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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

DO FUNDO DO BAÚ: VOAR VARIG

A VARIG era reconhecida, entre muitas outras qualidades, pela excelência do serviço de bordo. Hoje vemos algumas fotos, principalmente da classe executiva.

No século passado, mesmo na classe econômica, era muito caro voar. Hoje em dia, de certa forma, ficou mais em conta viajar de avião, embora a classe executiva continue muito cara.

Eu diria que atualmente, na maioria da companhias aéreas, a alimentação a bordo na classe econômica é de péssima qualidade.


Todas as figuras importantes da segunda metade do século passado viajavam VARIG. Nesta foto vemos um famoso astro brasileiro da canção embarcando em um voo Varig. Na época, o presidente do fã-clube de Cauby Peixoto, acreditem, era o Conde di Lido.

Nada de comida servida em embalagens. Até churrasco e espetinho de camarões havia neste voo.

Mesmo sendo uma foto de propaganda sabe-se que, na época, as pessoas viajavam assim, bem vestidas.

O anúncio dizia: "A Varig gosta de você. Compreende você. E faz tudo para que, em seus aviões, você se sinta em casa (sem os problemas de casa, é lógico). A comissária de bordo, sua amiga discreta, gentil e eficiente - está sempre às ordens para o que você precisar: desde os jornais do dia até linha e agulha. Sozinha ou acompanhada de seu marido nas viagens de passeio ou negócio, voe pela VARIG.


O capricho na apresentação da refeição era enorme.


Era impressionante a qualidade do serviço da VARIG. O Conde di Lido, como viajante habitual na rota Rio-Paris-Rio, pode dar seu testemunho.

Mesmo a viagem sendo cansativa, com escala em Dacar, era um alívio estar em um voo da VARIG.


Vemos uma reprodução de um menu que o Conde di Lido guardou em seu baú de lembranças. Segundo ele, o que consumiu foi:

Champagne Cuvée Don Perignon
Tinto: Chateauneuf du Pape
Porto: Antonio José da Silva

Canapés: Caviar frois molossol aux blinis e Langouste en Belle-vue.

Tomou uma sopa: Crème Saint-Germain aux croûtons.
 
Depois: Supreme de faison chasseur e Carré de veau braisé à la Richelieu.

Para terminar um "Plateau de fromages", com todos aqueles queijos franceses maravilhosos.

E para finalizar um cálice de Drambuie e "Café du Brésil".


Anúncio da VARIG em Ipanema, na altura do Castelinho.


75 comentários:

  1. Nem tudo que é caro é bom, mas tudo que bom é caro. O Conde di Lido é um felizardo por ter viajado com esse luxo todo.
    Quando viajo apertado na classe econômica prefiro levar um sanduíche de reserva caso a comida servida seja muito ruim, o que é frequente.
    Antigamente havia um charme e tanto em viajar de avião mas hoje vale tudo.

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  2. A Varig é uma que eu achava que a minha geração nunca veria o seu fim.

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  3. Para viajar de avião nos anos 60 e 70 as pessoas deveriam estar bem trajadas. Lembro quando meus pais viajavam para a Europa, o velho ia de blazer, sem gravata e minha mãe com um lindo vestido. Atualmente isto mudou muito, já vi muitas pessoas embarcarem de bermuda e havaianas, aí é brincadeira, né? Hoje, não servem mais comida nem sanduíche na classe econômica, só salgadinho e refrigerante ou água. Pelo menos foi assim, da última vez que fiz um vôo doméstico, em 2022.

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  4. Pelo aceno do Cauby, deduz-se que seus fãs o estavam a esperar no aeroporto. Inclusive, é possível perceber na fuselagem do avião, um reflexo, que parece ser o Conde.

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    1. Ahhhhhhhhh, o Paulo Silvino certamente estava entre esses fãs...

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  5. Bom dia, Dr. D'.

    Nunca viajei pela Varig. Só Transbrasil e Gol. A última vez em 2011.

    Pelas propagandas estávamos na Europa. Mas era a realidade da época.

    FF: semifinalistas da Copa do Brasil definidos, com hegemonia sudestina. Dois cariocas, um mineiro e o Corínthians. Podemos ter final carioca, se deixarem.

