Nestes tempos de polarização, politicamente correto, de se ver chifre
em cabeça de cavalo, até as babás são motivo de discussão por conta do uso de
uniforme.
Cinco argumentos sobre o
assunto pinçados da Internet:
Qual o problema de usar uma roupa branca?
Isso não me faz pior do que ninguém. Pelo contrário, ganho melhor que muita
gente que trabalha em escritório com ar-condicionado.
O uniforme é uma forma dos patrões usarem os
funcionários como objeto de ostentação e poder. É como se ele estivesse dizendo
para as outras pessoas: “Olhem, eu posso pagar uma funcionária e mandar nela”.
Desde o momento que a gente trabalha e tem
uniforme, a gente tem de usar. Tem casas que não pedem, outras precisam. Eu
acho até melhor porque preserva mais as nossas roupas. E tudo eles que dão.
Eles dão sapato, calça, bermuda, blusa.
O dia em que uma criança filha de rico sonhar
em ser babá ou empregada doméstica, a gente conversa sobre se é um emprego como
qualquer outro.
Existe um 'dress code' para diversas
profissões: médico, enfermeiro, porteiro, dentista, policial, bombeiro,
advogados etc. E por qual razão as babás, com sua profissão regulamentada, não
podem usar branco, traduzindo paz e assepsia ao cuidar de uma criança? Este
argumento de discriminação é inaceitável e preconceituoso.
FOTO 1: Eu tive uma babá e gostava muito dela. Chegou lá em casa dois anos antes de mim. Queridíssima por todos, ficou junto de minha mãe por mais de 60 anos, nos últimos tempos como duas amigas.
Acompanhou-me a vida toda, a meus irmãos e amigos. Sempre fui Luiz para ela, mas meus amigos, quando se formaram, passaram a ser chamados de “doutor” por ela.
Adorava meus filhos. Quando minha filha se casou não quis ir ao casamento porque disse que ficaria muito emocionada, mas fez questão de ser ela quem colocasse o vestido na noiva.
No final da vida, resolveu morar com a
sobrinha. Mantivemos uma ajuda de custo mensal para ajudá-la.
Uma figura humana inesquecível.
FOTO 2: Foto de 1945. Vemos meu irmão com uma babá que não conheci. Ao fundo está o Edifício Guarujá, na Rua Constante Ramos. Esta semana aquela senhora sob a barraca fará 101 anos. Parabéns!
FOTO 3: Esta foto é do acervo do
amigo Roberto, o rockrj. Vemos a irmã dele com a babá na Praia de Copacabana,
perto da Rua Xavier da Silveira, em 1946.
Curiosamente, achei as babás parecidas.
FOTO 4: Babás e crianças nos
brinquedos da praça. Curioso observar como havia poucos aparelhos de ar
condicionado nos prédios ao fundo. Que praça é esta? Acho que é a Antero de Quental
no Leblon.
FOTO 5: Um monte de babás e
crianças na Praça Edmundo Bittencourt, no Bairro Peixoto. Era um lugar muito
tranquilo, tendo naquela época, em seu entorno, casas construídas na década de
40 e prédios com apartamentos no térreo, sem elevador, na década de 50. Mais
adiante, no final desta década, os prédios com pilotis no térreo, com revestimento
como pastilhas e painéis em mosaico na portaria.
Era uma pracinha típica
da época, onde as crianças brincavam livremente nos brinquedos (rema-rema,
gangorra, balanço e escorrega), compravam sorvete na carrocinha da Kibon,
pipoca e algodão doce. Buracos eram cavados no chão de terra para o jogo de
bola de gude. A “pelada” de futebol, com todos os pequenos correndo
desesperadamente atrás da bola, sem nenhum senso tático, era obrigatória.
Havia muitos grupos de
bambus espalhados pela praça, onde era possível se esconder nas brincadeiras de
“mocinhos” contra índios e bandidos.
Houve uma época que no lado da Rua Anita Garibaldi havia cavalos para alugar, além de charrete e carrinhos puxados por bodes. Era tão tranquilo que não havia perigo em dar uma volta na praça ou mesmo fazer um passeio longo a cavalo, subindo pela Rua Decio Vilares e descendo pela Rua Maestro Francisco Braga.
Tempos depois, onde
anteriormente ficavam os cavalos, existiu o ponto final de uma linha de ônibus
elétrico.
FOTO 6: A foto é da Praça General
Osório, em Ipanema. Babás, crianças e fotógrafos lambe-lambe perto do Chafariz
das Saracuras. Este chafariz foi para esta praça por volta de 1914. Obra de
Mestre Valentim da Fonseca e Silva (1745-1813), foi instalado em 1791 no pátio
interno do Convento da Ajuda, no Centro, e dali removido quando da demolição do
dito convento em outubro de 1911.
Durante as últimas
décadas o chafariz foi vandalizado muitas vezes, sendo reparado e recolocado no
lugar. As saracuras, tal como os óculos
de Drummond, vão e voltam ao sabor dos vândalos.
FOTO 7: A foto, do Arquivo
Nacional, mostra a região do Posto 6 em 1959. Estas árvores na areia chamam a
atenção, pois não estão nos seus melhores dias. Até quando sobreviveram?
Vendo a foto fico com a
impressão que esta babá devia ser rigorosíssima.
Outro dia li uma
reportagem sobre a diferença da educação francesa para a educação americana.
Na francesa as crianças
seriam tratadas como crianças, sendo educadas de uma forma mais rígida, tal
como ensinadas a serem educadas, a comer na mesa a mesma comida dos adultos,
sem tantos privilégios. De forma resumida, os pais manteriam o próprio modo de
vida.
No modo de educar baseado
na experiência americana, copiado por aqui, as crianças teriam todas as
vontades atendidas, com comida especial para elas, não podendo ser
contrariadas. Seriam os "reizinhos" e "rainhazinhas" da
casa, quase que transformando os pais em escravos da vontade delas. Seriam
mal-educadas, cheias de direitos e rebeldes à boa educação.
Não seriam os atuais pais
brasileiros por demasiado complacentes com as exigências dos filhos?
Não vejo problema algum no fato de as babás usarem uniforme branco. Quem um dia não foi cuidado por uma babá? Entretanto vivemos em uma "lacrolândia" onde tudo é motivo para alegar preconceito, discriminação, ou algo do gênero.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirEm regra geral as babás de antigamente eram como segundas mães. Dedicadas e amorosas tratavam as crianças como se fossem filhos.
ResponderExcluirHoje em dia vejo algumas impacientes e irritadas mostrando que uma mudança aconteceu.
As praças também me parecem ter menos frequência seja em razão da violência, do abandono, dos jogos eletrônicos, dos condomínios fechados ou dos clubes.
ResponderExcluirFora assunto específico em foco:
- Parabéns à senhora! Minha mãe, falecida em 2016 pouco antes de completar 94 anos, teria chegado em outubro de 2023 aos 101 anos.
- Fui, levado no início da década de 60 por uma tia que adorava sorvete (e quem não ? ...), pelo menos duas vezes em fins de semana de - acho - anos distintos, a um "festival" da Kibon na Praça Edmundo Bittencourt. Muitas carrocinhas ficavam espalhadas pela praça, preço promocional e era tempo dos "prêmios no palito", a maioria deles sendo um segundo picolé grátis e um ou outro de valor maior, mas não me lembro realmente de quais. Ficava cheio, sucesso total, eu me empanturrava.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirTema polêmico e já chegaram "chutando a porta"...
Minha mãe, como já disse em outras postagens, trabalhou como babá no Leme quando chegou ao Brasil, assim como a irmã dela (não lembro onde). Tenho fotos da minha tia. Mas logo foram trabalhar em outras atividades.
Minha madrinha, irmã do meu pai, foi empregada de uma família alemã no Leblon durante décadas e também foi babá de pelo menos um dos filhos. Cheguei a "herdar" algumas roupas e não tinha vergonha, porque sabia que ela me dava com carinho (essa foi a minha segunda mãe).
Ficarei acompanhando.
FF: psicanalista ganharia dinheiro consultando botafoguense...
No passado havia agências especializadas que ofereciam empregadas domésticas e babás em classificados nos jornais. Uma delas, a "Agência Olga", era bem conhecida. Atualmente tais anúncios seriam inviáveis por motivos "mais do que sabidos". No passado era possível determinar no anúncio a preferência de acordo com a vontade do contratante, mas em todos invariavelmente constava: "Exige-se boa aparência."
ResponderExcluirTambém não vejo nenhum problema no uso do uniforme branco pelas babás. Noto que esta profissão vem definhando ano a ano, sendo atualmente restrito às famílias com altíssimo poder aquisitivo. As demais, se viram como podem. Eu sofri com uma babá quando tinha uns 2 anos. Como a diferença de idade para meu irmão caçula é pequena, minha mãe confiava minha guarda, especialmente no período da manhã, a uma babá contratada à época. Ela namorava um rapaz que servia no quartel do Leblon. Pois bem, por ordem de minha mãe, ela teria que me levar para brincar na Praça Antero de Quental (confirmada na foto a praça) e ao invés disso, ficávamos "passeando" no jipe do exército, pilotado pelo namorado dela. Eu reclamava do fato e ela ameaçava me bater, caso eu contasse para a minha mãe. Um dia não aguentei e contei tudo. Óbvio que, para meu alívio, minha mãe a demitiu sumariamente.
ResponderExcluirMinha filha tem desde 04 meses após o nascimento do primeiro filho uma babá que, em breve, após o o fim da licença maternidade vai dar mais atenção ao segundo filho; o primeiro vai ficar em horário integral na creche, os avós dão uma mão sempre que necessário e vida que segue.
ResponderExcluirA babá (excelente, por sinal) tem assinado contrato de trabalho específico para a função, minucioso, completo, que inclui:
- detalhamento de suas tarefas/obrigações;
- jornada de trabalho, com horários de pausa para almoço e lanche que são rigorosamente cumpridos;
- regime de horas extras se e quando necessário, etç
além, é claro, de todos os direitos trabalhistas assegurados: férias, INSS, 13º, licenças médicas, FGTS.
É uma relação profissional e bem remunerada dentro de nosso mercado de trabalho.
Não usa uniforme, é cada vez mais raro na classe o uso do uniforme
Mas, se quisesse/aceitasse/ combinasse usar, qual problema?
O argumento pinçado pelo Luiz na Internet: [ O uniforme é uma forma dos patrões usarem os funcionários como objeto de ostentação e poder. É como se ele estivesse dizendo para as outras pessoas: “Olhem, eu posso pagar uma funcionária e mandar nela”.]
é fraco, muito fraco ...
As babás, na ida e volta ao trabalho, não precisam estar uniformizadas; quando em trabalho, na região da casa/condomínio/prédio de alguém que as quer como "objeto de ostentação e poder" serão mesmo, por estar sem uniforme, tomadas como moradoras passeando com seus filhos ?
A busca pelo "politicamente correto" sem aspas é meritória, mas a "lacração", polarização burra, o "chifre em cabeça de cavalo" é dose, insuportável.
Bom dia Saudosistas. Não vejo nada de errado nas babas usarem uniformes, brancos ou de qualquer cor que seja.
ResponderExcluirJá quanto aos que acham errado e são contra os patrões fornecerem uniformes para seus empregados, sugiro que façam o pagamento do salário mensal destes empregados, desta forma poderiam dar pitacos de como eles deveriam se vestir.
E como sugestão a essas pessoas, vão dar palpites na vida de outras pessoas na ***.
FF1- Diz o ditado popular que tem coisas que só acontecem com o Botafogo, discordo plenamente, na verdade as coisas sempre acontecem com o Botafogo. E acontecem por incompetência geral, por falta de liderança, por displicência, conforme no jogo de ontem.
Se observarem o vídeo do jogo após o gol do botafogo, teve jogador do botafogo que ainda estava no campo do Coritiba sem cruzar a linha do meio de campo, quando este reiniciou o jogo, observem que o Coritiba passou a trocar passes sem nenhum combate dos jogadores do Botafogo, até a bola chegar a lateral do campo e o jogador cruzar para dentro da área sem qualquer marcação e o miolo da zaga do botafogo totalmente mal posicionada.
