O homenageado é o general Antônio
Tibúrcio Ferreira de Souza, militar que lutou na Guerra do Paraguai.
FOTO 1: Vemos a Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha, em 1938. Ali atrás vemos o prédio em construção onde se instalaria em 1942 a Escola Técnica do Exército que até então funcionava em outro local.
Já sob a influência
norte-americana, foi criado o Instituto Militar de Tecnologia (1949).
Iniciavam-se, então, programas de estudo, pesquisa e controle de materiais para
a indústria.
Da fusão da Escola Técnica do
Exército com o Instituto Militar de Tecnologia, em 1959, nasceu o atual
Instituto Militar de Engenharia (IME).
Atualmente o IME é reconhecido como um centro de excelência no ensino da Engenharia.
FOTO : Garimpada pelo Nickolas. Vemos a Praça General Tibúrcio com o monumento aos heróis do drama épico da Retirada da Laguna e de Dourados,
capitaneados pelo tenente Antônio João. Data de 1920. O primeiro projeto
proposto foi de autoria do general Maciel de Miranda, e deveria ser erguido no
pátio interno do Quartel-General do Rio de Janeiro, depois Ministério da
Guerra.
O atual monumento, em bronze
e granito, foi uma iniciativa do coronel Pedro Cordolino Ferreira de Azevedo.
Sobre uma base circular está uma cripta onde se encontram os restos mortais do
coronel Camisão, do guia Lopes e do tenente Antônio João, desde 15 de novembro
de 1941, quando foi inaugurada. Dessa base ergue-se a coluna onde está a
alegoria da Vitória.
Ao centro da coluna estão as
estátuas dos três principais heróis: o tenente Antônio João, no momento em que,
baleado, cambaleia; o guia Lopes, recurvado, apoiando o queixo no dorso da mão
esquerda; e o coronel Camisão, com a fisionomia de quem tem uma grave decisão a
tomar, tendo numa das mãos a espada e na outra o mapa de campanha. Mais acima,
do ponto onde parte a coluna, erguem-se três grandes alegorias em bronze,
representando a Pátria, a Espada e a História.
Diversos artistas
participaram da execução do Monumento. A grade à entrada da cripta é de Curzio
Zani. A porta de entrada do recinto é de Calmon Barreto; a imagem de Cristo
sobre a lápide é do mesmo artista; o lanceiro guardando o sarcófago é de Leão
Veloso, e os sete medalhões com efígies e nomes dos heróis são de Adalberto de
Matos.
FOTO 3: Esta bela fotografia da Praça General Tibúrcio foi enviada pela Cristina Pedroso e publicada pelo desaparecido Derani. Ao fundo o saudoso prédio da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, posto abaixo pelos militares na década de 1970. Um solitário Cadillac contorna a praça.
FOTO 4: Nesta foto, garimpada pelo Rouen, vemos a praça com sua configuração antiga. Podemos observar os trilhos do “rodo” para retorno do bonde 4 até o Tabuleiro da Baiana. Aparentemente há uma fila para entrada na bilheteria do bondinho do Pão de Açúcar.
FOTO 5: Um belo cartão-postal com o Morro do Pão de Açúcar, o IME e o monumento aos heróis de Laguna e Dourados.
FOTO 6: Um bonde da linha 4 - P. Vermelha, no "rodo" da Praça General Tibúrcio. O pequeno reboque, aberto, será objeto de comentários do Helio Ribeiro.
FOTO 7: Conta Dunlop que no final do século
XIX a Cia. Jardim Botânico conseguiu autorização para o prolongamento da linha
de bondes até a antiga Escola Militar, na Praia Vermelha.
O primeiro bonde “Praia Vermelha” trafegou em 26/06/1890. Os trilhos assentados foram obtidos da Cia. de São Cristóvão, pois não os havia nos depósitos da Jardim Botânico.
Nesta colorização do Nickolas Nogueira vemos o bonde, o Helio poderá confirmar, que fez a última viagem da linha 4, em 28 de setembro de 1962.
FOTO 8: Segundo o Rouen, esta fotografia foi publicada em uma edição do "Cadernos de Automóveis", do jornal "O Globo". Mas tia Milu, embaixadora plenipotenciária da Urca e Adjacências, garante nunca ter havido, nesta época, bodes ou assemelhados para aluguel na Praça General Tibúrcio.
