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sábado, 21 de maio de 2022

DO FUNDO DO BAÚ - TV

O “DO FUNDO DO BAÚ” de hoje traz lembranças das primeiras quatro emissoras de televisão do Rio e que já não mais existem.


Na década de 1950 a TV Tupi, Canal 6, a primeira do Rio, começava a funcionar no final da tarde. Os estúdios eram na Urca, onde funcionou o Cassino. Era famosa a figura do "indiozinho", o chamado "sinal de espera". Quando entrava no ar, havia que acertar a antena, para diminuir o "chuvisco". E a toda hora levantar para corrigir a imagem, com os controles de "horizontal" e "vertical". Sempre tinha o "Falcão Negro", com Gilberto Martinho, tendo o Jece Valadão e o Dary Reis como os vilões. "Gladys e seus bichinhos", com Gladys contando histórias e desenhando, ao vivo, era espetacular. E a Virginia Lane como o Coelhinho Teco-Teco. Uma vez por semana o "Circo Bombril" com o Carequinha. Em 1955 foi lançado o primeiro programa de perguntas e respostas da TV brasileira, "O Céu é o Limite", comandado por J. Silvestre, patrocinado pela Varig (Ilka Soares, belíssima, usava o uniforme de uma aeromoça). Ainda no Canal 6, havia o "Grande Teatro Tupi", com Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Maria Della Costa, Walmor Chagas, Italo Rossi; o "Teatrinho Trol" com Norma Blum de princesa, Roberto de Cleto, Fabio Sabag e Zilka Salaberry como a bruxa; "Almoço com as Estrelas", aos sábados, com Aerton Perlingeiro; a "Tarde Esportiva", aos domingos, com Oduvaldo Cozzi, Ruy Viotti, Ari Barroso e José Maria Scassa. "Câmera Um", com Jacy Campos; todo dia às 20 horas o "Repórter Esso", com o Heron Domingues ou o Gontijo Teodoro; "Noite de Gala", às segundas-feiras, patrocínio do "Rei da Voz", do Abrahão Medina. Os programas de auditório com o Carlos Frias; os "Espetáculos Tonelux" com a Neide Aparecida; os musicais com Jackson do Pandeiro e Almira, Ivon Cúri, Luiz Gonzaga. O "Clube do Guri" com Collid Filho.


A TV Rio, com estúdios no Posto 6, foi uma das mais simpáticas emissoras nos anos 60. Eu frequentava o auditório às sextas-feiras para ver as vedetes do “Noites Cariocas”. O TV Rio Ring e a Resenha Facit eram sensacionais nos finais de semana. Muitos “shows” de música conduzidos pelo Murilo Néri. Às vezes atrações internacionais. Em determinada época chegou a transmitir jogos de futebol de praia com o Luiz Mendes. O telejornal era conduzido pelo Leo Batista. 

Se não me falha a memória as séries como "Patrulha Rodoviária", com Broderick Crawford, "Os intocáveis", com Robert Stack, "Combate", com Vic Morrow, "Peter Gunn", com música de Henry Mancini, eram ótimas e passavam na TV Rio.

A TV Rio tinha uma associação com a TV Record de São Paulo e, se não me engano, transmitia os grandes festivais da canção dos anos 60. 

E transmitiu ao vivo, como conta Elio Gaspari em "A Ditadura Envergonhada", um episódio famoso de 1964: "A revolta militar que em mais de 24 horas não produzira uma única troca de tiro, acabara de ter seu grande momento, com o general Montagna tomando o QG da Artilharia da Costa, ao lado do Forte de Copacabana, em 1º de abril de 1964, no qual havia militares leais a João Goulart." As más línguas dizem que o sentinela não entendeu nada do que acontecia...



Outra emissora do Rio, nessa época, era a TV Continental, Canal 9, mas com pouca audiência. Propriedade de Rubens Berardo, deixou frustrados todos os amantes de futebol que pensavam que teria uma grade parecida com a da Rádio Continental, com muito esporte. Aos domingos, durante certa época, após o filme de Ivanhoe, passava o vídeo-tape do jogo do Maracanã. O Armando Marques tinha um programa sobre regras de futebol. Certa vez fui assistir, fui sorteado para responder a uma pergunta e ganhei um pequeno prêmio por ter acertado. Ficava na Rua das Laranjeiras.