Completando com o técnico que é sabedor dos gols sofridos pelo Botafogo ao final dos jogos, ao invés de alertar a equipe para ficar focada no jogo até o apito final do juiz, estava mais preocupado em comemorar o gol com os jogadores reservas.
Isso eu chamo de displicência e incompetência, não é problema de azar.
A queda vertiginosa de produção do Botafogo depois da saída do português Luis Castro foi impressionante. Há um mi$tério que pode explicar o grande fiasco do Botafogo. Um papelão!
ExcluirExatamente, Lino. Observei também a total displicência do time e do técnico após ter feito o gol.
ExcluirAcho nem tanto o problema de uniforme ser obrigatório ou não, de qualquer cor, mas as condições às quais as babás eram sujeitas, como as das empregadas, como jornada de trabalho ou questão de folgas ou férias. Somente dez anos atrás a atividade de empregada doméstica foi regulamentada.
ResponderExcluirIsso sim é que deve ser observado e respeitado, jornada de trabalho, folga, férias, registro da carteira de trabalho, recolhimento de encargos trabalhistas, tudo deve ser pago conforme a lei determina. O uso de uniforme é facultativo, os patrões que julguem ser necessário ou que queiram demonstrar status, que comprem os uniformes e ofereçam as suas empregadas.
ExcluirAcho até que algumas patroas ficavam condicionadas ao que viam nas telenovelas de décadas atrás, com séquito de serviçais uniformizados (empregados, mordomos, governantas e... babás) em mansões "chiques".
ResponderExcluirConcordo, Augusto.
ExcluirEsse tempo já passou, a babá que cuida dos meus netos é necessária/fundamental para que minha filha possa trabalhar.
Os tempos mudaram.
Nos EUA a informalidade nos vínculos empregatícios faz com que essa atividade seja muito mais utilizada. Lá não existe CLT, 13°, PIS, COFINS, mas todos querem trabalhar lá, pois os salários são muito mais atrativos , já que não existe uma legião de parasitas para tunga-lo.
ResponderExcluirJoel eu também sou um ferrenho defensor da livre iniciativa, porém no Brasil, eu vejo a necessidade de leis que protejam o empregado, visto que no País a oferta de mão de obra (mesmo sendo na sua grande maioria desqualificada) é muito maior do que a oferta de empregos, podemos ver a toda hora, notícias da exploração destas pessoas por empresas e empregadores inescrupulosos. Porém sou contra que os recursos provenientes de descontos ou contribuição do empregador sejam administrados pelo governo. Como a contribuição para aposentadoria, FGTS, os quais deveriam ser geridos pelos empregados, onde este tivesse a melhor rentabilidade destes recursos quando da sua aposentadoria.
ExcluirO governo rouba o trabalhador na gestão destes recursos, basta ver a correção do FGTS, ou quanto o empregado recebe de aposentadoria, baseado no valor de recolhimento do seu salário.
Nada contra qualquer uniforme de trabalho, desde que fornecido pelo empregador e exigido por esse apenas quando o empregado em serviço.
ResponderExcluirPolêmica que conheço é quando condomínio, clube ou outra instituição qualquer exige até o que nem o empregador pede, exceto no caso de empresas que contrata terceiros.
Das praças que aparecem nas fotos eu era usuário da do Bairro Peixoto. Isto num tempo antes que a turma do Andre Decourt tomasse conta do local...
ResponderExcluirEra ampla, quase sem veículos no entorno, bastante frequentada.
Hoje em dia vejo a da General Osório quase sem crianças, bem diferente de quando meus filhos eram pequenos.
Os brinquedos tradicionais desapareceram. Nada de gangorra, rema-rema, escorrega, etc.
O pessoal que mora na Zona Norte poderia dar uma noção de como estão as praças por lá.
Sei que a Xavier de Brito ainda é uma atração. Nas outras ainda existem os coretos e são utilizados?
É incrível como lugares como o Campo de Santana e o Jardim de Alá são sub-utilizados. Em qualquer parte do mundo seriam uma atração.
A Pç. Edmundo Bittencourt era bem simpática. Ou ainda é?
ExcluirO Jd. de Alá está para ser entregue a uma concessionária, não?
Acredito que o maior fator responsável pela sub-utilização seja a falta de segurança.
Excluir(falta de conservação também é presente, mas decorre em parte ds sub-utilização provocada pela falta de segurança e aí é o cachorro mordendo o rabo ...)
Relativamente perto de casa, em Madureira, ficava (ainda fica) a Praça do Patriarca, com vários equipamentos e brinquedos, mas era muito contramão. Voltei lá há alguns anos por causa de consulta de minha mãe em uma clínica e estava aparentemente bem cuidada. Mas posso estar errado.
ExcluirO "point" era mesmo o Tem-Tudo, com seus brinquedos para crianças e fliperama e totó para os mais crescidos.
Recentemente a praça aqui em frente sofreu uma reforma, com inclusão de pista de skate, "parcão" e parece que vai ganhar uma "árvore" de Natal. Fica bem movimentada à noite e nos fins de semana.
A praca Afonso Pena é ótima para criançada. Levo minha filha de vez em quando lá.
ExcluirUsei uniforme praticamente os últimos 25 anos da minha vida profissional. Fornecido pelo empregador, economizei muita roupa. Antes disso, durante uns 15 anos, as empresas onde trabalhei ainda não tinham uniforme.
ResponderExcluirEm escola usei até gravata e mangas compridas devidamente dobradas em dias de calor (quase o ano todo).
Camisa ou blusa branca, ou uma cor mais clara possível, deveria ser o padrão para países tropicais, já dizia Oswaldo Cruz.
Trabalho com risco de contaminações devem ser toda a roupa em cor claríssima.
Uma coisa é certa, nas empresas todo custo é repassado para o cliente. Da roupa em foco até a última taxa do último item de um orçamento, passando inclusive por todos os custos citados pelos comentaristas acima. Incluso também o almoço, que não existe grátis. Até as criticadas verbas do SESI, SESC, SEST & cia., saem do bolso do consumidor final, pois ao comprar uma lata de cerveja (só um exemplo) estamos pagando a indústria, o transporte e o comércio, que cobram todos os seus custos.
Porém os governantes em geral colocam em suas propagandas que toda verba pública é uma dádiva de seus respectivos governos. Idem os deputados, senadores e até vereadores, que pegam carona nessas divulgações após a distribuição dessas cotas para cada um aprovar alguma coisa no legislativo.
Os uniformes dão uma certa ordem às coisas. Nos colégios evitam comparações ou exigências de roupas caras que são exibicionistas.
ResponderExcluirHoje vejo médicos abandonarem a roupa branca e/ou jalecos, atendendo com roupas de ir ao cinema. Não me acostumo com isso.
Por falar neles também não gosto de vê-los com roupas que deveriam usar no trabalho passeando pelas ruas.
Sou velho e rabugento.
Essa questão de uniforme para babás é muito complexa. Acho, sim, que em muitos casos é mera demonstração de status pelos empregadores. Mas também é verdade que para as babás é uma forma de não gastarem suas próprias roupas. Mesmo que tenham de pagar pelo uniforme. Enfim: com relação a esse assunto, não sou contra nem a favor, muito pelo contrário.
ResponderExcluirQuanto ao comentário do Lino Coelho, das 11:21h hoje, não sou tão admirador assim da livre iniciativa. Num país como o Brasil, isso é sinônimo de cartéis e de exploração dos empregados. Aliás, não é diferente em outros países, porém nos do Terceiro, Quarto e Quinto Mundo o caso é mais sério. Acabei de ler o livro "Estado Profundo", no qual o autor faz uma análise dos poderes dominantes em vários países e regiões do mundo, e a conclusão é que a tal "livre iniciativa" não é tão livre assim. Formam-se grandes conglomerados que sufocam e exterminam pequenos concorrentes, seja por pressão econômica, por "dumping", por corrupção de políticos para que eles façam leis que prejudicam a concorrência, e em certos casos por assassinato puro e simples. Mesmo nos EUA, a meca por excelência da livre iniciativa, tais procedimentos criminosos agem o tempo todo, e isso desde meados do século XIX.
ResponderExcluirQuanto ao comentário do Joel Almeida, das 10:23h, não tenho pelos EUA a admiração cega que ele tem. Canso de ver em programas de TV os casos em que as famílias perdem as casas por não poderem pagar hipoteca, e isso é extremamente comum. Além disso, não existe um SUS (por pior que este seja) e se você cortar um dedo e precisar de curativo, vai pagar por isso. Se tiver uma doença mais séria, então, irá à falência. Os planos de saúde são proibitivos para as pessoas comuns.
ResponderExcluirA tara por processos é outro problema: se você tiver de contratar um advogado, seja para o que for, prepare-se para ficar pobre. E lá se processa pelos mais ínfimos problemas. Soube de um caso em que o filho de uma mulher era levado para a escola junto com o filho de uma vizinha. Um dia houve um pequeno acidente de trânsito e o garoto se machucou. A vizinha processou a mulher que o transportava.
ResponderExcluirQuanto a habitações, vemos nos filmes casas paradisíacas, sem muros, jardim bem cuidado na frente, entrada para carro, etc. Realmente, isso existe e muito. Também existem, e muito, milhões de casas que não passam de contêiners longos, apoiados em uma base de alvenaria, em bairros que não têm o menor charme. Normalmente habitados por gente porca, o ambiente interno um verdadeiro mafuá, assim como o interior do carro do morador, que mais parece uma caçamba de lixo. Canso de ver isso na TV, em casos de reportagens sobre crimes solucionados.
ResponderExcluirA propósito, diferentemente do Brasil, onde os homicídios estão mais ligados ao tráfico de drogas, a feminicídio, a estupro e a assaltos, lá eles estão muito mais ligados a disputa de herança, brigas familiares, assassinato para receber seguro da vítima, briga pela guarda de filhos, estupro, adultério e, como não podia deixar de ser, a marca registrada americana, os serial killers. Casos de homicídio durante assaltos não são tão comuns assim.
ResponderExcluirE a fartura de armas em mãos de qualquer um facilita esses crimes. Quando o próprio assassino não dispõe de um arsenal em casa, é facílimo achar alguém que tem uma arma: um parente, um amigo, o traficante do bairro, um amigo do amigo, e assim por diante.
Como se tudo isso não bastasse, os pobres diabos que vão para os EUA não estão à procura de um lugar decente para morar e trabalhar, e sim em desespero porque no país deles a merda fede muito. Aí se empregam como baby sitters, faxineiras, limpadores de mesas no McDonald's, etc, etc. Sem direitos trabalhistas, sem décimo-terceiro, muitos deles sem férias, sem SUS para emergências, morando em pocilgas talvez piores do que aquelas em seu país de origem, sujeitos a clima inclemente, perseguição pela Imigração, vítimas de xenofobia ou racismo, muitos acabando entrando para gangues de tráfico de drogas. Vão para lá na esperança de economizar alguns dólares e voltar para seu país de origem. Ou enviam para seus parentes os parcos recursos que conseguem economizar, às custas de viverem em condições ruins nos EUA. E como vão para lá ainda relativamente jovens, quando envelhecem estão copuladinhos se permanecerem lá: sem emprego, sem saúde, sem nada. Aí acabam voltando para seu país de origem.
ResponderExcluirConheço muitas pessoas que saíram do Brasil para outros países. Todos os que foram para os EUA já voltaram. Todos os que foram para a Europa ou Austrália continuam por lá e não pretende voltar. Mato a cobra e mostro o pau.
ResponderExcluir1) Uma vizinha aqui da vila, com seu marido e filho adolescente foram para Portugal há uns 3 anos. Estão felizes da vida lá. Nem em férias voltam aqui. E a mãe dessa vizinha está se preparando para ir de vez para lá, no ano próximo.
2) Uma ex-chefe minha também foi para lá, com o marido e duas filhas adolescente, na época. Isso há uns 5 anos. Também estão felizes da vida e nem pensam em voltar.
3) O padrinho de um dos meus genros também foi, com a esposa, há cerca de dois anos. Idem todo o resto.
4) Dois ex-colegas da VARIG, ambos chineses de Taiwan, foram embora para a Austrália na década de 1980 e nunca mais voltaram.