    Faleceu o ladrilheiro que ficou famoso em 1981.

    Hoje começa o pesadelo viário em boa parte da cidade.

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  6. Tenho uns casos pra contar da VARIG, porém vou sair e só estarei livre para comentar já pelo meio da tarde.

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  7. Piadinha maldosa da época, significado de VARIG:
    Vários Alemães Reunidos Iludindo Gaúchos.

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    1. Esta piada da Varig o José Vasconcellos contava, bem como sobre a PANAIR (Pelo Atraso Não Adianta Ir Reclamar) e da VASP, cujo dono era o Sr. Pamplona (Vocês Ajudam Seu Pamplona - Pamplona Sensibilizado Agradece Vocês).

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  8. A Varig, convenientemente, herdou parte do "espólio" da Panair. Anos depois, a roda gigante girou.

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  9. Com os preços da classe executiva nas alturas, inventaram um econômica " plus", sendo o plus = 5cm (no maximo) a mais de espaço para a cadeira da frente.
    Em uma viagem longa e para alguém alto pode fazer diferença.
    Está classe é carinhosamente chamada por mim de " fudêncio + ".
    (para ser justo, dá direito à uma segunda bagagem de porão e os assentos são mais à frente do avião.)

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    1. Mário, viajei na British Airways nesta "econômica plus" e gostei. Um pouco mais largo o assento, mas havia mais espaço para as pernas, reclinava bem mais que na econômica comum, havia menos gente para usar o banheiro e a comida era melhor. Não achei ruim.

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    2. Usei a "econômica plus" da British duas vezes em 2019, e da TAP (na viagem deste ano); a da British bem melhor pelos motivos que você apontou, vale realmente pena pagar mais.
      Já a TAP não permitia usar o banheiro da classe executiva e na ida (Rio -Porto) o avião (A 330) parecia mais velho, assentos mais "finos" e duros, tripulação pouco atenciosa e comida muito ruim.
      O voo de volta (Lisboa-Rio) foi melhor, avião mais novo (também um A 330 neo), poltronas, comida e tripulação melhores, mas continuava a restrição de uso dos banheiros "da frente", que dessa vez "distraidamente" ignorei.

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  10. Isso não se faz a bordo de um avião: classe econômica, grupos de três assentos numa lateral. Três amigos sentados juntos. Um começa a dizer que estava enjoado e os outros dois mostrando-se preocupados. Daí a pouco o "enjoado" pede o saco de vômito e simula estar vomitando. Uma passageira do outro grupo de poltronas a tudo assiste meio enojada. Mais um pouco o "vomitador" diz estar bem melhor e com fome, mas o serviço de lanche já havia passado. Ele então diz em voz alta: "Deem-me o saco de vômito, pois o que saiu pode voltar, não tem problema." E sob o olhar horrorizado da passageira da poltrona vizinha bebe tudo que havia no saco. Aí é hora da passageira vomitar pelo corredor do avião...
    Eles tinham, na hora do lanche, quebrado vários biscoitos cream-crackers e misturado com guaraná e guardaram em um saco de vômito, para ser usado na "brincadeira".

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  11. Tenho que concordar com o comentário das 08:20: realmente será um "pesadelo viário" para que mora na região. Será um festival de desordem urbana e de ilícitos penais para assistir "atrações de gosto duvidoso". Nada comparável ao Rock in Rio realizado em Janeiro de 1985, no qual fui escalado por razões funcionais. Apesar de alguma precariedade, "não há dinheiro que pague o prazer de assistir um show do Queen ao vivo.

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  12. Bom dia Saudosistas. Muito poucas empresas nacionais atingiram o nível de excelência no seu ramo de atuação, porém uma delas posso dizer que foi a VARIG.
    Num mercado onde eu não investiria um centavo caso fosse empresário, visto que as condições de mercado, são as mais imprevisíveis possíveis desde, combustível, preço de aeronaves (locação ou compra), variação cambial, custo de mão-de-obra, clima, instabilidade geopolítica, etc.
    A VARIG até o seu voo na ponte aérea nos antigos Electras, o serviço de bordo era melhor do que os voos das outras companhias.
    Os voos internacionais na classe executiva ou econômica foi o melhor que já fiz, muito melhor do que TAP, Ibéria, La Itália, Air France, KLM, Delta, American Airline.
    Uma pena esta companhia ter falido, problemas financeiros e políticos levaram a sua falência.