FOTO 9: Terminamos esta série com esta estupenda colorização do Nickolas Nogueira sobre uma foto de sua família: a mãe e as tias dele, elegantemente vestidas, num passeio à Praça General Tibúrcio.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirEstive na região uma vez, e à noite. Por isso não pude desfrutar do visual. Por isso, a princípio, ficarei acompanhando os comentários.
Tenho postais e fotos familiares (de outras famílias) garimpados nas feiras de Rio Antigo tirados nessa região.
ExcluirHoje é dia Internacional da Enfermagem.
ExcluirEm 1913 nascia Jamelão, que odiava ser chamado de "puxador" já que ele não era ladrão de carros...
Em 1940 era inaugurado o autódromo original de Interlagos.
Em 1982 o então papa João Paulo II escapava de um atentado em Portugal.
Tenho muito boas recordações deste local. A maior delas, sem dúvida, é do tempo da faculdade, quando no intervalo para o almoço entre as aulas dos períodos da manhã e da tarde, íamos em grupos "esticar as pernas" na Praia Vermelha. Grupo de jovens sonhadores com o futuro como médicos.
ResponderExcluirTambém por esta época havia ali ao lado da entrada da bilheteria do Pão de Açúcar o bar-restaurante "Roda Viva", onde à noite era uma delícia tomar um chope, ouvir música e namorar, além de, para quem dominava a arte, dançar.
Luiz, a Roda Viva era um espetáculo. Frequentei nos anos 60 e foi lá que comecei um namoro que durou muitos anos. A última vez que passei pela praça foi numa ida ao Pão de Açúcar, passeio que recomendo muito a todos fazerem. Havia uma promoção com desconto no ingresso para os cariocas. Não sei se ainda existe.
ResponderExcluirAconselho a todos a visitarem o bondinho do Pão de Açúcar, é um lindo passeio Sei que nós, cariocas, muitas vezes negligenciamos as visitas aos nossos cartões postais, assim como os moradores de outros estados com suas atrações turísticas. Conheci o Corcovado somente com 15 anos de idade e o Pão de Açúcar, pior ainda, por volta dos meus 40 anos. Gostei mais desta segunda atração. Creio que a promoção de desconto no ingresso para os cariocas foi descontinuada. Na ida ao Pão de Açúcar aproveitei esta promoção.
ResponderExcluirLuiz, há dois detalhes na postagem de hoje que vou discordar. Em 1° de Setembro de 1962 todo o tráfego de bondes na Rua da Passagem e no Túnel Novo foi desativado, pois no dia seguinte entraram em operação algumas linhas de Trolley-buses em direção à Copacabana, e no dia 4 de Setembro a primeira linha em direção à Urca. Em razão disso é improvável que a a última viagem do bonde da linha 4 tenha sido em 28 de Setembro. Um um outro detalhe é que a primeira viagem de uma linha de bondes elétricos a circular no Rio de Janeiro ocorreu em 08 de Outubro de 1892 em direção à Copacabana pelo Túnel Velho. Portanto a data de 1890 para um bonde elétrico para a Praia Vermelha é incorreta.
ResponderExcluirSenti falta da icônica estátua do Chopin que, infelizmente não aparece em nenhum dos ângulos obtidos. Sobre o bondinho, foram 2 viagens e meia, a primeira quando o modelo antigo, ainda de madeira, estava circulando com uma faixa informando que seria o último dia daquele modelo, e não poderia deixar passar aquele momento histórico (se não me engano foi em 1972), depois disso andei já no modelo italiano e por último foi uma viagem só de descida, depois de escalar até o topo.
ResponderExcluirA Praia Vermelha é especial para mim. Meus pais começaram a namorar em 1950 e, desde essa época, frequentamos muito o lugar, inclusive com algumas fotos que vou enviar.
ResponderExcluirJoel, o texto não fala que o primeiro bonde da Praia Vermelha era elétrico.
ResponderExcluirFoto 6 ==> o reboque é o 1313, que por ter um tejadilho provavelmente era um antigo carro-motor da JB adaptado para reboque.
