A série "Esvaziando o arquivo" contém fotografias que foram garimpadas e que constam nos meus alfarrábios como não publicadas no "Saudades do Rio". As de hoje me foram enviadas pelo GMA.
Marlene Lôbo representou a Associação Atlética Portuguesa no concurso Miss Guanabara 1964, que teve como vencedora Vera Lúcia Couto dos Santos, tornando-se a primeira mulher negra a vencer o concurso no Brasil. A vitória ocorreu em 27 de junho de 1964 e Vera Lúcia representou o Renascença Clube.
Marlene Lôbo, que não se classificou entre as primeiras, no ano seguinte foi uma das 10 "Certinhas do Lalau".
Foi então convidada para uma reportagem de "O Cruzeiro", onde foi fotografada junto a 7 carros,
cedidos para as fotos de Indalecio Wanderley pela Redi S/A, concessionária Simca do Brasil;
Importadora de Ferragens S/A que representava a General Motors do Brasil; Agência
Tânia S/A em nome da Willys Overland do Brasil; Gávea S/A da Vemag; Fábrica
Nacional de Motores com o Alfa Romeu; Auto Industrial S/A do Fusca e Santo
Amaro de Automóveis representada pelos “pick-up” Ford.
Bom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirIndalecio Wanderley se especializou anos depois em fotos de mulheres ainda menos vestidas ou despidas.
Hoje algumas mulheres de sucesso estão disformes.
Em tempo, parabéns aos professores pelo seu dia.
ExcluirO saudoso Castelinho na foto 4. Era um baita ponto de encontro. Ganhei muitas turistas de outros estados ali. Seria a Marlene Lôbo a precursora do têrmo "Maria Gasolina"?
ResponderExcluirComo dizia o Derani YES! YES! YES!
ResponderExcluirTem razão o Mauro ao se referir ao saudoso Castelinho. Não sei se ele teve a chance de pegar o Castelinho nos anos 60 pois depois foi invadido pelos turistas. O Veloso e o Castelinho brilharam nos anos 60.
As certinhas do Lalau eram maravilhosas.
Cesar, anos 60 com meu pai, quando ele tinha saco de me levar prá pegar onda com a minha planonda. Alegava que morávamos no Leblon e prá quê ir pro Arpoador? ele não sabia nada de ondas. Saindo da praia ele tomava uns chopes no Castelinho e olhava as mulheres, eu manjava ele...rsrsr. Aí nos anos 70, eu fiz a festa. Parava minha Suzuki em frente, pedia um chopinho e partia prá guerrilha. Era só correr pro abraço.
ResponderExcluirAnos 70? "Guerrilha"? Caramba!
ExcluirEu diria que a primeira foto não favoreceu a nossa miss da Ilha, mas depois ela se recuperou bem.
ResponderExcluirSe tivesse que escolher o carro para a família seria o Alfa Romeo, que com certeza em 1964 já não podia ser chamado JK.
Mas pessoalmente o Karmann Ghia seria o meu preferido.
A foto 14 foi censurada.
ResponderExcluirObrigado, Helio. Corrigido.
ExcluirAs fotos são cativantes, mas como a data não foi informada, vou reproduzir as datas de lançamento de cada carro - mas só os interessantes!
ResponderExcluirNas fotos 2 e 3, o FNM TIMB, que era para se chamar Jango para fazer dupla com o mais austero JK. O carro foi lançado em 64, após 31 de março e certamente os escudos existentes foram remetidos para o Uruguai. "Lançado em 1964 como "Turismo Internacional Modelo Brasileiro" (Timb), o carro se distinguia por seu motor mais potente, câmbio no assoalho, bancos individuais de couro e volante esportivo."
Fotos 4 e 5 - o Karmann-Ghia 1200, de uma cor só é 1966 , acho.
Fotos 6 e 7 - DKW-Vemag Belcar 1966, com os parachoques do Modelo que sairia em 67 com 4 farois. Os modelos 65 (Rio) e 66 trouxeram inovações como 12 V e o Lubrimat, e alterações exteriores, mas alguns itens devem ser o desespero dos colecionadores, como os parachoques do Rio (só dele) e as lanternas do 66 (idem).
Fotos 8 e 9 - Willys Itamaraty - "O Willys Itamaraty foi lançado em 1966 como a versão mais sofisticada do Aero-Willys 2600. Foi batizado com o nome do edifício sede do Ministério das Relações Exteriores, em alusão à sofisticação e o glamour da diplomacia brasileira. O modelo trazia mais cromados, nova grade dianteira e lanternas."