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  13. Em 1984 fui a uma reunião em NYC, indo também o chefe do suporte de Informática e um figurão do setor Financeiro-Contábil da VARIG, sobre o qual farei um comentário à parte. Na volta o encarregado da VARIG no aeroporto nos colocou na primeira classe do voo. Upper deck de um Jumbo, a primeira classe da primeira classe. Embarcamos antes dos demais passageiros. Mal nos sentamos, a aeromoça nos serviu uma taça de champanhe. Eu não bebo, mas para não passar vergonha aceitei a bebida.

    No jantar, aceitei um martini. Como refeição optei por uma iguaria que era uma metade de um abacaxi, sem o espigão central, misturado com frango desfiado. Que delícia!! Gosto da mistura salgado-doce. A aeromoça perguntou se eu queria repetir. Claro! Mas por vergonha eu disse que não.

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  14. Nos anos 70 fui muitas vezes a Vitória. Não lembro a companhia, mas sempre serviam bebidas e eu ia tomando um gin-tônica. Hoje, no máximo, um pacotinho com 10 amendoins e um copo de água.

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    1. Luiz, nos vôos "internos" da TAP esse ano Lisboa - Manchester e Londres - Lisboa nem água; tive que pedir para tomar remédios e ganhei um (!) copo com água.
      Qualquer outra coisa, só pagando,

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  15. Esse figurão anos depois se tornou ainda mais poderoso e tinha a VARIG nas mãos. Durante a campanha presidencial de 2002 o patife do José Dirceu se apresentou a ele exigindo para algum apaniguado uma diretoria na VARIG, que já estava em dificuldades financeiras. Seria o preço para o governo do Lularápio ajudar a empresa. O figurão negou e expulsou o patife da sala. A VARIG faliu. Um grupo de investidores americanos comprou a empresa, que passou a se chamar VRG. Tinha 1 ano para cumprir algumas exigências e se firmar. O DAC criou impecilhos seguidos para impedir a VRG de se consolidar. A Gol comprou a VRG e demitiu todos os funcionários de terra, ficando com alguns de voo.j

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  16. A SUSEP, que deveria acompanhar a performance do fundo de previdência AERUS, que compreendia a VARIG, TRANSBRASIL e VASP, tirou o corpo fora e o AERUS também foi pro buraco.

    Até hoje os casos do AERUS e da VARIG rolam nesse simulacro de Justiça que domina o país. Centenas se funcionarios já morreram sem receber coisa nenhuma.

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  17. Nos anos 50 o Cauby ficava "no armário"?
    Dizem que antes da fama teve até namorada e que uma seria a Conceição, o que não é confirmado.

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    1. Conceição devia ser sobrenome .... como no caso do jogador de futebol Nei Conceição.

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    2. Era de domínio público que Cauby Peixoto era "bicha". Entretanto seu comportamento era discreto e ele não se valia da sua condição para se promover ou se engajar em qualquer tipo de militância.

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    3. A partir dos anos 70 já estava mais liberado na aparência e no comportamento, embora longe do que poderia ser considerado escandaloso. Mas continuou sendo amado pelas fãs dos tempos iniciais de sua carreira.

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  18. Quem se lembra do imbroglio envolvendo o patife do José Dirceu com a ex-diretora da ANAC, Denise Abreu, indicada por ele ao cargo e que depois foi acusada de trapalhadas durante a venda da VARIG para o tal grupo de investidores que citei mais acima?

    E do envolvimento dela no acidente do voo da TAM que ultrapassou a pista de Congonhas e explodiu no choque com um prédio da própria TAM na avenida contígua?

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  19. Petistas estão sempre envolvidos em corrupção e trapalhadas.

