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sábado, 24 de fevereiro de 2024

DO FUNDO DO BAÚ: FOLGUEDOS DE RUA, por Helio Ribeiro

                                  FOLGUEDOS DE RUA

Esta postagem recorda uma série de folguedos de criança que eram praticados na rua. Talvez muitos visitantes da Zona Sul nunca tenham se divertido com eles, por motivos vários. Alguns dos folguedos envolviam duplas, outros exigiam dois grupos rivais e outros mais eram realizados por várias crianças, sem conotação de grupos.

As descrições e quando aplicável as regras que citarei são as que nós adotávamos dentro da nossa patota. Podem variar para outros grupos ou locais.

Não resisti a rememorar o modo como brincávamos. São recordações pessoais, diferentes da impessoalidade que se espera de uma postagem. Sorry.

Vamos aos folguedos.

1) AMARELINHA


Dispensa descrições. Mesmo quem nunca brincou de amarelinha sabe do que se trata, ou assim penso. No nosso caso, desenhávamos a amarelinha com giz e usávamos uma casca de banana para indicar nossa progressão nos quadradinhos. Nossa marcação era diferente da mostrada na foto: os quadradinhos 1, 2 e 3 eram em linha, depois vinham o 4 e 5 atravessados, o 6 novamente em linha e o 7 e 8 atravessados. Portanto, não tínhamos 9 quadradinhos como aparece na foto. E onde está o 10 escrevíamos "CÉU". 

 

2) PELADA


Preciso descrever? A largura das balizas era constituída pelo espaço entre uma árvore e a parede da casa em frente. Não era pouco, pois a calçada da Dona Delfina era e ainda é bastante larga levando em conta que éramos crianças ou pré-adolescentes. Não havia travessão. Por consenso, se a bola passasse alta e fora do alcance do goleiro considerávamos tiro de meta. As balizas eram em calçadas opostas, de modo que para sair de uma e chegar à outra tínhamos de atravessar a rua com a bola. Tradicionalmente uma baliza ficava em frente à minha casa, de número 46, e a outra em frente à bonita casa de número 33, já demolida. De vez em quando a bola caía no quintal da 35, que era um chalé suíço habitado por um almirante da reserva, já bem velhinho. Ele era ranzinza e não gostava de devolver a bola. Então pulávamos o baixo muro e a pegávamos de volta.

Às vezes entrava na rua uma rádio-patrulha vinda do distrito policial situado na rua Conde de Bonfim. Aí quem a visse dava o alarme "Lá vem a RP!" e todos sentávamos no meio-fio, com a maior cara de pau e escondendo a bola.  

Como não havia muitas crianças da mesma faixa de na rua, para jogarmos pelada precisávamos da presença de crianças de outras ruas. O craque da bola era o Marcos Elias, que estudava no Colégio Militar e morava na rua Uruguai. Ele tinha um irmão que chamávamos de Lulu da Palmerana, quando o correto seria Lulu da Pomerânia. Existe um cão dessa raça, mas não sei o motivo do apelido do Lulu. Também bons de bola eram os trigêmeos Luís, Ricardo e Manuel, filhos de um médico e moradores na avenida Maracanã, esquina com a Dona Delfina e que de vez em quando saíam na porrada entre si. E quem tentasse separar acabava apanhando, e dos três ao mesmo tempo.

 

3) CHICOTINHO QUEIMADO

Não achei imagem condizente com essa brincadeira na Internet.

Um objeto qualquer era escolhido como o chicotinho queimado. Uma das crianças o escondia em algum lugar, inclusive dentro do quintal ou na vegetação de alguma casa, enquanto as demais fechavam os olhos. Uma vez escondido, as demais começavam a procurar o chicotinho queimado. Aquela que o escondeu ia dando as dicas do tipo "Está frio", ou "Está esquentando" ou "Está quente", para indicar para cada criança se ela estava perto ou longe do lugar onde o chicotinho estava escondido. Quem o achasse seria o próximo a escondê-lo.

