Total de visualizações de página

segunda-feira, 15 de julho de 2024

ANOS 70

Embora já se tenham passado mais de 50 anos a década de 70 está ainda fresca na memória de muitos comentaristas do "Saudades do Rio".

O prezado GMA, a quem o "Saudades do Rio" agradece,  mandou várias fotos daquela década, algumas com certeza de autoria do húngaro Gyorgy Szendrodi e já bastante conhecidas, além de outras que desconheço o autor. 

Entretanto, por propiciarem boas lembranças, parte delas será exibida por aqui esta semana.


FOTO 1: Vemos o predio onde funcionavam a Varig e a Vasp junto ao aeroporto Santos Dumont. 
 

A Varig começou com uma linha de apenas 270 quilômetros - Porto Alegre - Pelotas - Rio Grande, que no seu primeiro ano de atividade realizou 85 voos, transportou 652 passageiros e voou 210 horas. 

Chegou a operar a maior e mais completa rede de linhas do Brasil. Para o exterior voou diretamente para destinos em mais de 20 países, em quatro continentes. 

Atualmente no local existe um grande shopping chamado Bossa Nova Mall. Tem bastante movimento, atendendo os passageiros do Santos Dumont, além de ser aberto ao público em geral.

Recentemente fui ali almoçar no restaurante Xian, um meio asiático, além de parceiro do Giuseppe, especializado em carnes. Daria nota 7, não mais que isso.


FOTO 2: E o Monroe volta ao "Saudades do Rio". Podemos ver seu bem cuidado jardim e a espetacular calçada em pedras portuguesas. Ao fundo, outro símbolo do século passado: a Mesbla.


FOTO 3: Quem diria que o tradicional Hotel Glória (visto ao lado do edifício Ypu) iria passar por tantas transformações nos últimos 50 anos. Após a aventura do Eike, que levou as instalações a ruínas, parece que está sendo reformado e transformado em luxuoso prédio residencial com mais de 200 apartamentos. A previsão é que fique pronto em 2026.


FOTO 4: O simpático trenzinho que percorria o Aterro do Flamengo há mais de 50 anos desapareceu em 1979. Lá no fundo, o edifício Hilton Santos que por décadas abrigou a "sede nova" do Flamengo, também foi vendido para um novo dono que fará ali um residencial moderno.


FOTO 5: Esta é a piscina do Clube Guanabara. Não sei se nesta época da foto ainda era utilizada água do mar para enchê-la. 

Na de água salgada, em 21 de setembro de 1961, Manoel dos Santos nadou sozinho, diante de 3 mil espectadores, na tentativa de conseguir o recorde mundial dos 100 metros. Teve sucesso e obteve o recorde que durou três anos: 53s6. 

Neste ano de 2024 o chinês Zhanke Pan estabeleceu o atual recorde mundial dos 100 metros livres com o tempo de 46s8, em competição no Catar.

***RETIFICAÇÃO*** Não é a piscina do Guanabara e sim a piscina suspensa do Botafogo. 



53 comentários:

  1. A década de 70 foi a melhor da minha vida, que transcorreu durante a transição da adolescência para a fase adulta. Era jovem, conseguia muitas garotas, tive meus primeiros carros e motos, comecei a praticar o voleibol de praia em 1975 e a corrida na orla uma ano antes, em 1974. Além de ter sido a década das melhores músicas e o auge das bandas que eu amava, como Bread, America, Supertramp e Carpenters.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O filme sobre a carreira dos Carpenters é espetacular. Do nada ao primeiro lugar das paradas de sucesso. Junto veio muito dinheiro e a morte trágica de Karen.

      Excluir
    2. Tirando a primeira, desconhecida para mim, as outras me foram apresentadas nos anos 80.

      Excluir
  2. Bom dia, Dr. D'.

    Sou uma exceção. Minhas lembranças começam no final dessa década, com a Copa de 1978.

    Essa década foi marcada pela derrubada de vários prédios icônicos, um deles retratado hoje.