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  20. Minha mulher trabalhou por um longo período em uma empresa da área química na qual, por deveres da função, viajava religiosamente 3 vezes ao ano por um período de uma semana, duas vezes para os Estados Unidos e a outra para a Europa.
    Algumas vezes ela trocou a emissão da passagem da classe executiva por duas de classe econômica – com conhecimento e aprovação da empresa, tudo às claras – e eu a acompanhei.
    Raras vezes eu precisei pagar um adicional por ser o segundo hóspede no quarto do hotel, claro que eu pagava por minhas refeições e por tudo que consumisse, e vida que segue, ela trabalhava durante a semana e eu passeava e aproveitávamos juntos 2 fins de semana, íamos numa sexta-feira à noite, anterior à semana de trabalho dela e chegávamos de volta ao Rio numa segunda-feira de manhã, indo direto para o trabalho.
    Numa dessas, indo para Nova Iorque em setembro de 1999, ao chegarmos ao balcão de check-in, a atendente nos deu a feliz notícia que teríamos um upgrade para a classe executiva ! (lembro que brinquei com minha mulher, dizendo “vamos trocar as duas executivas por quatro econômicas e levar os filhos !”)
    O avião era um MD 11 da VARIG e a classe executiva tinha a configuração [ 2+3+2 ] assentos por fileira, ainda não havia na executiva a reclinação total para virar cama, mas eram ótimos, largos e muito confortáveis.
    Nossos lugares eram em uma fila do meio, de 3 assentos, minha mulher ficou em uma ponta e eu no meio.
    Ao meu lado direito, um cavalheiro muito bem vestido, idade próxima da minha (eu estava com 46 anos), educadíssimo, que foi logo “puxando conversa”.
    Conversa vai, conversa vem, contou que era diplomata lotado no momento no Brasil (acho que no Rio mesmo) e estava indo de férias à Nova Iorque para visitar um amigo que – também diplomata – estava trabalhando e morando nos Estados Unidos.
    Ótimo jantar com louça de porcelana e talheres de prata, vinho à vontade, entrada, prato principal e estávamos terminando a sobremesa, quando o distinto cavalheiro vira-se para nós e diz:
    “ – muito bom estarmos aqui, fico imaginando o desconforto e a viagem horrível que o pessoal das galés lá de trás da classe econômica vai fazer ...”.
    Minha mulher quase engasgou com a sobremesa e eu, com a maior cara de pau repliquei, de centurião para centurião, desdenhando dos pobres remadores da galera: "- Deve ser um horror mesmo."

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  21. Nos anos 70 em plena ditadura foi instituído um depósito compulsório para viajar para o exterior. Era uma grana de 1000 dólares que atingiu em cheio a classe média sob o pretexto de evitar a saída das divisas. Os aviões para o exterior voavam com muitos assentos não ocupados.
    Hoje em dia na classe econômica e pagando a prazo ficou muito mais fácil viajar.

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    1. Tem razão, observador. Hoje em dia o trabalhador humilde pode andar de avião. As empregadas domésticas, porteiros de edifícios, e funcionários de restaurante, já podem ir uma vez por ano visitar seus parentes viajando de avião. A iniciativa do presidente Lula de baratear a passagem aérea deu um grande impulso ao setor. Com a economia em alta e com aumento na renda, as companhias aéreas vivem um bom momento.

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  22. Tenho um vizinho que era comandante de voos internacionais da varig , hoje aposentado é de dar pena a queda do padrão de vida e a consequente depressão.

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  23. Certa vez comprei uma passagem para a Europa por 50 dólares por ter familiar trabalhando na Varig. Logo após o embarque fui chamado pelo alto-falante para me identificar a uma aeromoça. Esta me disse que o comandante estava me convidando para a primeira classe. Respondi que não se deve contrariar o comandante…
    Depois soube que este familiar havia comentado com o diretor com quem trabalhava que eu ia viajar e o diretor quis fazer uma surpresa.

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  24. Muitas das maiores e mais conhecidas companhias aéreas vivem em crise "permanente" , algumas penduradas no estado e outras simplesmente acabaram (PanAm, Brannif, Swissair, TWA)
    Não conheço nem de leve o setor mas a se julgar pelo que é possível acompanhar pelas notícias, é um negócio muito difícil.
    As aéreas dos estados árabes no oriente médio vão aparentemente muito bem, mas aí é covardia ...