 

4) PIQUE-BANDEIRA


Era jogado em dois grupos, um contra o outro. Na calçada era traçada uma linha reta com giz, da parede de uma casa até o meio-fio, delimitando dois campos. A determinada distância dessa linha, cada grupo colocava no chão a sua bandeira, que poderia ser um chinelo, um galho de árvore ou qualquer outro objeto. Cada grupo ficava no seu campo. O objetivo era roubar a bandeira do outro grupo e trazê-la para seu campo.

Enquanto um jogador estivesse no seu próprio campo, ele não poderia ser molestado. Mas a partir do momento em que entrasse no campo adversário, alguém do outro grupo corria atrás dele para tocar no seu corpo. Isto feito, ele ficava congelado e só poderia se movimentar novamente se alguém do seu próprio grupo o tocasse. Então era uma correria geral, uns defendendo sua bandeira e congelando os adversários atrevidos e outros tentando pegar a bandeira do grupo oponente. Haja suor e queima de calorias!!

 

5) FRISBEE


Na nossa época não havia esse tipo de objeto e o modo como brincávamos era diferente. Eram duas crianças, cada uma se posicionando como goleiro nas balizas citadas no folguedo PELADA, exceto que ambas as balizas eram na mesma calçada. A título de frisbee usávamos tampinhas de cerveja ou uma tampa velha de panela. O objetivo era fazer um gol no adversário.

 

6) PIQUE-ESCONDE

 

Jogado em grupo, sem adversários. Uma criança, a procuradora, se posicionava em determinado lugar, que era a sua base ou pique, e tapava os olhos, e as demais iam se esconder. Nós usávamos como esconderijo os poucos carros estacionados ou entrávamos nos quintais de algumas casas. A procuradora contava até determinado número, a combinar (20 ou 30), enquanto as demais se escondiam. Terminada a contagem, ela saía à cata dos escondidos após dizer bem alto "Lá vou eu!". Se um dos escondidos saísse do seu esconderijo, corresse até o pique, o tocasse, dissesse seu nome e "1, 2, 3" antes que a procuradora tocasse o mesmo pique, estava salvo. Assim que a procuradora via um dos escondidos, dizia seu nome, o local do esconderijo e voltava correndo para o pique, tocando-o e dizendo "Pique 1, 2 3". Quem foi descoberto estava fora dessa rodada, a menos que quando a procuradora disesse seu nome ele corresse e alcançasse o pique antes dela. Se a procuradora conseguisse descobrir todos os escondidos, o último deles passava a ser a nova procuradora. A estratégia era a procuradora nunca se afastar muito do pique, para evitar que alguma criança o alcançasse antes dela. Mas às vezes, para descobrir o esconderijo dos demais, ela era obrigada a se afastar. Mas tinha de ficar de olho vivo. Caso a procuradora não conseguisse descobrir ninguém, depois de certo tempo podia avisar que desistia e então tudo recomeçava.

 

7) BOLA DE GUDE - TRIÂNGULO

 

Traçávamos um triângulo a giz na calçada. Quem ia jogar combinava quantas bolinhas iria "casar", colocando-as dentro do triângulo, e ficava com uma para tecar. Uma linha reta era riscada a giz a determinada distância do triângulo. Cada jogador se posicionava a determinada distância da linha reta e lançava a bola de tecar, visando pará-la o mais próximo possível da linha. Depois que todos lançavam suas bolas, determinava-se a ordem em que elas ficaram próximo à linha e esta era a mesma ordem em que o seu jogador iria fazer seus lançamentos dali em diante. Quando a bola de um jogador atingisse uma dentro do triângulo e esta saísse fora, ele ficava com ela. Enquanto ele estivesse acertando uma bola, continuava jogando. Quando errasse, era a vez do próximo. Caso a bola lançada parasse dentro do triângulo, o jogador estava fora. E se ele tecasse a bola de tecar de outro jogador, este estava fora. O jogo terminava quando não restassem mais bolas dentro do triângulo.

 

8) PIQUE-COLA

 

Uma criança era escolhida como a pegadora. Uma base também era escolhida: podia ser uma árvore, um poste, o  portão de uma casa, etc. As demais crianças se afastavam e a pegadora saía atrás delas. Quem ela tocasse ficava "colada" e só podia ser "descolada" pelo toque de outra. Quem fosse "colada" três vezes passava a ser a nova pegadora.