ResponderExcluirA demolição da Escola Militar da Praia Vermelha foi uma perda lamentável em termos arquitetônicos e por seu papel na história do Brasil. Se estivesse ainda de pé atualmente, poderia abrigar um museu ou algo do tipo. ## O "Roda Viva" realizava às Quintas-feiras um baile de dança de salão bem interessante. Fui algumas vezes, mas a orquestra de Severino Araújo parecia estar nos anos 40/50, pois seus arranjos e seu repertório cheiravam como naftalina.
ResponderExcluirEm determinados dias se pode visitar o monumento. Na entrada existe uma lista dos homenageados e um painel da guerra. Subindo uma pequena escada e chega-se a uma sala redonda, do mesmo tamanho da base do monumento.
ResponderExcluirNo centro há uma enorme coluna sextavada em mármore preto. As paredes são pretas na parte inferior e claras na parte superior. Aí estão medalhões com os rostos dos heróis militares.
Luminárias em forma de tocha iluminam o ambiente escuro.
Nas laterais há duas pequenas urnas em mármore claro. No fundo, um túmulo guardado pela estátua de um soldado baixo com uma lança na mão.
Bom dia!
ResponderExcluirA postagem de hoje é surpreendente para mim. Gosto de passear pela Urca, mas poucas vezes fui a pé. Por isso, nunca cheguei perto do monumento aos heróis da Laguna. Vou programar uma caminhada por lá e aproveitar para conhecer a igreja Nossa Senhora do Brasil.
Quanto aos comentários do Zenon e do Mauro, realmente vale a pena ir ao Pão de Açúcar. Nao vou há muito tempo. Fui pesquisar o valor do ingresso e achei caro, mas, pelo que vi, existe promoção para os nascidos ou residentes no estado do RJ.
Joel,
ResponderExcluirsegundo C.J. Dunlop, em "Apontamentos para a História dos Bondes no Rio de Janeiro", publicação de 1953, página 169:
"A Cia Jardim Botânico propôs o prolongamento da linha de bondes até a antiga Escola Militar, na Praia Vermelha.
Aceita a sugestão pelo General Benjamin Constant, Ministro da Guerra, fez correr o primeiro bonde "Praia Vermelha", em 26/06/1890.
A inauguração da linha foi um verdadeiro acontecimento: às 12:15h partiram da Rua Gonçalves Dias diversos carros da Cia. Jardim Botânico, conduzindo o Generalíssimo Deodoro da Fonseca e o General Benjamin Constant, acompanhados de suas famílias, alguns membros do Governo Provisório e da Intendência Municipal, o Drs. Coelho Cintra e Leopoldo Cesar D´Andrade Duque Estrada e vários representantes da Imprensa. Seguiam-se vinte e dois outros carros especiais, levando grande número de convidados.
O cortejoa passou pelo Largo do Machado, ruas da Passagem e General Severiano e chegou às 13:30h na Escola Militar, encontrando o Coronel Cantuária, comandante daquele estabelecimento superior de enxino.
Houve música tocada por banda, salva de 21 tiros pela artilharia dos alunos, além de serem servidos dois "buffets" profusamente fornidos.
Às 14:30h ocorreu a cerimônica de colocação da pedra fundamental da estação da Praia Vermelha. ".
A descrição de tudo que ocorreu naquele dia vai até a pagina 172.
"Ensino" e não "Enxino", "Cortejo" e não "Cortejoa", "Cerimônida" e não "Cerimônica" e por aí vai...
ExcluirNa verdade então eram bondes de tração animal, e não bondes elétricos.
ExcluirÉ um prazer receber um comentário (10:24) do André Mauricio. Ontem me mandou um email dizendo ser leitor do "Saudades do Rio" há tempos e já me mandou uma ótima fotografia familiar, que será publicada quarta-feira.
ResponderExcluirBem-vindo!
Nesse trecho fui umas 4 vezes, mas na praia mesmo só uma vez há 35 anos.
ResponderExcluirNo Pão de Açúcar fui uma vez, aos 63 anos, em 2022. Que eu lembre quem tem mais de 60 anos paga menos
Quando eu era bem pequeno chegamos a ficar ao lado do bondinho na estação mostrada na foto 4, mas minha mãe "pipocou" na hora que viu de perto aquele meio de transporte e não subimos.
Quer dizer que O Globo "plantou" uma carroça de bode na Praia Vermelha?
ResponderExcluirSobre militares do século XIX, Duque de Caxias também recebeu muitas homenagens, mas seu substituto nos últimos movimentos da Guerra do Paraguai, o Gastão D'Orleans, o Conde D'Eu, não tem nada, que eu saiba.
