Total de visualizações de página

sexta-feira, 19 de julho de 2024

CARROS A GASOGÊNIO

Com a entrada do Brasil na 2ª Guerra Mundial uma série de providências tiveram que ser adotadas. Desde economizar eletricidade, racionar gás, carne, leite, açúcar, até praticamente suspender o uso de gasolina.

Desta forma, os veículos precisaram ser adaptados e foi usado o gasogênio, produto feito à base de carvão.


FOTO 1: Vemos um automóvel com a instalação de gasogênio na traseira. O local é na Glória, perto do hotel e da então sede do Automóvel Clube do Brasil.


FOTO 2: A foto foi estupendamente colorizada pelo Nickolas Nogueira e o automóvel foi identificado pelo Obiscoitomolhado como sendo um Cadillac 1941, placa DF 11-11.

                                                                                                        FOTO 3: Do acervo do Sergio L. Santos vemos uma família posando ao lado de um Packard com gasogênio. 

Na época não havia uma conscientização ecológica, mas a maioria não gostou do volumoso aparelho instalado na traseira do veículo, com peso total que chegava próximo a 100 kg e que, além de mau aspecto estético, alterava as reações dos automóveis pela inadequada distribuição de peso, o desagradável aspecto visual e a dificuldade de gerar o gás necessário para o funcionamento do motor.


FOTO 4: Nesta foto garimpada pelo nosso comentarista Augusto no acervo do Correio da Manhã vemos uma das muitas oficinas existentes para instalação do gasogênio.

                                                                                                        FOTO 5: Nos jornais dos anos 40 eram muitos os anúncios sobre o gasogênio. Apelidado de “gás pobre”, os proprietários de automóveis não gostavam do combustível porque ele fazia com que a potência fosse perdida. Para convencer a população, o governo encomendou a produção de um filme, o “Nosso Amigo, o Gasogênio”.

                                                                                                      FOTO 6: Nas imediações do Palácio Monroe havia muitos automóveis com gasogênio. Era um processo demorado usar automóvel com gasogênio e a maioria dos proprietários recorreu a cavaletes de madeira para manter o carro suspenso, sem contato com o solo, para não estragar os pneus que perdiam pressão pelo longo período imobilizado. E esperar pelo fim da guerra fazendo uso dos bondes e dos ônibus que existiam para chegar ao local de trabalho.


FOTO 7: Outra foto, acho que da LIFE, nas imediações do Monroe. Apenas os carros oficiais tinham acesso à gasolina. A importação de petróleo era obstruída pela guerra, obrigando ao governo decretar o racionamento dos seus derivados.


FOTO 8: Aqui vemos caminhões com gasogênio. Em certa época até mesmo houve corridas de automóveis movidos a gasogênio.

Artigo no “Correio da Manhã” descrevia os sacrifícios e restrições à sociedade brasileira. Publicado em setembro de 1942, lembra que em maio a gasolina desapareceu dos postos de abastecimento. Os transportes públicos pioraram. A população passou a sofrer nas manhãs e final das tardes, espremida em ônibus e bondes. Era possível ver senhoras com garrafas nas mãos nos postos para comprar querosene racionado, uma vez que não encontravam o combustível de maneira abundante nos armazéns, como havia antes.

Mas também o banho morno tornou-se um luxo, porque faltava gás produzido pelo carvão. Não havia carvão. Em casa, no almoço e no jantar, faltavam carne, ovos e bacalhau.

Escasseavam também as francesas “pílulas tão boas para o fígado”, máquinas de costura, geladeiras. Do mesmo modo faltavam meias de lã importadas, bem como navalhas alemãs e suecas. Não era possível assistir a óperas, porque o repertório é italiano. Azeite de oliva não havia no mercado, muito menos perfumes parisienses.

O artigo publicado no Correio da Manhã era bastante crítico dos cassinos e das elites do Rio de Janeiro, indiferentes às dificuldades vividas pelo povo. 

O país produzia trigo em quantidade insuficiente para o consumo. A guerra prejudicou a importação e tornou-se difícil abastecer as padarias com farinha de trigo.  O mesmo ocorreu com o açúcar. A iniciativa governamental de substituir o açúcar refinado, branco, pelo mascavo, de cor escura, foi mal recebida.