    ResponderExcluir
  3. Concordo com o Mauro Marcello sobre a década de 70 pois foi muito marcante para mim. Parece que foi ontem mas lá se vão 50 anos o que é impressionante.
    A Varig e a Vasp se foram, o Monroe, a Mesbla, o Glória, o trenzinho, também.
    As fotos são ótimas e tomara que haja outras para trazer novas recordações.
    Já estive no shopping Bossa Nova num fim de tarde e o por do sol visto de lá com o Pão de Açúcar e o Corcovado ao fundo é espetacular. É bastante movimentado e serve bem aos passageiros do aeroporto.

    ResponderExcluir
  4. A derrubada do Monroe foi uma grande perda arquitetônica para a cidade, tendo desfalcado definitivamente a chamada "sala de visita da Cinelândia", naquele quadrado composto por prédios emblemáticos. Gostaria muito de ter entrado no Monroe. Caso a capital da República ainda estivesse sediada no Rio de Janeiro, os senadores não teriam sossego com a cobrança da população ante a seus mal feitos contra a sociedade brasileira e as pessoas de bem. Lembro do trenzinho do Aterro e era um sonho para as crianças desfrutar daquele passeio pela nova área de lazer da cidade. O Hotel Glória conheci quando participei de alguns congressos. Me parece que a foto da piscina do Guanabara mostra uma fase em que a água não estava salobra, com adição da água do mar, o que deixava sua coloração bem mais escura, como presenciei em 1970 num jogo de pólo aquático entre Botafogo x Guanabara.

    ResponderExcluir
  5. Lamentável a demolição do Palácio Monroe, era só tirar os puxadinhos para que ficasse como o projeto original. O fechamento das "varandas" com esquadrias de vidro, por exemplo, era muito feio.
    Conheci o Parque do Flamengo nos seus primeiros dias, talvez no dia da inauguração ou no seu primeiro fim de semana pois estava lotado. Andei de trenzinho mas já não lembro se foi lá ou pode ter sido na Quinta em outro dia qualquer, a memória está confusa sobre esse detalhe pois eu não ainda tinha completado 7 anos em 1965.
    Lembranças que combinam com uma segunda-feira: sobre lembrar de 50 anos passados, exatamente esse mês, em 1974, era aprovada a lei da fusão da GB ao RJ, executada em março do ano seguinte.
    Naqueles mesmos dias ficou difícil esconder a epidemia de meningite que vinha acontecendo desde o último mês do governo anterior.
    E logo no início daquele julho a seleção brasileira foi apresentada ao Carrossel Holandês, que deixou os jogadores do Brasil, mais o técnico do Tri, completamente tontos.
    Acho que vou voltar para a cama e começar o dia de novo.

    ResponderExcluir
  6. A piscina do post é a do Botafogo que no momento se encontra vazia, tanto quanto a do Guanabara bem próxima já apareceram muitas vezes no Saudades do Rio. PCTFRANCA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade, é a piscina suspensa do BFR por cima da churrascaria Fogo de Chão.

      Excluir
    2. Mais um estagiário demitido.

      Excluir
    3. Agradeço a colaboração para a identificação correta.

      Excluir
  7. Década de 70. Inicio de minha profissão de engenheiro mecânico e me interessei em Ar Condicionado Central. Então desde dessa época estou dedicado ao conforto térmico e mais atualmente ao controle de contaminação em Hospitais através dos sistemas de AC. Nos anos 70 a Varig foi minha praça de trabalho como prestador de serviços e o prédio da foto 1 tem uma importância fantástica no meu desenvolvimento profissional. Fiz grandes instalações por lá mas foi no prédio de de treinamento de pilotos( Simulador de voo), na Ilha do Governador, onde amadureci. Havia chegado o DC-10, supermoderno jato da empresa e o treinamento dos pilotos eram feitos nesse centro com um moderníssimo equipamento que promovia as mesmas condições de um voo de verdade. Portanto essa cabine flutuante sobre estruturas pneumáticas tinham que ficar em um salão gigantesco totalmente climatizado a 22C. Neste tempo conheci inúmeros colegas da Varig que eram de uma qualificação técnica fantástica. Nessa época entendi o porque a Varig era a maior empresa da América Latina. Alguns anos depois, tudo isso virou pó. Que pena.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade, Menezes.
      Muitas outras coisas boas viraram pó também.
      A Varig sempre foi para para mim motivo de orgulho, uma empresa brasileira de primeira linha, dava gosto viajar com ela.
      Minha última viagem pela Varig foi em um MD-11 (o "velho" DC-10 modernizado/aperfeiçoado e com certeza o mais confortável (e bonito) avião de longo curso em que voei) lá pelos idos de 1998.
      Sem entrar no mérito da gestão da empresa, do que poderia ou não ter sido feito diferente, é uma lástima o que aconteceu com a companhia.