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    1. Nesse setor foi muito difícil sobreviver ao fatídico 11/9.

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    2. Umas pitadas:

      A "ITA Airways", companhia aérea estatal fundada em 2020 assumiu as operações da extinta Alitalia em outubro de 2021.

      A Air France é uma subsidiária da Air France-KLM, holding na qual o Governo francês detém uma participação de 18,6%.

      Na Lufthansa o estado vendeu todas as suas participações no capital do grupo aéreo do qual havia adquirido 20% em 2020 como parte de um grande plano de resgate durante a pandemia de coronavírus.

      A TAP foi privatizada em 2015 e passou a ser controlada pelo consórcio Atlantic Gateway, liderado por David Neeleman.
      Em 2016, o governo português assinou um acordo com o consórcio, passando o Estado Português a deter 50% da empresa. (!)
      Em 2020, o governo português nacionalizou a TAP para superar a crise causada pela pandemia do Covid-19.
      Em 2023, o governo português anunciou que vai privatizar pelo menos 51% do capital da TAP; entre os possíveis interessados na compra da TAP estão a Air France-KLM, o IAG e a Lufthansa.

      Animado o setor.

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  25. Como já comentado aqui em uma postagem relativamente recente, as lojas da Varig no exterior eram um porto seguro para os brasileiros.

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  26. Na FOTO 1 Cauby Peixoto exibe uma bolsa de viagem da Varig, provavelmente um mimo dado na época aos passageiros de voos internacionais.
    Acho que quem iniciou a prática foi a PAN AM com sua icônica bolsa azul com o logo sobre um globo terrestre em branco.

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  27. Antigamente não se dizia "bicha" e muito menos "gay". O termo usado era "perobo".

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    1. A blindagem "político/jurídica" que algumas classes de indivíduos" possuem chega às raias do insólito. O bom senso impõe que o tratamento dispensado à essas figuras seja o mais formal e respeitoso possível. "Vossa Excelência" é desejável, mas se esse tratamento for acompanhado de uma profunda reverência será uma demonstração de que estamos diante de "seres superiores"Folgo" quando assisto a filmes e novelas antigas mostrando o quão a sociedade era mais natural e descontraída, apesar de alguns excessos contidos em algumas expressões "corriqueiras no dia a dia", mas que atualmente constituem crimes "imprescritiveis e inafiançáveis". Uma coisa é certa: "A Lei pode punir as ações (ou palavras), mas jamais conseguirá punir o pensamento,".

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  28. Quanto à possibilidade das empregadas domésticas poderem viajar de avião, isso horrorizou o Paulo Guedes, que na famigerada reunião de maio de 2020 disse não se conformar com as empregadas indo para a Disney.

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  29. Para quem gosta de aviões mais antigos, o vídeo de 1950 sobre o impressionante Boeing 377 Stratocruiser é um prato cheio.
    Foi o último avião a pistão de longo curso utilizada pela Pan American, que em 1958 começou a utilizar o notável Boeing 707.
    (na minha opinião, o 707 forma com o DC 10 e o Concorde a trinca dos aviões comercias mais bonitos que existiram até agora.)
    vídeo em: https://youtu.be/v92U2F9gbUo

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    1. Prezado Mário, gosto não se discute. Já eu acho como modelos mais bonitos o Comet, o Caravelle e o DC-10. O TriStar também era bonito. Lembrava um DC-10 ou um Boeing 727.

      Vou ganhar vaia, mas nunca achei o Constellation bonito. Mas ele era um ícone e tem uma infinidade de admiradores. Inclusive no último projeto em que trabalhei na VARIG a líder batizou-o de Constellation.

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    2. O Caravelle merece sim uma menção honrosa, elegante.
      O Comet, eu nunca me acostumei com o arranjo das turbinas.
      O Constellation no ar eu acho muito bonito já em terra a grande altura do trem de pouso necessário pelo diâmetro das hélices o deixam meio "flamingo", desajeitado.