O perigo de ataques aéreos da Alemanha às cidades litorâneas foi considerado sério e muito possível de ocorrer pelo governo brasileiro. Era necessário preparar a população para o caso de bombardeios nas áreas urbanas. Para isso, o governo instituiu o Serviço de Defesa Passiva Antiaérea, como já vimos em postagem anterior.

Foi determinado que permanecessem apagadas as luzes do Corcovado, do alto dos morros da Urca e do Pão de Açúcar, do relógio do edifício da Mesbla, dos anúncios luminosos localizados em morros, igrejas e arranha-céus. “Bunkers” foram construídos, como os do Castelo e o de Copacabana, junto da Galeria Menescal.

Foram tempos difíceis.



64 comentários:

  1. Que coisa horrorosa. Além da estética o desempenho devia ser péssimo.
    Imagino que logo após o término da guerra o abastecimento de gasolina tenha melhorado pois tenho fotos de bem pequeno junto do carro de meu pai já sem essa instalação.
    Lembro ainda de minha avó contar de haver uns cupons para comprar açúcar. Alguém sabe algo sobre isto?.

    ResponderExcluir
  2. Realmente, foram tempos dificílimos. Imaginar que inesperadamente, Hitler ordenasse o envio de seus aviões para bombardear nosso território. Nossos pais viveram esse tempo de insegurança e escassez mas não me lembro de relatos deles sobre o tema. Hoje, após a leitura deste post, certamente eu iria perguntar como foi. Como os carros ficavam feios com esses tubos de gasogênio acoplados na traseira e descompensando toda a relação peso-potência. O mecânico agachado está usando aqueles tamancos que quase todos os portugueses usava, como garrafeiros, padeiros e outros.

    ResponderExcluir
  3. Bom dia, Dr. D'.

    Imagina se nessa época tivessem implantado o Proálcool. O Brasil nem tinha ainda a Petrobras. Era um país essencialmente agrícola com indústrias engatinhando.

    Nem lembrava dessa foto da oficina.

    FF1: sorteio dos confrontos de oitavas de final da Copa do Brasil. Fluminense X Juventude, Botafogo X Bahia, Vasco X Atlético GO e Flamengo X Palmeiras...

    FF2: apagão cibernético afeta principalmente operações baseadas no Windows e outros programas da Microsoft. Os voos nos EUA foram suspensos e várias transações financeiras estão afetadas.

    ResponderExcluir
  4. Bom Dia ! Como nesta época eu era muito pequeno, lembro apenas desses "trambolhos pendurados" atrás dos carros sem identificar as marcas dos veículos. O que tenho na lembrança é que uns eram pintados de preto e outros de alumínio.

    ResponderExcluir
  5. O mundo pode parar de um dia para o outro com essas falhas cibernéticas. Tudo agora está dependente dos computadores.
    Parece que o Bradesco não está funcionando.
    Caos!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sempre pensei em um tilt na rede mundial, com paralisação total, pois todos dependem da internet para tudo. Sem exceção. Não só o Bradesco está com problemas.

      Excluir
  6. Bom dia.
    Da legenda da FOTO 8: " ... equipados com gasogênio "LIGHT"
    O gás era do tipo leve ou fornecido/distribuído pela empresa ?
    Na FOTO 4 o mecânico agachado usa os tamancos de madeira, comuns até uns 50/60 anos atrás.
    Meu cunhado, que é do ramo, há décadas vem falando constantemente sobre a fragilidade dos sistemas como um todo e do perigo de colapsos realmente sérios como o presente, causado
    - segundo a empresa (de segurança !) apontada como responsável pelo problema - por um prosaico "defeito no update de conteúdo para Windows",

    ResponderExcluir
  7. Quem diria que a solução hoje para vários problemas financeiros seria o velho dinheiro em papel...

    ResponderExcluir
  8. O serviço de bondes sofreu muito também na época da guerra, por impossibilidade de importar peças dos EUA.

    Será que os ônibus também usavam gasogênio? Nunca vi foto de algum deles com esse trambolho. Imagino que também era necessário em veículos movidos a diesel.

    ResponderExcluir
  9. Alemanha bombardear o Brasil? Com que objetivo? Quais os alvos interessantes aqui? E ainda mais: qual tipo de bombardeiro tinha autonomia para partir de bases alemãs, descarregar as bombas no Rio de Janeiro e regressar para as bases?