A TV Excelsior funcionou no Canal 2, no Rio de Janeiro, a partir de 1963. Os estúdios da TV Excelsior eram na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, no prédio onde funcionou o grande cinema Astória e, anos depois, o cinema Bruni 70. Com muito dinheiro, a TV Excelsior, a par de muito bons técnicos, chegou no Rio contratando, de uma tacada só, grandes nomes da TV Rio, Canal 13, a emissora que mais fazia sucesso na época, junto com a TV Tupi, Canal 6. 

Na TV Excelsior, os programas de música brasileira eram um grande sucesso (assisti no programa da Elis, ao vivo, uma das primeiras apresentações de Gilberto Gil no Rio de Janeiro). Também se destacavam os programas humorísticos (com o "cast" que veio da TV Rio), o famoso "Telecatch Montilla" com Ted Boy Marino, Mongol e Verdugo, e as séries filmadas como as do Dr. Kildare, Ben Casey, Missão Impossível e Jornada nas Estrelas. 

PS: os textos acima foram escritos de memória. Convido os comentaristas a dizer outros tantos grandes programas do início da década de 60.

56 comentários:

  1. A TV, lá em casa, chegou em 1960. Eu via, com prazer, O Falcão Negro, mesmo vendo que as espadas eram de madeira. Antes disso, eu fui televizinho de Patrulha Rodoviária, às sextas-feiras, acho que 20:00h.

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  2. Olá, Dr. D'.

    Da TV Tupi só lembro, mal e porcamente, do Capitão Aza, por causa dos meus irmãos, e do Flávio Cavalcanti. As novelas, por causa dos remakes e adaptações posteriores. O final da emissora foi deprimente, com vários programas antigos se perdendo com a reutilização das fitas.

    A TV Rio original não é da minha época. Só peguei a versão dos anos 80, que durou pouco, até ser comprada pela TV Record, segundo alguns relatos, de maneira estranha, mesmo antes da fase IURD.

    As outras duas, só por matérias de arquivo. O canal 9 de que me lembro é a TV Corcovado, do SS. O canal 2 era a verdadeira TV Educativa.

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  3. Faltou nessa postagem a TV Globo, cuja inauguração se deu em Abril de 1965. Segundo rumores, Roberto Marinho foi agraciado com isenção fiscal do equipamento importado dos EUA como prêmio pelo apoio dado ao movimento de 1964. Me lembro do programa infantil "Capitão Furacão" onde a menina Elisângela auxiliava Pietro Mário, e da Sessão das dez onde Célia Biar de piteira apresenta os filmes em companhia do gato Zé Roberto. A resenha Facit foi apresentada também na TV Globo. O fato ocorrido em 1967 no qual Castor de Andrade entrou armado do estúdio para interpelar João Saldanha ocorreu nós estúdios da TV Rio.

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    1. Quando a Grobo entrou no ar, o primeiro programa que foi o Gato Felix.

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  4. Minha avó era "fã" do programa J. Silvestre, no meu entendimento um "chato". A tal "noivinha da Pavuna que respondia sobre Guerra Junqueiro e ganhou do pragrama casa, enxoval, e muito mais coisas, acabou perdendo tudo. Flávio Cavalcante tinha dois programas na Tupi: o "Programa Flávio Cavalcante" e "A grande chance", uma espécie de programa de calouros, onde Erlon Chaves, Sérgio Bittencourt, e Márcia de Windsor eram jurados, e a produção musical era do Maestro Cipó. Em 1971 a "disputa" entre Flávio e o Chacrinha teve "sessão de Exu ao vivo" e intervenção da Censura Federal.

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  5. Ainda lembro bem no inicio dos anos 50, quando surgiu a televisão aqui no Rio. As primeiras transmissões começavam às seis da tarde e iam até altas horas... (vinte e duas horas !!!). Uma imagem instável, com pouca definição e uma programação primária. Ninguém imaginava o futuro...

