Total de visualizações de página

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

LAGOA

 

Foto da primeira metade do século XX mostrando a parte de Ipanema da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Não havia prédios altos neste trecho de Ipanema. Acho que os primeiros edifícios mais altos da Av. Epitácio Pessoa foram os construídos quase na esquina com a a Rua Gastão Bahiana no início da década de 50.

Esta faixa de areia permaneceu até o final da década de 60, desaparecendo com a duplicação da Av. Epitácio Pessoa.

Nesta década o privilégio de morar de frente para a Lagoa era contraposto por uma quantidade enorme de moscas e mosquitos. Inseticidas, aqueles "mata-moscas" de cabo de madeira e extremidade com um plástico, vidros que funcionavam como alçapão para prender moscas, aqueles famigerados espirais de cor verde, tudo isto era imprescindível para sobreviver por ali.

Aliás, o que aconteceu com os enxames de moscas? Desapareceram há tempos por estes lados.

O trânsito antes da abertura do Rebouças era pequeno. Havia grande dificuldade de transportes coletivos pela região, que praticamente desapareciam após 22 horas. Voltar do Maracanã à noite era um problema.

Comércio não havia nenhum. Sem contar o "Mosca", um boteco na Rua Montenegro perto da Epitácio Pessoa, só havia algo para comprar da Nascimento Silva para lá. 

Muita gente frequentava esta "praia" para tomar banho de sol, mas quase ninguém se aventurava a mergulhar. 

Nesta época os treinamentos do barcos a remo aconteciam até bem perto do Corte do Cantagalo. Há muito tempo que esses treinamentos só acontecem no espaço da raia de remo.

Eram frequentes as mortandades de peixes que, além do cheiro horroroso, afetavam todas as molduras prateadas dos porta-retratos.

Minha lembrança mais antiga deste trecho da Lagoa foi assistir a uma prova de automobilismo. Foi tipo "Um quilômetro de arrancada".

21 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Devia (e ainda deve) ser uma vista deslumbrante. Assim como em outros lugares da cidade. Não tive a oportunidade de desfrutar. Passei de carro pela autoestrada e só.

    Aguardo os comentários.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. PS: onde está "autoestrada", leia-se Borges de Medeiros... Epitácio Pessoa então, mais raro ainda.

      Para ver como (não) conheço a região...

      Excluir
  2. Há muito tempo não havia uma postagem de uma foto só como era regra nos tempos do fotolog.
    Lembro da Lagoa antes da duplicação. A foto é linda e só faltou aparecer aquele cavaleiro que passeava pelas margens da Lagoa.
    O entorno melhorou muito com o saneamento e com o magnífico trabalho do Moscatelli que recuperou o manguezal que trouxe de volta a variada fauna ao local.

    ResponderExcluir
  3. Bom Dia ! No meu tempo de taxista passava muito por aí .

    ResponderExcluir
  4. Bom dia!

    A Pedra da Gávea, Pedra Bonita e Dois Irmãos ao fundo da Lagoa fazem uma paisagem das mais bonitas do Rio.

    Pra mim, ainda é um dos melhores lugares de lazer e beleza.

    Faça um churrasco que as moscas aparecem!
    Mata-moscas ainda é usado, às vezes, aqui em casa, mas com cabo plástico.

    ResponderExcluir
  5. Observador de observadores23 de fevereiro de 2024 às 08:24

    Hoje tá difícil até pro sambarilove. Não dá nem pra enrolar. Não é minha praia!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. até porque não é praia (mais), é lagoa...

      Excluir
    2. Observador de observadores23 de fevereiro de 2024 às 19:12

      Me ajuda aí, ô! Lagoa pra mim só quando aparece no jornal da Globo! Tirando o basicão da zona norte e o Mercadão eu sou um zero à esquerda. Hoje não tem futebol, não choveu, e não morreu ninguém. Tô sem assunto pra um sambarilove. Me ajuda aí!