    Ideia de jerico. Tanto é que nem as bases americanas em Natal, mais próximas da África e Europa, sofreram qualquer ameaça disso.
    Ou as autoridades queriam provocar pânico ou eram incompetentes, mesmo. Qual a opinião de vocês?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hélio, as duas opções que vc sugeriu são perfeitas e ocorreram simultâneamente.

      Excluir
  10. Para bombardear as refinarias de Ploesti, na Romênia, os Aliados tiveram de dar nó em pingo d'água, por falta de autonomia dos bombardeiros da época. Estudaram as opções de partida da Inglaterra, da África do Norte, da Síria, e sempre toparam com o problema de falta de autonomia. Só em agosto de 1943 conseguiram esse intento, partindo da Líbia. Mesmo assim o ataque foi considerado um desastre, em virtude da perda imensa de aeronaves e tripulantes.

    ResponderExcluir
  11. A considerar também que o plano perfeitíssimo no papel e ensaiado à exaustão em maquetes na Líbia já começou a dar errado ainda quando os aviões estavam se dirigindo para a ilha de Corfu, na Grécia, sobrevoando o Mediterrâneo. Dali para a frente foi uma sucessão incrível de erros, culminando com o desastre total que foi considerada a missão, não só quanto aos pequenos danos causados nas refinarias de Ploesti e Cimpina (ou Campina) pela falta de pontaria dos tripulantes americanos quanto às perdas provocadas pela artilharia antiaérea alemã postada em torno das refinarias.

    ResponderExcluir
  12. E para completar, se a ideia era diminuir consideravelmente o fornecimento de petróleo ao esforço de guerra nazista, o tiro saiu pela culatra porque:
    1) os pequenos danos em algumas refinarias foram reparados em questão de dias ou semanas.
    2) a Alemanha tinha grandes estoques de combustível em outros locais e passou a usá-los.
    3) aproveitando a necessidade de reparar os danos, algumas refinarias voltaram a funcionar com equipamentos mais modernos.

    ResponderExcluir
  13. Vargas se utilizou da guerra para conseguir ganhos políticos internos e externos. Há várias dissertações sobre isto na Internet. Uma delas pode ser lida em https://www.unirio.br/cchs/ppgh/producao-academica/teses-de-doutorado-e-egressos-pasta/arquivos/JOOCLAUDIOPLATENIKPITILLOPPGHUNIRIO.pdf

    ResponderExcluir
  14. Dos 177 aviões da força de ataque, só 88 retornaram à Líbia, 55 deles muito danificados. Vários ficaram sem combustível no retorno e caíram no Mediterrâneo e outros estavam tão avariados ou com combustível tão baixo que tiveram de descer na Turquia. No ataque morreram 310 tripulantes, 108 foram capturados pelos alemães e 78 desceram na Turquia e foram internados (não é em hospitais, esse termo é usado para indicar que teoricamente não poderiam sair do país e ficariam fora da guerra).

    ResponderExcluir
  15. Até agora não senti nenhum problema cibernético. Não se trata de vírus e sim de atualização de um software de segurança usado por algumas empresas. Nem todos os computadores estão sendo afetados.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Trata-se de problema numa grande empresa de segurança cibernética. Os maiores clientes são empresas dos Estados Unidos. Há problemas com aviões e trens. Os passageiros de avião estão sendo aconselhados a chegarem cedo nos aeroportos. Alguns cartões de embarque estão sendo feitos à mão. O site do Bradesco está lento. O do Itaú falha um pouco, mas funciona. O Windows está dando problema, mas outros sistemas não.

      Excluir
  16. Lembro que na VARIG eu configurei meu computador para atualizar o antivírus McAffee diariamente, enquanto eu ia almoçar. Só eu e um colega tínhamos esse costume.

    Um belo dia cheguei ao serviço e estava tudo parado. Um vírus havia entrado na rede da VARIG, bem como em milhões de computadores no mundo todo, e provocara o problema. Só o meu computador e o daquele colega estavam funcionando, porque havíamos aplicado a correção do vírus no dia anterior, na hora do almoço.

    Tenho Norton desde 2003 e nunca meu computador foi afetado por vírus.

    ResponderExcluir
  17. Quanto à postagem de hoje, aquelas placas de carro feitas de bronze têm um bom valor para colecionadores, especialmente se ainda tiverem a plaqueta com o ano. Pertenço a um grupo zap de colecionadores de placas físicas, embora minha coleção seja um pouco diferente da deles, e por isso vejo o interesse deles por esse tipo de placas. Como em tudo na esfera humana, há muita falsificação, algumas tão mal feitas e fora de padrão que dá vontade de rir.