 

9) BOLA DE GUDE - BÚRICA ou BÚLICA

 

Esse jogo exige chão de terra, então só podíamos brincar disso na casa dos nossos vizinhos do número 44, que tinham um filho e onde havia uma área de plantação. Mas eles eram muito rigorosos quanto a estranhos, de modo que só permitiam a entrada do meu irmão, de mim e de um colega bem mais novo, o Antônio José.

Antes de começar, combinávamos se o jogo seria "à vera" ou "à brinca". No primeiro caso, quem vencesse levava as bolinhas de gude dos outros; no segundo, não.

A regra é um pouco complicada: eram feitos três buracos (as búricas ou búlicas) na terra, com determinado afastamento entre si. Estabelecida uma linha de partida, cada jogador pegava sua bolinha e tentava jogá-la dentro da búrica mais afastada. Se conseguisse, ele seria o primeiro a jogar dali para a frente. Se ninguém conseguisse, a ordem de jogada era pela proximidade da tal búrica. A partir daí, obedecendo a essa ordem de lançamento, cada jogador tentava colocar sua bolinha dentro de cada búrica, seguindo a ordem delas no terreno: a mais afastada, a do meio, a mais próxima, a do meio novamente, a mais afastada, a do meio novamente. Quem fizesse esse roteiro estava na condição de "mata". Em cada lançamento, o jogador podia optar por tentar colocar a bola na próxima búrica ou tecar a do adversário para afastá-lo dela. Neste caso, ou se conseguisse jogar a bola dentro da búrica, ele podia jogar novamente. Caso um adversário estivesse com a bola dentro da búrica, os demais não podiam jogar a sua ali dentro, tendo de fazer hora até ela sair de lá. Quando um jogador atingisse a condição de "mata", sempre que tecasse uma bola adversária ela saía do jogo.

No fim do jogo, o destino de cada bolinha "matada" dependia do que havia sido combinado no início: "à vera" ou "à brinca".

Antes do início de cada rodada, quem primeiro gritasse  "Marraio!" seria o último a lançar sua bola, o que era vantagem pois poderia tecar a dos adversário e afastá-las da búrica inicial e não poderia ter sua bola afastada pelo mesmo motivo.

Quem gritasse "Acompanha!" logo a seguir do "Marraio!" seria o penúltimo a lançar; quem gritasse "Feridor sou rei!" a qualquer momento seria o primeiro a começar o jogo se sua bola inicial atingisse qualquer uma das demais. Como no máximo éramos quatro jogadores, essas expressões bastavam para nós.

 

10) PULAR CARNIÇA

 

Acho que todos conhecem essa brincadeira. Não era muito comum entre nós, mas eventualmente nos divertíamos com ela.

 

 

 

43 comentários:

  1. Atualmente tudo isso seria inviável por inúmeras razões. De todas essas brincadeiras a "pelada" era a minha preferida. Enquanto criança, meu "campo" preferido era na Praça Afonso Pena. Naquele tempo haviam espaços disponíveis na parte mais alta e na parte mais baixa da Praça. Ali também andava-se de bicicleta, e em proporção menor alguns moleques jogavam bola de gude. Um funcionário da Secretaria de Serviços Públicos do Estado da Guanabara que era chamado de "o guarda" cuidava da manutenção fazia uma espécie de "policiamento". Mas havia outros "campos de pelada" na calçada da Professor Gabizo e na Travessa Cruz, uma pequena rua sem saída calçada com paralelepípedos. Lembro com pesar a perda de una bola de "couro de vaqueta argentina" que "explodiu solenemente" destruída por um ônibus 614.

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  2. Bom Dia ! A brincadeira que eu mais gostava era soltar pipa.Eu ia a pé para a escola a semana toda para ter o dinheiro de comprar um rolo de linha 10 dos grandes.Depois moer o vidro para fazer o cerol. Hoje quase não se vê a garotada soltando pipa. E os poucos que ainda restam usam essa linha perigosa. No caso de estar chovendo no fim de semana a diversão era ir ao cinema.