5) O cunhado de um ex-colega do Banco Nacional também foi para lá, em Melbourne, e me escreveu que nem quer amizade com brasileiros que moram lá.
6) A filha de uma amiga da minha mãe foi para lá com o marido. Teve dois filhos lá, na região da cidade de Perth, oeste da Austrália. Nem preciso escrever o resto.
7) Conversei com um rapaz que estava de férias aqui no Brasil. Ele se casou e foi embora para a Austrália, na década de 1980. Morou em Sidney e em Perth. Adivinha se ele quer voltar.
8) Um ex-colega da VARIG foi embora para a Alemanha. Levou a esposa e dois filhos.
9) O participante de um grupo ZAP a que pertenço foi embora também para a Alemanha. Trabalha na DHL. Está casado com uma alemã. Está felicíssimo.
10) Um amigo de minha enteada conheceu uma italiana, foi embora para a Sardenha, abriu um restaurante lá, está muitíssimo bem de vida. Tiveram dois filhos.
11) Uma vizinha da minha esposa foi embora com o filho para a Espanha, cidade de Oviedo, virou pastora evangélica por lá, casou-se com um espanhol, abriram um comércio de equipamentos para esquiação (se não me engano) e nem pensam em voltar. Já fala portunhol. Já tem décadas por lá e nunca mais voltou aqui, nem para férias.
12) Uma ex-colega de trabalho foi embora para a Espanha, cursar uma universidade (não me lembro onde) e ficou por lá.
13) Um ex-colega de trabalho foi embora para a Irlanda, dar aula de Informática, e também está por lá. Isso desde 2014, mais ou menos.
14) Um primo meu foi embora para a Alemanha, há muitas décadas. Virou cabeleireiro. Com o dinheiro ganho, comprou uma big casa aqui na Ilha do Governador para a mãe dele. Nunca voltou ao Brasil. Morreu há uns 10 anos.
Em compensação, conheço também os que foram para os EUA.
ResponderExcluir1) Um ex-colega da VARIG foi para Seattle e abriu uma fábri ca de bolas (futebol, rugby, etc), por volta da década de 1990. Ficou lá por alguns anos. Graças à livre iniciativa, um concorrente abriu também uma fábrica idêntica e sufocou esse ex-colega. Voltou para o Brasil. Já morreu tem alguns anos.
2) Um outro ex-colega foi para Nova Iorque e abriu uma empresa de U-Haul, também na década de 1990. Durou pouco. Faliu e voltou para o Brasil.
3) Uma prima da minha esposa foi embora para o Texas, entrando para o time de basquetebol de uma universidade. Morou lá durante alguns anos. Voltou ninguém sabe por que. Casou-se aqui e foi embora para Portugal. Levou a irmã mais nova. Estão lá até hoje.
4) Um ex-colega do IBGE entrou nos EUA na marra. Vivia fugindo da polícia. Contou até um caso em que ele ia andando pela rua e viu um carro da polícia. A rua era ao lado de uma linha ferroviária, separada por um muro. Ele pulou o muro para dentro da via, com medo de ser preso.
Voltando ao tema da livre iniciativa, tente você abrir um comércio qualquer num bairro dominado por facções criminosas (o que significa a maior parte da cidade do Rio de Janeiro) e veja o que lhe acontecerá se não pagar proteção aos bandidos. Ou à polícia.
ResponderExcluirAqui perto de casa há uma padaria muito antiga. O dono anterior recebia todo dia uma guarnição da PM, cujos componentes pediam pães, queijo, presunto e não pagavam. Um dia o dono disse que não iria mais dar isso de graça a eles. Uma semana depois, houve um assalto e ele foi morto.
Na rua Visconde de Santa Isabel, em Vila Isabel, o dono de uma padaria todo dia tinha de encher várias garrafas térmicas com café e leite, além de fornecer sanduíches de queijo com presunto, para os bandidos do morro dos Macacos. Um dia, cansado disso, ele resolveu só encher as garrafas com café. Não demorou muito e veio a ordem do presidente do morro para ele colocar leite, se não quisesse ser morto.
A Viação Redentor um dia recebeu a visita de um fiscal do Trabalho. O cara pediu os livros da empresa, sentou-se à mesa e mandou chamar o gerente. E calmamente disse a ele: "A CLT tem milhares de artigos. Vocês têm certeza de que não estão infringindo alguns deles?" O gerente entendeu a mensagem. Deu uma propina para o fiscal e ele foi embora.
Eis alguns bons exemplos da livre iniciativa no Brasil.
Tenho que concordar com você. Vou mandar para o seu privado uma matéria divulgada hoje sobre a segurança prestada por PMs do batalhão de Rocha Miranda para um certo traficante. Os dados foram fornecidos pelo MP. Embora não sejam a maioria, sabemos que isso impacta na diretamente na população. Para quem consegue enxergar "além do que é permitido", o nível de corrupção é altíssimo. É muito comum ver "elementos pertencentes a algum órgão público" saindo de padarias, supermercados, e restaurantes, carregando pacotes e embrulhos. Mas não os condeno, pois são o reflexo do universo em que vivem. Muito pior do que eles são aqueles que possuem o "poder da caneta" e que são muitos, e flanam (ou chafurdam) impunes nos "Três Poderes da República", e estão levando o Brasil para um caminho obscuro do qual duvido que consiga se livrar ...
ExcluirAh, lembrei de outro: a Companhia Siderúrgica Nacional emporcalha Volta Redonda com resíduos danosos, porque não instala filtros adequados na fábrica. De vez em quando é multada por isso, mas o custo de instalar os filtros é muito maior do que o valor das multas. Então ela prefere continuar poluindo toda a cidade e pagar as multas do que instalar os filtros. Sai mais barato.
ResponderExcluirA propósito: a CSN é da iniciativa privada. Cujo interesse, antes de tudo, é o lucro. Dane-se o resto: o ambiente, a população que reside em volta, as doenças que a poluição provoca, etc. etc.
Isso não significa que as estatais sejam necessariamente melhores. Nelas impera a corrupção sistêmica, endêmica, pandêmica, universal, extragalática, institucional.
Então estamos entre a cruz e a espada: as estatais envoltas num mar de lama; as privadas cagando e andando para todo o resto, exceto seu lucro e a eliminação da concorrência.
A concessão da Enel parece que acaba em 2025 (não tenho certeza) e por isso os investimentos teriam diminuído muito, levando ao ponto de cidades como Niterói e São Gonçalo terem sido afetadas daquele jeito semanas atrás.
ExcluirOs meios de transportes são outras chagas, como SuperVia, Metrô Rio, CCR Barcas, etc.
Falei demais e saí do tema, como sói acontecer comigo. Não consigo me conter. Lembrei uma parte da letra de uma música do LP "Lunik 9", do Gilberto Gil, em que um sujeito faz uma catilinária e no fim, ao fundo, alguém se queixa dizendo "Você deixou o cara falar!" Pois é, me deixaram falar.
ResponderExcluirA propósito, tenho uma duvida que pode ser esclarecida pelos amigos do DI LIDO ou o próprio: Teria o nobre CONDE, Babá ou Mordomo na sua infância. Dr.D tem noticias?
ResponderExcluirOs dois. A dúvida é se tem até hoje.
ExcluirNão fique em dúvida. Com certeza tem.
ExcluirHélio, sobre multas, uma grande empresa, com seu setor jurídico, consegue recorrer em todos os níveis, "in saecula saeculorum" (acertei o latim?).
ResponderExcluirSobre a babá da foto 7, em 1959 já chamariam de "sargentona"?
Atualmente eu diria que as árvores sofreram o ataque da serra elétrica.
Paulo Roberto, “in extremis” o Jurídico leva uma “mala preta” e resolve tudo.
ExcluirConheço a expressão "per omnia saecula saeculorum", que significa "por todos os séculos dos séculos". A palavra "saeculum, saeculi" pertence à segunda declinação do Latim. No acusativo plural ela vira "saecula". Por sua vez, no genitivo plural ela vira "saeculorum".
ExcluirO Latim tem cinco declinações, e para saber a qual delas um substantivo pertence é necessário saber a terminação dele no nominativo singular e no genitivo singular. Por isso eu escrevi "saeculum, saeculi", onde a primeira forma é o nominativo e a segunda é o genitivo, ambos do singular.
Como regra geral, a primeira declinação termina em "-a, -ae", como "tabula, tabulae".
A segunda declinação pode terminar em "-us", "-um" ou "-er", mas o genitivo sempre termina em "-i". Exemplos: "populus, populi", "coelum, coeli", "ager, agri".
A terceira declinação pode terminar em qualquer coisa no nominativo singular, mas o genitivo singular é sempre em "-is". Exemplos: "leo, leonis", "lex, legis", "rex, regis", "cor, cordis".
A quarta declinação termina em "-us, -us". Exemplo: "lupus, lupus".
A quinta declinação termina em "-es, -ei", como em "res, rei" e "dies, diei".
A complicação é que para cada declinação há sete casos, além de singular e plural. Então, embora haja repetições de terminações, você tem de decorar 70 terminações.
Os casos são: nominativo, genitivo, acusativo, dativo, ablativo, vocativo e locativo.
A vantagem (se é que se pode dizer isso) é que em virtude das terminações você consegue saber exatamente quem é o sujeito, quem é o objeto direto ou indireto, etc.
Por exemplo: se eu em português escrevo "O filho o pai beija", você não consegue saber quem beija quem. Mas em Latim saberia. Se o filho beijasse o pai, ficaria "Filius patrem osculat"; se o pai beijasse o filho, ficaria "Filium pater osculat". Observe a mudança de terminação nos substantivos. Em virtude disso, a ordem das palavras não é tão determinante em Latim como é em Português e em outros idiomas.
Eu poderia escrever "Filium pater osculat" ou "Pater filium osculat" ou "Pater osculat filium", etc. Mas é comum o verbo ficar no final da frase.
Só mesmo neste espaço somos brindados com uma lição de latim...
ExcluirEu não era bom aluno em Latim, porque para isso é preciso ser bamba em Análise Sintática. E eu era uma negação nisso. Só quando fiz um curso preparatório para emprego no Estado é que tive uma excelente professora de Português, de nome Nancy Aragão. Meu amigo, aí eu destruía qualquer período, destrinçava-o em orações, classificava-as sem nenhuma dúvida. Mas nessa ocasião o Latim já havia ficado para trás havia anos.
ExcluirMas foi esse conhecimento de Análise Sintática que me permitiu aprender Alemão, algo que eu havia desistido de fazer sete anos antes, justamente pelo desconhecimento da Análise Sintática. O Alemão tem três gêneros e quatro casos (ao invés dos sete do Latim): nominativo, genitivo, acusativo e dativo. E as palavras também mudam a terminação dependendo disso. Se você não souber Análise Sintática, vai bater cabeça ao tentar aprender o idioma germânico.
Até pouco tempo atrás e em muitos prédios da zona sul, as babás eram proibidas de usar a portaria social. Se não me falha a memória houve até um caso rumoroso no Country Club de Ipanema. Atualmente tais praticas são proibidas por leis expressas.
ResponderExcluirNão tem muito tempo soubemos de um (entre vários outros) caso de uma mulher "resgatada" de uma casa onde ficou décadas, depois de ser cooptada na casa dos pais, para "cuidar das crianças da família". Geralmente eram analfabetas. O "patrão" ficava com o cartão do benefício e os documentos.
ResponderExcluirPelo que observo, de maneira geral, as trabalhadoras preferem o uso de uniforme pois facilita em muito suas vidas. Me recordo de um local que trabalhei onde as funcionárias administrativas usavam roupas comuns, se reuniram e foram à direção pleitear o uso de uniforme, inclusive se prontificaram a escolher cor e modelo. O uso de uniforme beneficia exatamente as classes menos abonadas.
ResponderExcluirP.S. - Luiz, é mais prático quando vc numera as fotos, poupa o trabalho de ficarmos contando quando alguém se refere a alguma em especial.
Tem razão. Esqueci.
