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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

RUA SAINT ROMAN





 
Em fotos enviadas pelo JBAN vemos a antiga casa da Rua Saint Roman nº 154, em Copacabana.

Ali morou o Dr. Carlos Sylla, avô da Dra. Psicóloga, engenheiro, que foi presidente da Central Elétrica de Piau, em MG, entre outras atividades. Gaúcho, apreciava os cavalos, tendo sido proprietário de Thebibe, vencedor do prêmio Club Sportivo de Equitação, no Jockey Club Brasileiro. Entre seus “hobbies” estava também a aviação. Nos anos 20 transformou em aeroplano uma “baratinha” e, neste aparelho que denominou “Melindrosa”, transportava diariamente para Torres, desde Porto Alegre, seus amigos, em meio a evoluções audaciosas e longos voos, segundo o Correio da Manhã.

A Rua Saint Roman vai da Rua Sá Ferreira, entre Raul Pompéia e N.S. de Copacabana, até perto do Hospital de Ipanema, na confluência das ruas Antônio Parreiras e Piragibe F. Aguiar, em Ipanema.

Infelizmente as belas mansões desta região, que em determinada época faziam sucesso entre militares de alta patente e figuras da alta sociedade, foram prejudicadas pela expansão da favela Pavão/Pavãozinho/Cantagalo que une Copacabana a Ipanema. São frequentes os tiroteios na região, atualmente.

O nome da rua é homenagem ao Visconde Serre de Saint-Roman, ás da aviação francesa, que faleceu na travessia do Atlântico Sul, num voo de Saint-Louis do Senegal para Recife, no Brasil. Saiu no avião Goliath, denominado “Paris Amérique Latine”, em 05/05/1927, vindo a desaparecer nas costas do Pará.

24 comentários:

  1. Meu amigo Muricy é filho de militar, pioneiro da aviação militar do Exército e morou a vida de solteiro em uma bela casa, de onde se via o mar, antes de Copacabana virar um bloco de concreto.
    Ali, seu pai fazia a manutenção do La Salle da família e passou o gosto mecânico para ele, que hoje é referência internacional em Cadillac e La Salle antigos. Seus pais ficaram até os últimos dias ainda na casa (diga-se de passagem, não tiveram maiores problemas).
    Há uns 10 anos, o Muricy vendeu a casa, já na condição de herdeiro, por um vigésimo do seu valor venal para uma organização religiosa. A deterioração dos arredores foi acelerada, uma das muitas consequências das administrações populistas que elegemos. Santa Teresa não foi diferente e cada um dos comentaristas certamente terá depoimentos a oferecer a respeito.

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    1. Pelo menos este amigo do Biscoito vendeu a casa para um destino mais apurado:organização religiosa. É o que digo,colecionar fiéis sempre é um bom negócio.Eu é que estudei a teologia que não devia....

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  2. Sempre que vejo um imóvel como este penso na instalação de um templo com dízimo gordo.Mas virou sonho e a realidade é conviver com tarjas verdes. Muito interessante descobrir quem foi o homenageado com o nome na rua e sua origem.
    Esta semana é decisiva e fico ainda mais descrente com tudo ao saber que em Minas ,dona Dilma tem 30 por cento das intenções de vota para o Senado

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  3. Quando estava no Ginásio tive uma professora particular de Português (acho que agora chamam de "explicadora") que morava numa bela casa na Sá Ferreira, vizinha da Saint Roman. Tinha um belo pomar, onde eu ficava esperando a hora da aula, por chegar sempre adiantado. Quando se observa o que é Copacabana e este local em especial é de sentar no meio-fio e chorar lágrimas de esguicho.
    Este trecho, ainda antes da abertura do Túnel Sá Freire Alvim, era super-tranquilo. O Candeias que o diga.

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  4. Bom dia a todos. Bela casa, o local parecia ser bastante aprazível na época, já ouve época no Brasil que os ricos gostavam de morar no alto, porém mudamos de hábito e passamos a gostar de morar próximo ao mar. Já quanto a degradação de locais pelo surgimento de favelas, podemos agradecer ao Brizola, hoje 50% da cidade está envolta por favelas, algumas localidades até as áreas antes residenciais se transformaram em favelas, como na maioria dos bairros da Leopoldina, a região de Benfica, Jacaré, Triagem, estes já se tornaram basicamente favelas. Aguardem que não passa de mais 20 anos para que também a zona sul seja tomada pelas favelas. E como mudar e acabar com esta situação?

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    1. A resposta é simples, apesar de desagradável para alguns. Leis duras, combate à corrupção, e tolerância zero em todos os campos da vida prática, inclusive abolindo o "politicamente correto", e o vitimismo. Além disso educação de qualidade em tempo integral.