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    1. Mauro, nos dias atuais soltar pipas é na maioria das vezes atividade de desocupados, moradores de "regiões pouco valorizadas", e "longínquas e ermas". Atualmente não se vê crianças e jovens que possuem atividades lúdicas e/ou frequentam escolas ou cursos, envolvidos com a soltura de pipas. No meu tempo de criança poucas vezes soltei pipa, e o local escolhido era no grande pátio lateral que havia na Igreja de São Francisco Xavier junto à Rua Nova e ao Rio Trapicheiro. No local atualmente existe a estação de Metrô da São Francisco Xavier e a pista em direção à Praça Saens Pena da Avenida Heitor Beltrão.

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  3. Queimado, Polícia x Ladrão, e Batatinha Frita 123 eram frequentes também. Esta última em versão violentíssima fez parte da série Round 6, uma coreana que fez grande sucesso na TV ano passado.

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  4. Bom dia, Dr. D'.

    Das dez atividades da lista, não lembro de pular carniça e muito pouco de jogar frisbee. Era mais peteca. O César lembrou muito bem de outras atividades. Por falta de espaço na rua quase nunca soltei pipa em Madureira. Só quando passava férias aqui em Jacarepaguá. Mas também era raro.

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    1. Muitas dessas atividades fazíamos na vila que ainda existe na rua onde morei. Fora as da escola.

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    2. Na "pelada" as "traves" eram os chinelos de alguém que preferia jogar descalço. A discussão era quando a bola passava por cima da "trave".

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  5. Outra atividade menos comum era carrinho de rolimã (por falta de espaço e de declives). Algumas dessas atividades fazíamos no intervalo da escola. Outra era a já citada em outras postagens corrida de chapinhas (ou tampinhas).

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  6. Bom dia.
    Com exceção do frisbee "tropicalizado", participei das brincadeiras de todas as outras.
    Algumas delas hoje em dia não têm o espaço e/ou segurança necessários em muitos lugares da cidade para acontecerem.

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  7. Esse negócio de pular carniça nunca foi comigo, sô! Tem gente que se acostuma, gosta da brincadeira, e quando percebe já está falando fino e rebolando.

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    1. Tsc, tsc, tsc .... só com onomatopeia (*) mesmo.
      (*) "Tsc, tsc, tsc" é uma onomatopeia, ou seja, a reprodução escrita de um barulho que as pessoas costumam fazem com a boca em um ato de reprovação. Esta expressão é, muitas vezes, acompanhada de gesticulações, como o balanço da cabeça em sinal de negação ou reprovação.

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  8. Boa tarde!

    Havia muitos terrenos baldios onde moro e eram próprios para o pique-esconde e polícia e ladrão. Quando brincávamos mais a noite, sempre rolava uma "paquera" nos "esconderijos".

    Nas peladas de rua, na rua onde moro havia portões de lata mais fina e quando a bola batia neles fazia grande barulho que despertava a ira dos moradores. Tomávamos esporros dos moradores e de nossos pais, mas nada mudava no dia seguinte, até que começamos a jogar bola numa pracinha perto, mas quando a bola caía nos fundos de uma escola municipal acabava o futebol ⚽️, pois havia uns cachorros que a devoravam.

    Carniça, amarelinha e frisbee não faziam parte de nossas brincadeiras diárias.

    A noite costumávamos jogar queimado, havia poucos carros transitando pela rua e a algazarra ia até as 22h, quando retornávamos para casa.

    No lugar da RP citada pelo Hélio, passava a "joaninha" da PM e logo ficávamos de prontidão. Depois descobri que a tal "joaninha" era acionada para dar umas incertas no pessoal que namorava nos carros a noite na praça que jogávamos futebol, pois não havia iluminação na praça. Anos depois a iluminação foi colocada e era comum tacarem pedras nas lâmpadas para que o "namoródromo" retornasse ativamente.

    Soltei pipa e joguei bola de gude, mas não com tanta frequência. Rodar pião também era uma brincadeira comum e nisso eu era bom!

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  9. " ... o jogador podia optar por tentar colocar a bola na próxima búlica ou tecar a do adversário para afastá-lo dela."
    Antes da jogada, tinha que explicitar o que tinha escolhido fazer, daí o nome do jogo que eu conheci como "Bola ou Búlica".