      Excluir
  8. Bom dia Saudosistas.
    Foto 1- Vemos com maior destaque os prédios da Varig e Vasp, por trás vemos os prédios da Escola Naval e a frente as torres do Monumento dos Pracinhas. Nesta época costumava ir ao Clube Internacional que tinha baile aos sábados e namorar na piscina com a Baía da Guanabara a sua frente estimulava muito mais o namoro.
    Foto 2- Palácio Monroe o maior crime dos governos militares foi a sua demolição, deveria ter sido restaurado e hoje poderia ser um museu dos acontecimentos políticos da República.
    Foto 3- Hotel Glória e Edifício Ypu, ainda bem que está sendo retrofitado e em breve se tornará um condomínio de luxo. Já o Ypu permanece lá com as suas varandas fechadas por esquadrias de alumínio de vários modelos, que retiram a beleza da sua fachada.
    Foto 4- Os bondinhos do Aterro a sua estação ficava ao lado do Monumento dos Pracinhas, no seu entorno se instavam barraquinhas e vendedores de tudo que se possa imaginar para crianças de bolas a gás, pipas, sorvetes, água mineral, bolinha de sabão, carrocinhas de cachorro quente geneal, do que me lembrei agora, mas havia muito mais.
    Nos anos 70 passava praticamente meus finais de semana seja no sábado ou no domingo, jogando em dos campos do Aterro.
    Foto 5- Logo que a vi, reconheci como a piscina suspensa do Botafogo, só estive nela uma vez assistindo um jogo de polo aquático.
    Poderíamos dizer que este conjunto de fotografias nos regressa aos tempos que viver no Rio de Janeiro era muito mais feliz.

    ResponderExcluir
  9. Bom dia a todos!

    Das fotos, minhas referências são da Varig, voando para Portugal em 1975, do Galeão. E do Hotel Glória, quando passava Baile de Fantasias, transmitidos pela Rede Manchete nos anos 1980.

    Primeira lembrança mesmo dos anos 1970 foi entrar no Maracanã em 1974, no jogo Vasco 1x4 América, na estreia do campeonato carioca. O Vasco tinha sido campeão brasileiro poucos dias antes e minha real lembrança era pelo gigantesco estádio, para um menino de 6 anos os jogadores pareciam bonequinhos circulando pelo gramado.

    FF: A Argentina pode ganhar a trinca do Futebol este ano: atual campeã do Mundo, Campeã da Copa América e o ouro das Olimpíadas, cujo atual campeão é o Brasil. Los Hermanos estão muito felizes no futebol, já na vida diária nem tanto.

    ResponderExcluir
  10. Bom dia.
    A década de 70 (principalmente em sua primeira metade) teve também alguns dos melhores anos de minha vida.
    As recordações trazidas pelas fotos chegam a dar um aperto no peito de saudades.
    E os últimos 50 anos passaram muito, mas muito rápido mesmo.

    ResponderExcluir
  11. Fã do Hotel Glória15 de julho de 2024 às 12:31

    O Hotel Glória foi construído para a Exposição Internacional de 1922, comemorativa do Centenário da Independência, pelo empresário Rocha Miranda.
    No local do Hotel Glória existia o palacete de John Russel, o pioneiro dos esgotos no Rio de Janeiro.
    Em estilo neo-Luiz XV o Hotel Glória era dotado de teatro, cassino, salões de festas e de jogos, áreas de lazer, piscina e 150 quartos.
    Ampliado em época posterior, ganhou mais dois andares e, pela incorporação de terrenos adjacentes, passou a ter 500 quartos.
    Eram famosos os bailes de formatura em seus salões, nas décadas de 1950 a 1970 ao som de Steve Bernardt, Waldir Calmon, Ed Lincoln, Orquestra Tabajara de Severino Araújo, e outros.
    O mar, que chegava junto à mureta das pistas internas da Praia do Flamengo, hoje está a algumas centenas de metros destas pistas, separado pelo Aterro do Flamengo.