    ResponderExcluir
  18. Um tipo muito comum de falsificação é colocar a data de nascimento como se fosse o número da placa. Embora eu ache que a desonestidade é colocar isso à venda, e não o fato de fazer a placa assim, para talvez dependurar na parede de casa ou guardar como recordação.

    ResponderExcluir
  19. Mas há casos grosseiros, como nas placas de duas letras e quatro algarismos inventar placa com cinco algarismos. Ou, como vi outro dia, numa placa branca daquelas antigas, colocar dois algarismos, duas letras e dois algarismos. Coisa que nunca existiu aqui no país.

    ResponderExcluir
  20. Eu imagino que o medo de bombardeio era que isso acontecesse a partir de navios de guerra e não de aviões.
    Consta que um dos motivos para a escolha de Volta Redonda para a construção da grande siderúrgica partiu dessa preocupação, já que Santa Cruz estaria ao alcance dos canhões de embarcações de guerra.
    Provavelmente ainda não era de conhecimento geral as dificuldades da Marinha alemã.
    Mesmo assim, na minha opinião, houve um certo exagero a não ser que tudo era mais para treinamento, pois caso a Inglaterra sucumbisse haveria uma grande virada.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A marinha alemã (Kriegsmarine) era muito fraca em navios mas forte em submarinos, que não possuem canhões de grosso calibre. E não havia motivos para bombardear o Brasil, especialmente o Rio.

      O cruzador Admiral Graf Spee andou aqui pelo Atlântico Sul atacando navios mercantes, mas nunca se prestou a ataques terrestres, ate porque esse tipo de ataque normalmente precede desembarque de tropas, o que nunca foi intenção nazista nas Américas.

      Excluir
  21. Outro detalhe é que já disseram que Hitler não considerava uma guerra de ocupação no lado de cá do Atlântico, seria mais uma campanha para conquistar corações e mentes dos habitantes do Novo Mundo.
    No Brasil os partidários do nazismo e do integralismo estavam prontos a colaborar, apesar do decreto de fechamento desses dois partidos, e todos os demais, ter acontecido desde a instalação da ditadura do Estado Novo, em novembro de 1937.
    Nos EUA também não eram poucos os que simpatizavam com o nazi-fascismo.
    E o fuhrer entendia que a conquista da América era tarefa para a próxima geração de nazistas.

    ResponderExcluir
  22. Em tempo: o que poucos divulgam é que um embaixador alemão, Karl Ritter, foi considerado "persona non grata" no Brasil em 1938, justamente por insistir que Vargas liberasse o funcionamento do Partido Nazista.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quanto a essa palavra "Ritter", ela é um titulo nobiliárquico de baixa estirpe, com significado de "cavaleiro". Assim como Graf é Conde, Markgraf é Marquês, Freiherr é Barão.

      Excluir
    2. Nos alfarrábios internéticos só aparece como sendo o sobrenome dele. Tem outro, esse o primeiro nome é com "c", Carl Ritter, músico do século 19.

      Excluir
  23. Vargas era simpático ao nazismo de início. Quanto aos partidos proibiu todos. Ditadiras nunca são boas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ao Getúlio Vargas só interessava o getulismo. O regime do Estado Novo era um fascismo à moda brasileira. Oscilar entre Alemanha / Itália e EUA / Inglaterra / França dependia dos interesses comercias do Brasil dos anos 30 e início dos 40. O governo brasileiro era formado por simpatizantes dos dois grupos.

      Excluir
  24. O maior perigo de ataque seria a navios nos portos, por parte de submarinos, como aconteceu em Nova Iorque e outros portos americanos. Por isso se estabeleceu black out lá, porque a luz da cidade delineava a silhueta dos navios e facilitava a vida dos submarinos.