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  10. Outros tempos. Hoje já não se pode dar mole na rua. Namorar encostado num carro era comum. Hoje…

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  11. Agora dá para entender porque todas as pessoas em fotos antigas eram magras.

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    1. Exato. As crianças queimavam muitas calorias. E não tinha McDonald's. Nem Bakonzitos, nem Nuggets, nem batata Ruffles, nem.... nem....

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    2. Mas tinha banha de côco, manteiga à vontade, embutidos em geral, etc

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  12. Essas brincadeiras dão saudades nos que viveram cada uma delas, mas com exceção talvez das peladas de futebol, não atraem mais a garotada que tem à disposição consoles eletrônicos de alta qualidade, simulando aventuras extraordinárias.
    Com fones de ouvidos ou alto-falantes potentes, ficam imersos num mundo fantástico, colorido e movimentado. Podem jogar via internet com todo o grupo de amigos, cada um em um canto do mundo, interagindo à distância.
    Não há possibilidade, nem segurança, para atraí-los para essas brincadeiras antigas.
    O mundo mudou. E muito. Não tem jeito.

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  13. As brincadeiras tão bem lembradas pelo Helio secundado pelos comentaristas, eram ao ar livre e não custavam nada (ou quase nada: uma bola qualquer, umas poucas bolas de gude, ...).
    Quando chovia, talvez um jogo de cartas ou batalha naval.
    E lia-se também, a imaginação precisava funcionar e criar as imagens e pessoas descritas, nada vinha pronto.
    Outros tempos, outro mundo.

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    1. Verdade: usava-se a imaginação, a coordenação motora, o espírito de grupo. Hoje a criançada usa apenas a visão grudada na tela do celular, os dedos ou a mão no joystick, e diverte-se matando inimigos com armas de grosso calibre que geram jorros de sangue, ou roubando carros no GTA. Ser ladrão ou piloto de fuga é um must.

      Também podem se entreter fazendo dancinhas no Tik Tok, ou cantando desafinadas no You Tube, ou cancelando os outros nas redes sociais, ou trocando nudes, ou... ou...

      E tem gente que acha o modo de vida antigo uma bosta.

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    2. A maioria dos comentaristas do blog pode acompanhar já crescidinhos a evolução do que chamávamos de "informática", com o impressionante desenvolvimento de tudo a ela relacionado nos últimos 30 anos.
      Talvez um paralelo possível seja o período também de 30 anos entre 1890 e 1920, quando surgiram automóvel, avião, rádio ...
      Duas revoluções.

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    3. Como toda mudança/ evolução (?) radical, traz coisas boas e ruins.

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  14. AVISO AOS NAVEGANTES ==> na próxima segunda-feira vou iniciar uma obra de porte aqui em casa e pretendo estar presente o tempo todo nela, acompanhando os trabalhos. Por isso minha participação aqui no SDR deverá ser esporádica. Previsão de término só em abril. Mas como a única utilidade de cronogramas e de orçamentos é a gente ter o prazer de descumpri-los, não sei se realmente poderei estar de volta na época prevista.

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    1. 02 comentários:
      - Como você disse, uma obra - qualquer obra - nunca obedece a orçamento e prazo.
      - a única maneira de uma obra realmente acabar é você colocar uma placa na "entrada" da mesma com os dizeres:
      "Esta obra acabou."
      Senão, o "já que" não permite - nunca - o encerramento.

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  15. Pô, Helio, dá um jeito de aparecer de vez em quando. Você é titular do time de comentaristas.

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    1. É que faço comentários muito longos e para isso uso o teclado do desktop. E ele fica num aposento que selarei para não entrar poeira.