    ResponderExcluir
  12. FF- Comparação entre as finais da Eurocopa e Copa Sulamericana.
    Eurocopa - Acesso ao estádio organizado, torcedores se dirigindo aos seus locais de forma organizada, do lado de fora torcedores fazendo comemorações de forma organizada, mesmo rolando cerveja igual chuva no RG e nem víamos um policiamento ostensivo.
    Sulamerica - Sem a menor organização, não impediu que torcedores se aproximassem dos portões de entrada, não havia pessoal suficiente para organizar o acesso ao estádio, não havia separação de torcedores nas arquibancadas.
    Não havia policiamento suficiente no entorno do estádio, para conter os excessos dos grupos de torcedores baderneiros.
    Pelo menos serviu de amostra para a FIFA e os organizadores da próxima Copa nos EUA se prepararem para a próxima Copa.

    ResponderExcluir
  13. Mauro Marcello, 07:14h ==> Bread e Carpenters eram muito bons. Com minha mania de gravar CD's, tenho dois em que fiz um mix de Bread, Lobo, Neil Diamond e Bryan Adams. Dos Carpenters tenho músicas espalhadas em mais de um CD.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Helio, eu também gosto muito do Lobo. Tinha um disco dele. Está ainda vivo com 80 anos.

      Excluir
  14. Trabalhei naquele prédio da VARIG em três períodos diferentes:
    1) de janeiro de 1981 a janeiro de 1985.
    2) de meados de 1993 a setembro de 1997.
    3) de outubro de 2002 a fevereiro de 2008.

    ResponderExcluir
  15. Eu entrei em companhias aéreas pela Cruzeiro do Sul, em 12 de junho de 1979. Amor à primeira vista. Mas a VARIG já havia comprado a Cruzeiro e logo nós fomos incorporados a ela, embora ainda sendo funcionários da Cruzeiro. Aí nos transferiram para o tal prédio da VARIG mostrado na foto.

    Os variguianos eram muito pedantes e faziam pouco caso de nós. Para nós a incorporação foi péssima, porque o ambiente da VARIG era muito pesado, especialmente na Informática, onde o superintendente era um gaúcho de origem germânica, ditatorial e que odiava mulheres trabalhando. Embora sua amante fosse a chefe da digitação da superintendência dele.

    Eu batia muito de frente com os variguianos. Lembro que em 1984 eu tomava conta de um sistema de Contabilidade. Como ainda não estava em produção, eu é que rodava os programas e despachava os relatórios pela ponte aérea RIO-CGH. Um dia houve um atraso nesse envio e um assessor lá de Sampa mandou uma mensagem pelo terminal de computador (ainda não havia Internet), dizendo que o diretor estava irritado porque o relatório ainda não havia chegado lá. Foi o bastante para eu subir nas tamancas. Respondi que era eu quem rodava os programas e enviava os relatórios, mas naquele dia tinha havido um atraso porém eles já estavam indo. E se o diretor me cobrasse novamente por isso, eu iria embora para casa e no dia seguinte ele não teria relatório nenhum. Foi o bastante. Nunca mais houve esse tipo de cobrança.

    ResponderExcluir
  16. De outra feita, o fechamento mensal da Contabilidade acusou uma diferença de 1 centavo. Eu e um programador ficamos loucos, tentando descobrir onde estava a diferença nos totais dos relatórios. Já de madrugada, vimos o motivo: o DAC estipulou que um passageiro poderia financiar a passagem aérea e a estada nos hoteis da Rede Tropical, que era da VARG. Mas não poderia financiar apenas o hotel. Então eu coloquei nos programas essa restrição: se tivesse financiamento de hotel, seria obrigatório ter passagem. Aí a diretoria resolveu burlar essa regra e os agentes passaram a colocar o valor de 1 centavo na passagem aérea, para poderem financiar o hotel. Fiquei pê da vida.