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    1. Jaime de Moraes, quem fala muito bem de você é o "Mazinho", professor de física e matemática que o conheçe do tempo em que era criança na Ilha do Governador.

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  6. Quando moleque adorava ver a Família Monstro, na TV Rio. Aerton Peligeiro eu achava um chato de galochas.
    Hoje o "streaming" manda cada vez mais. Do que sobrou de TV aberta só a Globo que presta; o resto é um amontoado de programas mambembes pra vender carnês, placebos e igrejas...

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  7. só faltou, creio eu o seriado Jet Jackson. os demais, vi muitos. Ótimas lembranças!

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  8. Essa postagem de hoje é uma volta ao passado. Eu poderia ficar o dia inteiro fazendo comentários, mas infelizmente estou esperando compras e um empreiteiro aqui em casa. Mas enquanto eles não chegam, vou escrevendo.
    Para começar, conheci praticamente todos os programas citados, com exceção de um ou dois. E tanto eu quanto qualquer outro comentarista poderia acrescentar vários outros programas, tal a lista deles que foi ao ar ao longo das décadas daquela época.
    Um que me ocorre é "O Homem do Sapato Branco". Seriados, houve muitos e muitos. Seria exaustivo relacioná-los. Acho que a lista do gerente está bem abrangente.

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  9. Alguém se lembra do quadro "Café Bola Branca", em que atuavam atores brancos com o rosto pintado de negro? De negro mesmo, só o Tião Macalé e aquela que sempre o acompanhava em quadros humorísticos. Entre os atores havia o Paulo José, a Sandra Sandré (eu suspirava por ela) e acho que a Rose Rondelli.

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    1. Sandra Sandré e Rose Rondelli. Que dupla.

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    2. Sandra Sandré e Rose Rondelli - dupla para ninguém botar defeito. E havia ainda tantas outras vedetes deslumbrantes como a Angelita Martinez,

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    3. Maria Angélica Gugani era o seu nome. Era amante do Vice Presidente João Goulart, um homem educado, bem apessoado, e muito rico, mas preferiu trocá-lo por Garrincha, indivíduo ingênuo, simplório, mas era dotado com uma "ferramenta" de 24 cm (segundo Ruy Castro). O fato é que sabendo da traição, Jango foi armado com um revólver .38 ao apartamento que mantinha Angelita em Copacabana disposto a matar Garrincha. Quase conseguiu seu intento, não fosse Cecil Borrar, Chefe do DOPS do D.F, ter avisado a Garrincha, que espertamente se evadiu antes de Jango descarregar seu revólver na porta do apartamento vazio. Isso ocorreu em 2959.

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  10. Uma amiga do meu irmão chegou a participar do J. Silvestre, já nos anos 80, respondendo a perguntas sobre paranormalidade. Maria Lydia Gomes de Mattos.

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    1. Lembro do Oriano de Almeida respondendo sobre Chopin. Será que não havia "marmelada" neste programa? Na TVE, televisão espanhola, existe há mais de 25 anos o "Saber y Ganar". É um sucesso por lá, o apresentador é muito simpático e o programa é agradável.

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  11. O quadro era composto de quatro casais, se não me engano. Cada vez que a ação passava para um casal, eles cantavam uma música. Lembro de algumas. A do quadro em si era: "Ao Café Bola Branca / Gente branca não vem / Gente branca é um inferno / Gente branca é um inferno / Isso aqui é o céu. // Quem é triste também / Ou quem não é de nada / Fica lá na calçada / Fica lá na calçada / Não vê o crioléu".

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    1. Acho que este era na Excelsior. Por falar nela lembram do Vagareza e Siwa? Foram contratados a peso de ouro. Aliás, estes casais faziam sucesso, como Tarcísio & Glória nas novelas, Eva Wilma e John Herbert em "Alô, doçura".

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  12. Aí, tinha: "Larga tudo e vem em frente / Nesse samba tão gingante / Nosso samba é diferente / Pois é samba de gigante" (bis).