A Veraneio e a F-100 devem ser objeto de outro comentarista. Tive uma Veraneio e adorei, mas está mais para caminhão.
Fotos 14 e 15 - Simca Rallye Tufão, dá para reconhecer pela fina entrada de ar falsa no capô dianteiro, um pouco à frente do pezinho da musa, na foto 14. Era um modelo bem mais luxuoso do que o Chambord, com um belo banco de encosto reclinável dianteiro, dividido em 1/3 e 2/3. Não tinha entretanto características esportivas, como o nome poderia sugerir.
Segue uma bem humorada descrição do Chambord:
"Apesar de sua boa aparência, a primeira versão do Chambord tinha o desempenho comprometido pelo motor Aquilon, um antigo V8 de válvulas no bloco, herança da Ford francesa e que já havia sido abandonado pela Ford norte-americana, o que lhe valeu o apelido jocoso de "O Belo Antônio" (bonito, mas impotente). Além disso, atrasos da Simca em atender as exigências do GEIA dificultaram o acesso da empresa em conseguir créditos, o que causou severa falta de peças. A Simca acabou ganhando uma séria reputação de má qualidade, a qual nunca conseguiu resolver. Em 1964, a carroceria do Chambord foi reformulada e o veículo recebeu o motor Tufão, de 100 HP."
Postagem com foco nos transportes: automóveis e aviões.
ResponderExcluirMais uma aula magna de obiscoitomolhado.
ResponderExcluirQuanto aos locais alguns estão bem fáceis, mas outros podem gerar dúvidas.
Praia Vermelha com o Pão de Açúcar ao fundo.
Praia do Flamengo com o bar Castelinho ao fundo.
O DKW estaria na Borges de Medeiros?
O Itamaraty estaria na praia de Ipanema?
Aterro do Flamengo com a igreja do Outeiro ao fundo.
Lagoa perto da Hípica.
O Simca estaria na Ladeira do Leme?
Antigamente, até a década de 90, a denominação "luxo" para determinados carros fabricados no Brasil designava apenas veículos com mais cromados, bancos de tecido e outros enfeites. Não havia uma diferenciação com acessórios úteis, como ar condicionado ou direção hidráulica. Tudo bem que esses dois itens não eram muito comuns, só automóveis de alto luxo norte americanos e europeus ofereciam, mas um "plus" de potência e torque, freios a disco (já eram bem comuns) e outros quesitos caberiam. Os carros fabricados na Argentina eram mais "honestos".
ResponderExcluirEm 1986, quando entrei num consórcio para adquirir um Voyage, havia três modelos: L, LS e GLS. Ou seja, todos considerados de luxo. Me engana que eu gosto.
ExcluirÉ como reza o ditado: "O que seria do amarelo se todos gostassem do azul". Ou "Gosto não se discute". Nunca na minha vida me atraíram carros como o Puma e o Karmann-Ghia. Para dizer a verdade, nenhum modelo nitidamente esportivo. Sempre fui caretão, família, muito simples. Como também nunca me atraíram carros acima do meu tope de baixinho. Por isso só tive Chevette, Voyage e Uno Mille. Embora meu sonho de consumo tenha sido a Land Rover Discovery.
ResponderExcluirEntre os muitos carros que aluguei no exterior, o maior acho que foi uma Dodge Caravan, mesmo assim porque tinha feito algumas compras de itens grandes e precisava levá-los até o aeroporto. Outros carros grandes que aluguei, por falta de menores no pátio da locadora, foram um Chevrolet Cavalier, um Toyota Corolla e o famigerado Mustang, pelo qual já fui vaiado com entusiasmo aqui, por havê-lo devolvido no dia seguinte em troca de um Mercury Lynx, para mim também considerado grande.
Os piores carros que dirigi foram o Ford Fiesta primeiro modelo e Fiat Vivace. E o que mais fez minha cabeça foi o Honda Starlet. Este carro tem uma história (lá vou eu encher o saco do pessoal!). Vou contar abaixo.
ResponderExcluirEra o mês de março de 1983. Eu havia chegado à ilha de Maui, no Havaí, para conhecer a exótica cidade turística de Lahaina, na parte oeste da ilha, antigo porto de navios baleeiros provenientes da costa leste dos EUA. Mas o aeroporto ficava em Kahului, na parte leste. Maui é formada por dois vulcões, tendo um formato de número 8 meio deitado de lado esquerdo. Eu estava ali para subir ao topo do Haleakala, um dos vulcões, cujo nome significa “Casa do Sol”. A travessia de Kahului para Lahaina é através do vale entre os dois vulcões.