      Excluir
  6. Eu me lembro da Lagoa desde os tempos anteriores ao Túnel Rebouças. Vi o crescimento do trânsito no local em épocas diferentes. Lembro bem da Feira da Providência na Borges de Medeiros, do Tobogã, o qual não tive coragem de subir a escada, da favela da Praia do Pinto, da favela da Catacumba, e atualmente tenho "arrepios" só com a idéia de ir à Lagoa. FF: Comprar um carro elétrico atualmente é "dar um tiro no pé ". Quem sabe na próxima encarnação.

    ResponderExcluir
  7. O cavaleiro montava um belíssimo cavalo e usava botas elegantes. Ele saía da Hípica e passeava por Ipanema. Era uma figura muito conhecida na época.

    ResponderExcluir
  8. As moscas antigamente se faziam onipresentes e o mata mosca (com cabo de madeira, marca Pif Paf) era utensílio indispensável em qualquer casa.

    ResponderExcluir
  9. Corre na internet um vídeo de um telejornal da Band que mostra uma "mosquitoeira" (inspirada na ratoeira) feita com garrafa PET e micro tule.

    ResponderExcluir
  10. Lagoa se revelando um oásis no Rio, curiosamente encostado no mar. Qual o outro lago da cidade? Sempre que vem à tona (ops) o tema insisto no transporte aquaviário , de passageiros e turistico. Bem administrado funcionaria. Remo e vela funcionam bem e heliportos também. É uma opção barata de lazer.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lago, não sei. Na zona oeste havia algumas lagoas que, com o correr dos anos e da ocupação desenfreada, se transformaram praticamente em latrinas a céu aberto. Há um projeto de transporte hidroviário entre diversos pontos da região, após a Iguá fazer a dragagem das lagoas. Não estou muito confiante de que irei ver funcionando. Em um pequeno trecho, na Barrinha, já existe um serviço de transporte hidroviário.

      Excluir
  11. Sobre a praia que havia na Lagoa, um registro interessante desse trecho no passado pode ser lido na obra de Ruy Castro "A Estrela Solitária". Conta ele que após o fiasco que foi a passagem de Garrincha pelo Corinthians em 1966, o casal Garrincha & Elza alugou um apartamento da Rua Maria Quitéria na esquina de Visconde de Pirajá junto à Praça Nossa Senhora da Paz. Para disfarçar seu vício de álcool de Elza e dos amigos, Garrincha sob o pretexto de pescar corocas na praia existente na Lagoa em frente à Maria Quitéria pegava a vara e ficava horas na tal praia aparentemente pescando. Quem o via ao longe tinha essa impressão e imaginava que ele tentava conter o vício. Só que invariavelmente ele chegava em casa de mãos vazias. Logo Elza descobriu o porquê. Garrincha enterrava inúmeras garrafas de cachaça na areia e saciava seu vício sem ser importunado. Mais um triste fracasso.

    ResponderExcluir
  12. FF: incêndio devastador em dois prédios em Valencia, Espanha.

    ResponderExcluir
  13. Só lembro das minhas idas ao entorno da Lagoa já com o Rebouças pronto, novinho em folha, em consultas pediátricas no antigo Hospital dos Bancários e depois para assistir regatas no Estádio de Remo, de onde dava pra ver a saída dos barcos do Flamengo pelo túnel. Mas dentro da sede do CRF só fui em 2006.
    No mais só de passagem.

    ResponderExcluir
  14. Por causa da postagem anterior fui "navegar" nas fotos do acervo da Light e já encontrei dois equívocos de legenda do "estagiário". Um de localização e outro de data.
    Se eu achar mais 5 vou sugerir ao gerente do SDR um jogo dos 7 erros.
    Algumas fotos anteriores a 1930 são difíceis de dizer se acertaram ou não.

    ResponderExcluir
  15. Morreu nesta sexta-feira, aos 80 anos, Wilson Fittipaldi Jr, irmão de Emerson e pai de Christian Fittipaldi. Se engasgou com um pedaço de carne no seu aniversário, dia de Natal, teve parada cardíaca e foi internado. Teve algumas melhorias mas não chegou a sair do hospital.

    Montou com o irmão há quase 50 anos a única equipe sul-americanos de F1.

    ResponderExcluir