ExcluirJoel, 16:10h ==> concordo em gênero, número e grau. Já que a corrupção grassa desde o presidente da república até o aprendiz de pedreiro, por qual motivo alguém deveria ser honesto? Ganha o quê com isso? O meio-irmão da minha esposa era tenente da PM. Foi assassinado porque não concordou em participar da banda podre. Foi várias vezes ameaçado com palavras e gestos. Ele havia avisado à minha esposa que se permanecesse aqui no Rio seria morto. Tentou transferência para Nova Friburgo, onde havia servido como soldado, mas na época havia carência de efetivo aqui no Rio e a Benedita da Silva não permitia transferências. Acabou no Jardim da Saudade.
ResponderExcluirSe eu contar outros casos semelhantes, nem sempre terminando em morte mas em desistência da carreira, ficaria aqui a tarde inteira. As maçãs podres ou contaminam as sadias ou fazem com que estas saiam do cesto.
Já que você abriu a porteira, aqui vão 02 casos que vivi, como participante direto:
Excluir1) A filial de Assistência Técnica de Elevadores em que eu trabalhei ficava nos anos 80/90 na Rua do Bonfim. (transversal à Rua Bela, um dos acessos à São Januário e à Barreira do Vasco)
Em um dia de dezembro, o responsável pelo controle de acesso me procura:
- Doutor, tem um cara aqui na portaria que disse que é lá da Barreira e que quer falar com o responsável para resolver um problema.
- Ok, não deixa entrar, pede para esperar aí mesmo na portaria, eu vou descer e ver o que ele quer.
Desci e resumidamente era o seguinte: o “pessoal amigo” da Barreira estava passando um “Livro de Ouro” pelos negócios das redondezas, para arrecadar algum para o Natal; ele me disse que meu antecessor colaborava, coisa e tal, para eu verificar com que quantia a empresa poderia participar.
Ganhei tempo, disse que iria ver, para ele me procurar dali a alguns dias.
Consegui falar com meu antecessor e a história era que em determinado ano ele tinha sido procurado nas mesmas circunstâncias e não tinha dado nada.
Coincidentemente, a Filial que nunca tinha tido problemas significativos de segurança, teve dois carros de serviço, duas S10 (carros bem caros, a frota ainda era própria e não terceirizada) roubados à mão armada, em datas próximas, quando saiam para trabalho ainda nas cercanias da empresa.
Depois do segundo roubo, “chegou” um recado via um dos nossos vigilantes noturnos de que uma contribuição ao Livro de Ouro teria o poder de proteger nossa frota de problemas.
A contribuição foi então feita e de fato nos outros 2 anos de meu antecessor ainda no cargo não houve mais problemas.
Bom, mantive a contribuição e também não tive problemas.
2) Fiscal do Trabalho na Filial de Assistência Técnica, uma semana examinando documentação.
Na sexta-feira vem à minha sala e diz: temos vários problemas em potencial.
Vocês têm duas opções: acertam comigo e fica tudo resolvido ou então eu lavro “uma porrada” de Autos de Infração pesados.
Vocês vão certamente se defender mas só o que vão gastar de esforço e dinheiro, sem ter garantia de sucesso, sem falar em futuras fiscalizações,.... era melhor resolver logo.
Levei o caso ao meu diretor, a ordem foi: “nem um centavo, vamos brigar”.
Quando dei a notícia ao Fiscal, ficou lívido, “p” da vida, disse: - vocês não perdem por esperar.
De fato, ele mandou brasa, pegou o mais pesado que podia, usou todas as possíveis brechas.
Gastamos um bocado de tempo (acho que mais de ano) e dinheiro, na maior parte tivemos sucesso e também a satisfação de não ter alimentado o parasita.
As leis aqui na Bananolândia são feitas com brechas adrede preparadas. Servem não só para os mais abonados entrarem por ela e escaparem das penas, como também para enriquecer os advogados contratados para descobri-las e usá-las. Vou dar um exemplo absurdo: quando um candidato é eleito para a Câmara dos Deputados ou Senado Federal, ele tem direito a um mês de "vencimentos" para fazer a mudança de seu Estado para Brasília. Não é de todo injusto. Mas e se ele está sendo reeleito e portanto já mora em Brasília? Não haverá mudança e portanto não deveria receber o tal auxílio.
ExcluirAh, mas a lei não prevê isso. Então todos os reeleitos acabam recebendo o tal auxílio, para mudar de Brasília para Brasília. Digamos que foi um cochilo do legislador (será?) não prever esse caso. Mas a partir do momento em que a brecha é usada, nada mais justo do que fechá-la. Mas você fez isso? Nem eles.
Por falar em babás, aproveito para indicar a série argentina disponível no Star Plus: "Nada" , o título em português é “O Faz Nada”, com ótimos atores portenhos e a participação luxuosa do Robert de Niro,
ResponderExcluirUm trecho da sinopse a seguir:
"“Um emblemático dândi portenho, crítico gastronômico sofisticado e provocador, convive há décadas com uma empregada que resolve tudo para ele, da limpeza da casa aos seus problemas mais íntimos. Mas uma reviravolta inesperada do destino o deixa sozinho e o leva a perceber que ele realmente não consegue fazer nada sem ajuda."
Recomendo.
Excelente série argentina. Assim como “O zelador”, tb no Star Plus.
ExcluirAnotado,
ExcluirVi ambas são ótimas. Aproveito para recomendar A Idade Dourada. tem um pouco do que o Hélio frisou no seu comentário sobre livre iniciativa no USA.
ExcluirTudo bem pesado e repesado, analisando e entendendo os comentários mais recentes, chegamos à conclusão que a única livre iniciativa que funciona a pleno vapor e sem percalços no Brasil é a corrupção. E não faltam empreendedores. Cada dia mais gente embarca nesse ramo lucrativo de atividade.
ResponderExcluirPara aguentar o descrito nem um vidro de Rivotril resolve.
ResponderExcluirE o pior é que não há solução.
Vi recentemente a série americana “The Wire”, que foi transmitida inicialmente pela HBO nos Estados Unidos entre 2002 e 2008, com 60 episódios distribuídos por cinco temporadas e que está integralmente disponível na HBO Brasil.
ResponderExcluirÉ uma série policial sobre a realidade das ruas de Baltimore, cidade (perto de Washington, D.C.) do estado de Maryland, em meio a guerras de gangues, tráfico de drogas e corrupção da polícia, da justiça e na política, e é contada sob os pontos de vista dos policiais, dos criminosos, dos promotores, advogados, juízes e políticos.
Tem muitos pontos em comum com a situação que vivemos no Rio.
Antiga, longa, mas muito boa. (e com a dose certa de realidade e violência)
Bom Dia ! Nunca tive Babá, meus filhos também não. Como eu aprenderam a se virar sozinhos.
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ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBom dia, Mauro.
ExcluirO que eu acho é que com a entrada maciça da mulher no mercado de trabalho e a inexistência de instituições públicas como creches e colégios com horário integral, restou às famílias apelar para parentes mais velhos como observado pelo Augusto ou eventualmente adotar um esquema híbrido, parte parentes, parte remunerando a uma “pessoa de alguma confiança” para se revezarem no cuidado com os filhos.
A mãe em “horário integral” das classes trabalhadoras, presente em casa 100 % do tempo, que cuida e educa os filhos além de executar o trabalho doméstico, tudo sozinha, está em vias de extinção, pelo menos em cidades médias e grandes.
A estrutura familiar arca de alguma forma com a responsabilidade de fazer o modelo funcionar.
Para dar mais “tempero” à situação, já existe identificada a “geração sanduíche”.
do site https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3g7ppnwn0zo:
“ ... famílias, em especial as mulheres, solicitadas ao mesmo tempo pelas demandas de pais idosos que necessitam de cuidado e de filhos (ou mesmo netos) que também requerem atenção (e eventualmente sustento financeiro).
As pessoas estão tendo filhos mais tarde, e seus pais estão vivendo mais, as famílias ficaram menores e há menos pessoas com as quais dividir essas tarefas,
os jovens têm demorado mais para obter sua independência financeira, adiando a saída da casa dos pais.
O cenário gerado por essas mudanças é de uma parcela cada vez maior de adultos comprimidos simultaneamente por demandas de seus filhos e de seus pais, sendo que as mulheres são as mais propensas a ocupar esse papel.”
Cenário bem complicado.
Excluir
Bom dia.
ResponderExcluirA realidade de muitas pessoas é apelar para parentes (especialmente avós) para ajudar a "ver" as crianças em alguns momentos. Infelizmente atualmente (e mesmo antigamente) essa decisão se mostra temerária.
FF: quando a fase é ruim, não tem jeito. Van com material esportivo de jogo do Botafogo foi roubada na Linha Amarela, altura da Vila do João...
Atualizando, a van foi recuperada, com o material intacto. Os bandidos teriam mandado devolver quando viram o que era?
Excluirvai ver ficaram com medo da fase alvinegra ser contagiosa ...
ExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirA árvore de Natal da Lagoa retorna este ano, só que em um ponto fixo no Lagoon.
ResponderExcluirA árvore já foi responsável por complicar ainda mais o já complicado trânsito na região, notadamente nas noites de sexta-feira e fins de semana.
ExcluirTomara, para o bem da circulação de veículos de um modo geral e dos moradores em particular, que isso não se repita,
Há vários anos eu venho repetindo aqui que chegaria o dia em que viveríamos um "Soweto às avessas". Para quem não sabe, Soweto era uma favela em Johanesburgo onde em 1976 ocorreram protestos de cunho social, e a situação que o Rio de Janeiro (e o Brasil) está passando é exatamente "o inverso do que ocorreu na África do Sul". O que restou do Rio de Janeiro está cercado por mais de 1400 Sowetos, cujos habitantes possuem um "forte apoio jurídico e político", enquanto os verdadeiros moradores do Rio (leia-se aqueles que pagam impostos e sustentam o Estado) vivem aprisionados em suas casas com a liberdade cerceada pelos "donos das ruas" e podem ter seus pertences e bens roubados e mesmo serem assassinados sem que seus agressores sejam punidos, já que possuem um "alinhamento" com o "sistema". Mais uma vez me vem à mente a cena final do filme de 1968 estrelado por Charlton Heston, com a diferença que as ruínas na praia não são a da Estátua da Liberdade e sim as do Cristo Redentor.
ResponderExcluirMário, minha filha trabalha numa multinacional e os horários das reuniões por "zoom" têm que acomodar diversos fusos horários. Às vezes uma reunião começa às 5 da manhã e outra termina às 21h.
ResponderExcluirCom quem deixar os filhos senão com o colégio, os avós ou com uma "babá"?
Minha opinião vai revoltar muita gente, mas eu acho que se a mulher quer trabalhar não deve ter filhos. É injusto encarregar os avós de cuidar deles, quando seria tempo de esses avós aproveitarem a vida que lhes resta. E deixar a educação a cargo de estranhos é não só perigoso como eles herdarão os costumes desse estranho.
ExcluirA opção do pai cuidar dos filhos enquanto a mãe trabalha também deve ser considerada. Compreendo que vai levar mais alguns anos para acostumarem com isso, mas o número de homens que faz está aumentando.
ExcluirMas já pode ficar assim: o casal que trabalha e planeja ter filhos precisa pensar sobre como vai ser o dia a dia dos futuros pimpolhos, incluindo a possibilidade de um dos cônjuges ter que parar de trabalhar.
Luiz, entendo perfeitamente.
ExcluirMinha filha trabalha em uma multinacional norueguesa - Norsk Hydro - e passa pelo mesma situação, reuniões em fusos horários diferentes ( Oslo, por exemplo, a + 4 ou 5 horas do Rio) além de obrigatórias 02 viagens por ano, uma sempre a Oslo e outra a um país designado para uma conferência global da empresa.
Com 02 filhos, a solução é babá para o mais novo, creche (em horário integral) para o mais velho e avós dos dois lados.
E as vezes ainda complica ...
Ah, e contar com um marido participativo e divisor de tarefas é fundamental, o que - ainda bem - é o caso dela.
ExcluirA figura da babá no Brasil revela o que a maioria das pessoas sabe: a péssima distribuição de renda do país. Nos países do chamado primeiro mundo ter uma babá é muito caro e é um luxo disponível apenas para os ricos. E normalmente é contratada uma funcionária para a casa, não se restringindo apenas às funções de babá. Como as mulheres não ricas de lá que precisam trabalhar fazem com os filhos, não sei.