    ResponderExcluir
  25. Uma ideia de jerico foi a dos japoneses de enviar balões com cargas explosivas, partindo do Japão em direção à costa oeste dos EUA, levados por ventos que sopravam naquela direção. O objetivo não era causar estragos e sim criar uma histeria entre o povo norteamericano. Mas deu tudo errado, por vários motivos:
    1) muitos balões caíram no oceano.
    2) os poucos que chegaram aos EUA ou falharam em soltar as cargas explosivas ou as soltaram no campo, bem fora de áreas urbanas.
    3) o governo estabeleceu forte censura sobre o assunto, de modo que o povo não ficou sabendo desses balões e portanto a hipótese de histeria coletiva foi por água abaixo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Spielberg fez um filme chamado 1941 sobre pânico na Califórnia após o ataque a Pearl Harbour.
      No enredo nem precisou de balão ou qualquer outro artifício japonês para assustar os californianos, mas como era uma gozação eu nem sei se tem alguma base histórica.

      Excluir
  26. A despeito do oportunismo de auto promoção de Vargas, por outro lado ele foi competente e visionário por ter assinado rapidamente um decreto que permitia o uso do gasogênio. No final da década de trinta o Brasil já possuía uma frota considerável de veículos automotores e a falta de gasolina por conta da guerra poderia levar o país ao colapso.

    Éramos refém de um paradigma criado e difundido pelos estadunidenses que diziam que o Brasil, mesmo sendo um colosso territorial, não possuía petróleo.

    ResponderExcluir
  27. Getúlio Vargas é uma figura polêmica. Tal como JK. Uns o amam, outros o odeiam. A ele e ao seu governo. Minha família era getulista. Lembro que no dia do suicídio dele eu estava em aula, no primeiro ano do primário. A professora, dona Alaíde, saiu da sala chamada por alguém. Voltou chorando, avisou que o Getúlio havia morrido e as aulas estavam suspensas.

    ResponderExcluir
  28. Considerando as fotos e filmes gravados por turistas, disponíveis na Internet e que tenho em mãos, acho que pelo menos as áreas centrais e turísticas do Rio nunca foram tão bonitas como na década de 1930. Eu gostaria de ter podido viver minha juventude naquela época, embora nos anos 1950 não fosse tão ruim assim. Péssimo tem sido dos anos 1980 em diante, com excelentes perspectivas de piora infinita nas próximas décadas e séculos.

    ResponderExcluir
  29. Eu, no meu proverbial saudosismo, estou agora escutando 4 CD's que gravei com músicas de sucesso das décadas de 1950, 60 e 70. No total, 95 canções. Agora está tocando "Mr. Lonely", cantada por Bobby Vinton, cuja letra parece descrever a solidão de um soldado na Guerra do Vietnã, já que a música é de 1964.

    ResponderExcluir
  30. Agora mudou para "Mr. Sandman", cantada pelo conjunto "The Chordettes". Sandman é uma figura mítica, que atende aos sonhos das pessoas. Duvido muitíssimo que algum de vocês se lembre dessa música. Duvido e faço pouco.

    ResponderExcluir
  31. Desculpem eu fugir do tema do dia, mas como já vi inúmeras vezes comentários sobre futebol também fora do tema, permito-me falar sobre música. Acabei de ouvir "Play Me", do Neil Diamond, ano de 1972. Mais uma das belíssimas canções dele, tal como "Be" e outras. Neil Diamond era cópula. "Play Me" é fora de série.

    ResponderExcluir
  32. Primeira vez que vejo foto de caminhão movido a gasogênio .
    O padrão Light daquela época fez o equipamento ficar com design melhor.
    Nos demais veículos cada um com jeito diferente, todos horríveis.

    ResponderExcluir
  33. Mr. Sandman com "The Chordettes" é melhor do que com Dickie Valentine.
    Do Bobby Vinton gosto muito de Blue Velvet.
    Do Neil Diamond há muitas excelentes como Song Sung Blue, Sweet Caroline e Stones.
    No gênero, entre os homens, além de Sinatra, Nat, Bennett, temos outros fantásticos de meados do século passado, como Perry Como, Johnny Hartman, Vic Damone, Andy Williams e tantos outros. Foi uma época de ouro da música americana.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O melhor Sandman, para mim, é o do Ordinarius.

      Excluir
    2. Há algum tempo topei por acaso no YouTube com uns poucos vídeos do Tony Bennett e Andy Williams cantando juntos no programa de televisão do segundo na década de 60, o Andy Williams Show. Muito bom, dois grandes cantores e músicas lindas.
      " I left my heart in San Francisco " cantada pelos dois é uma beleza.