    Então coloquei uma nova verificação no programa, e o tal contrato que tinha o valor de 1 centavo foi rebarbado com a mensagem "Tentativa de fraudar o sistema." O pessoal da Contabilidade de Sampa ficou pê da vida e meu chefe recebeu um rádio (como era chamado o telex na VARIG) de lá reclamando da recusa do contrato. Eu disse que não tiraria a mensagem a menos que oficiassem a alteração na regra. Finquei pé até chegar a oficialização da mudança.

    ResponderExcluir
  17. Teve mais um caso: eu havia virado noites rodando por conta própria o sistema de crediário, originalmente desenvolvido por mim para a Cruzeiro mas que a VARIG passou a usar, após adaptações que fiz. De sacanagem, eles apelidavam o crediário da VARIG como Cred Varig e o da Cruzeiro como Cruz Cred.

    Uma manhã, já de saco cheio após virar mais uma noite, quando meu chefe chegou eu disse na cara dele: "Vou para casa e vou viajar para descansar". Ele não entendeu nada e me perguntou quando eu voltaria. Minha resposta foi: "Não sei". E fui embora. Chegando em casa avisei minha esposa que iríamos viajar. Sumi durante 18 dias, vagando pelo interior de Minas Gerais. Já contava em ter sido demitido na volta.

    Quando retornei, fiquei sabendo que tinha havido uma barca (como se denominava uma demissão coletiva) na nossa superintendência. Vários colegas haviam sido demitidos. Mas eu, não.

    ResponderExcluir
  18. O tal superintendente ditatorial mandou colocar no acesso às dependências da superintendência uma porta com segredo. Uma funcionária ficava sentada numa mesa e só ela conhecia o segredo. Em cima da mesa havia um livro negro. Quem chegasse atrasado tinha de registrar no livro a hora de chegada e a secretária ligava para a seção do funcionário e perguntava ao chefe dele se autorizava ou não a entrada. Em caso positivo, ela acionava o segredo e o funcionário entrava. Eu chamava essa porta de "porta atômica".

    Na prática, o chefe sempre autorizava a entrada. Mas era algo irritante e humilhante. Essa funcionária era proveniente da Cruzeiro. Maloquinha, porra-louca. Lá na Cruzeiro ela andava o dia todo com patins, pra lá e pra cá. Era muito jovem e bonita. Mas cabeça de vento.

    ResponderExcluir
  19. Um caso engraçado (haja casos!!): tinha um colega, analista de sistemas, que passara umas férias na região dos Lagos e voltara muito queimado e usando óculos escuros redondos. Aí o pessoal botou nele o apelido de Baratão. Além disso, diziam que ele era muito feio (eu não achava, apenas ele tinha marcas no rosto, como de varíola) e ele retrucava que o rosto dele era arte moderna. Então juntaram tudo e passaram a chamá-lo de BAM, significando Baratão Arte Moderna.

    Um dia ele terminou o desenvolvimento do sistema de pagamento de funcionários e resolveu comemorar na churrascaria Porcão lá do Mercado São Sebastião. Convidou toda a equipe do sistema. Quando perguntaram a ele quem pagaria, ele respondeu: "Jante que o BAM garante".

    Todo o mundo se fartou de comida e bebida. Quando ele levou a conta para o chefe reembolsá-lo, este se negou a fazê-lo porque não havia sido avisado. O prejuízo ficou com o BAM mesmo. Dali para a frente todo o mundo sacaneava ele por causa disso.

    ResponderExcluir
  20. Mais um caso: tinha um colega, que trabalhava junto com o BAM no sistema de pagamento, cujo apelido era Popó, aquele personagem do Chico Anysio, porque ele tinha um cavanhaque e ficava cofiando o dito cujo o tempo todo. Era um tremendo pinguço, por sinal.

    De vez em quando o chefe de RH, de nome Rayol (primo do Agnaldo Rayol), ligava para o BAM pedindo alteração no sistema de pagamento. O BAM subia nas tamancas, reclamando o tempo todo e dizendo que não iria fazer a alteração. Aí o Popó cofiava o cavanhaque e repetia várias vezes: "Você vai fazer a alteração, sim". O BAM estrebuchava, estrebuchava, mas acabava fazendo a alteração.