ResponderExcluirEm países desenvolvidos o sistema escolar funciona muito melhor do que aqui. Há colégios semi-internos, onde as crianças ficam bem atendidas por quase todo o dia.
ExcluirA opção entre ter filhos e trabalhar é muito complicada.
Envolve análises complexas.
Sobre os pais trabalharem, hoje é uma necessidade econômica da família. Porém após a Pandemia, abriu uma nova opção de trabalhar Home Office, isto de certa forma facilita o casal a ter um contato maior com os filhos ou de pelo menos poderem conviverem com eles um maior tempo diariamente.
ExcluirNa Itália onde mora meu filho (aliás hoje é o dia do seu aniversário), os meus 2 netos passam o dia inteiro na Escola, onde realizam atividades durante todo o dia, desde o aprendizado de idiomas até a prática de atividades esportivas.
Entre outros resultados, ambos os pais trabalharem aumenta - além da renda - também a segurança da família, com duas fontes distintas de rendimento.
ExcluirPara algumas categorias de trabalho e de profissionais. o Home Office (total ou "híbrido") trouxe de fato a possibilidade de gerenciar melhor o tempo dedicado aos filhos.
A escola em horário amplo é outro facilitador, ainda bastante restringido pela disponibilidade e preço.
Parabéns pelo aniversário do filho.
Ainda não houve a participação no post de comentaristas do sexo feminino, que - acredito - traria uma outra/nova perspectiva aos assuntos.
ResponderExcluirLino Coelho, 15:03h ==> "Sobre os pais trabalharem, hoje é uma necessidade econômica da família." Pois é. Antes isso não era necessário. E tem quem ache a vida de antigamente pior que a atual.
ResponderExcluirMário, 12:07h ==> Norsk-Hydro? Não é a empresa que fabricava água pesada para os nazistas?
ResponderExcluirIh Helio, me inclua fora desta ... I don´t know .
ExcluirO que eu sei e é de conhecimento geral:
A Norsk Hydro (mais conhecida somente como Hydro) existe desde 1905 e é uma multinacional norueguesa com sede em Oslo, tendo na produção de alumínio o seu principal negócio. Está presente em vários segmentos: energia (claro, afinal alumínio = bauxita + muita !!! energia), reciclagem de metais, energias renováveis e baterias. por aí, e tem cerca de 30.000 funcionários em 40 países.
No Brasil, a Hydro opera em 11 unidades e em 2010 comprou os ativos referentes à produção de bauxita, alumina e alumínio da Vale do Rio Doce no Pará (mineração em Paragominas e a refinaria de alumina - a maior do mundo fora da China - e a fábrica de alumínio primário em Barcarena.). Esta operação é gigantesca.
Eu penso como antigamente e acho que a mulher deve se dedicar aos filhos e ao marido. Uma babá só sob a supervisão da mãe. Desde quando era criança ouço relatos de parentes que pensavam assim e foram muito felizes. A mulher dentro do lar não é contaminada com idéias feministas ou cousa pior.
ResponderExcluirDeveria haver controle de natalidade. Botar filho no mundo é fácil: basta abrir as pernas. Criar já são outros quinhentos. Deixar os filhos com os outros, chegar em casa, fazer bilu-bilu neles e botá-los pra dormir pra eles não encherem o saco é a moda da vida moderna. Para compensar o sentimento de culpa, não conseguem negar nada pra eles, que viram monstrinhos, mimados, birrentos.
ExcluirPor que as crianças e jovens de hoje são mal educados, mimados, irascíveis, violentos, se foram originados do mesmo fuck-fuck de antigamente? Mudou o DNA do ser humano? Não, mudou a criação. Crescem sem controle, sem limites, sem vigilância, sem ouvir um "não". Onde já se viu antigamente um aluno bater na professora, quebrar a sala de aula, agredir outros alunos? Matar os pais ou agredi-los. Ou os pais matarem os filhos. Alguém se lembra de um caso assim dentro da familia ou no círculo de amigos, antigamente? Pois é. Mudou o quê de lá para cá?
Excluir"Cousa pior" é muito bom !
Excluir"Cousa pior" pode significar chifre ou "colação de velcro", fui claro?
ExcluirMuitos comentários citam educação em tempo integral, algo que foi tentado há muitos anos e bombardeado por conta do viés ideológico do então governador. Hoje volta a discussão, quarenta anos depois.
ResponderExcluirMuitas famílias "resolviam" parte do problema com babás matriculando seus filhos (e filhas) em internatos, praticamente só os vendo em datas especiais ou nas férias.
Para todo problema complexo há uma solução simples, elegante e errada.
ResponderExcluirAdorei esta frase dita aqui outro dia por um dos comentaristas.
Caiam na real pois o mundo mudou.
A mulher e o homem têm o direito e muitas vezes precisam trabalhar.
A moça boa, recatada e do lar já não existe.
A longevidade aumentou barbaramente.
O mundo da internet é algo novo, diferente, facilitador e perigoso.
Os valores em geral foram se perdendo.
Nosso mundinho pequeno desapareceu. Um espirro na China, um temporal no Vietnam, uma colisão em Gana, é assunto imediato.
As empresas publicam grandes programas de qualidade de vida mas exigem que os funcionário fiquem à disposição 24h por dia 7 dias na semana.
O mundo vai é acabar.
Nunca tive uma babá. Minha mãe, apesar de jornalista formada, nunca exerceu a profissão e se dedicou totalmente a mim. Coitada....
ResponderExcluirEm relação ao uniforme, não vejo problema algum. Dependendo dos patrões, isso era exigido ou não. O pai de uma amiga exigia e comprava os uniformes na tradicional loja Uniformes Ipanema, que existe até hoje, na Avenida Visconde de Pirajá,187, loja B. Em frente, tinha a Colegial, onde fui muitas vezes com minha mãe comprar uniformes para o Colégio São Paulo e, posteriormente, para o Colégio Notre Dame. Na foto número 3, estamos no Leme. Fui consultar o livro do Gastão Lamounier, Centenário do Leme, 1894-1994, para trazer detalhes do palacete visto atrás da babá: "Repare nos dois portões deste palacete. Também formado por duas residências geminadas, pertenceu, em épocas distintas, às famílias Ludolfi, Melo Cunha, Martinelli e Cauí. Davam frente para a Gustavo Sampaio e fundos para a Atlântica. Hoje é o Edifício Sayonara. (Av. Atlântica, 880)." Acho o trabalho das babás super importante, principalmente hoje em dia, que as mulheres estão no mercado de trabalho. Não tive babá, a pessoa que trabalhava na minha casa como empregada doméstica tomava conta de mim e do meu irmão quando a minha mãe saia à noite para dar aula, três vezes por semana, no Colégio Estadual Eça de Queiroz, que fica ao lado do Parque Peter Pan. A polarização está insuportável. Muitas vezes, na ânsia de lacrar, e para parecerem virtuosas e moralmente superiores, as pessoas falam muita besteira.
ResponderExcluirRealmente, houve uma mudança extremamente rápida e profunda no mundo, nas últimas décadas. Para melhor ou para pior? Depende do aspecto considerado. Em termos de conforto, tecnologia, mobilidade, saúde, melhorou muito. Em termos de relações interpessoais, bons modos, nível moral, respeito, violência, piorou a olhos vistos. E tanto para melhor quanto para pior, continuamos nos aprofundando aceleradamente em ambos os sentidos.
ResponderExcluirDeixei propositadamente o item "informação" de lado, porque é questionável se muita informação é realmente necessária e boa para a saúde mental e psicológica do ser humano. Saber de problemas locais e até em âmbito mais amplo é bom, para estarmos preparados para algo que venha a acontecer. Mas será que ficar vendo vídeos do Hamas matando pessoas em Gaza acrescenta algo de bom a nós? Ver a destruição provocada por um terremoto na Turquia ou no Nepal faz diferença para nós? Assistir vídeos das chacinas russas na Ucrânia nos traz bons sentimentos? Em todos esses casos, e em muitos mais, podemos fazer algo para minorar o sofrimento das pessoas? E aqui no nosso mundinho estamos sujeitos a passar por aqueles acontecimentos? Assistir a coisas assim só nos deixa estressados, tristes, desencantados, nos faz sentir impotentes. A troco de quê? A informação pela informação?
Antigamente, isso constituiria notícia em alguma página de jornal, com uma ou mais fotos borradas a título de documentação. Hoje podemos ver a cores, em alta resolução, com som local. Vemos os choros, os gritos, o sangue, a destruição de casas, os mortos no chão, o desespero dos sobreviventes. Tudo em 4K, tela de 55", enquanto jantamos. Vale à pena?
OK, é questionável esse meu raciocínio. Mas não o considero inválido e acho que tem muita razão de ser. Será que precisamos ficar sabendo de tragédias para as quais não podemos de forma alguma influir e minorar o sofrimento das vítimas? Você, que assistiu a tudo isso na TV, poderia fazer alguma coisa a respeito? Sentiu-se mais feliz por estar bem informado?
Quanto à criação dos filhos, assisto a casos escabrosos e que são extremamente comuns. Vou citar alguns, com nomes fictícios das pessoas envolvidas, quando aplicável.
ResponderExcluir1) Durante as Olimpíadas, fui com minha esposa dar um passeio ali no Porto Maravilha. Deu-me vontade de fazer xixi. Dirigi-me a um contêiner que fazia as vezes de WC. Havia uma fila para entrar. De repente chegaram dois ou três garotos, na faixa dos 8 a 10 anos, com os respectivos pais (assim imagino). Um destes mandou os garotos furarem a fila e entrarem na frente das pessoas que aguardavam a vez. E eles assim o fizeram. Que tal a educação recebida pelos garotos? O que eles transmitirão a seus filhos, no futuro?
ResponderExcluir2) Há alguns anos eu fui a uma exposição de carros antigos no Forte de Copacabana. Havia uma área coberta contendo exemplares de bicicletas, triciclos, lambretas, etc. Uma corda estava estendida para evitar a entrada das pessoas junto aos exemplares à mostra. Um garoto de uns 10 anos, usando bota ortopédica, resolveu entrar na área interditada. O pai dele não deixou e o tirou de lá. Pra que? O garoto começou a chutar a canela do pai, que tentava evitar isso afastando o filho com o braço.
ResponderExcluir3) Meu ex-cunhado Roberto casou-se com Célia, que tinha um dom magnífico para estilista de moda e queria se aprofundar nisso. Mas logo após o casamento ela engravidou. Tentou abortar, mas Roberto era evangélico e não permitiu. Ela ficou frustrada na carreira e odiou o filho ainda no ventre. E após o nascimento dele, idem. O garoto, em represália, também odiava a mãe. A partir mais ou menos dos 9 anos de idade, ele a mandava à merda, xingava-a e uma vez assisti quando ele a encurralou junto à parede, pronto para lhe dar uma porrada. O pai assistia a tudo impassível. Para completar, assim que surgiu a BBS (Bulletin Boarding System, um precursor do MSN e do zap), ele e um grupo de amigos, na faixa dos 12 anos, viviam descobrindo jogos que poderiam usar sem pagar nem ter senha. Era um princípio de hackeamento. O pai, técnico de computadores da IBM, não fazia nada para impedir esse caminho que o filho seguia. Não teria sido melhor terem feito o aborto? Que fim terá tido esse garoto (perdi contato com eles quando me separei da minha primeira esposa)?
ResponderExcluir4) Meu atual cunhado, Carlos, casado com Valéria, tem um filho chamado Vinícius. Filho único, é mimado ao extremo desde o início. Para vocês terem ideia, desde que o garoto tinha uns 10 anos de idade, sempre que o pai ia mudar de carro o filho é que escolhia a cor e o modelo. E nos fins de semana, os pais consultavam o filho para saber onde ele queria ir. Nos aniversários dele e dos pais, era ele quem escolhia o restaurante onde iriam jantar. Aliás, sempre foi assim. Hoje Vinícius tem 21 anos. Só agora ele sai sozinho, sem que o pai o leve de carro onde ele queria ir. E quando a mãe (que procura impor moral) tentava bloquear algum desejo do filho, ouvia palavrões de todo o tipo, era mandada tomar naquele lugar, e só faltava ser agredida. O pai assistia a tudo, dando sempre razão ao filho.