Só sei que ele foi uma das desculpas para a Proclamação da República, até com uma certa razão.
Paulo Roberto, cada um tem a homenagem que merece. Se o conde não tem nenhuma, fez por merecer. O Estado de MS foi o palco dessa jornada épica e por isso merecedores, Antonio João e Guia Lopes da Laguna são nomes de duas cidades e Coronel Camisão é nome de Distrito no município de Aquidauana.
ExcluirHavia a promoção do "Carioquinha" com desconto de ingressos para pontos turísticos da cidade, acho que em julho. Foi suspensa durante a pandemia e confesso não saber se foi retomada ou não.
ResponderExcluirBoa Tarde ! Cheguei ainda pouco do passeio diário que faço cada dia em uma Cidade diferente. Hoje fui visitar Inhomirim, só não subi a serra porque estava chovendo.
ResponderExcluirMauro, você no passado chegou a subir aquela serra de trem?
ExcluirJoel , Cheguei sim. No tempo que ainda era Maria Fumaça fui duas vezes com meu Pai , fui também outras vezes já com as diesel. Mas durou pouco. Amanhã se correr tudo bem pretendo ir no outro ramal ,o de Guapimirim. Para um cara como eu que gosta de transportes, é triste ver o abandono em que se encontram as composições.
ExcluirUma curiosidade que talvez não interesse a ninguém exceto a mim: a dezena 177x de bondes apresenta vários exemplares sobre os quais dá para falar alguma coisa.
ResponderExcluir1770 ==> foi o bonde do meu perfil aqui no SDR, durante muito tempo.
1772 ==> em estado terminal, é o da foto 6.
1773 ==> no filme "Rio 40 Graus", é o bonde que provoca a morte de um dos garotos.
1774 ==> foi um dos comprados pelos museus norte-americanos. Chegou em Nova Iorque em 1965 e foi para o Rockhill Trolley Museum, da Pensilvânia; em 1983 foi comprado pelo Pennsylvania Trolley Museum; em maio de 2007 foi comprado pelo Northern Ohio Railway Museum. Nunca foi reformado e atualmente se encontra em estado deplorável. Só sobrou a carcaça, sem bancos e sem toda a parte inferior, ou seja, sem os truques e motores.
1779 ==> foi comprado em 1965 pelo Magee Transportation Museum, de Bloomsburg (Flórida). Restaurado, rodou naquele museu como carro número 2, até que o furacão Agnes provocou o fechamento do museu, em 1972. Foi então comprado pela Midwest Electric Railway, onde roda atualmente. Recuperou seu número de ordem original. Durante algum tempo recebeu pintura amarela mas atualmente está com pintura próxima ao original da Light.
O Anônimo aí de cima sou eu.
ResponderExcluirFOTO 7 ==> o 2563, também em estado deplorável na foto, após a extinção da JB foi transferido para a seção Barão de Drummond da Light. Escapou de ser entusiasticamente incinerado pelo governo Lacerda. Falar em transferência talvez não seja a palavra adequada. Para profundo desgosto dos encarregados de extinguir a JB, durante o levantamento da frota então existente eles descobriram que vários bondes eram da Light emprestados à JB. Portanto, a frota real da JB era menor do que o esperado. Talvez por isso vários bondes escaparam da fogueira de São João e foram para a Light. Deviam ser os emprestados à JB.
É impressionante o tamanho da destruição ocorrida em todo o Brasil nos sistemas de bonde e também do sistema ferroviário. No Rio de Janeiro Lacerda e Negrão de Lima não foram os únicos a contribuir para o sistema de bondes. Marcello "Cachaça" Alencar foi um dos que criou inúmeros empecilhos para que o ramal da Francisco Muratori não circulasse em 1998. A idéia da Prefeitura do RJ era que a linha fosse estendida e circulasse em um pequeno trecho da Lapa, mas tudo não saiu do papel. A destruição total do sistema de Santa Teresa só não ocorreu em 2011 graças aos inúmeros protestos de entidades diversas. O Secretário de Transportes do Estado Júlio Lopes chegou a alegar que a culpa do acidente foi do motorneiro. Em um acidente com um trem da Supervia na época chegou a sorrir. Em Dezembro de 1967 por ocasião da extinção do que restou da linha do Alto da Boa Vista, a sanha destruída foi tal que arrancaram os trilhos da Conde de Bonfim e de vias próximas "antes" da extinção da linha, que estava restrita ao trajeto entre o Largo da Usina e o Alto da Boa Vista, ficando uns poucos bondes ilhados na garagem da rua Boa Vista até que fossem transportados por carretas "sabe-se lá para onde". Não se sabe que destino foi dado aos Rita Pavone.