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  5. Informações do JBAN: O Dr. Carlos Sylla era um empreendedor nato. No Sul do Brasil foi construtor de pontes por todo o RS quando trabalhou como engenheiro.
    Foi dono da Água Mineral Charrua (existe até hoje) e um dos fundadores do Golf Clube de Porto Alegre. Foi também um dos fundadores e presidente da Cia. de Ferro Ligas, em Honorio Gurgel.
    Depois da Saint Roman mudou-se para a Praça Eugênio Jardim onde viveu até falecer.
    Não tive a sorte de conhecê-lo.
    Nas fotos vemos D. Norma Sylla e Caio Sylla, filhos de Carlos e Iracema Sylla. As fotos são do acervo de Norma Sylla do Amaral Peixoto, já falecida.

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  6. Junto com a Ladeira dos Tabajaras esta área vizinha à Sá Ferreira é das piores de Copacabana. A quantidade de assaltos é impressionante. Tiros nas janelas dos apartamentos também. Além dos bailes funk que varam as madrugadas. Os imóveis não valem nada por lá.

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  7. Meu pai foi amigo de infância do Caio Sylla. Lembro do seu pai na casa de Nogueira, quando eu era criança.

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  8. Locais aprazíveis destruídos, patrimônios desvalorizados, rotinas familiares alteradas, lembranças perdidas, e ainda assim há pessoas que abordam esses temas de forma pachorrenta e ficam indignadas quando "alguém eleva o tom" de protesto sobre tal estado de coisas. O relato do "gerente" mostra um "quase paraíso" que virou inferno e nada foi feito. Daqui a alguns anos "esse estado de coisas" estará dentro de vossas casas e toda a educação, tradição familiar, e patrimônio, estarão destruídos. E o que fazer depois? "Reclamar com o bispo?" Estamos vivendo uma espécie de momento decisivo em nossas vidas, apesar de alguns "arlequins" obviamente doutrinados não possuírem bagagem cultural para entender tal encruzilhada. Faz sentido esse desnível, afinal estamos vivendo uma transição planetária ou um "juízo final" para muitos. A própria existência da população da Terra é marcada pelo contraste de civilização, educação, e adiantamento espiritual, que será nivelado por cima, e o resto encarnará em um plano muito abaixo. O Mauro xará, espírita praticante, conhece bem o assunto e haverá de concordar. Depois dessa transição planetária 30% dos encarnados encarnarão em locais semelhantes à "Suécias ou Noruegas" onde não existirão guerras, miséria, ou doenças. Em contrapartida, os espíritos mais atrasados, sofredores, e carentes de um adiantamento espiritual, encarnarão em locais cuja "energia" é idêntica aos locais onde vivem atualmente, tais como nações africanas, locais remotos da Oceania, favelas cariocas permeadas pela violência, ou mesmo as sofridas áreas dos sertões da zona oeste e região do BRT.

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  9. Boa tarde, Luiz, pessoal,
    Em outros tempos, era comum fotos como estas aparecerem em revistas de grande circulação, como a Ilustração Brasileira, com reportagens sobre a casa de pessoas de boa situação financeira.Mostravam tudo, até o cachorro.
    Imagine-se isto hoje em dia!!!

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  10. Boa tarde,
    Linda casa, com toda aquela vegetação nativa vizinha ao morro, devia ter um clima ótimo, com temperaturas bem mais amenas durante o verão.
    Quanto as eleições, assunto sobre o qual nunca me manifestei por aqui, e nem voltarei a fazê-lo, gostaria que os eleitores, ao apertar 17 na urna, fossem imediatamente teletransportados para a Alemanha de 1944.
    Há braços

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    1. O comentarista acima tem lá suas razões em radicalizar com este factoide que estão mandando para o ar com o numero 17 e eu já estou cansado de jogar meu voto na lata do lixo.Pergunto então ao moço em quem votar pois não voto mais no PT e os outros parecem figuras viciadas onde os líderes das pesquisas também se encaixam.

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    2. Como já disse, não sou proselitista. Mas ao contrário de muitos expresso minhas opiniões "de cara limpa", sem fazer uso de alcunhas. E como "este sítio" é "quase um clube fechado", imagino que os "anônimos" me conheçam bem e saibam em quem votar. Sugiro tambem que "desçam do muro e o façam de "cara limpa". Afinal já que todos tem suas convicções políticas, por que não assumi-las?