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  13. E também: "Qualquer samba sem mulher / Não dá pé, não dá não / Samba assim é ilusão / A mulher o que é que é / É pimenta, é tempero / Para o samba brasileiro". (bis)

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  14. Depois: "Um verão sem se ver sol / Pode ser, pode ser / O Pelé sem futebol / Pode ser, pode ser / Poesia sem rimar / Pode ser, pode ser / Mas crioulo sem sambar / Oi, quero ver, oi quero ver".

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  15. E aquele programa em que o Flávio Cavalcanti raspou a barba do Tenório ao vivo e acabou sendo jogado dentro da piscina?

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  16. Lá em casa nossa primeira TV era uma Philips de 17 polegadas, naturalmente preto e branco, por volta de 1957. Com o tempo, a gente a ligava e a imagem não aparecia. Então eu abria a traseira dela, pegava um longa chave de fenda com cabo de madeira e dava umas pancadinhas no canhão do cinescópio. Aí a imagem surgia. Por fim, nós já nem fechávamos mais a traseira dela.

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    1. Pancadinhas? Na minha casa a imagem da TV só estabilizava na base da porrada mesmo!

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  17. Também me lembro de um acontecimento com a Neide Aparecida, fazendo propaganda de um liquidificador. Era ao vivo. Ela estava atrás de uma mesa, com o aparelho à sua frente e alguns ingredientes. Então, ao colocá-los no liquidificador, a tampa caiu no chão, e ela não pode apanhá-la. Quando acionou o aparelho, foi mistura para todo o lado, entornando na mesa. Ela nem se deu por achada. Prosseguiu normalmente com a fala.

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  18. Como só tínhamos uma TV e moravam muitas pessoas na casa (minha mãe, meu padrasto, minha avó, duas tias, um tio, uma prima, meu irmão e eu, e às vezes dois tios), todos se acomodavam em torno da mesa da sala de jantar, minha avó num sofá-cama Drago, e meu irmão e eu sentados no chão, embaixo da mesa.

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  19. Lembro dos tempos pré-Globo, mas não sei dizer a qual emissora pertencia os desenhos e outros programas infantis que eu assistia.
    Enquanto existiu o programa, minha avó não deixou de assistir ao Almoço com as Estrelas. Se não me engano a apresentação passou de pai para filho.
    Um detalhe que tenho na memória é que até meados dos anos 60, novela não tinha transmissão diária, costume que, quando adotado, virou motivo de lamentações daqueles que consideravam o aparelho de TV uma "máquina de fazer doidos".

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  20. Meu comentário das 11:29h e os dois seguintes ficaram sem sentido porque um anterior a eles não foi publicado.

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  21. lembrar ao Joel que o post é sobre TVs que não mais existem, o que não é o caso da Globo. Depois confessar que a Neide Aparecida foi o meu primeiro "crush". eu era louco por ela... A TV Tupi, na época, dava um banho.

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    1. Conde do Lido, tenho ciência disso, mas a Globo para mim é uma "emissora extinta há muito tempo".

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  22. Não pode faltar uma menção aos humoristas: Chico Anísio, o maior de todos, com dezenas de tipos consagrados no "Chico Anísio Show". O José de Vasconcelos, o Jô Soares, o Renato Corte Real, o grande Golias, o Costinha e por aí vai. E os coadjuvantes como o gênio Walter D´Ávila, Tutuca,Nádia Maria, aquele baixinho que imitava como ninguém (Geraldo de Tal),o Agildo Ribeiro, o Jorge Loredo e o seu "Zé Bonitinho".

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    1. “Quer saber de uma uma coisa, vou acabar com esse negócio, paulada na moleira.” - Lilico

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    2. Recentemente a TV Brasil passou o filme "O homem do Sputnik", que foi a estreia do "Joe" Soares. A TV Brasil vem passando seriados antigos. Passou o Vigilante Rodoviário e vem passando um sobre pilotos de aviões. O nome me fugiu no momento...

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  23. Me lembro saindo da praia e vendo a TV Rio gravando um programa de portas abertas.

    Gostava da série Combate, acho que passava no canal 9.