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  16. Pique-bandeira eu gostava, mas brinquei poucas vezes por falta de de meninas. Quando só nós moleques dávamos preferência ao futebol.
    Pique-esconde foram várias vezes.
    Chicotinho-queimado era mais comum junto com meus primos, maioria das vezes dentro de casa mesmo.
    Pique-cola durava pouco, quase um intervalo enquanto esperava por mais gente para outras brincadeiras favoritas.
    Carniça foram poucas vezes, acho que muitos não faziam questão dessa brincadeira.
    Amarelinha até lembro de ter brincado, mas não de ter levado a sério, tipo só para não deixar sozinho alguém que pedia para brincar.
    Pipa e bola de gude muito pouco, por total falta de habilidade.
    Frisbee eu nem sei se vi nos tempos de criança. Jogar qualquer coisa em formato de disco era em qualquer lugar e até sozinho pela rua a fora. Em locais alagados eram as pedras para "quicar" na água.
    Fora da lista, eu era fominha no futebol de botão e no ping-pong, mas sempre tinha pelo menos um que era melhor do que eu. Fui o melhor uma vez no jogo da tábua com pregos servindo de jogadores e moeda a "bola". Chamávamos de "pregobol", mas o nome varia muito.

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    1. Uma vez tentei fazer um "caseiro", mas não deu muito certo. O problema era pintar as linhas e fixar os pregos. Acho que ganhei ou comprei um.

      Na série da Apple TV sobre o título da Argentina em 2022, uma cena mostra o Messi jogando no quarto do hotel com outros jogadores, apostando dinheiro.

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  17. Há muito mais diversões naqueles bons tempos. Mas a postagem visou apenas as que eram praticadas na rua. Por isso não incluí futebol de botão, ping-pong, etc.

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    1. Ping-pong pode ser jogado na rua. É só colocar a mesa lá. Canso de ver. Claro que depende da rua... Não vai fazer isso na Ataulfo de Paiva.

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    2. Em colégio os menores em tamanho jogavam até na calçada do pátio, quase uma miniatura de tênis de quadra, mas com raquete e bola de ping-pong e estojos de lápis como rede, enquanto os maiores ocupavam a mesa oficial.
      Já botão era em qualquer superfície lisa, o que na rua era realmente quase impossível.
      Fominhagem é assim mesmo.

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  18. Bom Dia ! Vou sair agora para o meu rolé diário.

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  19. Bom dia.

    Maçarico ligado. Dia de Fla X Flu.

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    1. Tudo indica que o Fla será o vencedor da Taça Guanabara. Nova Iguaçu poderá ser vice e Vasco e Botafogo brigando pela última vaga nas semifinais. Se o Flu perder a decisão da Recopa (coisa que não acredito) e perder para o Botafogo, talvez termine em 4° e teremos novo FlaxFlu nas semifinais.

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  20. Chegando em casa agora de um "programa de índio" (o termo deve ser politicamente incorreto, com certeza) e o termômetro marca 31º, com sensação térmica de 37º.
    A salvação é banho (e morno, porque a água fria não vai estar) e ar condicionado; a conta da LIGHT vai subir ...

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    1. Politicamente incorreto ou não, a turma da gozação vem dizendo há um bom tempo que índio não faz certos programas com tendências suicidas que o povo da cidade faz e chama de "programa de indio".

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    2. Com certeza, Paulo.
      Um índio não sairia para um lugar meio inóspito como eu (me senti obrigado a fazer, coisa de branco ...) fiz com esse calor de hoje; ia ficar à sombra, quietinho.

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    3. Nem sempre, Mário. Tem muita gente nesse "Brasilzão" que não pensa assim. A mídia não vai mostrar, mas há cerca de um milhão de pessoas sob sol inclemente na Avenida Paulista com sorriso "de orelha à orelha". O You tube não mente...

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    4. Hoje de manhã fui conhecer a tal "Roda Gigante" no Santo Cristo. Como sou associado da Appai (Associação dos Professores) não gastei nada, mas não vale o valor do ingresso. Nada demais!!

      De lá fui até a Praça Mauá, passando pelo Museu do Amanhã. Estava bem vazio e tranquilo, pudera, com o calor que fazia, poucas pessoas pela rua.

      As 14h já estava em casa

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    5. Bons programas para um domingo.
      O Museu do Amanhã no meu caso vem ficando sempre para amanhã, ainda não fui.

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    6. Com relação a conta de luz, a bandeira verde irá continuar em março, pelo menos "refresca" o bolso!!!

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  21. Boa tarde Saudosistas. O Hélio não mencionou o Garrafão, aliás garrafão e carniça era brincadeira que sempre acabava em briga onde eu morava.

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