ExcluirJoel, 09:29h ==> no Jornal do Brasil, edição 226, de 28/09/1962, página 2, há um comunicado da Junta de Administração Provisória do Serviço de Bondes da Zona Sul avisando que a linha 4 - Praia Vermelha fará a última viagem às 22 horas daquela data.
ResponderExcluirSe isso é verdade, durante 25 dias os bondes e Trolley-buses circularam simultaneamente na Avenida Pasteur e Praia de Botafogo. Isso tecnicamente era possível, ainda que por breve espaço de tempo. Eu tenho uma foto de 1962 na Rua da Passagem na qual há um bonde circulando ao mesmo tempo que mostra cantar sobre energia dos ônibus elétricos. Há uma outra foto do bonde 13 em frente ao Cemitério de São João Batista na General Polidoro, publicada inclusive no SDR, e que mostra que havia circulação de bondes e de Trolley-buses. A foto deve ser de Setembro de 1962.
ExcluirFOTO 7 ==> sendo a foto diurna, certamente não é a última viagem do bonde da linha 4, mas a foto consta como tendo sido tirada no último dia de funcionamento daquela linha.
ResponderExcluirNo Correio da Manhã, edição 21321, de 29/09/1962, há notícia de que a primeira viagem do ônibus elétrico da linha Castelo x Urca seria feita no dia seguinte, domingo, partindo do prédio da TV Tupi, às 18 horas, tendo como passageiros o governador Carlos Lacerda e outras autoridades. A linha terá dez ônibus circulando, ao preço de Cr$15,00.
A mesma notícia avisa que no próximo dia 06/10 seria inaugurada a linha Castelo x Leme.
A data que citei, 03 de Setembro de 1964, está no site de Marcelo Almirante.
ExcluirDe acordo com diversas fontes oficiais a linha 98 Penha -Irajá foi extinta no segundo semestre de 1964, mas de acordo com Ronaldo Martins, a linha foi extinta em Setembro de 1965, ou seja, um ano depois. Ele foi testemunha ocular da última viagem. Dou crédito a ele.
ExcluirPode ter sido, sim, o bonde que fez a última viagem da linha 4. Por que não?
ResponderExcluirNo texto não está escrito que o bonde está fazendo a última viagem.
Pode ter feito outras viagens durante aquele dia.
Vide meu comentário das 21:57h, mais abaixo.
ExcluirO blog atingiu a marca de 2 milhões e 600 mil visualizações.
ResponderExcluirEssa questão de datas e itinerários na época da extinção dos bondes é complicada. Um exemplo disso é a foto do bonde 60 Muda-Marquês de Abrantes circulando na Machado Coelho embora a rua não fizesse parte do seu Itinerário. O que ele estaria fazendo ali? Um outro exemplo é o do bonde da linha 74 Vila Isabel-Engenho Novo saindo da Pereira Nunes e entrando à esquerda na 28 de Setembro, embora a Pereira Nunes não fizesse parte de seu Itinerário oficial. Pelo menos para o último exemplo há uma explicação: em 1° de Maio de 1964 a chamada Operação Rio extinguiu algumas linhas, criou linhas temporárias como a Praça da Bandeira-Vila Isabel em itinerários resumidos, e reuniu algumas das linhas extintas como a 74 da foto, a 63, a 69, e outras.
ResponderExcluirO rio ainda tentou uma alternativa com os troleys. Em sp o último bonde foi o santo amaro em 68, um ano antes tinham desativado a linha Ipiranga, a mais importante. A alegação era que a população foi preferindo os ônibus, tinha muitos ônibus monobloco mercedes na cidade.