      Excluir
    3. Ah, e o Neil Diamond é cópula ao quadrado.
      (está agora com 83 anos, sofrendo com a doença de Parkinson diagnosticada em 2018; ele se aposentou logo em seguida ao diagnóstico)

      Excluir
    4. O Andy Williams faleceu em 2012 com quase 85 anos.
      Moon River foi talvez seu maior sucesso.

      Excluir
    5. Moon River é fora de série. Gosto muito. Tenho gravado em CD's, cantada por vários intérpretes diferentes.

      Excluir
    6. Ouvi "Mr. Sandman" com o conjunto Ordinarius. Eu prefiro o original. Mas aquela moreninha do Ordinarius é muito bonitinha e sensual.

      Excluir
    7. Por acaso no grupo de 4 CD's também tem "Blue Velvet". Gosto muito.

      Excluir
    8. Neil Diamond também tem "Holy Holly". Nunca tive curiosidade de ver as letras das músicas dele, mas sempre me deu a impressão de ter algo de religioso nelas.

      Excluir
    9. Sandman é bem conhecido no mundo dos quadrinhos por causa de Neil Gaiman. Já Moon River tem uma referência em episódio de Os Simpsons quando alguns personagens assistem a um show de Andy Williams, acho que em Las Vegas ou Atlantic City.

      Excluir
  34. Em propagandas também aparecem muitas placas fake até para destacar o nome do modelo do carro.

    ResponderExcluir
  35. As fotos 6 e 7 foram feitas em seguida, mudando apenas o ponto de vista do fotógrafo. Fácil de reconhecer algumas traseiras repetidas. Sou muito bom nisso.

    ResponderExcluir
  36. Por falar em foto 6, o filme em cartaz seria "Rica sem Homem" (com o "H" borrado)?
    Com esse título nada encontrei em busca rápida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E um lugar no balcão do Odeon ficava por Cr$ 2,20. Quando comecei a frequentar cinema não lembro se ainda existia essa separação de local para assistir filmes.

      Excluir
  37. Um dos participantes do grupo de colecionadores de placas a que me referi antes chegou a ser consultado pela Globo há alguns anos, para indicar como eram as placas nos carros antigos das novelas e minisséries da emissora, já que estas normalmente são época das placas amarelas e vermelhas numéricas ou ainda mais antigas, as pretas.

    ResponderExcluir
  38. Boa noite Saudosistas. No caso de uma colisão traseira, havia a possibilidade de explosão do automóvel?
    Quanto a pane ocorrida hoje pela manhã que afetou sistemas que usam windows pelo mundo afora, se tratou de uma atualização que deu xabu.
    A empresa se chama CROWDSTRIKE, tinha comprado 10 ações dessa empresa no início da semana, hoje depois desse problema ela fechou a US$ 304, vou esperar um bom tempo para recuperar esta perda.

    ResponderExcluir
  39. Os nazistas tiveram uma base em Santa Catarina com permissão do Getúlio Vargas.

    Essa base hoje está abandonada e em ruínas.

    https://www.uol.com.br/splash/noticias/ooops/2018/06/05/band-exclusivo-getulio-construiu-base-de-submarinos-nazistas-no-sul.htm

    ResponderExcluir
  40. Galeno, a base pode estar em ruínas mas o gosto por esta ideologia permanece viva em SC.

    ResponderExcluir
  41. Não vi a série de reportagens da Band sobre a base de submarinos alemães.
    Seria interessante, até para saber se eles informaram sobre o fechamento do citado Partido Nazista no Brasil e consequente irritação do arrogante embaixador alemão em 1938, comportamento que motivou sua expulsão daqui. E ver se mencionaram que 4 meses depois dessa base inaugurada os EUA acertaram o fornecimento de armas para o Brasil e mais a construção da grande siderúrgica.
    Sempre é preciso conferir em outras fontes o que conta a mídia paulista sobre o período Vargas. Eles costumam revelar algumas verdades, mas também contam algumas versões pela metade, escondendo detalhes que possam gerar questionamentos sobre o que eles divulgam.

    ResponderExcluir
  42. Paulo, concordo.
    Mas coloquei a reportagem para mostrar como eles tinham interesses aqui na América.

    Tenho um hobby, gosto de ver vídeos de detectorismo e a galera do sul já foi várias vezes a essa base.

    Conforme disse, o local está em ruínas e o mais preocupante é o tanque de óleo diesel ainda lotado do produto. Será um grande desastre ecológico quando ruir.

    ResponderExcluir