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  11. Em 1960 meu avô paterno comprou um sítio na paradisíaca Santa Cruz da Serra, distrito de Duque de Caxias. Grandes matas, cacheiras límpidas, e uma quantidade de pássaros silvestres impressionante. Foi lá que aprendi a andar de bicicleta, conhecer pássaros, e armar armadilhas. Meu avô resolveu montar uma granja lá, pois estava prestes a se aposentar na Alfândega. Em 1977 resolveu vendê-la, já que a região começava a se favelizar e ele já estava com 77 anos. Em 2010 eu resolvi ao voltar de Petrópolis, rever o velho sítio e não consegui. Alem de um crescimento absurdo na região, a favelização, a invasão de terras, e a desordem pública fizeram do local um lugar perigoso. Um lixo comparável à Cidade de Deus, Lote XV, ou Jardim Catarina, em São Gonçalo. E o que diriam os aqueles que "apreciam o alheio" e endossam esse tipo de populismo? Quantos tiveram seus imóveis invadidos por pessoas orientadas por essa política comunista? Atualmente muitos dos que foram em um passado remoto entusiastas da Nova República, perceberam que o governo militar foi prematuro ao deixar a administração do Brasil. Erros aconteceram no passado, mas nada que se assemelhe ao limbo em que o país se encontra. E agora?

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  12. Adicionei uma foto do avião "Melindrosa" do Dr. Sylla, enviada pelo JBAN.

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  13. Quando criança (devia ter entre cinco e dez anos) minha família costumava ir visitar um casal de tios que moravam na Rua Saint Roman. Era um lugar muito aprazível e da varanda do pequeno prédio, em que meu tio morava, dava para ver os fundos de uma casa que possuia um belo jardim. O que muito me impressionava, quando lá ia, era ver uma arara que lá ficava em uma gaiola, nesse belo jardim. Me lembro, ainda, que íamos à praia e, quando voltávamos tomávamos uma chuveirada para tirar o sal e o óleo Dagelle que havíamos colocado para enfrentar o sol. Agora, através do GSV dei uma volta pela rua Saint Roman. Que decadência, meu Deus !

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  14. Este avião é um Caudron G3, de 1913. Existe um exemplar no MUSAL. Ao que parece, havia outros voando por aí. O mais interessante é que as pessoas estão com roupas de banho, bóia incluída.Ele descia na praia?

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    1. Devia ser uma viagem e tanto! Reabastecimento a cada 4 horas, velocidade típica de menos de 100km por hora... eu tinha vontade de voar em um destes... A coragem dos pioneiros era extraordinária.

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  15. A RUA SAINT ROMAN é um exemplo gritante da desordem urbana que assola este estado desde de décadas passadas quando começou o desmonte da Av.Atlântica. Rua "Nobres" no passado hoje podem estar ocupadas por favelas e inúmeros puxadinho não lembrando em nada o passado glamouroso. Tenho essa experiência na carne quando morei no Rio Comprido na Praça Dr.Del Vechio na década de 70. O local era simplesmente notável para se viver. Florestas, subida para o Sumaré, ví o Papa subir para pernoitar lá no Palacete da Mitra, etc. Meia noite muitas vezes fazíamos tertúlias no centro da Pça sem que notássemos qualquer perigo. Eu era feliz naquele local até que na década de 80 o Governo Brizola liberou a ocupação do morro ao lado e em menos de um mês estava instalado o caos. Sai de lá batido por causa de um assalto no meu prédio. Até logo, bati a porta e não levei nem a escova de dentes. Ficaram os sonhos. Assim deve ter acontecido com o moradores da Ladeira Saint Roman.

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    1. Em 1984 eu trabalhava na 18 D.P e ocasionalmente subíamos até o Sumaré pela Paula Franssineti e pela Praça Del Vecchio e aquela região já "inspirava cuidados" mas não havia marginais armados com fuzis e a polícia era respeitada. Nessa época os políticos ainda não tinham assumido o controle do tráfico de drogas e as forças de segurança ainda podiam trabalhar. Brizola havia sido eleito em 1982 juntamente com lixos do tipo Juruna e Benedita da Silva. O esquema "narcocriminoso" ainda estava em formação. Era possível naquele tempo "fazer polícia". Naquela época a 18 D.P era comandada pelo delegado Hélio Vigio, lendário caçador de bandidos, conhecido como "a lei do cão". É bom lembrar que AINDA vivíamos no governo militar e que "os tempos eram outros".

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  16. Eu conheci a Praça Dr.Del Vechio nessa época, Menezes, quando ainda era uma maravilha. Realmente, as coisas mudaram muito, para pior, em nossa cidade...

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  17. Fui fazer um trabalho num projeto social, até bem interessante, escola e creche que atendem pessoas da comunidade que foram instaladas na rua Saint Roman( eu nunca havia ido) em casas antigas e notei que estas casas que se transformaram nesta escola eram lindas, com banheiros de acabamento de mármore, e armários embutidos nas paredes feitos de madeira nobre,vitrais agora desgastados, arquitetura dos anos 40 ou 50. Resolvi pesquisar e encontrei este artigo. Realmen te ali haviam residências maravilhosas. Uma pena....

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