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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

HOTEL MONROE




O prezado Achylles Pagalidis garimpou na Revista Fon-Fon, de 1926, fotos do Hotel Monroe.
“Com nove magníficos, amplos, commodos e luxuosos pavimentos com divisões adaptáveis aos fins destinados, com conforto e elegância, o palácio dos srs. Rocha Miranda Filhos Ltd. e Eugenio Honold, é o mais sumptuoso e bello edifício nos terrenos do antigo Convento da Ajuda. Foi seu constructor o notável engenheiro patrício Eduardo V. Pederneiras a quem o Rio moderno deve as mais bellas e magnificentes construcções.
O Hotel Monroe com cerca de cem magníficos appartamentos, destinados a receber famílias, casaes, ou simples hospedes, offerece uma nota original na industria hoteleira, e que ainda não era explorada entre nós.
 O Hotel Monroe, não tem cozinha. Offerece os seus apartamentos apenas com o café matinal, o que, porém, não o impede de satisfazer aos seus hospedes que desejam qualquer refeição nos respectivos quartos, pois tem um corpo de pessoal para tal fim.
Todos os apartamentos têm quarto de banho, e as unidades maiores, salas e ante-salas. Têm rêde telephônica, com um apparelho em cada quarto e é servido por dois ascensores.
As installações do moderno hotel foram feitas pela firma Alexandre Martins & Cia., antiga casa João Vidal.”
Continuo eu: Ficava na Praça Floriano nº 31-39, tinha como endereço telegráfico “Monrotel” e telefone Central 620. Ocupava os seis andares superiores do prédio que tinha o Cinema Glória no térreo.
Este cinema, que podemos ver na penúltima foto, foi inaugurado em 1925, teve o nome de Cineac Glória de 1941 a 1944, voltou a se chamar cinema Glória em 1944 e foi demolido neste mesmo ano de 1944. Tinha mais de 1000 lugares.
O Edifício Glória, com fachada em estilo eclético, integra o conjunto arquitetônico do antigo bairro Serrador, atual Cinelândia. Em 1989 teve sua fachada tombada pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Em 2007 o edifício teve o interior totalmente reformado e modernizado e a fachada restaurada no estilo original. Atualmente, de propriedade da BR Properties, o edifício Glória é ocupado pela Caixa Econômica Federal.
A última foto é uma panorâmica da Cinelândia nos anos 20.
 
 

20 comentários:

  1. Um dos crimes arquitetônicos do Rio de Janeiro é a existência de três espigões na Cinelândia, dois nessa vista de 1920 e um na calçada oposta. Tem ainda o prédio envidraçado da Justiça Federal, mas este, pelo menos, não é tão alto. Ainda bem que o Prédio do Hotel Monroe ainda está lá. Nos anos 50, eu me lembro dos cinemas Odeon, Império, Pathé e Capitólio, creio que na ordem, do mar para o Teatro. O Cine Glória não virou o Império?

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  2. "Bom dia".

    De vez em quando passava nessa agência da CEF e nem desconfiava da história do prédio. Alguns vizinhos não tiveram a mesma sorte.

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  3. Bom dia Luiz, pessoal,
    Pois é, este ainda sobrevive no "quarteirão de cinemas" da Cinelândia.
    Chama a atenção o grau de esmero em divulgar um filme nos anos 20, montavam praticamente um carro alegórico na fachada do cinema! E olha que provavelmente era um média metragem e mudo. Mas na época, deveria ser o máximo.
    Estivesse o cinema de pé, seria com certeza uma igreja.
    A mansarda curva ainda é visível, atualmente pintada de verde.

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  4. Bom dia a todos. Uma bela construção, a cidade do RJ sempre foi muito desprovida de hotéis, mesmo agora após a Copa do Mundo e as Olimpíadas quando foram construídos vários hotéis, continuamos com poucos hotéis, isto se comparado com outras cidades onde o turismo é a principal fonte de renda da cidade, como poderia ser o caso do Rio de Janeiro, que não explora esta atividade pelas razões que bem conhecemos. Já quanto ao Cinema Gloria, tenho uma fotografia deste Hotel na minha coleção de fotografias de Cinemas do Rio de Janeiro, inclusive já foi publicada no antigo SDR do Terra.

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  5. Nunca soube deste hotel Monroe. Ainda bem que foi preservado. Toda a área deveria ter respeitado o Municipal, a BN e o MNBA. O conjunto lembrava Paris como já vimos em fotos aqui publicadas.