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    3. Constellation flamingo. Boa essa. E verdadeira.

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  30. Já contei aqui, mas vou recontar: em 1982 eu trabalhava na VARIG/Cruzeiro e todos nós da área de desenvolvimento de sistemas fomos obrigados a viajar toda semana a Sampa para refazer os sistemas financeiros e contábeis da empresa, que rodavam num jurássico computador NCR, do qual só existia mais um espécime no Brasil, aqui no BANERJ. A NCR avisou que se o computador desse problema não tinha conserto. Aí foi a correria para trazer tudo para o Rio, usando os computadores IBM.

    Então todos nós íamos na segunda-feira pela manhã para Sampa e retornávamos na sexta-feira, final do expediente.

    Um colega nosso tinha pavor de avião. Ele ia obrigado, tremendo de medo. Na época eram os Electra.

    Uma manhã de segunda-feira ele chegou um pouco tarde ao SDU e já não dava mais para ir no mesmo voo em que eu e outros estávamos indo. Embarcamos no avião, prefixo PP-VJN (nunca esqueci). Fomos para a cabeceira da pista, o avião acelerou, e no meio do percurso freou bruscamente e retornou para a área de embarque. Todos nós desembarcamos, porque havia um defeito na aeronave. Pegamos um outro avião e fomos embora.

    Acontece que o tal colega viu tudo. Quando chegou a vez do embarque dele, era a mesma aeronave que tinha retornado. Ele quase morreu de medo. Quem foi com ele disse que o pobre suou frio e tremeu de medo durante a viagem toda.



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  31. Esse medo dele era tão grande que mesmo tendo direito a pegar uma passagem de graça ele ia a BH de carro, para visitar a família. Quando ele se casou, resolveu passar a lua-de-mel no Sul do Brasil. Também se negou a pedir passagem aérea. Ele e a noiva foram no Fiat 147 dele. Lá no interior do PR, na BR-116, pegaram chuva e numa curva o carro derrapou e capotou de lado. Ninguém se feriu seriamente, mas acabou a lua-de-mel.

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    1. Só para registro: o Fiat 147 tinha um câmbio horroroso. a alavanca flutuava, a ré então ...

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  32. Caso engraçado: no IBGE havia um colega bem baixinho, de nome Wanderlei. Um dia ele entrou numa cabine do banheiro e se sentou no vaso para fazer o número 2. Como era muito baixinho, os pés dele ficaram fora do chão e do lado de fora não dava para ver que havia alguém na cabine.

    Aí entraram mais dois colegas, para fazer o número 1. Um deles soltou um pum e o outro disse:
    - Esses baixinhos fedem muito, não é?
    O Wanderlei escutou, ficou pê da vida e quando saiu foi tirar satisfações com o colega que falou a frase.

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  33. Na quinta foto, vê-se na refeição servida em louça com talheres de prata, uma caprichada salada, o prato principal com camarões grandes e aí, quando estavam quase tirando 10, à direita embaixo, a sobremesa parece ser um prosaico tijolinho de doce de leite Itambé. Será ?

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  34. Parece ser um pote de manteiga Itambé.
    Quando a manteiga é boa, ela é gostosa, consistente e tão cremosa, que... hummm! Fica impossível resistir!

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  35. O fato de pessoas humildes poderem viajar de avião hoje em dia não é mérito de nenhum governo, pois elas também possuem celulares, TV’s, geladeiras, air fryers, microondas e algumas até automóveis e isso não tem nada a ver com o governante de plantão e sim com o progresso da tecnologia e barateamento de custos, além da globalização e por certo a exploração de mão-de-obra.

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  36. Além disso, a capacidade da cabine dos aviões modernos é muito superior à dos antigos, possibilitando ratear os custos por muitos passageiros a mais. Um Boeing-707 transportava no máximo 219 pessoas; um Boeing 777 ou 757 leva 550. Um Constellation só podia transportar 107 pessoas; um DC-8 apenas 149 e um DC-9 um total de 90. Já um DC-10 ou MD-11 levava até 380 passageiros. Um Airbus 330 leva até 406 pessoas.

