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quarta-feira, 18 de maio de 2022

PRAÇA N.S. AUXILIADORA

A Praça N. S. Auxiliadora fica no Leblon (ou Gávea), em frente ao Clube de Regatas do Flamengo, entre as ruas Mário Ribeiro, Doutor Marques Canário, Ministro Raul Machado e Gilberto Cardoso. É a antiga Praça Miguel Pereira. Foi criada quando da inauguração do estádio do Flamengo, em 1938. A alteração do nome de Miguel Pereira para N.S. Auxiliadora deu-se em 1956. 

Vemos o estádio, tendo à esquerda o espaço onde se fez uma picadeiro de equitação (mais à esquerda, fora da foto, ficava a Favela da Praia do Pinto). Atrás da arquibancada fica a Praça N.S. Auxiliadora e, mais ao longe, funcionou o 8º GEMAC. À direita, fica o Jockey Clube.


Foto do Estádio da Gávea, do Flamengo, na Praça Nossa Senhora Auxiliadora, na década de 1970. Este estádio foi inaugurado em 1938 e até a abertura do Maracanã, em 1950, foi palco dos jogos do Flamengo. A maior conquista neste estádio foi o tricampeonato carioca de 1942, 1943 e 1944. Atualmente essa praça abriga um CIEP, construído durante o Governo Brizola, chamado atualmente de CIEP Nação Rubro-Negra. Também há na praça o Escola Municipal George Pfisterer.

A entrada para o clube, até meados dos anos 60, era por este lado, pois do outro lado o terreno terminava na Lagoa. No início dos anos 60 com a construção do trecho da Av. Borges de Medeiros entre o Caiçaras e a Rua Mário Ribeiro, foi então construída a nova sede do Flamengo.


Esta foto mostra um período em que a praça estava meio abandonada. Um reboque foi deixado nela, tal como em muitas outras praças do Rio, quando da retirada dos bondes de circulação.

Ao fundo vemos o Jockey e parte do que seria a ampliação do Hospital Miguel Couto.


Nos anos 60 na Praça N.S. Auxiliadora havia um ponto para exame de habilitação do Depto. de Trânsito. Naquela época não era obrigatório, pelo menos inicialmente, se inscrever numa autoescola. Tirava-se um "papagaio", que dava direito a aprender a dirigir acompanhado por qualquer pessoa que tivesse uma carteira de motorista. 

Em volta da praça eram feitas as provas de "baliza" para todos os candidatos. Depois saía uma fila enorme de motoristas, cada um em seu próprio carro (ou no da autoescola), fazendo a prova de "trânsito" pelas ruas do Leblon e a prova de "ladeira" na área hoje ocupada pelo Jardim Pernambuco, no final do Leblon. Os examinadores iam passando de um carro a outro, até terminar a fila.

Outros tempos, tão diferentes que, naquela época, a elite ainda não tinha isolado o Jardim Pernambuco, tomando posse de uma parte da cidade, com acesso vedado aos mortais comuns. Hoje em dia são cancelas e guardas de segurança em todas as entradas e saídas. Isto é legal?

12 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Só não digo que é área fora da minha jurisdição por causa de duas idas ao Miguel Couto nos anos 90, acompanhando minha mãe, quando ela luxou o braço e precisou engessar. Não havia ainda o atual Lourenço Jorge. Além de ser passagem para o túnel.

    De resto, acompanharei os comentários.

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  2. Bom Dia! Vou acompanhar os comentários.

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  3. A foto da Praça e do reboque mostra que a região do Leblon e da Gávea não recebia do Poder Público a mesma "atenção" dispensada atualmentente, e os motivos não vou comentar. Foi nesse local que minha mãe prestou "exame de direção" em 1965. O treinamento também acontecia naquelas ruas pouco movimentadas. O homem que aparece de uniforme cáqui é um Policial Civil, pois à Polícia Civil competia a fiscalização do trânsito no Estado da Guanabara. Quanto ao fechamento das ruas no Jardim Pernambuco, tal situação acontece em razão de leniência e corrupção do Poder Público e em parte por afasia ou desinteresse por parte de moradores da região, já que se omitem ou se acovardam. Como diria o falecido Wagner Montes, "assombração sabe para quem aparece"...

