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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

POSTAIS DE COPACABANA

FOTO 1: A praia praticamente deserta, aparentemente com algumas "línguas negras". Na verdade a água que vinha até o mar era uma mistura de água da chuva com esgoto, pois tinha um aspecto amarelado. Era difícil caminhar pela beira-mar e conseguir escapar incólume.

FOTO 2:  Vemos os barcos da colônia de pescadores que sobrevive até hoje no Posto 6, embora o posto 6 não exista mais. A antiga lancha com dois banhistas que patrulhavam o mar de Copacabana deixou saudades.

FOTO 3:  Mar de almirante, banho liberado. A areia sem ambulantes, caixas de som, cadeiras. Barracas coloridas, bastante espaço.

FOTO 4:  Destaque para o Edifício OK, depois Edifício Ribeiro Moreira, na Praça do Lido. 

FOTO 5:  Observem o desenho do calçamento de pedras portuguesasa. As "ondas" estão paralelas ao mar. E a "língua negra" também aparece nesta foto.

FOTO 6:  Aqui as "ondas" da calçada já estão perpendiculares ao mar. De novo estamos perto da Praça do Lido. O ônibus é o de número 6, talvez da linha "Leme-Leblon".


FOTO 7:  Que diferença da largura da calçada de antigamente para a de hoje.

29 comentários:

  1. Ótima seleção de postais. Que tranquilidade, muito diferente dos dias de hoje... ainda peguei um pouco dessa calma, mas quando nasci a Av Atlântica tinha sido recentemente duplicada. Lembro que havia vasos com de flores no canteiro central que eu adorava colher. Lembranças de um tempo em que a cidade era mais gentil.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    Os postais tiveram seu tempo. Hoje com câmeras acopladas a smartphones a pessoa faz o "instantâneo" e já publica nas redes. Obviamente com cuidado reforçado em relação aos perigos atuais da região. E uma escolta reforçada...

    Postei alguns postais de Copacabana incluindo um com raro registro da Casa do Vaticano, atualmente ocupada pela obra de igreja do MIS...

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  3. A calçada era muito estreita e poucas pessoas se exercitavam nela. A grande mudança neste aspecto foi quando se deu a ampliação nos anos 70 e a febre desencadeada pelo americano Cooper que incentivou a prática das corridas e caminhadas.
    Outra coisa curiosa é o desenho das ondas na calçada que mudaram de sentido.

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  4. Copacabana provavelmente é o local mais fotografado da cidade, talvez com a concorrência da paisagem vista a partir do Cristo. Algum outro lugar do país poderia concorrer com Copacabana?

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  5. As fotos são o retrato de tempos que não voltam mais. A duplicação da Avenida Atlântica foi o "coup de grâce" no espírito mágico da Princesinha do Mar. Infelizmente uma série de fatores além da duplicação, contribuíram para a decadência não só dá Avenida Atlântica como também de Copacabana, e do Rio de Janeiro.

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  6. FF: Em uma operação da Delegacia de Defraudações da Polícia Civil para combater rifas ilegais que foi acompanhada "em tempo real" pela mídia, e cujo foco principal era a mulher do tal "MC Poze do rodo", foram apreendidos na casa de luxo do citado MC em um condomínio na Barra da Tijuca, carros de luxo, jóias de ouro de um "tamanho tão avantajado que faria corar o Rei Midas", e diversos ítens como relógios e outros objetos de valor. Diante de tanta opulência, fica no ar a seguinte conclusão, tendo em vista a "atividade laboral" exercida pelo funkeiro: o funk é o caminho da prosperidade a ser seguido pelos milhões jovens moradores de favelas; que os moradores das favelas "não podem reclamar", pois o dinheiro "jorra a céu aberto" nesses locais; que essa atividade gera milhares de "empregos cujos ganhos são estratosféricos". Segundo fontes da mídia, as "rifas" fazem parte de um grande esquema de jogos ilegais e de ocultação de ativos financeiros (leia-se lavagem de dinheiro). Mas seriam apenas ilações, não é mesmo?

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  7. Há 82 anos entrava em circulação o cruzeiro no lugar do padrão mil réis, vigente desde a colônia. O cruzeiro circulou até 1967, quando perdeu três zeros e virou Cruzeiro Novo. Este em 1970 foi renomeado para Cruzeiro, durando até 1986.

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  8. Bom dia.
    Praticamente criado em Copacabana, onde morei dos 7 aos 33 anos, tenho um carinho todo especial pela Princesinha do Mar.
    Morando em apartamento, a praia era meu "quintal" e pude acompanhar o antes e o depois do aterro e as transformações que a praia e o bairro como um todo sofreu.
    Os cartões postais de hoje retratam Copacabana ainda no período em que tinha, como dito pelo Joel no comentário acima, um "espírito mágico" e onde foi, na maior parte do tempo em que lá estive, uma delícia morar e crescer.
    Saudades.

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  9. Coincidência, ontem à noite estava vendo projetos na antiga Revista de Arquitetura disponível na hemeroteca da Biblioteca Nacional e, como não poderia deixar de ser, edifícios de Copacabana não poderiam ficar de fora. Da década de 30 tem inclusive o Edifício Ceará, citado algumas vezes pelo Menezes.
    Como sempre comparei com as fotos recentes do Street View e só as varandas foram fechadas com esquadrias, como em quase todos os prédios de uns tempos para cá.