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  37. Junte-se a isso o desenvolvimento de motores mais econômicos e a eliminação quase total do serviço de bordo, como já citado aqui hoje. Isso diminuiu drasticamente não só a despesa com atendentes de bordo como com tudo ligado às refeições: fornecedores, preparação dos alimentos, acondicionamento adequado deles, perdas com desperdício e desvio feito pelos próprios atendentes de bordo, roubo de talheres, taças e outros objetos, custo de bebidas selecionadas, desvio das mesmas, etc, etc.

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  38. Junte maior capacidade de passageiros, economia de combustível com motores aperfeiçoados, diminuição de despesas com serviço de bordo, e o resultado é um barateamento do preço das passagens.

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  39. Quem iniciou essa época de low cost - low fare foi a Laker Airways, britânica, através de várias medidas, algumas de nível técnico-operacional e outras não, como diminuição do peso de bagagem permitida para os passageiros para um valor abaixo do praticado no mercado, além de nunca lotar as aeronaves, o que permitia usar essa economia de peso colocando mais combustível e consequentemente aumentar o alcance das aeronaves, podendo assim competir com outras companhias que usavam aeronaves maiores para atingir maiores distâncias.

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  40. Houve companhias que vendiam passagens baratas, porém não havia serviço de bordo (parecido com as de hoje) e nem previsão de partida do voo, que só se concretizava quando todas as passagens tinham sido compradas.

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  41. Um caso incrível eram os voos da TAAG, empresa angolana que fazia linha entre Brasil e Luanda. Ouvi falar de casos em que os passageiros levavam fogareiros e o acendiam no corredor do avião, para fazer comida. Obviamente isso era impedido pelos comissários de bordo. Mas já pensaram o absurdo que era isso?

    Também era comum levarem biscoitos e outros alimentos, cujos restos caíam no chão ou no assento da aeronave, para alegria das baratas. Limpar a aeronave depois de cada voo era uma tarefa difícil.

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  42. Como fui citado inúmeras vezes nesta postagem, sinto-me no direito de resposta a alguns ítens.
    Primeiro vou falar do Cauby. Por volta de 1982, eu era diretor social do Clube Campestre do RJ, no alto Gávea. O Presidente do clube, Helcio, resolveu fazer uma vez por mes, um show no clube e me incumbiu de organizar tais shows. Contratei muita coisa boa como Orquestra Tabajara, Dóris Monteiro, Leny andrade e Cauby.
    Cauby estava no auge da carreira por causa de "Bastidores" que estourou no país. Fiz contato com ele e o contratei para uma apresentação por um cachê nada barato.
    Ele ficou tão impressionado com a recepção que tomou amor pelo clube. Além disso, se apaixonou pela minha mulher, Angela, que não desgrudava dela. Claro que era viado, porém uma pessoa de finíssimo trato, apaixonante.
    Tudo isso misturado, os sócios exigiram um segundo show com ele e escalei a Angela para fazer o contato com ele para tal.
    Ele tinha tomado um amor tão grande pela gente que topou fazer outro show sem cobrar cachê. Apenas pagamos os músicos que o acompanhavam. Foi outro baita sucesso. A partir disso ficamos amigos e nos falamos muitas vezes e ele sempre nos mandava convites para seus shows. Saudades dele...
    Mudando de assunto, vamos para a VARIG.
    Quando meu padrasto foi chefiar o escritório da Petrobrás em Paris, em 1968, a empresa me forneceu uma passagem de classe turística para Paris pela VARIG.
    Houve um problema de locação na classe turística e, acredito eu, que como minha passagem era emitida em nome da Petrobrás, acharam que eu era alguém importante e me passaram para a primeira classe. O 707 não tinha executiva. Era turística ou primeira classe.
    Realmente era tudo isso que a postagem mostra.
    Aí, muito tempo depois, aconteceu que meu enteado, filho da Angela, resolveu morar no exterior para fazer formação, mestrado, doutorado e pós-doutorado em vários lugares estrangeiros. Ele hoje tem 54 anos e desde os 20 vive mudando de país atrás das suas etapas de formação.
    A partir daí foram New York, Glasgow, Helsinki, Lisboa , Algarve e hoje, Kansas. Mamãe tem que ver o filhote todos os anos.
    A pricípio eu ia na classe turística até começar a tomar anticoagulantes. Como sou um homem de 120 quilos, cada virada na poltrona da turística, arrancava a pele dos meus braços e para parar as hemorragias era um problemão. Fui obrigado a comprar passagens na classe executiva.
    Vou ser sincero: não troco a primeira classe da VARIG pelas executivas atuais que têm um espaço absurdo e poltronas que viram camas. O serviço, que não é tão ruim, que se dane.
    O segredo para não doer é comprar as passagens em março para viajar em dezembro. Divide em 5x. É isso.