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ResponderExcluir5) Um ex-colega de serviço tinha um filho chamado Ricardo, muito agressivo. Separado da esposa, o pai é quem criava o filho. Como, não sei. Morando num prédio em Laranjeiras, o garoto vivia dando porrada num vizinho da mesma idade. Um dia o pai do garoto, cansado de ver o filho chegar em casa porrado e incentivando-o a revidar, desceu com ele ao playground, chamou Ricardo e falou para ele: "Bate no meu filho". Ricardo, nada. "Bate no meu filho". Ricardo, nada. "Bate no meu filho", e Ricardo respondeu: "Eu bato nele quando eu quiser. Você não manda em mim". Para encurtar a história, um dia Ricardo, já com cerca de 16 anos, sumiu de casa. O pai não sabia onde ele estava. Muito tempo depois, viu-o com um fuzil a tiracolo. Ele estava fazendo segurança do presidente do morro da área.
ResponderExcluirCertamente esse "presidente" não tinha "foro privilegiado"...
ExcluirOutro fato muito estranho é que antigamente as crianças se dividiam em dois grupos: os quietinhos e os levados. Hoje, não. Há uma proliferação enorme de grupos e toda e qualquer criança necessariamente precisa ser enquadrada num deles. Tem os autistas (com vários níveis), tem os TDAH, os TDL, os TDO, os XYX, os ABC, os AJAX, os PCC, os TCP, os.... os.... Se você levar seu filho a um especialista e ele disser que seu filho é normal, sem problema nenhum, das duas uma: ou ele não o examinou direito ou é incompetente. Mude de especialista porque ele desconhece ou está fazendo pouco caso do problema do seu filho. Onde já se viu isso?
ResponderExcluirO próprio autismo hoje está na moda. Meu círculo de conhecidos e parentes é muito reduzido, mas tem vários casos assim.
1) Uma ex-chefe minha tem um filho (adotado) com autismo de nível médio.
2) A esposa do meio-irmão da minha mulher tem uma filha com autismo leve.
3) Uma prima da minha esposa tem um filho já adulto com autismo de nível máximo. Por conta disso, o marido a abandonou e ela não conseguiu mais ninguém para ter como companheiro. Sem marido, com pais mortos, restou apenas um irmão. Que se mantém afastado dela. Quando ela morrer, o que será do filho?
4) Minha enteada é madrinha de um garoto com autismo médio.
Idem para Síndrome de Down. Antigamente era relativamente raro ver alguém com esse problema. Hoje, também está na moda e na mídia.
Todo dia ficamos sabendo de mais um filho de algum famoso que tem um desses problemas. Afinal, o que está havendo com o ser humano? Parece que não somos essa perfeição que apregoamos.
Minha esposa atual engravidou do primeiro marido logo na lua de mel. Isso acabou com o sonho dela de fazer Psicologia. Resolveu dedicar-se à filha e cinco anos depois nasceu a segunda. Mas a cana era dura. Elas tinham hora de almoçar, de jantar e hora de entrar à noite, para tomar banho e dormir. Sem discussões.
ResponderExcluirUm dia a mais velha, por algum motivo, resolveu falar um "p..q...p". Levou um esporro. Dias depois, repetiu. Resultado: levou uma pimenta na boca e nunca mais repetiu o palavrão enquanto era criança.
A outra tinha a mania de fazer xixi escondida ao lado de uma estante na sala. O xixi entrava debaixo da estante, que precisava ser arrastada para limpar embaixo. E era muito pesada. Depois de ser chamada à atenção várias vezes e não tomar jeito, um dia minha esposa encheu o saco, pegou a garota, levou-a até a estante e esfregou a cara dela no xixi. Caso resolvido.
Hoje, uma com 38 anos e a outra com 33, morrem de amores pela mãe. Ligam diariamente para ela e conversam.
Eu e meu irmão cansamos de levar chineladas na bunda e algumas poucas vezes até correiadas, quando não eram tamancadas. Em seguida, ficávamos de castigo. Nem por isso deixamos de amar nossa mãe. Quando ela ficava irritada conosco, ameaçava com "Vou pisar no pescoço de vocês!" ou "Vou virar a cara de vocês para trás!" ou "Eu mato vocês!". Não passava de palavras.
Mas uma vez aconteceu um caso hilário, que creio já ter narrado aqui. Nossa casa era alta do chão, com um porão não habitável embaixo, e por isso era acessada através de cinco degraus. Como minha mãe era lavadeira, meu tio estendeu várias cordas de arame no quintal, levantadas e arriadas através de varas de bambu.
ResponderExcluirUm dia as cordas estavam cheias de lençóis, fronhas, colchas, etc. Meu irmão e eu começamos a jogar bola, fingindo que os bambus eram jogadores adversários. Vínhamos com a bola, driblávamos os bambus e passávamos a bola para o outro. Numa dessas, a bola bateu num bambu, ele correu de lado e arriou, com as roupas encostando no chão e ficando sujas. Ao ver isso, minha mãe, que estava na cozinha cortando carne com um facão, desceu as escadas gritando "Eu mato vocês, seus desgraçados!". Já estávamos acostumados com essa frase e sabíamos que o resultado seria apenas levarmos umas chineladas. Mesmo assim, corremos para o fundo do quintal, que dava para os fundos de uma casa da rua João da Mata, paralela à rua onde morávamos. A moradora da tal casa, ouvindo os gritos de minha mãe, subiu em algum local e viu por cima do muro minha mãe correndo atrás da gente com o facão na mão e gritando aquela frase acima. Pensando ser sério, a vizinha começou a implorar: "Dona Celina, não mata os meninos não!". Foi tão inusitado que minha mãe parou na hora.
Voltando ao caso do excesso de informação: sujeito a muitas cenas e casos chocantes, o ser humano vai se tornando insensível. Isso ocorre com policiais, médicos legistas, socorristas, etc. Da mesma forma, nós como telespectadores ou usuários de You Tube ou equivalentes vamos nos tornando insensíveis ao ver cenas de desgraça, guerra, violência, etc. Somos capazes de ficar sentados no sofá tomando sorvete enquanto a TV ou o computador ou celular nos mostra cenas de crianças morrendo de fome na África. Não nos abalamos com isso. Não vomitamos o sorvete.
ResponderExcluirÉ a tal história da rã na panela. Aos poucos vamos nos acostumamos com qualquer coisa. Para alegria de quem as pratica, que deixa de sofrer recriminação pesada. E até consegue adeptos.
Bom Dia! Acho que o tema hoje ainda dá "samba".
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirAlém do samba, hoje é dia de aniversário do Dom Pedro II, o colégio e o imperador.
Bom dia,
ResponderExcluirFF: A situação está tensa em Roraima na região da fronteira com a Venezuela. O narco-ditador Nicolás Maduro ameaça invadir a antiga Guiana Inglesa em razão de uma "disputa territorial" que se arrasta desde o Século XIX, mas que de acordo com a "Corte de Haia", o atual "status quo" deve ser mantido. O súbito interesse de Maduro pela região se deve ao à descoberta de uma imensa jazida de petróleo no território pretendido por Maduro. O assunto está sendo pouco divulgado, mas a ameaça de conflito é tão real que as FFAA mobilizaram um grande contingente para a região de Pacaraima.
ResponderExcluirÉ verdade. Estamos numa era em que qualquer um, desde uma pessoa física a um governante, resolve que não vai obedecer a uma lei ou acordo ou decisão anterior que lhe desagrade. Pena que a Guiana não pertença mais ao Reino Unido, senão a Inglaterra daria uma sova no Maduro como deu na Argentina no casobdas Malvinas.
ExcluirQuando achamos que a cota de estupidez está preenchida ....
ExcluirNicolas Maduro está querendo encenar a versão sul-americana da invasão e ocupação do Kuwait pelo Iraque em 1990.
A ocupação durou alguns meses, o Iraque foi derrotado mas Saddam Hussein continuou no poder até 2006, quando foi executado.
Paises e pessoas agora não aceitam ser contrariadas, senão dão piti. Vide o caso do Lula com respeito à vinda do Putin aqui em 2024.
ExcluirSe bem que não acho correto grandes criminosos de guerra como os EUA, China e Rússia não fazerem parte dele. É como uma facção criminosa declarar que não aceita o Código Penal.
ExcluirHélio, a Guiana é independente, mas possui tratados seculares com o Reino Unido. Ao menor gesto de agressão por parte de Maduro a reação britânica (e a dos EUA) será imediata. Vale lembrar que há forte$ intere$$es em jogo.
ExcluirTorçamos então para que o Maduro proceda com o Galtieri e leve uma trolhada do Reino Unido. É uma boa chance de tirar aquele pulha do governo. Embora nada garanta que outro pulha não assuma seu lugar. Mas com certeza este não se meterá com a Guiana.
ExcluirConcordo integralmente, os Estados Unidos e a Inglaterra reagirão de pronto e muito provavelmente este "recado" já foi enviado à Venezuela.
ExcluirO Maduro comeu sardinha e está arrotando bacalhau. Ele sabe que com o Reino Unido o "buraco é mais embaixo". Apesar de a Guiana ser independente, ela faz parte da Commonwealth. Maduro está em baixa e procura com esse referendo algo para unir o país, incluindo oposição. É uma demanda centenária, que, como já disseram, foi potencializada com a descoberta de jazidas na região.
ExcluirVoltando ao modo de criação à antiga: aqui no SDR tenho certeza de que a esmagadora maioria dos visitantes é de maiores de 50 anos. Exceto o Erick, que conheço pelo zap. Então, pergunto: quem de vocês, quando criança ou adolescente, mandou os pais à merda, ou tomarem naquele lugar, ou se copularem? Ou ameaçaram agredi-los ao serem contrariados? Não precisam se identificar, comentem como "Anônimo". Aí teremos ideia de quantos tinham esse comportamento tão moderno naquela época que alguns detestam.
ResponderExcluirSem chance, senão a punição era pior ainda.
ExcluirPalmatória na mão ou no "traseiro", além de algum tempo trancado no banheiro. A punição era "suspensa" em caso de "necessidades fisiológicas" urgentes.
Algumas vezes cheguei a escapar por um vão da porta (enquanto consegui passar).
Felizmente não lembro de apanhar de cinto. Mas acho que meus irmãos apanharam.
ExcluirPS: no caso de indisponibilidade momentânea da palmatória, esta era substituída pelo "velho e bom" chinelo.
ExcluirEstou com 48 anos. Só de meu pai me olha já era motivo de ficar quieto.
ExcluirHoje, ele faria 75 anos se tivesse neste plano.
Ainda dentro do assunto, mas quase fora: sou frontalmente contra projetos sociais ou ONG's que se instalam em favelas (comunidade é frescura, para mim ou tem favela em morro ou favela plana) para ensinar as crianças a lutar jiu-jitsu. Queiramos ou não, vários desses alunos se tornarão bandidos no futuro. E aí lá está você ensinando-os a aplicar golpes violentos, até mesmo mortais! Quantos desses alunos seguirão a carreira de lutador? Certamente nenhum, ou só um ou outro gato pingado. Mas você terá derramado nas ruas uma porção de bandidos que sabem lutar. Tem sentido isso? Por que não ensinam às crianças as profissões mais lucrativas do momento, que são digital influencer, tik-toker, youtuber, cantor de funk? Para os que já forem ladrões-mirim ou já demonstrarem inclinação para a bandidagem, ensinem Direito Constitucional, para eles entrarem na política e poderem roubar ao abrigo da lei.
ResponderExcluirHelio, até respeito sua posição, mas sabemos que toda generalização é perigosa. Você parte do suposto que a maioria dos moradores de favela são ou irão se tornar bandidos.
ExcluirNa verdade, Augusto, não precisa ser a maioria. Basta um ou dois se tornarem bandidos, com esse poder extra de infligir graves danos a alguém, para ser suficiente. Muitas vezes nem é preciso se tornar bandido, pois vemos a todo o instante brigas entre alunos nas escolas, em que um deles aplica golpes de lutas marciais no oponente. Aprenderam onde? Em videogames é que não foi.