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    1. Em tempo: ninguém confirma que o observador que aparece na foto mais recente, sentado em cadeira de plástico em frente à portaria, possa ser o nobre morador do Ceará.

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  10. Aos busólogos de plantão: o ônibus que vai na foto 5 é o mesmo que vem na foto 6?
    E na foto 6, à direita, é possível ver uma estranha sombra de homem colada na frente do paralama esquerdo. Mistério.

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  11. Dentre as várias lembranças, puxar o arrastão bem cedo e ver chegarem cardumes de peixes prateados brilhantes se debatendo e fazendo barulho sob o sol; visão inesquecível. A garotada correndo pra ver se pegava um fugitivo da rede. Depois os peixes eram separados e vendidos em lotes na areia mesmo.

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    1. Lembro que na peixaria que existia na Rua Bolivar vi uma vez uma enorme tartaruga marinha viva, em exposição.
      Ficou lá talvez uns dois dias e depois provavelmente virou sopa....

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  12. Bom dia Saudosistas. Realmente Copacabana era um orgulho dos Cariocas, mesmo para aqueles que não moravam no bairro. O bairro nesta época era um símbolo da cidade, oferecia o que de melhor havia no Brasil em todos os aspectos, modernidade, status, moda, comércio e tudo aquilo que influenciava no resto do País.
    Por que mudou?
    O que ocasionou a sua transformação para os dias de hoje?
    Onde nós (população) falhamos?
    Pode ainda Copacabana voltar aos seus dias de glória?
    O que precisaria ser feito?

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    1. O processo de decadência "planejada" pelo qual a cidade vem passando nos últimos 50 anos atingiu e continua atingindo a todos os bairros, sem exceção, com velocidade crescente, em momentos e com graus de impacto diferentes.
      A solução, se ainda houver, tem que ser abrangente e tratar a cidade como um todo.
      Não sou otimista, acho que - pelo menos a médio prazo - só vai piorar.
      (A realidade bate à porta: assaltos e roubos de carro à luz do dia com duplas em motos vêm acontecendo com cada vez mais frequência na General Glicério e ruas adjacentes, a "população em situação de rua" também aumenta a olhos vistos, todos os conhecidos da região têm alguma história para contar. Ah, e as bandalhas e barbaridades cometidas sem nenhum constrangimento pelos motoqueiros atingiu níveis estratosféricos)

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    2. Mário, as coisas vão piorar. A questão de "moradores de rua" é mais grave do que parece. Há fortes interesses para que essa situação não se resolva e ainda piore. Com um PIB maior do que a maioria das nações civilizadas, é inaceitável que existam mais de trinta milhões de miseráveis.

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  13. Pergunta aos experts: as ondas de pedras portuguesas passaram do sentido transversal para longitudinal depois da duplicação no final dos anos sessenta?

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  14. O anônimo aí de cima sou eu...

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  15. Não. Desde muito antes já havia épocas e trechos com desenhos diferentes. Qualquer dia desses faço uma postagem sobre a calçada através dos tempos.

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  16. A liberação de construção de prédios enormes e com todo tipo de "apertamento" e em grande quantidade, foi um dos fatores que fizeram a Princesinha envelhecer bastante.
    Muita gente poderia morar com mais espaço em outro bairro, porém preferiu o aperto na então chique Copacabana.

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  17. Sem falar que em tempos anteriores aos moteis ter quitinete em Copa era contado como uma boa vantagem para conquistas extra conjugais.
    A demanda justificava construir.

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    1. Esses apartamentos de encontros extraconjugais eram chamados de garçonnière. Meu pai me contou que seu pai comprou um desses em Copa, nos anos 50, cujos dias e horários de encontros amorosos, eram criteriosamente divididos entre meu avô, meu pai e meu tio.

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  18. Este comentário foi removido pelo autor.

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  19. Este comentário foi removido pelo autor.

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  20. https://copacabana.com/dados-sobre-copacabana
    Os domicílios de Copacabana (cerca de 82.239 - oitenta e duas mil e duzentas e trinta e nove - residências) tem em média 84,3 (oitenta e quatro) m2

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    1. Suponho que muitos apartamentos de 2/3 quartos com só 1 banheiro e poucos com vaga de garagem.

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  21. A "farra" dos apartamentos conjugados durou até 1957, quando um decreto da Prefeitura do DF pôs fim a tamanha de insanidade. A propaganda nos anos 40 e 50 "vendia" para chefes de família residentes no então longínquo subúrbio a maravilha que era morar à beira mar por um preço módico, esquecendo de mencionar que tais espaços eram tão exíguos que mal poderiam acomodar um casal de "pigmeus ou de habitantes de Lilliput. Um folder de 1952 mostra o lançamento do Edifício Alaska em Copacabana, que mais tarde se tornou um afamado reduto de pederastas e de prostitutas. Apartamentos com metragens que iam de 14 a 24 M2 fizeram a festa de muita gente que abandonou suas casas no subúrbio. A conta dessa insanidade não demorou para ser cobrada.

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  22. Hoje foi exibido na TV Brasil o programa "Brasil visto de cima" sobre o Rio, com alguns minutos dedicados a Copacabana. O programa acho que é de 2017, carecendo de confirmação.

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  23. Os quitinetes viraram febre em Copacabana por volta dos anos 40 porque naquela época, a turma com grana morava na Tijuca, Usina e Andaraí. Compraram esses pequenos imóveis somente para passar os finais de semana junto ao mar. Meu pai me contava isso. Ele morava na Tijuca e o pai de um amigo comprou um desses.

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