ResponderExcluirChegando à ilha, fui à loja da Hertz alugar um carro. Não havia nenhum. Uma fila de clientes aguardava a chegada de carros. Estes, quando eram devolvidos, iam direto para a lavagem e liberados para aluguel ainda molhados. Quando chegou minha vez, o carro disponível era um modelo esquisito da Ford, de dois lugares com uma caçamba interna. Além do mais, era automático, e eu nunca havia dirigido um carro automático. Peguei-o e fui em direção a Lahaina. Não andei nem 10 km e me arrependi: havia um engarrafamento e o carro estava esquentando. Voltei à Hertz.
Continuava sem ter carro. Mas após pequena espera chegou um Honda Starlet, modelo 1982, cor amarelo claro. Era do tope de uma Brasília, mais ou menos. E era de câmbio manual. Peguei o bichinho e fui para Lahaina.
No dia seguinte subimos ao Haleakala, numa estrada sinuosa que atravessava as nuvens, já que o topo do vulcão fica a 3.055 metros de altitude. No nível do solo caía uma chuva fininha, mas acima das nuvens brilhava um sol lindo. Na subida, eu ia ultrapassando os outros carros, com facilidade. O Honda era ótimo para dirigir. Sendo manual, tudo estava nas minhas mãos. Era só engrenar uma terceira ou segunda e ultrapassar os outros. Maravilha.
Ficamos lá no topo até o fim da tarde, durante a qual passamos um aperto dentro da caldeira vulcânica, como já narrei aqui há tempos. Quando voltamos ao estacionamento, todos os visitantes já haviam descido. No estacionamento só estava meu carro. Na volta parei na estrada e tirei uma foto maravilhosa: o carrinho amarelo, o asfalto nigérrimo, lá embaixo um manto de nuvens brancas, acima um céu azul profundo. Inesquecível.
Que história! Este SdR virou SdH, ou SdV, conforme a temperatura!
ResponderExcluirSdV?
ExcluirSaudades do Vulcão.
ExcluirHoje publicidade de carros com mulheres em situações "provocantes" dá cancelamento. Realmente a evolução da tecnologia é de uma velocidade inacreditável. Vamos ver se com a entrada em vigor das severas regras de carregamento de carros elétricos (fev. 2016, creio) o preço vai oscilar. Paredes maiores, espaços,, extintores de incêndio, tomadas separadas, etc. Vendi meu carro em abril e não comprei outro. O que deixei de gastar com um novo, mais as despesas que normalmente viriam, empata com o rendimento do valor aplicado. Se viajo, alugo um carro. Média de R$ 350/400 por 2 dias. Muito mais prático. Tirando o risco de acidente, meu carro seria um Smart.
ResponderExcluirDecio - 13:03
ResponderExcluirIpanema com Castelinho, frequentei muito, poucas vezes ia em um ao lado, menos badalado e que não lembro o nome (mas era um diminutivo também).
GMA agora:
Deve ser fev/2026
Para quem mora em prédios da Z Sul, são poucas vagas e dificulta reservar algumas para recarga. Alguns que moram em casa fazem "gato" e nós pagamos a recarga dele. Já li sobre regras muito restritivas do CB de SP para carregadores em garagens subterrâneas, acho que inviabilizam a instalação pelo custo das obras e perda de vagas. Uma outra dificuldade dos elétricos é o que não costumam esclarecer: a autonomia em estrada é muito menor que na cidade, devido ao efeito de regeneração dos freios.
Com a minha idade, decidi que estou em meu último carro, modelo 2018, por alguns motivos: faço as revisões na autorizada, ainda não deu qualquer defeito e duas vezes por semana dirijo 50km para trabalhar. Quando começar a dar despesa (espero que dure até parar de trabalhar, kkk), vendo e sigo o GMA, como alguns conhecidos já fizeram.
Para um aposentado que não tem casa fora o carro é dispensável no Rio. Se for viajar esporadicamente aluga um carro. No dia a dia Uber ou táxi para ir ao clube ou ao cinema.
ResponderExcluirNão se aporrinha com manutenção, estacionamento, flanelinha, garagem, assaltos, motos, bicicletas, etc