ExcluirE aprender jiu-jitsu nesses projetos não vai tornar ninguém profissional para ganhar dinheiro.
O sogro de um parente da minha esposa tinha uma academia de jiu-jitsu no terraço da casa dele, numa rua ao lado de um morro, em Madureira. Ele era bem conhecido no ramo, embora nunca tenha lutado profissionalmente. A totalidade dos alunos dele era de garotada do morro.
ResponderExcluirUm dia ele ia andando por uma rua e um cara veio assaltá-lo, na mão grande. De repente o bandido reconheceu nele o antigo professor de jiu-jitsu. Pediu desculpas e foi em frente, assaltar outro pedestre.
Você usou um caso em particular para fazer uma generalização.
ExcluirPrezado Augusto, favor ver meu comentário às 16:41h, acima.
ExcluirSó falta um CAC resolver criar um projeto social ou ONG para dar aula de tiro aos adolescentes de uma favela.
ResponderExcluirIsso só aconteceria em área de milícia e, mesmo assim, tenho minhas dúvidas.
Excluir"CAC" e "projeto social" são eventos mutuamente excludentes, diria meu antigo professor de matemática.
Pô, eu sou um cara muito pouco vivido, mas vivo contando casos aqui. Será possível que vocês, certamente com muito mais experiência de vida do que eu, não têm nada a narrar para abrilhantar este espaço ou para levantar polêmica? Aproveitem enquanto o PT não instala a censura. Aquele órgão eminentemente político, puxadinho marionete do Legislativo e do Executivo, conhecido pela alcunha de STF, já está caminhando nesse sentido. Daqui a algum tempo teremos novamente o Departamento de Censura Federal vigiando e cortando trechos do que escrevermos.
ResponderExcluirAproveitem enquanto é tempo, para não se arrependerem depois.
Chega de timidez!
ARREPENDEI-VOS!!!!!
ResponderExcluirO FIM ESTÁ PRÓXIMO!!!!
PAENITENTIA!!!!!
ExcluirSTATIM FINIS!!!!
Quid est finis?
ExcluirNullus finis, nullum principium... Omnia continue fluunt.
ExcluirTaí, o nosso dileto (ou seria dileta? Ou dilete?) Eusebius Sophronius levantou um tema muito interessante: fim de quê? Do Homem? Da vida na Terra? Do sistema solar? Do espírito (nessa seara não me meto)? Da alma? Alma e espírito são a mesma coisa? Também não discuto isso.
ExcluirExtermínio do Homem e da vida na Terra é algo muito pouco provável, seja por ação do Homem ou por algum impacto de meteorito ou asteróide. Muita gente morreria, espécies seriam extintas, mas sempre tem quem resista.
Mas quando o Sol começar a extinguir seu estoque de hidrogênio e ter de apelar para a fusão do hélio para continuar "vivendo", aí sim toda a vida na Terra será extinta, pois o astro-rei aumentará de tamanho e Mercúrio, Vênus, Terra e talvez Marte fiquem dentro da atmosfera quente da gigante vermelha em que o Sol se transformará, com temperaturas na faixa dos 3 mil graus centígrados. Será uma catástrofe em termos do sistema solar, com rearranjo das órbitas dos planetas remanescentes. Aí o Sol se transformará em uma anã branca e continuará brilhando por mais alguns bilhões de anos, até começar a se apagar lentamente, virando estrela marrom e finalmente sumindo de vista por falta de emissão de luz visível.
Mas esse processo de início de queima do hélio e transformação do Sol em gigante vermelha só ocorrerá daqui a uns 5 bilhões de anos. Portanto, até lá não se aplica o STATIM FINIS.
Errata: em vez de "ter de apelar", o correto é "tiver de apelar".
ExcluirQuanto ao "Nullus finis, nullum principíum", houve há décadas um debate quanto à origem e fim do Universo. Com base na Lei de Hubble, cosmólogos opinavam que o Universo está se expandindo. Já o famoso Fred Hoyle achava que isso era fantasia e que bastava "aparecer" um átomo de hidrogênio a cada 100 quilômetros cúbicos de espaço para que o Universo permanecesse com sua densidade constante. Isso era chamado a Teoria do Universo Constante. No afã de zombar de quem advogava a expansão do Universo, Fred Hoyle criou a expressão Big Bang, pejorativamente. Só que essa expressão foi adotada oficialmente, para desgosto dele, e sua teoria do Universo Constante foi jogada no lixo há muitas décadas.
ExcluirRecentemente se chegou à conclusão de que o Universo se expande mais rapidamente do que seria de se esperar. Não se sabe o motivo disso. E ainda tem o caso da chamada "matéria escura", algo misterioso. Enfim, há mais coisas no Universo do que supõe nossa vã filosofia. Gostaram da frase? Inventei agora.
ExcluirGente... dos uniformes das babás ao fim do Universo. Só observo... 👀
ResponderExcluirRsrsrsrs.... prezada Conceição, por aí você vê como esse público do SDR é eclético e fã das saudáveis discussões. Sempre se aprende algo, mesmo não concordando integralmente com o que alguns escrevem. O importante é o respeito pela opinião alheia, ainda que se estabeleça polêmica.
ExcluirTendo em vista o comentário pelo Hélio às 12:18, digo que não só concordo integralmente como vou acrescentar: os projetos sociais em em favelas (leia-se ONGS) em sua grande maioria escondem objetivos inconfessáveis e até mesmo criminosos. Sob o manto inocente de "levar aos jovens carentes oportunidades diversas", tais organizações empregam seus recursos muitas vezes milionários fomentando atividades que "podem abranger" até doutrinação política e tráfico de drogas e de armas. Um exemplo disso ocorreu há cerca de um ano quando em uma operação da Polícia Civil no chamado "complexo de Israel" foram encontrados na sede de uma ONG quinze fuzis e uma grande quantidade de drogas, sem contar que foram feitas várias prisões. E sejamos francos, apesar de uma certa ironia do Hélio, ele tem razão no que disse sobre os interesses de moradores das favelas em "profissões lucrativas". No universo míope em que muitos vivem, nas "profissões almejadas" citadas por ele os "artistas" recebem milhões de reais, possuem mansões, e tem uma invejável visibilidade na mídia, algo que pode causar arrepios em um mundo normal, mas que nessa bananolândia tropical é algo digno de regozijo. E quanto à "generalização" mencionada pelo Augusto com espanto, eu só posso dizer: "menos".
ResponderExcluirÉ, eu me lembro daquela apreensão na ONG. Se você instala um projeto social ou uma ONG dentro de área dominada por facção criminosa (e é onde normalmente esses projetos e ONG's se instalam), obrigatoriamente o presidente da favela tem de dar autorização. Logo, cria-se uma ligação entre ele e os componentes do projeto social. E essas iniciativas só vão funcionar enquanto o presidente quiser e enquanto não se chocarem com ele e seu bando. Daí a haver uma cumplicidade e proteção mútuas é um pulo. Se a iniciativa é permitida pelo presidente do partido CV e os membros do partido TCP quiserem invadir a favela e dar um golpe de estado, a iniciativa corre risco de não ser aprovada pelo novo Poder Executivo, e obviamente vai batalhar para a manutenção do presidente do CV, inclusive, se for o caso, fornecendo suas instalações para guarda ou esconderijo de armas ou dos próprios membros do partido CV. Ou como ponto de apoio para mirar nos inimigos golpistas.
ExcluirHélio, não é o "presidente da favela" que deve autorizar: o poder nessas está fora delas e em ambientes sofisticados onde seus dirigentes possuem o "poder da caneta" e foro privilegiado. O "presidente da favela" é um "bucha", um energúmeno que volta e meia é preso e substituído por outro do mesmo jaez. Todas as favelas possuem sedes de partidos políticos e as ONGs são o canal por onde jorram os recursos.
ExcluirMais uma coisa: fica complicado para essas ONGs ministrarem cursos que podem levar os alunos a se habilitarem em carreiras jurídicas, ou mesmo tecnológicas, pois isso poderia libertar mentes aprisionadas em "enxovias ideológicas" e fomentar uma verdadeira libertação", pois o verdadeiro jugo sob o qual vivem os moradores de favelas irá desaparecer quando a Educação neste país for uma "cláusula pétrea"..
ResponderExcluirFalou e disse. Os projetos e ONG's podem ministrar o que quiserem, desde que não ameacem o status quo do Poder Executivo que manda na favela. Como disse a besta do Pazuello, "um manda e o outro obedece". O presidente da favela manda, o projeto social/ONG obedece.
ExcluirBoa Tarde ! Continuo acompanhando os comentários.
ResponderExcluirMinha restrição a esses projetos sociais é que nunca ou quase nunca ensinam profissões realmente factíveis aos alunos. Em vez disso, ensinam jiu-jitsu, balé, instrumentos musicais. Só excepcionalmente alguém que frequentou essas aulas vai se profissionalizar e ganhar dinheiro com o que aprendeu lá. Os demais vão sair dali e seguir carreiras que nada tem a ver com o que aprenderam (exceto os bandidinhos): um vai ser motorista de ônibus, o outro vai virar pedreiro, um terceiro vai entregar comida pelo iFood, o outro vai virar UBER, outros vão vender produtos em shopping, muitos vão cobrar passagem em vans da milícia, outros vão simplesmente ficar desempregados. Para quê serviu o projeto social?
ResponderExcluirSei que meus comentários desagradam a muitos de vocês. Hoje de madrugada, às 02:39h, escrevi que submetidos diariamente a cenas chocantes, policiais, médicos legistas, socorristas, etc, se tornam insensíveis. Verdade.
ResponderExcluirEu sou um viciado em realidade. Na minha biblioteca há mais de 200 livros que tratam de casos, relatos, documentários, reportagens, histórias, etc, todas reais. E o que ali está escrito nem sempre é coisa boa. Assim, submetido a essas leituras ao longo de décadas, aprendi a não me iludir com certas coisas. Estou sempre com um pé atrás quando vejo algo cor-de-rosa, porque muita coisa só é cor-de-rosa pela frente, mas por trás é negra (ou afrodescendente, peço perdão à Anielle Franco). Como ensina o ditado, "por fora bela viola, por dentro pão bolorento". E normalmente o que se tem é esse pão bolorento.
No mais recente livro que li, "Estado Profundo", constata-se que todos nós, bilhões de seres humanos, somos meras marionetes manejadas por grandes corporações, grandes bancos, grandes trilionários, e agora também pelas big techs e já em breve pela IA. O que nos dizem está longe de ser a verdade. Somos enganados cem por cento das vezes. Nunca ficamos sabendo do que há por trás das coisas. Informam-nos o que é conveniente para aqueles grandes manipuladores.
Feito esse desabafo, afasto-me agora do blog, para exercer atividade doméstica e ouvir algumas músicas de que gosto. Mais tarde, ou em outra ocasião, voltarei a perturbar os espíritos crédulos e inocentes de muitos de vocês. Tchau.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVejo com muito respeito e admiração projetos como o do Edu Lyra nas favelas.
ResponderExcluirBato palmas para as diversas ONGs que tocam creches nas favelas.
Aplaudo a existência de inúmeras bibliotecas instaladas nos morros.
Atividades culturais como dança e música, abrem a cabeça das pessoas.
Escolinhas de esporte podem ensinar noções importantes de comportamento aos jovens.
O ambiente é hostil, desafiador, mas há quem faça algo e não fique só reclamando do sofá.
Mas sou tachado de comunista, sonhador e ingênuo.
Fazer o que?
Sabe nada inocente, faça um L.
ExcluirPaulo, passo pelo mesmo dilema. Infelizmente, empatia é um artigo que não se pede, se tem.
Excluir"Pau que nasce torto nunca se endireita". Segura o Tchan!