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  24. Morava na Urca e via na Tupi o programa do Zé Vasconcelos, aos domingos, o Arca de Noé e o Circo Bom Brill, se não me engano às quartas, à noite. Liberavam o acesso para a garotada do bairro. Depois me mudei para Copacabana, perto da Tv Rio. Lá conseguia ver in loco, graças ao Nocaute Jack que namorava a irmã de um amigo meu, o Tv Rio Ringue aos domingos, o Telecactch e também Praça da Alegria. Bons tempos!

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  25. A garotada da Urca tinha livre acesso aos programas infantis. Assim podia ver de perto Arca de Npé, do Zé Vasconcelos, Circo Bom Brill do Carequinha e vários outros programas. Depois me mudei pára o Posto Seis, pertinho da TV Rio e graças ao Nocaute Jack, que namorava a irmã de um amigo meu, conseguia ver bem de perto Telecatch, Tv Rio Ringue e Praça da Alegria. Bons Tempos!

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  26. Sobre o "Café Bola Branca", os atores negros eram o "Gasolina" e o "Pato Preto", além de Monsueto. Havia um quadro também em que Daniel Filho e Dorinha Duval contracenavam "pintados de preto": "Samba de branco tem conta no banco, tem Cadillac, mordomo, e chofer, samba de branco tem conta no banco mas também, mas também tem mulher".

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  27. O casal de bonequinhos na foto relativa à excelsior me fez lembrar o jingle que passava nos intervalos onde eles cantavam..... do dois eu não saio, nem eu nem ninguém, ninguém sai do dois, nem eu nem meu bem.....porque agora vai começar um novo programa, que vai agradar. Lembro também, há que se reconhecer, muitas produções paulistas que fizeram muito sucesso por aqui, por ex A família Trapo com Golias, Jo, etc, os festivais de MPB da Record, a novela Beto Rockefeller com a dupla Luis Gustavo e a Plínio Marcos, o programa essa noite se improvisa com o Blota Junior, onde os cantores convidados tinham que descobrir uma musica que contivesse a palavra sorteada e que quase sempre era vencido pelo Chico Buarque que .sempre encontrava uma música sua com qualquer palavra e sempre ficava a dúvida nos jurados se tinha acabado de compor a musica na hora. Havia também o famoso Jovem Guarda com Roberto, Erasmo e Wanderleia. Sobre esse último, sugiro o filme Jovem aos 50, disponível no YouTube, um documentário bem completo sobre esse movimento musical.

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    1. A Tupi exibia a "Família Trapo" em 1967. Era uma "corruptela" da Família Trapp, bem conhecida na época em razão do filme A Noviça Rebelde. Otelo Zeloni, Renata Fronzi, e Jô Soares eram imperdíveis. Nunca achei graça em Golias nem na "aspirante de suicida" Cidinha Campos.

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  28. Blota Júnior era o estereótipo do paulista e era quem apresentava os festivais da Record. Plínio Marcos, um típico cafajeste, era parceiro de Luís Gustavo em Beto Rockfeller. Era um escritor razoável dado a temas mórbidos, uma espécie de Nelson Rodrigues paulista.

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  29. Há muitas pessoas que são de um jeito na TV e de outro na vida real, normalmente bem pior nesta. Uma delas era o Carequinha. Houve uma época em que ele morava em Niterói (ou São Gonçalo), e por acaso era próximo à casa de uma tia da minha esposa. Um dia estavam minha esposa, a tia e uma prima andando pela rua, quando viram um sujeito ao portão de uma casa. A tia avisou que ele era o Carequinha. Minha esposa disse então que iria falar com ele, ao que a tia desaconselhou, pois ele tinha fama de mal-educado e grosso. Mesmo assim minha esposa chegou perto dele, disse que gostava muito dele e pediu um autógrafo. Ao que ele respondeu secamente que ele só dava autógrafo quando estava fantasiado de Carequinha, e que ali ele era fulano de tal (o nome dele). Minha esposa ficou passada, e falou com ele que não gostava mais dele. A tia se aproximou e deu uma bronca no Carequinha, dizendo que se tratava de uma criança e que ele tinha de ser mais educado.