ResponderExcluirA tentativa com os ônibus elétricos foi um verdadeiro fiasco. Na época acontecia muita falta de energia aqui e volta e meia eles ficavam parados. Além disso, as ruas do Rio possuem muitas curvas e o chifre do ônibus saía frequentemente da fiação. Houve casos de ele ter rodado na horizontal e batido em árvores ou postes e ficado empenado. Cada vez que saía da fiação, o motorista tinha de descer, ir até lá atrás e recolocá-lo mirando direitinho o fio. Enquanto isso, se armava um engarrafamento de outros ônibus elétricos atrás dele.
ExcluirTalvez você não saiba, mas na hora em que os ônibus chegaram um deles soltou do guindaste no cais do porto e caiu no mar. Nunca foi recuperado.
ExcluirNa Zona Sul, a vida dos ônibus elétricos foi muito curta: de 1962 a 1966. Aí jogaram alguns para a Zona Norte, onde também tiveram vida curta, saindo de circulação em 1971, se não me falha a memória. Então tiveram a brilhante ideia de colocar motor diesel em alguns dos ônibus. Mas estes eram muito pesados para a potência do motor. Por fim, não sei o que fizeram deles. Provavelmente venderam para o ferro-velho de algum amigo de político.
ExcluirEnquanto isso, aí na pauliceia desvairada os ônibus elétricos rodaram durante décadas. Lembro que em 1982 passei três meses indo segunda-feira e voltando quinta-feira aí em Sampa. Ficava hospedado no Hotel Planalto. Havia um ponto de ônibus elétrico bem em frente. Acho que era a linha Santa Terezinha. Havia uns modelos bem antigos. Um dia peguei um deles para passear. Sempre gostei muito de ônibus elétricos, bondes e trens.
ExcluirTambém andei num em Recife, linha Peixinhos. Um lugar tétrico, lamaçal puro, casebres na beira do rio Beberibe, um verdadeiro esgoto a céu aberto.
Ainda se vêem na estranha cidade ônibus "chifrudos".
ExcluirEm resposta ao Hélio:
ExcluirSim, um dos 200 trolleys caiu na Baia de Guanabara durante o desembarque. Seria uma maldição dos bondes??
Os 199 Trolleys restantes ficaram 4 anos no porto parados ao relento, só vindo a rodar em 1962.
E pra terminar a lambança, tentaram colocar motor diesel neles, o que nem seria uma ideia ruim se não tivessem escolhido um motor Mercedes de 4 cilindros e parcos 120 CV (o mesmo dos monoblocos O321)....
Anônimo, 19:13h ==> uma coisa é o 2563 ter feito a última viagem da linha Praia Vermelha; outra coisa é a foto ser dessa última viagem. O que eu neguei foi essa segunda afirmação.
ResponderExcluirTambém frequentei o Roda-Viva para tomar chope. Acho que ficava no local daquela churrascaria que apareceu no último onde é?
ResponderExcluirEu acho que sim.
ExcluirHugo, sobre o comentário das 21:03 sobre o bonde Santo Amaro, me esclareça um detalhe: pelo que sei era uma viagem longa, mas nunca utilizaram os bondes do Centex naquela linha, apenas os do tipo "Camarão". Isso é verdade?
ResponderExcluirSr Joel rodou centex na linha santo amaro, eram mais modernos, tinham calefação. Os camarões rodaram antes, eram fechados e tinham esse nome porque eram vermelhos. Essa linha partia da Sé e era muito longa, quando santo amaro era municipio.
ExcluirAs imagens que eu tenho dos bondes na linha de Santo Amaro são do modelo "Camarão". Os Centex eram mais bonitos. Pelo que eu soube, existe um deles restaurado e bem conservado no Museu do Imigrante.
ExcluirComento com atraso de um dia pois estava fora ontem. Nunca andei por esta praça nem nunca fui na praia Vermelha.
ResponderExcluirE faz muito tempo que fui no Pão de Açúcar.
Por aí há o IME , um edifício com moradores em sua maioria militares e acho que também outro estabelecimento de ensino para militares graduados, além da Escola de Guerra Naval.
Quando vou ao final da Urca tomar um chope na mureta viro o carro antes desta praça.
No prédio que o senhor citou funciona a Escola Superior de Guerra, onde são ministrados cursos diversos e palestras de nível superior. Mas não para "militares graduados", pois no jargão militar chama-se de praça graduado o cabo, o sargento, e o suboficial.
ExcluirHélio 22:04 > Lembro que andei de ônibus elétrico com meus amigos em de 1970, indo do Leblon até o cinema Pax, em Ipanema. Creio que você se enganou ao dizer que na zona sul funcionou até 66.