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    1. Eu sempre achei o Cauby muito simpático. Obviamente nunca o conheci pessoalmente. Mas ele parecia ter uma aura boa. Mereceu o sucesso que teve na vida.

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  43. Em setembro de 1981, quando eu estava no aeroporto de Roma aguardando o voo para Atenas, chegou um grupo de muçulmanos, vestindo aquelas roupas brancas até o chão e com chinelos de couro ou borracha. Eles entraram no banheiro, abriram as torneiras, meteram os pés dentro da cuba, lavaram-nos e saíram chapinhando pelo saguão, molhando tudo no caminho. Aí pararam em determinado ponto, ajoelharam-se e fizeram aquela saudação a Meca. O saguão ficou em petição de miséria.

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  44. 1) Ah, as histórias do Conde…
    2) Helio, viajei pela TAAG. Na época, no início deste século, ainda não tinham computadores e era preciso chegar 6 horas antes para o check-in.
    Só havia um voo semanal. Como o avião ficava muitos dias parado em Luanda, na volta a quantidade de mosquitos era enorme. As aeromoças, já com os passageiros embarcados, passavam com sprays repelentes que espargiam sobre todos.
    O medo de pegar malária era imenso.
    Sobre a passagem pelo controle de passaportes em Luanda foi outro grande problema. Qualquer dia eu conto.

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    1. Um assistente da VARIG, que eu conhecia havia anos, foi várias vezes a Luanda e me contou o drama que era. Estava em curso a guerra civil. Luanda estava cercada pelos guerrilheiros. Não entravam gêneros alimentícios. Quando chegava algo, era uma correria aos mercados, com gente se esbofeteando para conseguir comprar comida. A VARIG enviava alimentos para os funcionários lotados lá. Eles moravam em contêiner dentro do terreno do aeroporto. Que era bombardeado volta e meia. Um dos contêiners tinha um furo provocado por uma bala que o varou de fora a fora.

      Quando ele chegava em Luanda, na alfândega, os funcionários pegavam tudo que ele levava e não tinha na cidade por causa do cerco: sabonetes, desodorantes, creme de barbear, gilete, etc. Aí ele passou a levar uma quantidade extra para os funcionários, de forma que eles deixassem passar algo para ele mesmo.

      Na saída, era proibido trazer dinheiro local (na época era a kuanza) e souvenires de artesanato.

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  45. Este comentário foi removido pelo autor.

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  46. O que vc quis dizer com " Ah, as histórias do Conde" ?

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  47. Do Constellation, só lembro de referências ao antigo goleiro do América, o Pompéia.

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  48. Exato, Helio. Não se podia sair com nenhuma nota de Kwanza, que aliás não valiam nada. 1 dólar era um monte de notas locais.

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    1. Eu coleciono moedas, embora esteja offline há muitos anos. Tenho algumas moedas de kwanza.

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    2. Colecionei muita nota e moeda até uns trinta anos atrás. Vai ver era coisa de inflação mesmo. Ia naquelas bancas que haviam perto da Praça XV e até em lojas de numismática. Tenho dois álbuns, um de notas e outro de moedas, nacionais e estrangeiras.

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    3. Na verdade, a última aquisição foi a série de moedas de 1 real da época da olimpíada.

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  49. o avião mais lindo que já foi construido foi, sem sombra de dúvidas , o Cosntellation. O designer estava tão inspirado quanto os que desenharam o Karmann Ghia e o Jaguar XKE.

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