ExcluirBom dia! Concordo com Paulo e Wagner. Arte educa, conscientiza. A polarização que se impôs à sociedade brasileira nos últimos anos e que ainda persiste, não contribui em nada para a melhoria das condições de vida da população em geral. Como frequentei as salas de aula da Universidade, em diferentes cursos, de 1981 a aproximadamente 2010 (preciso pesquisar para localizar a data exata), só parando devido a uma severa artrose coxofemoral, a maioria destes anos na Federal, convivi com muitos colegas carentes, alguns dos quais faltavam às aulas por não terem dinheiro para o transporte. Impressionava o preparo intelectual e a boa educação destes que eram oriundos de comunidades pobres. O papel de um governo, qualquer que seja sua orientação, é proporcionar oportunidades iguais para os desiguais. Com relação à questão do uniforme, concordo com Dr. D'. Não há demérito em uma babá/governanta, ou qualquer outra profissional, usá-los. A discussão, num ambiente salutar, enriquece a compreensão e desmistifica o tema, mesmo que a princípio soe como um patrulhamento ideológico. O fato é que nossa sociedade é pródiga em preconceitos estruturais, como o racismo, homofobia, antissemitismo, intolerância religiosa e tantos outros. Acrescento que a qualidade do blog, que sempre foi muito boa, conseguiu melhorar no novo formato de postagens mais espaçadas. Nos dá tempo de estudar mais cada foto e comentário anexo e surgem muitas informações novas. Grato pela persistência, Dr. D'! Ótimo Domingo a todos!
ExcluirVou tentar resumir todos os comentário acima. Maduro é um louco, atrás de mídia. Na merda que a Venezuela está, uma ação de invasão à Guiana seria respondida em 6 horas. Corre o risco de ter a Venezuela anexada à Guiana. PELAMORDEDEUS!!!!!!
ResponderExcluir" ...Corre o risco de ter a Venezuela anexada à Guiana."
ExcluirMuito bom, rsr
(mas acho que a Guiana não ia querer não ...)
Conde, o seu clamor por Deus em caixa alta me fez lembrar algumas piadas do saudoso Costinha. Algumas dessas piadas contadas em teatro como no passado seriam inviáveis hoje em dia em razão da ditadura imposta pelo "politicamente correto". Mas por sorte eu tenho todos os seus discos em MP3 e posso ouvi-los vez por outra. Eu até enviei dois deles para o Hélio....
ExcluirE continuando, as piadas quase sempre envolvem "bichas, crioulos, anões, viados, portugueses, japoneses, paraíbas, padres", etc.
ExcluirAh, ah, ah!
ResponderExcluirMexer com a Venezuela é mexer com Irã, Russia e China.
Quero ver o que os americanos vão fazer com essa bagunça no seu quintal.
Vai sobrar até para o Brasil.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInteressante, que eu saiba Venezuela e Guiana fazem parte da OEA, que não aparece no noticiário sobre o assunto. Não li nada sobre ela.
ResponderExcluirParece mais uma organização sem moral, cabide de empregos.
Se o Reino Unido interferir a Rússia pode se achar no direito de ajudar a Venezuela.
Porém eu penso que é tudo para desviar a atenção dos acontecimentos internos da Venezuela, que tem eleição pela frente.
É verdade. Quando não há inimigos internos para servirem de bode expiatório em campanhas políticas, apela-se para um inimigo externo. É batata que isso engambela o povo e dá apoio ao governo, por mais merda que este seja. Na época da Guerra das Malvinas, o moral do Galtieri e das FA aumentou perante a população argentina. Depois, foi o que se viu. Seria ótimo que o Maduro esquecesse a lição argentina e embarcasse no mesmo barco furado. Mas acho que é só bazófia. Como se disse no Tropa de Elite: você é um fanfarrão!
ResponderExcluirBom Dia ! Hoje é dia de feira aqui na área. Daqui a pouco vou dar um rolé por lá , beber um caldo de cana e ver se tem novidades.
ResponderExcluirA respeito do citado pelo Helio falando sobre a mudança rápida e profunda no mundo no tópico "informação", já há um bom tempo perdi completamente a vontade e a paciência de tentar/querer acompanhar "tudo ao mesmo tempo", sejam assuntos triviais, sejam assuntos + sérios e relevantes.
ResponderExcluirAcabei por ter uma "lista" de assuntos de que não quero mais informação, uns por absolutamente irrelevantes, outros por absolutamente irritantes e/ou deprimentes.
Desses últimos, encabeça a lista a política (principalmente a brasileira) que, além de irritar e deprimir, ainda cheira mal.
Estou no ponto em que uma dose de alienação faz bem à minha saúde.
Faz bem, Mário. Informação demais só serve para sobrecarregar nossa mente.
ExcluirBom dia (ainda).
ResponderExcluirTarde de fortes emoções, se estendendo noite adentro.
Volto ao assunto. Como todos já sabem, sou um homem de esquerda, mas não radical. Maduro é um débil mental. Até hoje não sei o porquê dele não ser eliminado da face da Terra. Duvido que China e Russia se envolveriam nesse problema. O petróleo da Venezuela é abundante, porém muito pesado e difícil de processar. Há outras opções menos problemáticas.
ResponderExcluirO novo formato do SDR trouxe novidades, entre as quaisba ausência do suposto emigrante brasileiro que alega estar no Canadá, "José Rodrigo de alencar", um homem viajado e que conhece o mundo "como a palma da mão". Será que alguém mais sentiu sua falta?
ResponderExcluirPegando esse gancho do "Anônimo" que está espenzinhando o Conde eu acho engraçado essa expressão "esquerda caviar", que os indivíduos de direita (notadamente os de extrema direita) utilizam para ironizar os socialistas de classe média ou rica. Caberia avisa-los que quem se simpatiza com o socialismo quer a correção das incongruências sociais (atribuição mister de qualquer governo) como objetivo principal das políticas de Estado, e o fato de se utilizar Rolex e I-phone não o deslegitimiza, a não ser que tenha feito voto de pobreza...
ResponderExcluirWagner, a respeito do assunto uma pergunta para a qual até hoje não tenho resposta:
Excluir- A orientação política de uma pessoa pode significar (ou se resumir) a somente uma maneira de pensar a vida ou poderia (deveria ?) ser caracterizada por determinados comportamentos e ações ?
(filiação partidária, militância, trabalho voluntário: assistencial, educacional, etç etç ...)
Wagner Bahia", como homem esclarecido e com boa escolaridade, você tem ciência de que "em nenhum lugar do mundo o socialismo de certo", e isso é um fato. Mas na realidade o que está se discutindo é simplesmente "o custo dessas idéias mirabolantes". Tudo Isso poderia ser discutido democraticamente se coubesse no orçamento do país, e sabemos que "não existe almoço grátis", já que para cada despesa deve haver uma contrapartida de receita. E como a receita é muito menor do que o apetite (ou goelas larga) dos políticos, o Estado precisa arrecadar cada vez mais, e o resultado disso pode ser observado na Argentina, Venezuela, e vários países que se aventuraram nesse caminho. Portanto é fato que única coisa que é socializada é a miséria geral. É uma mentira que pode ser comparada à uma piada contada pelo Costinha: "O trabalho enobrece, o dinheiro não traz felicidade, e eu juro que só boto a cabecinha". Nunca essa comparação foi tão real....
ExcluirTer consciência social, empatia, um olhar para a desigualdade, etc, são visões importantes.
ResponderExcluirNão só pensar, mas na medida de suas possibilidades, agir.
E acho que isto pode ser feito de várias maneiras.
Não acho que seja imprescindível ter filiação partidária.
O que não vejo como desejável são os radicais de extrema-direita e de extrema-esquerda.
Falou tudo. É isso!
ExcluirUma filiação partidária pode levar a caminhos "no mínimo tortuosos" em razão de compromissos assumidos. Os presidentes de partidos políticos (os verdadeiros donos) detem o verdadeiro poder por controlarem as verbas bilionárias do "fundo partidário", e "é aí que mora o perigo".
ResponderExcluirA VALE enterrou Brumadinho.
ResponderExcluirA BRASKEN afundou Maceió.
A ENEL apagou São Paulo.
A AMERICANAS deu um grande golpe.
Mas o problema são as empresas públicas.
Discussão inócua.
ExcluirO problema são as empresas mal geridas, mal controladas, mal reguladas, assaltadas por malfeitos, sejam elas públicas ou privadas.
O status, público ou privado, não garante coisa alguma, para o bem ou para o mal.
As empresas não são "entidades" que se autogovernam; a boa ou má atuação é definida pelos gestores e toda a rede de interesses - legítimos ou não - que se estabelece em torno da empresa.
O socialismo possui diversas nuances, aqueles países que optaram pelo modelo "linha dura" como a Coréia do Norte e Cuba são devidamente castigados, seja pela utopia financeira que o próprio modelo encerra, seja por outros fatores como embargos.
ResponderExcluirMas há países que optaram por modelos que conciliam a inclusão de todos com o mais puro capitalismo. E estão muito bem. Acho que criamos o mau hábito de considerar os EUA como referência para tudo.
O Bolsa Família, tão criticado pela extrema direita, se observares bem não é o "assistencialismo" como é propagado. Ao trazer uma grande parte da população ao consumo promove-se um ciclo virtuoso em toda economia. Mas parece que isso irrita uma parte da população, que acha que o governo está dando dinheiro pra vagabundo, fora outros mais cruéis e preconceituosos argumentos.
Veja que no meu comentário anterior eu utilizei a expressão "corrigir as incongruências", não estou propondo se fazer angu sem fubá suficiente.
Dou um exemplo: a política de cotas para se entrar na universidade pública. A resistência que a extrema direita faz contra esta política afirmativa denota claramente a opção desse grupo em se privilegiar aqueles que já possuem privilégios. E pelo que eu saiba neste caso não há uma oneração extra dos cofres públicos.
Enfim, esse olhar para todos, todos mesmo, tem que nortear todas as políticas públicas se queremos ser um país de verdade.
Eu e minha mulher somos testemunhas do efeito positivo do sistema de cotas; uma empregada doméstica que trabalhou por muitos anos em nossa casa e cujas filhas também são domésticas, já tem há pelo menos 5 anos as duas netas formadas pela UERJ onde entraram pelo sistema de cotas, uma em administração e outra em engenharia.
ExcluirA cabeleireira que atende minha mulher no salão aqui da rua tem a filha mais velha no último ano de medicina (acho que da UFRJ) também beneficiada pelo sistema.
Essas meninas que provêm de famílias pobres, conseguiram, no espaço de 1 geração superar um enorme fosso, coisa virtualmente impossível antes do sistema do qual, reconheço, eu era crítico mas que vi funcionar
Mário, seria justo o sistema de "cotas" se fossem "sociais" e não "raciais". A pobreza independe de cor, raça, ou credo. Existem milhões de "brancos pobres e nordestinos pobres" que não são contemplados pelo sistema. O motivo alegado para a concessão desse benefício é uma suposta "dívida histórica", que de acordo com meu entendimento é um argumento desprezível, demagógico, e que tem como principal objetivo propagar "no mínimo" um sentimento de revolta em outros setores da sociedade. As cotas raciais contradizem frontalmente o disposto na primeira parte do artigo 5° da Constituição Federal onde consta que "Todos são iguais perante à Lei sem qualquer distinção de raça, cor, religião, etc", algo que possui um tom sarcástico que tal qual a Lei Feijó de 1831, "foi feita para inglês ver".
ExcluirConcordo, Joel.
ExcluirO critério de seleção mais justo seria (ausência/baixa) renda.
Nos casos citados por mim estava, como relatei, presente.
Cadê o gerente? Não apareceu nos últimos dias...
ResponderExcluir17:04 de hoje.
ExcluirMuita gente fala sem saber. O Bolsa-Família, além de ajudar os mais pobres, exige que as crianças estejam na escola e cumpram certas obrigações na Saúde, como estar em dia com as vacinas obrigatórias. Isto é muito positivo.
ResponderExcluirMais algumas rodadas e nem fase preliminar da Libertadores o Botafogo conseguia. Já está fora do G4.
ResponderExcluirO Vasco perde, perde mas consegue ter alguém pior. Continua dependendo só de si. O último rebaixado terá entre 41 e 44 pontos.
O Bahia vai cair. Nunca vi um time perder tantos gols fáceis num jogo decisivo. Só um tal de Ademir perdeu uns três sem goleiro de dentro da pequena área.
ResponderExcluirBom Dia ! Ainda é cedo volto mais tarde.
ResponderExcluir