Foto 1 e 2: o Hospital do
Pronto-Socorro na Praça da República, inaugurado em 1925, foi a primeira
instituição pública do Brasil destinada às emergências clínico-cirúrgicas e
acidentados. No começo do século XX, tanto a União quanto o Município apenas
tratavam dos doentes infecto-contagiosos, dos mutilados e da assistência aos
alienados, nada fazendo em favor dos necessitados.
Na época, os hospitais eram:
Geral da Santa Casa, N. S. das Dores, da Gamboa, N.S. do Socorro, Hospício
Nacional, da Beneficência Portuguesa, das Ordens do Carmo, São Francisco de
Paula e da Penitência, além da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, do Central
da Marinha, do Exército e do Corpo de Bombeiros, o da Polícia Militar e a
Policlínica de Botafogo.
Das antigas Casas de Saúde que funcionavam nesta
época, citam-se a Dr. Eiras e São Sebastião.
A administração municipal só foi
inaugurar o Hospital de Pronto-Socorro em 1925, substituindo o Posto de
Assistência da Rua Camerino, contra a vontade dos médicos particulares que
consideravam haver concorrência desleal.
A assistência médica de urgência era prestada
apenas na zona central da cidade, chegando sua área de ação até a estação do
Rocha. Os doentes eram transportados pelos trens da Central até uma estação
onde pudesse chegar uma ambulância.
Em 1955, este Hospital de Pronto-Socorro
da Praça da República recebeu o nome de Hospital Souza Aguiar. Em 1965, no mesmo local, foi
inaugurado o novo Hospital Souza Aguiar, que teve sua construção iniciada em
1962 no Governo Carlos Lacerda. Neste período de obras o atendimento foi
transferido para o anexo do Hospital Barata Ribeiro, na Mangueira.
FOTOS 3 e 4: estas fotografias nos mostram as obras
do novo prédio do Hospital Geral Souza Aguiar, na década de 60, Governo Carlos
Lacerda. Vemos a fachada antiga, em frente à Praça da República e, atrás dela,
as obras do edifício atual. Considerado
a maior emergência da América Latina, o Hospital Souza Aguiar foi fundado em
novembro de 1907, quando a cidade tinha apenas 800 mil habitantes, e recebeu
este nome em 02 de junho de 1955, data do centenário natalício do Marechal
Francisco Marcelino de Souza Aguiar, antigo prefeito do Distrito Federal. A atual
denominação, Hospital Municipal Souza Aguiar, foi adotada em 1975, após a fusão
do Estado da Guanabara ao Estado do Rio de Janeiro.
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A fachada antiga era mais bonita.
ResponderExcluirComo era precário o atendimento no início do século XX.
Assisti a um vídeo de divulgação da rotina diária desse nosocômio no final dos anos 40. Mostrando locações interessantes e inéditas, comprovando a excelência do "serviço de assistência" utilizado. Com funcionários devidamente uniformizados, o vídeo mostra a decadência vertiginosa do "modus vivendi" carioca. Em 1948, meu tio, um "prócer da barbeiragem", "bateu de frente" com um lotação na Avenida Brasil. Foi removido para o "hospital de pronto socorro" e lá ficou por seis meses, submetido a várias cirurgias buco-faciais por excelentes dentistas, tendo um atendimento modelar. Mais uma vez eu tomo minhas as palavras do personagem de Jorge Dória:"Onde foi que eu errei?"
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirDeveriam ter mantido a fachada e o prédio antigos, nem que fosse para uma espécie de museu da saúde, mas teria que ver se não atrapalharia o acesso ao prédio atual.
O hospital N. Sra. Das Dores fica em Cascadura e foi inaugurado, salvo engano, em 1914, com vários registros do Augusto Malta. Recentemente foi cenário de série da Globo.
Caro Luiz, permita-me acrescentar 'a sua lista o hospital São Sebastião inaugurado ainda no império e que teve grande importância no enfrentamento às epidemias da época entre elas a de febre amarela que voltou à moda.
ResponderExcluirAssim como o edifício da Central do Brasil e do Ministério da Guerra, ambos na mesma do Campo de Santana, construíram o novo no mesmo terreno, sem demolir o velho antes de concluir a obra. Só não lembro se tem mais exemplos dessa tática em outros locais do Rio.
ResponderExcluirAté o momento, felizmente, não precisei de internação em hospital. Só passei alguma horas por fratura uma vez e torção duas vezes, todas em tornozelo. Vistas diárias eu, inclusive no Instituto Pasteur que não exite mais na Rua das Marrecas, fiz por conta de vacina anti-rábica, sem a qual correria o risco de não sobreviver até os 8 anos de idade.
Essa fachada antiga era muito bonita, me lembro bem da sua demolição nos anos 60. Mesmo com todos os problemas enfrentados, falta de material básico para curativos e cirurgias, equipamentos de diagnósticos quebrados, equipamentos para internação e locomoção de pacientes, falta de leitos, etc. Ainda seria o hospital que gostaria de ser levado de imediato em caso de acidente grave ocorrido na rua. Acredito ter ocorrido erro de digitação no texto, onde informa que a inauguração ocorreu em 1907, visto que em outro paragrafo informa a data de 1925.
ResponderExcluirNão vejo como mudar a situação da saúde pública no País, com a atual estrutura político administrativa do Brasil, a atual situação privilegia a corrupção, não premiando as boas práticas de administração pública.
Em 1907 foi inaugurado na rua Camerino, e em 1925 foi no Campo de Santana.
ExcluirEm 1907, na realidade, foi criado a Posto de Assistência Camerino, embrião do Hospital Souza Aguiar.
ResponderExcluirTenho estudado o HMSA e a arquitetura produzida para o novo edificio. vc diz aqui que foi inaugurado em 1965. Qual foi a fonte desta informação, pois não consegui achar. Inclusive,fiz pesquisa nos jornais de época.
ResponderExcluirGrata
Data de inauguração em 1965 provavelmente lida no Correio da Manhã.
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