    ResponderExcluir
  21. E um assessor do Rayol se chamava Bassano. Gente finíssima. Para variar, tanto ele quanto o Rayol eram provenientes da Cruzeiro do Sul. Ele tinha um grande bigode pontudo e quando falava a ponta do bigode subia e descia. Aí o pessoal dizia que ele tinha engolido um passarinho, e realmente o bigode balançando parecia as asas de um passarinho se batendo.

    ResponderExcluir
  22. Mais uma do Baratão: o chefe nosso, na Cruzeiro do Sul, se chamava Ricardo Lundgren, da família dos fundadores das Casas Pernambucanas. Ele tinha um rosto afunilado no queixo. Um dia ele ficou sabendo do apelido Baratão do tal colega. Aí, numa reunião de toda a equipe, ele resolveu bancar o engraçadinho e disse:
    - E aí, Baratão? Tudo bem?
    Ao que o Baratão respondeu:
    - Tudo bem, Feião.
    O Ricardo ficou vermelho, mas não retrucou. Dali em diante o apelido dele passou a ser Feião.

    ResponderExcluir
  23. Agora duas de um colega coreano, chamado Shao Lin:

    1) havia dois outros colegas da área de Operação de computador que eram gêmeos idênticos. Eu mesmo não conseguia saber quem era quem entre eles. Um dia estávamos em grupo conversando na frente do prédio da foto de hoje, após o almoço, quando um dos gêmeos passou. O Shao Lin então comentou que o tal e o irmão eram muito parecidos. Um colega então disse: "Univitelinos". Ao que o Shao Lin falou: "Que nome engraçado!". Risada geral.

    2) um dia um colega estava criticando os coreanos por comerem cachorro. Ao que o Shao Lin retrucou: "E vocês não comem vaca?". Silenciou todo o mundo.

    Por sinal, Shao Lin numas férias pediu passagem para a Austrália, conseguiu emprego lá e mandou uma carta para um outro colega, um chinês de Taiwan chamado Kung, com o pedido de demissão dele. Nunca mais voltou da Austrália.

    ResponderExcluir
  24. Aliás, conheço várias pessoas que foram para a Austrália e nunca mais voltaram. A lista seria grande. Eu mesmo fiz todo o processo de imigração, mas por motivos outros acabei não comparecendo à entrevista final, em Brasília, que iria me autorizar a ir embora para lá.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Seria um sério desfalque na turma do Saudades do Rio, ia ficar (acho eu) só com as saudades da cidade.

      Excluir
    2. Você quis dizer eu ficar com saudades da cidade? Se for isso, nerusca de pitibiribas. Não sinto nenhuma ligação com o Rio nem com o Brasil. Pelo contrário: quando eu viajava para o exterior e tinha de voltar me dava uma tremenda tristeza. Vontade até de chorar.

      Excluir
  25. Ainda sobre Varig: Na cola das grandes obras da Varig no RJ, veio depois do prédio do Simulador do DC-10, as obras da "Cozinha de Bordo" e o monumental prédio da "Oficina de Motores" e o Banco de Provas. Três grandes obras que elevaram o padrão VARIG a pontos nunca alcançados por qualquer voadora Brasileira. O Prédio do Catering, Comida de Bordo, eram produzidas em áreas limpas(esteril) e a Oficina de Motores a manutenção dos equipamentos propulsores das aeronaves. Na parte de fuselagem o imenso Hangar e que dava-se para visualizar na aproximação da aeronaves vindos do norte. Tudo de primeira, com ótimos técnicos . Creio que hoje esses espólios estejam em mãos de outras operadoras. Tudo isso em uma época em a Varig dominava o Mercado Brasileiro. Ali aprendi tudo sobre climatização
    industrial.

    ResponderExcluir
  26. Esse comentário acima é meu .

    ResponderExcluir
  27. Boa noite. Forneci o material, mas não comentei. No prédio da foto 1 também se retiravam remédios que a Varig trazia do exterior quando não havia similar no Brasil e a pessoa tinha receita e pedia a companhia. O catering da Varig ótimo, mini chocolate Kopenhagen no cafézinho.
    Em frente a esse prédio foi construído um tipo de quebra mar de pedras, que deveria servir para passeio das pessoas até a ponta. Na véspera da inauguração houve uma ressaca monstra, o pier ficou todo avariado e ninguém mais foi até lá. As pedras estão lá todas mal ajambradas. Andei procurando essa notícia nos jornais, mas não achei. A conferir!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Achei! a ressaca foi em junho de 1997 e destruiu o pier nas vésperas da inauguração. Teria lojas, deque, atracadouro, etc.