ResponderExcluirMauro Marcello, os ônibus elétricos funcionaram na zona sul até 1967 e no subúrbio e em Jacarepaguá até 1971. Você certamente andou em 1970 em um "transplantado", cuja carroceria era de ônibus elétrico, mas com motor a diesel. A partir de 1966 houve uma redução gradual das linhas de ônibus elétricos na zona sul, mas eles rodaram por lá até 1967. Na zona norte as primeiras linhas de ônibus elétricos foram Méier-Maria da Graça, inaugurada em 1964, e Penha-Bonucesso em 1965. Mas todas foram erradicadas em 1971.
ExcluirResumindo: os tão criticados bondes rodaram de 1868 a 1967. Os tão decantados ônibus elétricos, de 1962 a 1971. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo e com o Brasil.
ExcluirPode ser, Joel. Grato pelo esclarecimento.
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirDia de Nossa Senhora de Fátima para os católicos. Minha irmã é devota e vai mais tarde à réplica da capela no Recreio.
Em 1888 era assinada a Lei Áurea.
Em 1929 nascia Ângela Maria.
Em 1933 nascia Waldick Soriano.
Em 1950 nascia Stevie Wonder.
Hoje é dia do "chef" de cozinha. Aniversário do Méier e da fundação da polícia militar.
ExcluirBom dia Saudosistas. Gosto muito de ir a URCA antes da pandemia costumava muito ir caminhar na pista Claudio Coutinho aos domingos, beber uma água de coco na saída e passear pela calçada em frente a praia. Quando ainda estava trabalhando cansei de levar visitantes USA para ir no Pão de Açúcar.
ResponderExcluirNão tenho ido a URCA recentemente, mas é um dos bairros que mais gosto na cidade e o visual de toda a Baía de Guanabara e do Cristo Redentor para mim é a mais bela vista da cidade.
Na foto 2, Cadillac Coupé de Ville, 1955.
ResponderExcluirNa foto 3, com lupa, Cadillac 1950.
Na Praça Vermelha tivemos no mínimo dois grandes acontecimentos relevantes, ambos pela presença do 3º. Regimento de Infantaria, que ocupava o prédio que foi da Escola Militar.
ResponderExcluirEm outubro de 1930 com bastante movimento tenso, quando o Regimento aderiu ao levante iniciado no Rio Grande do Sul e em novembro de 1935, quando essa unidade sofreu ataque da chamada Intentona Comunista, de efeitos bem mais graves.
Paulo Roberto, considerando a Faculdade Nacional de Medicina como na Praia Vermelha, houve dois outros acontecimentos impactantes. A invasão da faculdade em 22/09/1966 com episódios de violentas agressões aos estudantes e professores, violando o espaço universitário, e a própria demolição do prédio no início dos anos 70. Não há quem tenha estudado lá esquecer desses dois tristes momentos.
ResponderExcluirDr. D', a demolição não foi no começo dos anos 80?
ExcluirPois é, inclusive, pelo que soube, as forças de segurança ainda escracharam os estudantes depois do acordo para encerrar os protestos.
ExcluirTipo da coisa que levou a classe estudantil a ser mais radical em 1968.
Não existem mais forças de segurança como antigamente. Jogaram fora o molde.
ExcluirEste site abaixo indica a demolição em 1975 (50 anos). Mas o estranho é que eu tenho uma dessas revistas Manchete que mostra a foto do antigo prédio da faculdade e tinha quase certeza de que ela era do início dos anos 80...
ExcluirSegue o site, com várias fotos que ilustram o comentário do gerente.
https://100anos.ufrj.br/ufrj_gallery/faculdade-de-medicina/
Cheguei do meu role diário. Hoje foi Caxias,Magé. Depois Magé Niteroi e por fim Barca para voltar ao Rio. Estava sol e a viagem na Estrada de Magé a Niterói na parte rural foi uma festa para meus olhos
ResponderExcluirAugusto, boa parte das fotos já apareceu no SDR.
ResponderExcluirMinha turma foi a última que fez todo o curso no prédio da Av. Pasteur.
Luz, a minha foi depois da sua e até o fim o prédio ainda estava lá, nos últimos anos já não tínhamos atividades ali mas até 74 o prédio existia.
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