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  6. Também não me recordo nada referente a este hotel,mas tenho certeza que era refrescado pela Calango.Conseguiu escapar da demolidora?Tanto melhor.O filme ainda importava ladrão,o que hoje fica mais fácil de ver nas áreas políticas.Outros tempos!!!

    FF: O Flamengo não vai chegar a lugar nenhum.Só com milagre e parece que a diretoria ainda acredita que ele aconteça.Mais um ano na espera.

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  7. Interessante mesmo, Um mistério ou milagre ainda existir.
    Pertence a quem atualmente ?

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    1. A resposta está no penúltimo parágrafo do texto.

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  8. Os "reclames" de antanho mostram que um banheiro no quarto "era um luxo", provando que "o ranço" lusitano ainda era muito forte. Banheiro privativo é uma exigência obrigatória atualmente. Ainda no "ultimo quartel do Século XX" era comum encontrar motéis na Barra da Tijuca com "banheiro coletivo", um assombro! Existem fotos na internet que mostram uma "Casa de banho" no Largo da Carioca em 1905. Nas casas em "estilo compoteira" o banheiro no fundo da casa era quase uma curiosidade. Não sei o que funciona lá atualmente mas deve ser bem precário...

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  9. Não entendi o histórico. O prédio na primeira foto é diferente do que aparece na panorâmica. Foi demolido e reconstruído em 1944?

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  10. Agora me localizei. Achei que era o prédio do bar Amarelinho, junto à Câmara dos Vereadores. O prédio correto está na esquina seguinte.

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  11. Hotéis desse porte não existem na zona norte. Grandes hotéis só na zona sul e na Barra, além do centro. Existem "hotéis" como o Bariloche, o Vila Verde, o Tijuca (ex-Pareto), etc, que na verdade são "camas quentes" (nunca esfriam). Havia no passado uma gafieira na Tijuca que funcionava na Conde de Bonfim no sobrado que existe na esquina de rua Pareto que tinha o nome de "Mela cueca", isso nos tempos do Mercado São Lucas, dos "Cosme e Damião", e dos "13 cinemas". A frequência era composta de "elementos oriundos das camadas populares" e como era quase anexa ao Hotel Pareto, as coisas ali ferviam. Os preços eram módicos no hotel e o "período era de meia hora". Que velocidade. A menos de um quilômetro adiante, na Rua Haddock Lobo existe o Vila Verde, um pouco melhor, e trezentos metros além, o Bariloche. Apesar desses "estabelecimentos" se localizarem na Tijuca, "nunca fizeram parte de minha jurisdição"...

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    1. Existe também um tal Cprynto ma Maxwel se náo me engano.

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    2. Existem o Corinto na Maxwell e o Te Adoro na Teodoro da Silva que são de um nível razoável. Existe um entretanto, na Teodoro da Siva entre Vianna e e Mendes Tavares e que custa R$ 20,00 o período. Só não sei se é. Por dia ou por semana...

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    3. Tem o Hotel / Motel Palácio do Rei na R. Haddock Lobo.

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  12. Sou mais um que não lembro de ter ouvido falar desse hotel.
    O criador dos cartazes da fachada do cinema eram os mesmos dos carros alegóricos das sociedades carnavalescas de antigamente?
    No cartaz do alto roubaram várias letras do "Ladrão de Bagdad".

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  13. Tico-Tico no fubá ou Samba de uma nota Só é assim que joga o Flamengo em sua mesmice a cada jogo e deixando o torcedor cada vez mais irado,pois não dá para entender o que está sendo feito.Mais uma vez o adversário deixa a bola com o time e ele nada faz pois não sabe como atacar e principalmente finalizar.A cada dia a incompetência é mais acentuada e o Mosquito sem pilha dando uma de professor que não fala e não diz coisa com coisa.Não sabe sair da arapuca pois não tem bala na agulha e força sobre um monte de figurão que recebe os tubos para jogar um nada. É um time sem esquema tático e com vários defeitos técnicos que levam para o nada.Pode colocar o CR 7 na frente com Messi ao lado que não vai resolver pois não tem forma de jogar. Os laterais são figuras de folclore e os meias não avançam.Estou cada dia mais injuriado e vamos bater cabeça mais uma vez.

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  14. Existe um Bariloche também em Realengo, na rotatória da Av Brasil. Também bem antigo, surgido na febre do surgimento de motéis, no início dos anos setenta.

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