      Excluir
    2. Seria, ainda é chamado, Pier Santos Dumont. Seria uma boa opção de vista. A imagem do Google Maps é boa!

      Excluir
  28. Estive de manhã no CCBB, até comentei de lá, e de tarde na BN. Algumas exposições meia-boca no CCBB, mas uma valeu a pena. A sobre o prédio da instituição, que comemora 35 anos em 2024, e que em 2026 completa 100 anos de inauguração. O presidente do BB em 1926 era James Darcy...

    No anexo da BN uma apresentação de harpa, praticamente arrastado pela minha irmã, mas até que foi legal.

    Cheguei em casa meia hora atrás.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Harpa paraguaia? Acho que é um dos instrumentos mais difíceis de tocar. Há uma música famosa, paraguaia, de nome "Pájaro Campana", que é muito bonita. Peço permissão ao Luiz para postar aqui o link de uma belíssima interpretação dela. O harpista é um senhor mestre. https://www.youtube.com/watch?v=RrsyNPxqnCI

      Excluir
  29. Gostei do Marcelo Rojas, Helio.
    Acho que já contei aqui que tinha uma amiga que organizava mensalmente umas reuniões culturais em sua casa para umas 15 pessoas.
    Convidava para se apresentar um artista, um escritor, um professor. Quando tinha cachê, rateávamos, mas era muito barato (como ganham pouco os artistas para comparecer). Era mais ou menos uma hora de apresentação e outra hora de bate-papo.
    Sempre segunda ou terça.
    Numa delas foi a Cristina Braga, harpista importante. Foi ótimo.
    Outra vez foi o duo Santoro.
    Escritores da ABL, estes nada cobraram, também foram.
    Guias de viagens internacionais fizeram palestras sobre lugares interessantíssimos.
    Pena que minha amiga faleceu e logo depois veio a pandemia e os eventos terminaram.

    ResponderExcluir
  30. Esta apresentação de hoje faz parte do RioHarpFestival 2024, durante este mês. Minha irmã foi em uma ontem no forte de Copacabana.

    ResponderExcluir
  31. Muitos comentários hoje sobre a década de 70 ter sido a melhor. Também sinto isso, mas creio que boa parte (ou a maior parte) desse sentimento seja a idade que tínhamos, a fase dourada da vida...

    ResponderExcluir
  32. Com relação a fase boa da vida, para mim foram as décadas de 1950 (minha infância) e 1970. Por que não a de 1960? Porque esta foi irregular: boa até setembro de 1964, péssima daí até fim de 1965, boa em 1966 e 1967, neutra em 1968 e 1969.

    ResponderExcluir
  33. No meu comentário das 16:19h de ontem, onde se lê Bassano leia-se Grassano.

    ResponderExcluir
  34. O Monumento aos Pracinhas quase sumido na foto 1, a parte de baixo não aparece e a "laje" ficou camuflada com as pistas do Santos Dumont ao fundo.
    Infelizmente é um local que só fui na época da primeira visita ao Parque do Flamengo, há quase 60 anos.

    ResponderExcluir
  35. Algums lembranças da década de 70:
    O Tivoli Park
    O Elevado e o Túnel do Joá
    A nova Barra da Tijuca e seus Condomínios (Nova Ipanema, Novo Leblon, Barramares)
    O Pier e as “dunas do barato"
    O Planetário da Gávea
    A Feira hippie na praça General Osório
    O Hotel Nacional,
    O time do Fluminense do Francisco Horta, por onde passaram Rivelino, Paulo César Caju, Dirceu, Edinho, Marco Antônio, Doval, Mário Sérgio, Abel,, Gil, Carlos Alberto Torres ..

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O goleiro era o Renato, que também chegou à seleção como reserva do Leão.
      A chamada Máquina Tricolor nem precisava de estrangeiros, até o argentino Doval se tornou um carioca honorário.

      Excluir