    O fato é que dali em diante minha esposa nunca mais quis assistir ao programa dele na TV.

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  30. Outros que eram muito diferentes na vida real, ao que dizem, eram o Zé Bonitinho (consta que ele era muito sério) e o Didi, que tem a fama de ser muito grosso e antipático na vida real. Não sei se é verdade.

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    1. Hélio, o nome do Carequinha era George. ## Renato Aragão um indivíduo pretensioso, arrogante, e que gosta de humilhar as pessoas. Os depoimentos nesse sentido são muitos.

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  31. Outra que levou um passa-fora da minha esposa foi a Vera Fischer. Por volta de 2000 eu estava voltando de Porto Alegre, num voo da VARIG, no qual vinham também vários atores da novela "Laços de Família", como Vera Fischer, Lília Cabral, Deborah Secco e José Mayer. No aeroporto aqui do Rio me aguardavam minha esposa e as filhas (minhas enteadas). Quando elas viram os atores, uma das minhas enteadas correu para pegar um autógrafo da Vera Fischer, e recebeu fora. Minha esposa se aproximou e falou para a filha que ela não tinha nada de pegar autógrafo de uma viciada em drogas e sebosa.

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  32. George Savalas, quanto ao Renato Aragão, quando estudava na Praia Vermelha, cheguei a ve lo na porta da Tupi junto a outros artistas na esperança de conseguir receber algum pagamento . Em relativamente pouco tempo depois já estava comprando a granja Comary em Teresopolis, foi algo meteórico.

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  33. O Carequinha tomou jeito depois da bronca da tia da esposa do Hélio, tratou bem os menorzinhos em visita a uns malabaristas que moravam na minha rua, com distribuição de fotos autografadas de seu personagem. Pré-adolescente como eu não tinha direito à lembrança.
    Aliás só pela inconfundível voz tive certeza que aquele homem cheio de cabelo era o famoso palhaço.

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  34. Já um que era muito simpático era o Chacrinha. Uma vez minha esposa e um grupo de colegas tinham de fazer uma entrevista com alguém famoso, para um trabalho do colégio. Elas foram para a porta da TV Globo e abordavam os famosos que chegavam. Não tiveram receptividade de nenhum deles, até que o Chacrinha chegou. Elas explicaram o caso, ele entrou com elas na Globo, levou-as para o camarim e deu a entrevista, com toda a atenção e amabilidade. Elas ganharam 10 no trabalho.

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  35. helio, conheci bem o Chacrinha, pois era amigo dos seus filhos, Jorge, Nanato e Leleco. Frequentava a casa deles. Dentro de casa não havia o Chacrinha. Havia o Abelardo Barbosa que era um ser abominável. Machista, misógino, homofófico, etc.... era um ditador dentro de casa. Chacrinha era um doce.

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    1. Caramba, quantos casos de Mr. Hyde e Dr. Jekyll: Chacrinha, Carequinha, Renato Aragão... Quantos mais?

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    2. As "más línguas" eram uníssonas ao afirmar que Chacrinha tinha um "caso" com Clara Nunes, como também concordavam que havia um "triângulo amoroso" do qual também fazia parte o radialista Adelzon Alves. ## O comportamento de Renato Aragão era diametral inverso dos outros três integrantes do grupo. Ninguém gostava dele. Tentou "emplacar" a filha caçula como atriz em "Malhação" da Globo, mas a menina não levava jeito e era "um pouco acima do peso". É muiiiiiiiiito difícil para uma jovem atriz ascender na carreira sem ser B.B.G (boa, bonita, e gostosa), principalmente na Globo, onde "segundo rumores" "rola um clima semelhante às festas de Tibério".

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  36. Na década de 1960, fui com minha mãe entregar umas roupas na avenida Marechal Rondon, quase esquina da rua General Rodrigues, no bairro do Rocha. A senhora a quem entregamos as roupas disse que na casa ao lado morava o Chacrinha. Não sei se era verdade.

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  37. Na década seguinte morava na Barra. Foi atendido lá por uma ambulância do Hospital Lourenço Jorge, que ainda funcionava no antigo prédio perto do Jardim Oceânico.

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