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  4. Em algumas ruas do Humaitá essa situação acontecia e há alguns anos eu fui a um evento na casa noturna "The Balroon" e apesar de existir uma cancela, eu estacionei o carro. A descer do veículo fui interpelado por um "cidadão" que perguntou para onde eu iria e pediu que identificasse. Respondi que iria à uma casa noturna e completei a fala dizendo que a "a rua era pública, e foi então que ele pediu-me que mostrasse algum documento. Não é preciso dizer além de não mostrar documento, solicitei o auxílio da PM para conduzir o "cidadão" para a Delegacia. O homem era "segurança particular" da rua, não era policial, e tinha sido contratado pelos moradores, uma situação manifestamente ilegal, mas que acontecem em muitos lugares e ninguém contesta. Essa situação pode atualmente ser tipificada no Artigo 288-A, "Constituição de milícia privada", cujas penas variam da 4 a 8 anos de reclusão.

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  5. Com certeza o projeto da arquibancada previa uma ampliação que nunca foi realizada.
    Como já comentei anteriormente, para encerrar discussões, metade do campo do Fla fica na Gávea e outra no Leblon, divisão que pode ser estendida para a praça.
    Cheguei a brincar em reboques desativados de bonde, mas em outras praças.
    Acho que só no exame ainda pode usar o carro ao gosto do freguês, não necessariamente da auto-escola.
    Na fila de carros o predomínio dos carros nacionais. Chuto que tem um Dodge na frente do Jeep e Mercedes Benz de cor escura indo embora lá na frente.
    Impedir a passagem de pedestres em logradouro público só eventualmente, por motivo muito bem justificado e com permissão das autoridades competentes.

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  6. Bom dia Saudosistas. Área fora da minha jurisdição, como contribuição, digo que a N. Sra. Auxiliadora nunca foi tão necessária ao Flamengo como nos dias de hoje, rs, rs, rs.....

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  7. Pela primeira foto dá para entender como foi realizado o famoso "Fla-Flu da Lagoa", decisão do Campeonato Carioca de1941, em que os jogadores tricolores isolavam as bolas do jogo para a Lagoa Rodrigo de Freitas, objetivando fazer o tempo passar, e evitando uma vitória do Flamengo.

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  8. Em tempo, na última foto pode-se contar nos dedos os carros que NÃO são fuscas ou kombis.

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  9. Lei nº 6206/2017 Data da Lei 21/06/2017

    O Presidente da Câmara Municipal do Rio de Janeiro nos termos do art. 56, IV combinado com o art. 79, § 7º, da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, de 5 de abril de 1990, não exercida a disposição do § 5º do art. 79, promulga a Lei nº 6.206, de 21 de junho de 2017, oriunda do Projeto de Lei nº 943 de 2011, de autoria da Senhora Vereadora Rosa Fernandes.

    LEI Nº 6.206, DE 21 DE JUNHO DE 2017.

    Dispõe sobre o fechamento ao tráfego de veículos estranhos aos moradores de vilas, ruas sem saída e travessas com características de rua sem saída.

    Art. 1º Fica autorizado o fechamento ao tráfego de veículos estranhos aos moradores de vilas, ruas sem saída e ruas e travessas com características de ruas sem saída de pequena circulação de veículos em áreas residenciais, ficando limitado o tráfego local de veículos apenas aos seus moradores e visitantes.(...)
    ...
    Câmara Municipal do Rio de Janeiro, 21 de junho de 2017.
    Vereador JORGE FELIPPE
    Presidente

    Publicado no D.O.M. de 22 de junho de 2017.

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    1. Anônimo, a rua onde aconteceu o fato narrado por mim "tem saída por dois lados, assim como algumas ruas do Leblon, uma característica "não contemplada" pela a Lei exibida em seu comentário. As práticas previstas na Lei 12.720/12 e no artigo 288-A são comuns nessas "ruas fechadas" graças à leniência ou "algo mais" das autoridades. Curiosamente os substantivos compostos "Câmara de Vereadores" e "Milícia Privada" são redundantes...

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  10. A lei orgânica do município do RJ ( a constituição do Municipio) diz que: Art. 408 - O licenciamento de obras ou de funcionamento depende de parecer prévio sobre o impacto no volume e no fluxo de tráfego, nas áreas do entorno.
    Falam do tráfego, mas não falam da construção de prediso em ruas pequenas sem vagas na garagem. A Mozak esta deitando e rolando no JB e breve ruas ficarão atulhadas. Absurdo.
    Na época das fotos a frota do Rio era insignificante, mas hoje....

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