria conhecida que eu saiba, a frase que se pretende engraçada de certa forma traduz um sentimento de perda que me acomete quando pessoas muito conhecidas que de alguma forma marcaram minha vida cotidiana ao longo de décadas morrem.
      O Alain Delon fez filmes muito importantes, principalmente na primeira fase da carreira, como “O sol por testemunha”, “Rocco e seus irmãos”, e “O leopardo”.
      Um muito divertido foi com o Jean Paul Belmondo, "Borsaino"

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    2. Concordo com os três filmes citados. Muito bons. Borsalino não lembro de ter visto. E ele participou também de "O Eclipse" que, confesso, não aguentei ver até o final.

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    3. O único filme do Antonioni que me lembro de ter gostado foi Blow-Up, com David Hemmings e Vanessa Redgrave.

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    4. Você gostou de Blow Up (Além Daquele Beijo)? Achei confuso.

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    5. Dos três filmes, só vi "O Sol por Testemunha" (Plein Soleil), por sinal duas vezes.

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    6. Helio, perto dos outros filmes do Antonioni, Blow-Up é de uma simplicidade ....🙂
      Assisti na época (vi de novo há relativamente pouco tempo na tv) e gostei muito até por mostrar uma "cena londrina" com roupas, músicas, pessoas que eram meio que novidade para mim, não tínhamos aqui nem de perto o nível de informação de agora.

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  50. Mais um capítulo das "Aventuras do Helio". São histórias muito interessantes principalmente porque não são apenas viagens, mas aventuras mesmo, explorando locais menos conhecidos e em tempos sem Internet.
    Por acaso conheço também Corfu. Local muito bonito.

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  51. Anunciamos para breve o lançamento do primeiro volume da serie e-book "Capitulos de História da Baixada de Irajá" de Ronaldo Luiz Martins". Para futuro recebimento deste e-book, mandem e-mail de solicitação a caixa postal ihgbiraja@gmail.com. Gratos a atenção

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  52. Devido à sua marca registrada, "AD", o Alain Delon entrou para a lista de possível administrador desconhecido do Saudades do Rio, O Clone.
    O ator francês passou por aqui e teria se encantado pela Cidade Maravilhosa.
    A teoria inclui o Conde Di Lido como o contato no Rio e principal incentivador do fotolog inicialmente interino do SDR original, mas que depois foi muito mais que um "tapa-buraco".

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  53. O AD do “O Clone” não é o Decourt, mas sim um grande conhecedor do Rio. O que era para substituir o SDR original durante as férias se tornou um dos melhores do Terra.
    E nunca se “suicidou” como o General Miranda, o Tertuliano Delacroix” e alguns outros.
    Outros que permaneceram no anonimato foram o Frei Henrique Boaventura, Josafá Pederneiras, Fidelino Leitão de Menezes, Tijucano Empedernido, Hermelindo Pintáfona, Martinha, etc

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